Lágrimas de Amor escrita por XxLininhaxX


Capítulo 11
POV Jacob




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POV Jacob

Cara, meu dia foi incrível. Não tinha sensação melhor do que correr pela floresta, livre, sem ninguém pra encher o saco. E eu precisava daquilo mais do que nunca, estava com a cabeça cheia. Aconteceu algo completamente inusitado comigo. Eu sofri um imprinting. Eu deveria estar super feliz por ter a oportunidade de, finalmente, me livrar dessa obsessão pela Bella. Ela estava casada com Edward agora e era uma vampira. Não tinha mais espaço em sua vida pra mim. Éramos de mundos diferentes. E mesmo que ainda tivesse certo carinho por ela, não podia ficar perto porque apenas doía mais. O máximo que eu conseguia fazer era rondar a casa dos Cullen de vez em quando para garantir sua proteção. Sim, eu não confiava muito nos Cullen, apesar deles sempre me provarem o contrário. Não era nada pessoal, mas eu ainda não conseguia me acostumar com a ideia de lobisomens se darem bem com vampiros. Se bem que eu meio que estava sendo obrigado a mudar de opinião. Por quê? É, o alvo do meu imprinting era uma vampira. E era justamente por isso que eu estava com os pensamentos a mil. Como se já não bastasse aquela garota ser uma vampira, ainda tinha cara de ser problemática. Mal a conheci e ela já me fez o favor de desaparecer. Mesmo tendo uma ligação muito forte com ela, parecia que algo bloqueava meus instintos e eu não conseguia encontrá-la. Era só o que me faltava! Já tinha me apaixonado por uma garota louca, que teve coragem de não só se casar com um vampiro como também de se tornar uma, agora me via “preso” por uma vampira totalmente desequilibrada. Devia ter alguma coisa errada comigo, só podia!

Já estava escurecendo, mas achei melhor dar uma olhada ao redor, só para garantir. Há alguns dias senti o cheiro de vampiros estranhos na área. Aquilo poderia ser perigoso. Talvez fosse melhor avisar aos Cullen, mas primeiro eu tinha que ter certeza. Direcionei-me para as montanhas, procurando por cheiros estranhos. Eu estava na minha forma humana, mas isso não importava. Eu até preferia, já que era mais discreto. Parei por um instante. Tive a impressão de ver um vulto se direcionando para a casa dos Cullen. Aquilo era estranho. Não poderia ser os Volturi, já que eles pararam de encher o saco depois que a Bella se transformou. Não acredito que seriam vampiros nômades, afinal a fama dos Cullen era bem grande. Quer dizer, nenhum vampiro seria idiota o suficiente para atacá-los depois deles terem batido de frente com os Volturi e terem saído por cima. O que poderia ser? Tentei sentir mais daquele cheiro e segui meu faro. Ele realmente estava se dirigindo para a casa dos Cullen. Segui para lá o mais rápido que pude. Tinha que dar um jeito de chegar antes dele, para avisar sobre o perigo.

Corri o mais rápido que pude. Nem sinal do vulto. Não conseguia nem sequer sentir mais seu cheiro. O que raios estava acontecendo? Aquilo estava ficando cada vez mais estranho. Achei melhor avisar, de qualquer jeito. Porém, me dei conta de que não parecia haver alguém em casa. Onde será que eles estavam? Será que o vulto percebeu e resolveu ir embora? Talvez, mas não estava disposta a arriscar. Sentei-me na entrada da casa, eu ia esperar. Era urgente, então não via problemas, afinal não estava com pressa. Desde que meu pai morreu eu não fico mais com a matilha. Eu gostava de me ser um lobo solitário. Esse negócio de andar em bando não era pra mim. Inclusive foi por isso que recusei a oferta de Carlisle de entrar para a família deles. Tá, não tinha sido em todo por conta disso. Afinal, um lobo filho de vampiros? Tinha coisa mais absurda? E Carlisle parecia ser um pai bem rigoroso, com certeza ia ficar me podando e eu detestava ter que seguir regras. Sei que ele também era um pai carinhoso e eu, às vezes, sentia falta daquele ambiente familiar. Mas eu não ia me sujeitar aquilo. De qualquer forma, mesmo que eu não morasse com eles, Carlisle e Esme me consideravam seu filho. Eu achava engraçado essa paranoia que eles tinham. Esme me tratava como um bebê. Ela era carinhosa e toda preocupada, eu até gostava de seus mimos de vez em quando. Carlisle era do tipo paizão, estava pronto para fazer qualquer coisa por seus filhos, mas era muito superprotetor e controlador. Ele até já tinha me dado uma surra. Só de pensar eu já ficava sem graça. E por mais vergonhoso que fosse eu tinha que admitir que doía como o inferno. E que, de certa forma, ele tinha razão.

Flash Back

Estava sentando de frente para a casa dos Cullen, encostado em uma árvore. Eu jogava algumas pedrinhas na varanda. Estava entediado. Já estava me cansando de ficar protegendo aquela casa. Era angustiante ver Bella nos braços daquele chupa-cabra sem cor. E o pior era que ela estava feliz, então eu nada podia fazer. Eu devia ser muito masoquista para me torturar daquela forma. Mas dane-se! A decisão foi minha, então eu tinha que arcar com as consequências. Mas isso não mudava o fato de que eu estava extremamente entediado.

Vi luzes se aproximando. Era o carro de Carlisle. Fazia uns dois dias que eu não o via. Provavelmente estava atolado de serviço no hospital. Eu admirava aquilo, mas não tanto para ser sincero com ele. Ele colocou o carro na garagem e, diferente do que eu achei que faria, ele veio em minha direção. Saco!

– Boa noite, Jake. – ele disse sorrindo.

– Boa noite, doutor. – respondi. Não sei por que, mas gostava de tratá-lo formalmente.

– Já disse que não precisa dessas formalidades comigo.

– Força do hábito.

Ele apenas sorriu novamente e se sentou em um tronco de árvore, próximo a mim. Será que ele queria conversar? Sério que ele ia conversar comigo? Nada contra, mas apesar de estar entediado eu não estava desesperado.

– Jake, preciso falar algo um pouco chato com você. – ele ficou sério.

– Precisa mesmo? – perguntei revirando os olhos.

– Sim, preciso. E acho bom que escute com atenção, meu jovem. – ele sabia que eu tinha o hábito de não lhe ouvir.

– Diga lá então.

– Bom, você sabe que tanto eu quanto Esme lhe consideramos nosso filho, não é?

– Mesmo a contra gosto, sim, eu sei. – eu disse e ele sorriu de leve.

– Pois bem, então não vejo o porquê de lhe tratar de forma diferente dos outros. Sei que não quer morar conosco e eu respeito isso. Mas já que faz questão de vir aqui, fazer a ronda, e passa bastante tempo nessa casa, não vou mais admitir que não obedeça às regras. – ele falava sério, mas fui obrigado a revirar os olhos.

Não conseguia acreditar que ele queria me passar sermão! E, afinal, o que foi que eu fiz? Tudo bem que ficava muito tempo naquela casa e acabei me acostumando com todo aquele ambiente. Ah! Fala sério, por mais que eu gostasse se andar sozinho, eu tenho sentimentos. Claro que eu gostava de ficar num lugar onde eu sabia que era amado. Mas era justamente por conta dessas limitações chatas que eu não queria me envolver naquela família.

– Jake, sua mãe tem reclamado muito dos estragos que você faz a casa. – ele falou e eu fiquei confuso.

– Estragos?

– Isso mesmo. Sua última “traquinagem” quase destruiu toda nossa varanda.

Ah! Era isso então. Ok, passei um pouco dos limites da última vez. Estava tão entediado que resolvi provocar um urso que estava por perto. Fiquei correndo dele por um tempo e quando ele veio me atacar o joguei acidentalmente na varada da casa. Claro que depois disso, tanto o urso como eu, saímos correndo. Ele por medo e eu por saber que tinha passado dos limites, não queria que sobrasse para mim.

– Foi mal. Foi um acidente. – disse.

– Eu até entendo que tenha sido um acidente, mas você tem que entender que essas coisas não podem continuar acontecendo. Então, faremos o seguinte: toda vez que esses “acidentes” acontecerem e você estragar algo da casa, você irá consertar. Entendido?

Eu não podia acreditar que aquele vampiro engomadinho achava que podia me dar ordens. Não me importava dele achar que era meu pai, eu não ia receber ordens de um vampiro, mesmo que fosse de Carlisle.

– Eu não vou fazer isso. – respondi calmamente.

– Como é? – ele perguntou meio incrédulo.

– Eu não vou me submeter as suas regras! Eu não sou parte dessa família! Não pode me obrigar a fazer o que quer! – falei firme.

– Ah! Você vai sim. Sabe por quê? Porque você só não quer fazer parte dessa família porque sabe que vou lhe impor limites. Quando é pra receber carinho, quando você sente falta de amor, é pra cá que você vem correndo. Eu não posso te obrigar a viver conosco, entendo seu lado. Mas você não pode vir aqui e fazer o que bem entender. Você decidiu isso, essa casa não é sua. Então o mínimo que você deveria fazer era respeitar nossa propriedade. Mas já que você não o faz, então deve pelo menos agir como alguém descente e consertar o que quebrar.

– E se eu não fizer? O que vai fazer? – perguntei desafiadoramente. Ele simplesmente cruzou os braços e me olhou calmamente.

– Eu o denunciarei à polícia por vandalismo.

– O QUE?

Carlisle estava mesmo dizendo aquilo? Ele teria coragem de me denunciar? Ele não podia estar falando sério.

– Qual é o problema? Você não quer se submeter as minhas regras, então te tratarei como trataria qualquer adolescente delinquente que destruísse coisas na minha propriedade. – ele sorria de maneira vencedora, o que me irritou profundamente.

– VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! – gritei.

Abaixe esse tom, rapazinho. Não sou seu coleguinha pra que me trate dessa maneira. – ele disse firme e eu rosnei para ele. – O que é isso? Está rosnando para mim? Está mesmo me desafiando dessa forma?

Eu rosnei de novo. Ele estava me irritando. Até me levantei para encará-lo. Ele também se levantou e veio em minha direção. Aproximou-se de tal forma que nossos peitos quase se encostavam. Nesse hora ele me olhou sério e apontou o dedo na minha cara.

Escuta aqui, meu jovem. Você acha que pode vir aqui na MINHA casa e me desrespeitar dessa forma? – ele falou de maneira tão firme e tão autoritária que senti um leve tremor em minhas pernas, mas mantive minha postura.

– E você acha que pode mandar em mim? – falei ainda de maneira desafiadora, mas num tom mais moderado.

Não só posso como vou! Essa é a MINHA casa e se quiser continuar frequentando terá que seguir as MINHAS regras! Entendeu?

Seu olhar era intimidante. Eu engoli em seco e afirmei com a cabeça. Mesmo que eu quisesse me rebelar, tudo que eu conseguia fazer era obedecer. Ele tinha a mesma autoridade que um líder de matilha. A única diferença era que eu não sentia hostilidade.

– Ótimo!

Ele agarrou a minha orelha e eu me surpreendi. Quando percebi ele já estava sentado no troco novamente, comigo em seu colo virado de bruços e com a bunda empinada. Posição completamente constrangedora.

O que pensa que está fazendo? – perguntei meio revoltado e meio aterrorizado.

– Vou te ensinar a me respeitar. Você NUNCA mais vai rosnar para mim.

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… hum

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**…aaaii

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… d-dói

Caramba! Ele estava batendo por cima da calça jeans e doía demais. Qual era a dessa força toda? Tentava conter os gemidos, aquilo já era constrangedor por si só.

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… p-paraaa

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… ch-chega

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… t-tá bom j-já entendi

– Eu digo quando parar! Você vai aprender a me respeitar, seu moleque!

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… aaahh

Soltei um gemido sem querer. Ele estava aumentando a força.

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… hum

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… j-já che-chega

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… paaarraaaa

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… AAAAHHH

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… PAAAAARAAAA

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… AAAAHIIIII

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… PAAAAII

Comecei a espernear em seu colo. Não consegui conter as lágrimas. Cara, além de doer aquilo ainda era humilhante! Eu me sentia um molequinho em seu colo, completamente submisso à autoridade do pai. Tanto que não consegui evitar chamá-lo de pai. Mas ele não parou.

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… AAAAAAAAHHHHHH

– Vocês entendeu, Jacob?

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… S-SIIIIMMM

– Vou precisar repetir?

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… N-NÃÃOOO

– Não o que?

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… N-NÃÃÃOO S-S-SENH-OOORRR

– Quando eu mandar você faz o que?

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… O-OBE-D-DEÇOOOOO

– Faz o que?

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**… OBE-DE-DEÇOOO PAAPAAAAIII

PAFT** PAFT** PAFT** PAFT**

Eu já estava me debulhando em lágrimas. Não podia acreditar que tinha apanhado como uma criancinha de cinco anos. Cara, Carlisle era muito mais pai do que eu imaginava. Ele parou de me bater, mas eu continuava chorando. Ele me levantou e me abraçou. Mas o que ele estava fazendo? Ele tinha acabado de detonar minha bunda e agora estava me abraçando? Qual era o problema dele?

– Shiii... Shiii... Já chega, meu lobinho. O papai não vai mais te bater, já acabou.

Eu ainda chorava muito. Não estava entendo o que ele queria com aquele consolo, mas eu estava gostando. Por que eu estava me sentindo seguro naqueles braços? Aquilo era estranho, mas mesmo depois daquela surra eu ainda queria sentir que estava tudo bem. Aquele abraço me provava que mesmo eu tendo agido de forma estúpida, ele ainda continuaria do meu lado. Aquilo era muito estranho. Eu estava acostumado a agir impulsivamente, de forma agressiva, e todos viravam as costas para mim. Ficavam magoados e simplesmente me deixavam sozinho. Mas Carlisle estava lá, me abraçando. Mesmo depois de ter rosnado para ele, de ter agido de maneira grosseira e desrespeitosa. Eu sabia que estava errado, mas eu queria me impor. Mesmo que aquilo afastasse Carlisle de mim. Claro que me arrependeria depois, mas era assim que eu estava acostumado a agir, a viver. Não era o que me fazia feliz, mas era assim. Carlisle estava mudando isso. Mesmo tendo me batido, não conseguia sentir raiva dele, porque ele continuava ali, comigo. Entendi, naquele momento, que precisava daquele carinho. Precisava que não desistissem de mim, mesmo com esse meu jeito agressivo de ser.

– D-des-cuuull-paaaa... – foi tudo que consegui dizer.

– Sim, Jake. Você tem o meu perdão, lobinho. Eu amo você e é assim que eu quero te tratar, como meu filho.

Aquilo apenas me fez chorar ainda mais. Era assustador o quanto aquele cara conseguia cativar as pessoas. Ele tinha nascido para ser pai. E mesmo que eu não fosse admitir tão cedo, eu já o considerava meu pai.

– Jake, não me faça repetir isso, ok? Quero que continue frequentando essa casa. Tenho esperanças que um dia você não vai mais querer sair daqui. Enquanto esse dia não chegar, quero que saiba que sempre estarei de braços abertos. Seja para lhe disciplinar, seja para te dar carinho. Quero que entenda que eu só quero o seu bem. Por isso, não vou tolerar desrespeito, entendeu?

– S-sim senhor. – falei já mais calmo.

– Ótimo. Agora que tal se você entrar um pouco? Deve ser muito chato ficar aqui fora sem fazer nada. – ele me disse sorrindo.

– Não. Eu prefiro ficar aqui fora, se não se importa.

– Tudo bem. Eu vou entrar, mas se quiser me chame, ok?

Eu afirmei com a cabeça e ele virou-se para entrar. Não sei por que, mas não queria que ele fosse embora.

– Carlisle! – chamei sua atenção e ele virou-se para mim.

– Sim?

– Será que... que você pode ficar mais um pouco comigo? – perguntei vermelho de vergonha.

Ele sorriu e veio em minha direção. Ele me deu um beijo no topo da cabeça e ficamos conversando por um bom tempo do lado de fora.

Fim do Flash Back

Só de lembrar eu já ficava vermelho. Mas naquele dia eu entendi que, lá no fundo, eu queria fazer parte da família. Só não estava preparado ainda. Sentia que ainda faltava encontrar alguma coisa antes de me prender a uma família. Não sabia exatamente o que, mas era assim que eu me sentia. Tudo que eu dizia eram apenas desculpas para não ter que admitir aquela verdade. Enfim, não era hora de ficar pensando naquilo.

Vi luzes se aproximando. Eles estavam chegando em dois carros. Passeio em família? Fiquei com um pouco de inveja, mas só um pouquinho. Eles nem entraram na garagem. Pararam o carro assim que me viram.

– Jake? Há quanto tempo, filho! – disse Carlisle com a cabeça para fora do carro.

– Jacob? – vi alguém descendo do carro e me chamando.

Era ela! A garota que me fez sofrer um imprinting. Mas o que ela estava fazendo com os Cullen? Senti meu coração bater mais forte. Eu tinha encontrado ela de novo. Droga, ficava criticando ela, mas não podia nem sentir seu cheiro que já me sentia ansioso daquele jeito.

– Sophie? O que faz aqui? – perguntei.

– Bem, eu... – ela não terminou de falar. Todos desceram do carro e vinham em minha direção.

– Você a conhece? – Esme me perguntou.

– Sim, nos conhecemos a alguns dias atrás. Ela é...

– NÃO! – ela gritou, me impedindo de continuar falando.

Todos olharam para ela confusos, principalmente eu. Afinal, o que estava acontecendo ali?

– Jacob, venha comigo.

Nem deu tempo de dizer nada e ela já estava me puxando para longe da vista dos Cullen. Achei aquilo estranho, mas eu não conseguia reagir a seu toque. Era frio, mas eu me sentia extremamente quente por dentro.

– Você não pode falar nada para eles. Eles não podem saber quem eu sou. – ela sussurrava.

– Por que não? Ou melhor, o que está acontecendo aqui? Por que você fugiu de mim daquela maneira? E o que veio fazer na casa dos Cullen? – eu queria respostas.

– É uma longa história. Eu te conto depois, mas, por favor, me prometa que não dirá nada. – ela ainda sussurrava.

– Do que tem medo?

Ela nada disse. Apenas me olhou tristemente. Eu reconheceria aquele olhar em qualquer pessoa. Medo de ficar sozinha, medo de ser abandonada. De certa forma era assim que eu me sentia também. Não podia acusá-la de nada. Mas se era por isso, por que ela simplesmente não ficou comigo? Poderíamos ficar juntos! Aquela garota era mesmo problemática.

– Fica comigo! – eu disse.

– Jake, já falamos sobre isso. Não vou te colocar em risco dessa forma.

– Mas você está com eles! Qual a diferença? – estava começando a me alterar.

– Eu não sei. Sinto muito, mas não sei. E-eu estou confusa, ainda mais confusa. – ela parecia mais triste.

Eu suspirei. Saco! Pelo visto eu realmente estava destinado a passar a eternidade ao lado dos Cullen. Não me contive. Abracei minha garota. Sim! MINHA garota! Ela era MINHA! Ela podia ser problemática, mas era MINHA!

– Então eu vou ficar com você.

– Jake... – não deixei que terminasse de falar.

– Eu vou ficar com você. Não pode me impedir!

Dessa vez foi ela quem suspirou. De repente ela me empurrou e algo caiu sobre ela. Um vampiro? Droga! Abaixei minha guarda. Ele estava apertava a garganta dela. Eles estava machucando a MINHA garota. Só por cima do meu cadáver.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Yooo pessoitas ^^/

A história mudou um pouco o rumo... Mas espero q tenham gostado XD!!
o/



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