Como Francesca havia avisado, no portão da universidade Ignazio a esperava com um sanduíche para ela, Emma o viu escorado na lateral do carro, procurando por ela no meio dos alunos que saiam. Ela então acenou e se despediu do grupo que a acompanhava, antes de apressar seus passos para chegar ao utilitário prateado e leh cumprimentar.

– Bongiorno! - Disse Ignazio quando Emma se aproximou do carro.

– Bongiorno, adiamo?– Perguntou segurando o pacote que ele lhe ofereceu. - Não quero de jeito nenhum encontrar com Raoul na empresa.

– Nem eu quero perder meu pescoço.

Entraram no carro e Ignazio deu a partida sem delongas cantarolando com a música do rádio enquanto a passageira observava a curta viajem. Muitas coisas se passavam na sua cabeça, não conseguia compreender Brian, ele a estava convidando para sair? Ou como podia existir pessoas como Francesca e Pietra para lhe ajudarem ao mesmo tempo que Raoul e ela viviam em guerra. O que sua avó Clarisse pensaria se ela contasse tudo que anda fazendo como invadir a sala de arquivos, ou pesquisando sobre vinhos e agindo como muma legítima filha de Dona Mantovani?

– Non mangiare? – Não vai comer? - Ignazio perguntou de repente.

– Non troppo sicuro mangio in macchina l'altra ... – Não acho muito certo comer no carro dos outros... - Respondeu com um tímido sorriso sincero para alguém que parecia mais tuo nuovo fratello.

– Questo non è l'auto Raoul, sentirsi a proprio agio. E non preoccupatevi, in quanto non si dispone più briciole che Joanna stessi! – Este não é o carro de Raoul, se sinta a vontade. E não se preocupe, não tem como você fazer mais migalhas que Joanna mesmo!

– Você parece o irmão que eu nunca tive! - Disse empurrando o braço de Ignazio e sorrindo.

– Benvenuto, sorellina.– Bem vinda, irmãzinha. - Respondeu ele.

Riram pelo resto do caminho enquanto Emma tentava ao máximo não se sujar com o recheio do sanduíche feito pela mamma Marília e recheado como um bom muffuletta– tipo de sanduíche tipicamente italiano. Logo estavam na cede do vinhedo Mantovani e para se certificar que Raoul não estava, Ignazio foi checar se o Porsh estava no estacionamento, felizmente estavam seguros pela próxima hora para Emma fazer sua pesquisa.

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"Recorro de minha própria averiguação sobre os dados observados e aqui transcritos sobre o desenvolvimento do comércio e da tradição que há nas veias dos integrantes a essência da fabricação dos melhores vinhos e do empreendimento recomendado para o comércio. O sucesso atual que coloca estas várias gerações de uma mesma família em uma visão privilegiada entre o roll de excelência dos críticos mais renomados, mantendo uma concorrência acirrada com produtores de regiões da França, Portugal e Espanha.

Depois de evidenciar o início da produção de vinhos pela família durante oito gerações completas , deve ser abordados os investimentos, e a rentabilidade apartir da administração..."

–Non avevo pensato a quanto sarebbe interessante per la mia tesi di un colloquio con l'attuale direttore. - Não tinha pensado como seria interessante para a minha tese uma entrevista com o diretor atual. - Emma comentou analisando dados antigos, não lhe compensava analizar as planilhas e resmas infinitas de papel quando o diretor podia lhe dar aquelas informações que necessitava mais resumidamente. O problema estava no fato de o diretor pouco saber e de forma alguma aprovar a pesquisa. Porque Raoul tinha que ser tão cabeça dura?

– O problema e quem e o atual diretor. Se o Raoul descobrir, sua tese nunca chegará as mãos do seu tutor na universidade.

– Eu sei, mas morar com a família por um mês e não conseguir uma entrevista é ridículo! Seria o apse da minha monografia. - Disse chorosa.

– Non posso farne a meno ...– Não posso ajudar nisso...

– Tu e le tue sorelle mi hai aiutato più di quanto io posso ringraziare, permettetemi troverò un modo per ottenere qualche credito per il mio lavoro. Senza contare che mi hai promesso un testimonial! – Você e suas irmãs já me ajudam mais do que eu posso agradecer, deixe que eu irei achar uma forma de conseguir algum crédito ao meu trabalho. Sem contar que você já me prometeu um depoimento!

– Promesso, è vero? – Prometi, é? - disse ele sorrindo. - Achei que só importasse o do Raoul.

– Hai promesso e preferisco un uccello in mano di due battenti! Non verrà eseguito ora che ha promesso di aiutarmi, giusto? – Você prometeu e eu prefiro um pássaro na mão que dois voando! Você não vai correr agora que prometeu me ajudar, não é?

– É claro que não vou desistir de um bom trabalho tão fácil, vai ter que inventar mais desafios se me quer fora. Deixarei voce até colocar o meu nome uma nota sobre mim no seu trabalho, mesmo que não valha muito.

– Claro que vale, pergunte entre as minhas colegas, elas ficam muito felizes quando você vai me buscar.

– Não conte a Stella. - Disse voltando a atenção para o arquivo que estava lendo para ajudar Emma na pesquisa e anotando as partes mais importantes.

– Nem ao Raoul. - Brincou, mesmo não sendo pelo mesmo motivo.

Emma voltou a procurar informações sobre a empresa que lhe fossem úteis, assim como matérias em revistas que envolviam o vinho Mantovani. Havia muito material, resolveu por imprimir parte dele para poder investigar melhor quando estivesse fechada no seu quarto.

Antes do que ela acreditava ser possível a hora que ela tinha para pesquisar tinha se passado por inteira e ela precisava ir embora antes que Raoul aparecesse e também sem ter que se desculpar com algum professor por se atrasar para a palestra da tarde, e se fosse o dr. Idest ela saberia que teria o desprezo dele pelo resto das palestras. De aluna modelo a "baixa chance se sucesso". Oh, Deus, ela estava agindo como uma adolescente, como se a vida não lhe tivesse lhe mostrado que você sempre decepciona alguém e é decepcionado, mas ela ainda teria aquela vaga no mestrado, mas oara isso, boas opiniões entre o corpo docente eram importantes.

– Ignazio, dobbiamo andare. – Ignazio, precisamos ir. - Disse guardando o notebook na bolsa e prendendo a presilha que estivera até agora em seus cabelos escuros na alça da bolsa.

Primeiro Ignazio saiu pela porta com discrição, observando o movimento no corredor antes de chamar por Emma para que ela saísse. E a primeira parte do caminho foi tranquila e com pouco movimento, a adrenalina que corria no corpo de Emma tinha quase evaporado, mas ao mesmo chegarem ao hall do andar, ela voltou arrasadora.

Ignazio viu o irmão saindo do elevador acompanhado de mais pessoas, vindas do exterior, pois falavam apenas em inglês e pediu que Emma fosse até o banheiro, ou estariam fritos. Raoul estava lá antes do previsto, e a apenas alguns metros deles.

Emma sentiu seu sangue gelar e seu coração disparar em uma corrida contra o desastre iminente, foi ao mesmo lugar que na chegada foi lhe indicado como o banheiro para lavar suas mãos sujas do molho do sanduíche. Se atrapalhou no caminho, mas teve a felicidade de Raoul não a ver. Suava frio e respirava rápido quando fechou a porta atrás de si e felizmente deu com um banheiro vazio.

Depois de lavar o rosto e respirar fundo, ainda temendo ser pega e quase desistindo daquele projeto que parecia que receberia três notas A+ e uma intimação para responder por alguns crimes sobre informações privadas e exploração. Mas Emma não desistiria tão fácil assim, talvez Raoul viesse a entender e aceitar sem ter um ataque por ela e seus irmãos terem feito tudo bem de baixo do seu nariz.

Os primeiros minutos passaram e Emma começou a conferir no celular os minutos, assim como as mensagens e ligações de Francesca avisando que Raoul não tinha ido almoçar em casa. "Maldita hora para se por o celular no silencioso" concluiu Emma, e respondeu a mensagem da amiga.

"É, o Raoul está aqui e eu estou escondida no banheiro enquanto o Ignazio dá um jeito na situação. Mais tarde eu digo o quão ferrada eu fiquei ;) " - Enviada a Francesca, 13:50.

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– Ignazio che ci fai qui? – Ignazio o que faz aqui? - Inqueriu Raoul levantando uma das sobrancelhas em desconfiança.

– Solo dando un passato, ho avuto un po 'di tempo libero e ho deciso di venire a vedere come stavano le cose nel settore finanziario, sai che non è buono solo per il lavoro al computer.– Apenas dando uma passada, tive um tempo livre e resolvi vir ver como estavam as coisas no setor financeiro, você sabe que não é bom trabalhar apenas pelo computador.

– Sì, hai ragione. Dal momento che sei qui, voglio farti conoscere i nostri nuovi potenziali investitori – Sim, você está certo. Já que está aqui, quero que conheça nossos novos possíveis investidores - Disse o apresentando a tres ou quatro homens - Eu preciso conferir algumas coisas urgentes, os mantenha entretidos por alguns minutos, ok?

Ignazio jamais se imaginou nessa situação, ou na possibilidade de Raoul odiá-lo quando descobrisse, mesmo que aparentemente o pior julgamento sério o de Emma, quando ela não fazia nada com segundas ou terceiras intenções, o irmão tinha sérios problemas em reconhecer que ele e Emma não eram tão diferentes, mesmo que ela não tornasse nada mais simples para ele. fato era simples, ele se importava com o irmão. Sua cabeça estava em outros pensamentos, talvez até mais nobres, e pela primeira vez falar com os investidores foi tão fadigante como daquela vez.

– Va bene, grazie Ignazio– Pronto, obrigado Ignazio. - Falou batendo no ombro do irmão em um jeito afetivo - Excuse me, gentlemen, for the delay if they can join me, please ... – Desculpem-me, senhores, pela demora se puderem me acompanhar, por favor... - Falou passando por ele, mas então se virando - Ignazio, quero falar com você mais tarde.

– Voltarei para casa, sabe onde me encontrar. Ciau, fratello.

– Ciau. - Respondeu seguindo o rumo da sala de reuniões.

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– Andiamo, Emma, ​​o si arriva in ritardo davvero. –Vamos, Emma, ou você chegará atrasada de verdade. - Ignazio falou baixo batendo na porta do banheiro feminino.

– Até que enfim, o Raoul já foi? - Ela perguntou observando os corredores.

– È in una riunione, non si otterrà il colloquio ora – Está em reunião, não, vai conseguir sua entrevista agora.

– L'unica cosa che ricevo da lui una minaccia di processo immediato. – A única coisa que conseguirei de imediato dele é uma ameaça de processo. - Respondeu sem humor enquanto esperavam o elevador.

" Foi por um triz, mas acredite. Eu não estou ferrada nem vou ser processada, não hoje. Mas andei pensando que precisamos contar ao Raoul uma hora ou outra." Enviada a Francesca, 13:58.

" Disso nós sabíamos, só nos resta saber como. "Recdbida de Francesca, 13:59.

Quem diria que contar a Raoul Mantovani algo que o faria ficar irado era agora a segunda meta na lista de Emma?

Mais uma do Raoul para vocês - Richard Crispin Armitage