Depois da morte de Augustus Waters escrita por Malia Stilinski
Notas iniciais do capítulo
mi disculpem pela extrema demora, :'( eu esqueci das minhas fanfics... amo vcs
Tam du du du. Tam du du du.
– Alô?
– Hazel! Hazel! Você não vai acreditar! - gritou Isaac eufórico do outro lado da linha.
– O que aconteceu? - perguntei. - Bom ou ruim?
– Maravilhoso, Haz! Vamos poder fazer cirurgias nos hospitais privados e com o dinheiro poderíamos até morar lá pagando quartos privados!
– Como assim "com o dinheiro"? De que dinheiro você está falando Isaac? -perguntei começando a rir do jeito dele.
– O dinheiro Hazel! O dinheiro que a gente ganhou na loteria!
– O quê? - fiquei voltando no tempo na minha mente, quando eu tinha comprado um bilhete na loteria? E com o Isaac! - Que bilhete é esse? - questionei.
– Você não lembra? Não ficou com você? Quando você veio aqui em casa, fomos na loteria, dividimos o valor, escolhemos os números e tudo.
– Ah, sim, sim. Lembrei. O bilhete. Sério?! Aquele bilhetinho?!
– É!
– Você tá com ele aí? - perguntei.
– Não... Você tinha ficado com o bilhete lembra?
– Não, não. Eu não lembro onde botei! Não achei que seria interessante!
– Como não seria interessante? É um bilhete da loteria! Pode ser sorteado como todos os outros! - ele retrucou com a voz um pouco mais alta.
– Desculpe! Eu-eu vou procurar. Deve ter ficado na minha bolsa, então. Te ligo mais tarde.
Isaac deu um suspiro antes de responder.
– Tudo bem, desculpe, fui meio grosso com você.
– Não foi nada. A culpa é minha mesmo.
– Não, a culpa não é de ninguém. Só quero voltar a enxergar, sabe... - sua voz foi diminuindo.
– Vou achar o bilhete, e você pede para sua mãe procurar pra você, ok? Nós vamos achar esse bilhete.
– Isso aí. - ele animou.
– Até logo. - falei.
– Até. - e eu desliguei e comecei a procurar.
Procurei direto na bolsa que eu saíra aquele dia, mas não encontrei.
– Merda! Onde eu coloquei esse bilhete?
Olhei nas gavetas do meu criado mudo, no roupeiro, dentro das calças, bolsos de casacos, até meus pulmões começarem a cansar.
– Mããããe! - chamei.
– Que foi? - escutei ela correndo até pé da escada, provavelmente se controlando para não subir correndo e ver se eu estava passando mal.
– Pode vir aqui? - pedi.
– Claro. - e em um instante ela apareceu na porta do meu quarto. - Que houve? - não deixei de sorrir, minha mãe sempre tão sensata, sempre pronta pra mim.
– Você viu algum bilhete de loteria por aí?
– Bilhete de loteria? Que história é essa agora? - ela riu.
– Eu e Isaac tínhamos jogado na loteria, só que perdemos o bilhete. - expliquei.
– E deixa eu adivinhar: vocês ganharam? - brincou.
– De acordo com o Isaac, sim, ganhamos. - respondi.
– Ah, meu Deus, Hazel! É verdade? - perguntou arregalando os olhos.
– Sim, mãe. - falei rindo. - Mas depois nós falamos sobre isso, precisamos encontrar o bilhete, porque sem bilhete ninguém vai ganhar dinheiro nenhum.
– Tem razão... - concordou. - Ganhar na loteria? Uma chance em um milhão! - sussurrou.
....
– Não fazemos a mínima ideia de onde possa estar o bilhete, filha. - comentou meu pai. - Já procuramos por tudo.
– Só pode estar com o Isaac então, vou telefonar para ele. - falei. - Já volto.
Depois de quatro toques ele atendeu.
– Sou eu Isaac, conseguiu encontrar o bilhete? - falei indo direto ao ponto.
– Ah! Haz, Maria também não está achando. - contou.
Maria era a empregada do Isaac, ela cuidava dele e do Graham enquanto a mãe deles saia para trabalhar.
– Meu Deus! Onde colocamos esse bilhete? - perguntei frustrada.
– Calma, nós vamos achá-lo, será que a gente pode tê-lo perdido?
– Isso seria muito ruim.
– Quer vir aqui em casa? - perguntou do nada.
– Eu ia continuar procurando o bilhete fujão... - falei.
– É que faz tempo que eu não vejo você.
– Pois é. Bom, posso te ajudar a procurar por aí.
– Iria ser ótimo! - Isaac concordou com malícia e eu ri.
– Só um minuto então. - afastei o telefone do rosto e gritei para a minha mãe:
– Mãe!! Posso ir na casa do Isaac? Nós vamos procurar o bilhete lá!
– Tudo bem! Mas seja rápida pra se arrumar!
Coloquei o celular de volta no rosto:
– Ok, estou indo. - avisei.
– Agora? - perguntou
– É.
– Quando o assunto é vir aqui você nem pensa duas vezes. - brincou e nós rimos.
– E você não perde nem um minuto. - retruquei. - To saindo, beijo.
– Beijo. Até. - e eu desliguei.
Coloquei uma blusa mais bonita, escovei o cabelo e passei um gloss e então fomos para lá. Foi bem rápido por que minha mãe estava com um pouco de pressa, já que ela ia fazer um teste tal para se tornar uma Patrick.
– Oi, Haz. - falou Isaac segurando aquelas varetinhas de metal quando Graham abriu a porta.
– Oi Isaac. Oi Graham. - falei.
– Oi. - disse o garotinho. - Isaac estava doido para você chegar. - confessou fazendo Isaac ficar vermelho no mesmo instante.
– Cale a boca, Graham! - e o garoto saiu correndo.
– Imagino. - falei rindo para descontrair.
– Entra aí. - convidou ainda meio rosado.
– Beleza. - respondi.
Caminhamos em silêncio até o quarto. Quando chegamos lá, Isaac falou:
– Nenhum sinal de vida do bilhete. - e eu falei uma coisa nada a ver com o assunto:
– Você fica fofo quando está com vergonha.
Isso deixou ele um pouco vermelho, mas dessa vez ele não se abalou.
– Eu sou fofo, Hazel Lancaster. - e nós rimos.
– Nem um pouco convencido.
– Claro, porque sou 100% fofo aí não sobra nada para as outras coisas.
– Não. Eu disse que você fica fofo quando está com vergonha. Na verdade eu nunca vi você com vergonha. - confessei.
– E na outra parte o tempo? A parte quando eu não estou com vergonha, eu sou o que? - perguntou.
– Você é engraçado.
– Sou 98% engraçado e 2% fofo?
– É. - concordei rindo.
– E meu percentual de beleza? Eu não sou mais aquele charme de pessoa? Ah é, esqueci que é minha mãe que cuida da minha aparência agora. - brincou.
– Seu percentual de beleza é um. - cutuquei.
– Um?! Eu fiquei tão feio assim? - ele retrucou e apenas ri. - Mas você ama esse 1%, né?
– Aham. - concordei e nós rimos.
Enquanto Isaac ria percebi que seu cabelo tinha crescido, de modo que ele ficava bem descontraído, como se não tivesse preocupações. E parecia ter ganhado mais massa corporal também.
– Tá tudo bem? - ele perguntou com a mão no ar.
– Ah? Tá, sim. Fiquei viajando na maionese. - ele deu uma gargalhada.
– Viajando na maionese! - e deu outra gargalhada.
Isaac estava muito bonito. E meu coração acelerava só de olhar pra ele. Nessas horas eu não sei se era conveniente ou não o fato dele ser cego.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu até iria fazer maior o capitulo, mas eu tava doida para postar então deixei assim mesmo kkkk