O diário de Annie Cresta escrita por Ella


Capítulo 3
A colheita


Notas iniciais do capítulo

Oi pudins!
Estou de volta, com um cap muito divo u.u
Enjoy it!



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“Bom, depois de ouvir o badalar aconteceu o seguinte...”

–Vou indo, tenho que me arrumar.

Finnick me encara.

–Pense no que eu disse, sim?

Assinto, recebendo um sorriso.

–Quer companhia para ir para casa?

–Claro! –respondo.

Vamos voltando, em silêncio. Em 15 minutos estamos em minha casa, uma construção azul com conchas nas paredes.

–Bom, até a colheita, Annie.

–Até, Finn.

Ele sorri diante do apelido e se afasta.

Entro em casa e encontro o que eu espero: Minha mãe, meu irmão e meu pai comendo animados. Estão em nossa sala, onde tem apenas um grande sofá em uma TV.

–Minha filha está indo para os jogos! Irá honrar a família!

Eu já não tinha tanta certeza.

O que Finnick disse fazia sentido. Afinal, ir para os jogos pode te mudar muito, mas não queria decepcionar minha mãe. Sabia que se eu não fosse esse ano, não poderia ir, os treinadores não me dariam essa chance. Mas eu já não sabia se queria ir.

Com esses pensamentos me encaminho para o banheiro, ligando a água da banheira, trancando a porta e me despindo. Pego um produto com cheiro de rosas e despejo conteúdo na banheira. Entro na água com calma, encontrando uma temperatura bem agradável, me permito relaxar por uns instantes.

Minha família é rica, o que quer dizer que tenho belas roupas e uma banheira quente. Nunca peguei tésseras, afinal, nunca precisei. Depois de relaxantes 30 minutos, ouço a vós da minha mãe:

–Querida, você tem que se vestir. Vamos, só falta uma hora e meia e você ainda não almoçou.

Revirei os olhos, levantando da banheira e abrindo o ralo. Me enrolo em uma toalha e saio, seguindo o corredor até chegar no meu quarto.

Ele é grande, as paredes são brancas e minha cama enorme. Tenho um penteadeira e um guarda-roupa, junto com um criado mudo. Uma escrivaninha e uma janela completam a decoração. Tem cheiro de morango, uma das minhas frutas favoritas. É simples, mais refinado. Parecido comigo, na verdade.

Olho na minha cama e encontro a roupa que me foi escolhida. É um vestido azul, que vai até o joelhos. Tem duas mangas compridas de renda, é justo até a cintura, em seguida mais soltinho.

Sorri, afinal era meu vestido favorito. O visto com cuidado, colocando em seguida um salto fino, não muito alto, da mesma cor do vestido. Pego um colar prateado com uma gota e vou arrumar o cabelo. Decido fazer um coque, não muito alto. Passo pouca maquiagem, apenas gloss, rímel e delineador.

Estou pronta.

Saio do quarto e encontro minha família na sala de jantar, sentados na mesa, já com a comida no prato. Sento ao lado de meu irmão, John, que parece nervoso.

–O que foi?

–Eu estou preocupado. Se você morrer...

–Não irei morrer, John. Irei vencer, por você.

Ele sorri, e eu retribuo.

Me sirvo, comendo com o máximo de calma que posso. De longe, ouço o badalar. Isso quer dizer que são 13:30, hora de fazer o cadastro. Meu irmão só tem 11 anos, de modo que irei sozinha.

–Estou indo.

Minha mãe sorri.

–Nos vemos daqui a pouco.

Me levanto, e saio de casa. No caminho, passo pela casa de Miguel Lowre, meu amigo. A casa é grande e verde, tem dois andares e não é muito longe da minha. Logo Miguel sai, ele tem olhos azuis, cabelos loiros e é moreno.

–Olá!

–Oi Annie.

–Vamos?

–Claro!

Saímos andando em direção ao cadastro. Entramos na fila, logo é minha vez.

–Me dê o dedo.

Lhe estendo o dedo e recebo um choque.

Saio e vou para a fila de garotas de 17 anos na colheita. Depois de alguns minutos, Helen sobe no palco.

Ela é a acompanhante dos tributos. Tem cabelos roxo, assim como suas roupas. Sua pele tem um tom meio rosa, e tem tatuagens florescentes em volta de seus olhos. A voz dela é super irritante e fina, com o sotaque típico da capital.

–Bem-vindos, bem-vindos. Estamos aqui para escolher os tributos do distrito 4 para a 70° edição dos jogos vorazes! Mas, antes, eu tenho um vídeo vindo diretamente da capital!

Nem presto atenção no vídeo, é sempre o mesmo. Depois dele, a mulher sorriu.

–Bom, e agora, ao sorteio! Primeiro as damas.

Ela andou calmamente até a bola e eu decidi: não iria me voluntariar, a pessoa escolhida teria que ir para a arena. Assim que decido isso escuto:

–Annie Cresta.

Respiro fundo e me encaminho para o palco. No caminho, olho para Miguel, que me encara preocupado. Subo no grande palco, já nervosa.

–Algum voluntario?

Eu já sabia que não haveria, afinal, era eu quem iria esse ano.

–Bom, então agora, ao cavalheiro.

Ela cruza o palco despreocupada e pega um pedaço de papel, o desembrulhando devagar.

–Miguel Lowre.

Não. Meu melhor amigo vai comigo para a arena?

Ele parece em choque mais sobe no palco.

–Algum voluntário?

Silêncio.

–Bom, apertem as mão!

Me viro para ele, meus olhos estão quase cheios de água. Aperto sua mão.

–Esses são os tributos da 70° edição dos jogo vorazes, e que a sorte esteja sempre ao seu favor!

Bom, a sorte definitivamente não estava a meu favor.

Saio do palco, sendo guiada até uma sala. Chegando lá, espero e logo meus pais vem me ver, acompanhados de meu irmão.

–Filha, quero que lute bravamente. Sei que está triste por Miguel ir com você, mas você não irá mata-lo. Alguém provavelmente fara isso. Por favor, se cuide e não se abale.

Assinto, mesmo sabendo que é impossível. Ele é meu melhor amigo, não conseguiria não me abalar.

–Nós te amamos. –falou meu pai

–Eu também amo vocês.

Nos abraçamos e meu irmão fala:

–Você vai voltar, não vai?

–Sim eu vou.

O abraço e lhe dou um beijo na bochecha. Em seguida os pacificadores entram.

–Acabou o tempo.

Dou mais um abraço neles e eles saem. Depois de um tempo, outra pessoa entra: Luana, minha amiga. Tem cabelos castanhos e olhos amendoados, somos amigas desde os 7 anos.

Ela me abraçou e falou:

–Tome, guarde isso. Use-o na arena, para se lembrar de casa.

Era um colar em forma de gota, igual o que eu usava. Mas aquele era de prata de verdade, não iria enferrujar como o meu.

Peguei-o com delicadeza e a abracei novamente.

–Você consegue. –ela disse antes de ter que se retirar. Depois disso, os pacificadores entraram e me levaram até um carro negro, assim que entrei encontrei Miguel e Helen. Me entei ao lado dele e o abracei, deixando minhas lágrimas escorrerem, sabendo que provavelmente, não o teria por muito mais tempo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Quem gostou? o/
Bom, o Jake Abel é o Miguel :)
Agora a maioria dos capítulos terão Banners, eu viciei:)
Alguma sugestão? Crítica?
Espero que tenham gostado, desculpa a demora...
XOXO



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