Uma chance para Clato escrita por Gabi


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oii queridos, Feliz Natal para vocês! e aí está o novo capítulo
Boa Leitura



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No hospital com Cato - Diário de Clove

Fiquei sentada no hospital, até acabar cirurgia que faziam no braço quebrado de Cato,Hudson ficou esperando comigo o tempo todo, o que foi na certa bem desconfortável, não gostava de Hudson mais naquele momento aquilo não importava pra mim, fiquei até surpreendida por ele ter parado de pensar em si mesmo e pensar um pouco no amigo dele, isso não é muito coisa de Hudson, nós nos conhecemos desde pequenos e ele sempre foi assim, o prefeito, pai de Hudson, as vezes ia na minha casa conversar com meu pai, e levava Hudson junto,na primeira vez tinha ficado feliz, pra mim aquilo significava "amigos novos", e depois que conheci melhor Hudson, me lamentava todas as outras vezes, e se alguém tinha culpa disso era o Sr.Prefeito, ele sempre mimava Hudson, o que me dava raiva e as vezes até inveja, as vezes o prefeito conversava comigo também, tinha algo nele que me fazia odiá-lo, ele sempre queria saber da minha vida e ficava falando aquelas palavras difíceis que eu não conseguia entender, era simplesmente uma tortura.

–Srt.Clove e Sr.Hartmann -(esse é o sobrenome de Hudson) -Cato já saiu tem um tempo da cirurgia e está em repouso no quarto, ele está dormindo por causa do efeito da anestesia -disse uma enfermeira, me tirando de meus pensamentos

–Posso ver ele? -disse eu esperançosa - queria muito vê-lo.

–Sinto muito senhorita Clove,mas o pai de Cato deu ordens para deixar entrar apenas familiares, não há nada que eu possa fazer.

Naquele momento eu meio que entrei em desespero de novo, eu queria ver Cato, eu precisava vê-lo, era meio que uma questão de necessidade então fiz algo sem pensar.

–Eu...eu sou íntima de Cato,somos....somos familiares - disse que gaguejando e mentindo pessimamente, não sabia por que tinha feito aquilo as palavras saíram de minha boca antes que minha mente pudesse processá-las.

–Você? - disse ela desconfiada - você é o que dele? -disse ela me mandando um olhar desconfiado.

–Eu sou... eu sou... -eu não conseguia parar de gaguejar, "pense rápido Clove,pense" era a única coisa que se passava pela minha mente, então Hudson foi mais rápido que eu.

–Ela é namorada dele, é porque ela tem um pouco de vergonha de dizer isso -disse Hudson se voltando para a enfermeira, eu vi o sorriso se formando em seus lábios enquanto pronunciava aquelas palavras, e isso era um jeito dele se divertir e me ajudar ao meu tempo, garoto esperto.

–I...isso é verdade ?-falou a enfermeira para mim tropeçando em suas próprias palavras, seus olhos estavam arregalados e seu rosto era uma mistura de espanto,susto e surpresa.

–É, é sim - disse eu com firmeza, a fazendo se espantar mais ainda

–Eu vou chamar a outra enfermeira pra te acompanhar até o quarto de Cato -disse ela saindo e murmurando consigo mesma alguma coisa sobre "essas crianças de hoje em dia" e "como o mundo está perdido" e acho que ouvi alguma coisa sobre "tão nova e já assim".

–Namorada?,sério mesmo? -disse eu para Hudson

–Foi a melhor desculpa que achei, me agradeça

–Obrigada - disse eu rindo, então chegou outra enfermeira

–Vamos, vou te levar até Cato -disse a enfermeira, ela era loira, com os cabelos lisos e amarrados para trás, seus olhos eram verdes como folhas, ela também era bastante alta e bonita.

–Traga notícias de Cato para mim -disse Hudson - e diga a ele que esperei aqui e não pude entrar -então ele saiu tão disparadamente quem não deu tempo nem de dar tchau.

Ela me conduziu até a sala em que Cato estava e nos deixou a sós, eu me sentei em uma poltrona ao lado da cama dele e fiquei o observando dormir, ele estava realmente machucado, muito pra falar a verdade, seus olhos estavam roxos e inchados, havia hematomas e machucados em quase todo seu corpo,seus lábios tinham um pequeno corte e em seu ombro direito havia vários cortes , tentei olhar apenas para o rosto dele que estava pouco machucado, apenas arranhões e machucados leves. Depois de mais ou menos meia hora que fiquei esperando ali naquela sala, Cato acordou e ficou surpreso que quem estava do lado dele era eu.

–Ei pequena -disse ele -por que ta aqui?

–Vim te ver, o que mais poderia ser?fiquei sabendo o que seu pai fez com você e vim correndo, Hudson estava aqui e também te esperando mas não conseg...

–Espera, como sabe do meu pai? quem te contou?- falou Cato deselegantemente me interrompendo no meio da frase.

–Foi...foi Hudson, desculpa se você não queria que eu soubesse, mas juro que não conto a ninguém.

–Não tem problema, acabaria te contanto mais cedo ou mais tarde, você é uma das poucas pessoas que conheço em que eu confiaria esse tipo de segredo - aquelas palavras dele me fizeram feliz a semana toda, literalmente -obrigada por ficar aqui comigo, esperava que meu pai ficasse aqui, já que ele supostamente se arrependeu, fui tolo em ter esperanças,mas acho que você do meu lado seria até melhor do que ele,obrigado pequena.

depois disso, ficamos conversando sobre outros assuntos e falei como tinha sido o dia desde que acordei até estar lá, ele meio que riu quando falei o que Hudson tinha dito para a enfermeira, até que Cato novamente caiu no sono, eu precisava voltar pra casa, então deixei um bilhete pra ele

"Tive que ir pra casa e não deu tempo de me despedir, desculpa

De: sua 'namorada' "

Deixei o "sua namorada" para o caso da enfermeira ver o bilhete,(mas admito que gostei , foi uma boa desculpa),falei isso com ele no outro dia, fiquei com medo de que o pai de Cato visse também visse, mas duvido que ele visitaria o filho, então deixei lá, sem medo. Cato ficou lá por mais alguns dias e depois deram alta pra ele, muitos dos hematomas e dos machucados saíram, mais alguns ficaram cicatrizes, principalmente no peito e na barriga, seriam cicatrizes de lembranças ruins, cicatrizes de uma dor que jamais foi esquecida.

Um pensamento que veio a minha mente: Acho que as cicatrizes existem para nos lembrar de nossa dor, e de que conseguimos superá-las , em um momento de que dúvida de si mesmo, você a olha e pensa "ei, eu superei essa dor,posso suportar coisas menores", a cada cicatriz a uma história nela, e em cada história a grande superações.


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Notas finais do capítulo

Oii denovo, espero que tenham gostado desse capítulo, feliz natal novamente, e boas festas
Beijus



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