Azul escrita por Danish Mermaid, Berlim Hime


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

TAN, TAN, TAAAAAAAN. Heh, finalmente, depois de mais de um ano sem postar alguma fanfic~.

Esse era um roleplay /na verdade, só a partir da parte angst/ entre a minha /incrível/ pessoa e a Berlim Hime, que é meu Dendenzinho /gay/.

E, sim, é angst e death fic, doeu na alma matar meu bebêzinho. 3 E, como eu não tinha ideia melhor para um presente de aniversário, fiz isso. ;////; Só para espalhar o semi angst do mundo. HEHEH. /quê.
Eu PROMETO, Berlim, prometo que vou fazer uma outra história bonitinha DenNor para seu aniversário, 'kay?

É só isso, os nomes usados são Mathias e Lukas para Dinamarca e Noruega, respectivamente.

Então, boa leitura. ;u;



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Nenhum dos dois nunca quis que isso acontecesse.

Nenhum dos dois nunca quis sofrer assim.

Era apenas mais um dia o rigoroso inverno nórdico. Não, era um belo dia de transição entre o inverno e primavera, com algumas diferenças não muito notadas, mas com árvores começando a dar suas flores. Um dia comum. Um dia que quase não se via o sol, porém ainda podiam sentir os ventos contrastando com os fracos raios solares que já desapareceriam. Cada vez que se suspirava, respirava fundo, bufava, era possível ver o ar quente do hálito dos bárbaros, muitas vezes misturados ao álcool, esfriar-se e ocasionar um pequeno vapor que logo se dissolvia.

Seria um dia perfeito. Os dois adolescentes trocavam beijos e carícias perto de um lago, apoiados em uma árvore que, com qualquer movimento brusco, derramaria todo gelo acumulado em si. Um dia sem aborrecimentos, sem terem que ir aos barcos ou permanecerem ao barulho da cidade.

Lukas quase sorria, preenchendo o pescoço do dinamarquês com carícias que fazia com a ponta do nariz. Mordeu o lábio inferior e ficou na ponta dos pés. Aquela diferença de altura sempre iria incomodá-lo. Mesmo sendo forte, era vergonhoso ter que ou pedir ao maior para segurá-lo ou permanecer como estava. Mas realmente não ligava naquele momento. Eram só eles dois. Que se ferrem as diferenças naquele momento.

Seus olhos lentamente fechavam enquanto desliza as mãos no peito de Mathias, coberto e coberto por peles de outros animais. Ao menos, suas vestes não eram tão diferentes quanto suas estruturas físicas. Nem tão diferente quanto suas personalidades marcantes.

O silêncio era amigo naquele momento. Na verdade, sempre fora companheiro do loiro menor enquanto Mathias preferia a gritaria das batalhas e cidades.

Ainda sem pronunciar quaisquer palavras, passou a mão no cabelo do norueguês e colocou uma flor, pequena, mas uma flor. Uma flor que certamente Lukas adorara. Sorriu como uma criança apreciando a beleza do norueguês.

Seria bom de mais se tivesse parado com as carícias.

Uma forte brisa passou por suas costas e, junta ao ato que o dinamarquês fazia, a pequena flor voou. Lukas estremeceu-se, sentindo um arrepio em sua espinha. Um beijo fora dado, um encosto de seus lábios. "Vou pegá-la. Só espere um pouquinho" sussurrou, tentando manter a calma do momento, começando a caminhar pela camada de gelo feita por cima do lago.

“O gelo não vai romper, Mathias.” Tentou tranquilizá-lo, rindo baixo ao ouvi-lo suspirar de alívio.

Fingiu que quase escorregou, apenas para brincar com Mathias. Virou seu rosto para esse, esboçando um sorriso. A flor estava em sua frente.

Realmente não sabia o que aconteceu. Não sabia se perdeu o equilibro ou se o movimento que fizera para abaixar para pegar a flor fora brusco demais, apenas sentiu o gelo rachar. Sua primeira opção era correr de volta, deixar a flor ali.

Não, Lukas era teimoso. Mesmo sabendo das consequências, apoiou-se na camada de gelo e segurou a flor. Fechando os olhos, trouxe-a para si.

E a próxima coisa que vira era o céu meio embaçado pela água e os gritos que o dinamarquês dava. Ele não entendia por que aquilo havia acontecido. Por algum motivo, o gelo havia cedido, levando para dentro do lago Lukas. Mal saíram do inverno, mal estava quente. O gelo deveria ser espesso.

Tentava salvá-lo, mas o gelo cedia onde quer que pisasse. Se não morresse afogado, Lukas teria hipotermia e morreria do mesmo jeito. A cabeça de Mathias foi a mil. Não tinha mais que segundos para pensar.

A água parecia gelada como nunca — era algo novo para o norueguês, de certa forma. Era algo novo e indesejado por si. Tentou abrir os olhos, mas o frio começava a queimar cada parte de seu corpo. Os mantos de peles e mais peles de animais que usava para o inverno pesava naquele momento. Sentia como se nunca mais iria poder sentir os raios de sol bater em sua pálida pele, esquentando-o.

Não, não sentia nada, na verdade. Só escutava a voz de Mathias, gritando seu nome. A voz meio chorosa, era possível saber que este estava assustado, nada iria — nada devia — impedi-lo agora.

Fechou os olhos com mais força, tudo que conseguia. Prendeu a respiração. Teria que aguentar, teria que sobreviver. Queria sobreviver.

Mathias arregalou os olhos, pensando em algo que poderia fazer, algo que deveria ser rápido. Olhou pelos lados, merda. Não havia ninguém. A única coisa que achara fora seu barco. E este não estava tão distante — o problema era que estava quase todo coberto por gelo, grudado ao chão. Atacou o gelo com seu machado, perdendo algum tempo, mas era tudo o que tinha a fazer.

Arrastou-o para a superfície congelada, que cedeu imediatamente. Localizou o corpo do norueguês e o puxou. Ele próprio quase caiu com o barco, mas conseguiu deitar o garoto no pequeno barco.

O corpo mal se movia.

“Lukas? Lukas, pode me ouvir?” deu tapinhas em seu rosto. O loiro menor, novamente, ouvia ruídos com a voz de Mathias. Abriu a boca, soltando todo o ar que aguentou e, de certa forma, um pouco da água gelada que quase engolira. Sua cabeça girava, não conseguia se mexer tanto.

Queimava. Cada vez que a pele de Mathias entrava em contato com a sua, queimava. Era um contraste que nunca desejou presenciar. Respirou fundo, tentando pegar o máximo de ar que conseguia para seus pulmões, mesmo sabendo que era inútil.

Lentamente, foi abrindo ambos dos olhos, pesados por molhados que estavam seus cílios, encarando-o com a visão embaçada. Era o máximo que podia fazer para reconhecer a silhueta do maior.

Tentou falar algo, mas seu corpo tremia e sua voz não saia. Mathias desesperou-se, respirando aceleradamente, não sabia o que fazer. O rosto do amado assumia tons doentios de azul. Precisava agir logo.

Mathias guiou o barco até a superfície nevada, deitando o norueguês no chão. Tapou seu nariz e aproximou sua boca da dele — uma tática para ajudá-lo a voltar a respirar. Não adiantou muito.

Lágrimas caíam dos cantos de seus olhos. Não, deuses, aquilo não podia estar acontecendo. Tinha que haver uma maneira. Tinha que haver alguma maneira para ficar com Lukas, para que este não morresse, para que pudessem ser felizes.

Por que aquilo estava acontecendo? Lukas só queria pegar a flor que o dinamarquês dera com tanto carinho para si. Não queria partir tão cedo. Nem nos braços do amado.

O mesmo tremia, tentava inutilmente recuperar ar. As lágrimas pesavam em seus olhos assim que sentiu as de Mathias caírem em sua bochecha. Seus movimentos tornaram-se mais lentos e difíceis de realizar.

As pálpebras do menor pesavam. Pesavam demais para poder aguentá-las e não deixá-las caírem. Não, queria morrer olhando-o, poder encará-lo pela última vez. Porémnão conseguiu.

“Lukas, respira. Lukas, fica comigo, por favor.” Mathias sabia que era inútil.

Ele só não queria aceitar.

Mathias afundou o rosto no corpo sem vida do norueguês, sentindo-se culpado por tê-lo dado aquela flor idiota. Aquela flor idiota com a cor preferida do menor. Aquela flor que ele tanto gostou. Azul. Tudo em Lukas era doentiamente azul.

Como aquela flor.


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Notas finais do capítulo

Porfavornãomematemporessatosquice.
Wah, espero que tenham gostado e, sim, essa foi a primeira coisa que posto aqui e que é DenNor. ;///////;