She Wolf escrita por SrtaLeonhardt


Capítulo 17
Capitulo Quinze: Conversar alheias


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria muito de ter postado ontem, mas realmente não deu.

Então está aí. Espero que gostem
Boa leitura!!!



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James Potter Pov.

Liza batia o pé freneticamente no chão e mordia o lábio inferior com certa força, ela estava nervosa.

– Me responde Liza. - Insisti.

Ela me olhou e apertou mais ainda os dentes no lábio, daqui a pouco ia sangrar. Respirou fundo e coçou a nuca.

– Eu não sei Jay. – Saiu como um sussurro.

Olhei para ela indignado. Como ela não sabe de quem ela gosta? Céus, minha irmã é mais complicada do que eu.

– Jay... – Seus olhos encheram de água e eu só consegui abraçá-la.

Ela se encolheu nos meus braços e eu a apertei mais. Beijei sua testa e afaguei seus cabelos loiros.

– Jay, eu estou tão confusa. – Ela soluçava.

– Calma minha pequena. Tudo vai se encaixar com o tempo. – Falei baixinho.

Ela se afastou de mim e secou as lágrimas. Ela deu um meio sorriso e pegou na minha mão.

– Vamos nos atrasar para a aula de Transfiguração. – E me puxou.

Isso me impressionava em Liza. Como ela conseguia fingir seus sentimentos, mudar de uma hora pra outra seu humor, apenas num piscar de olhos. Já tentei fazer isso, mas não deu muito certo e Sirius ficou zoando comigo durante uma semana.

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A aula inteira Liza ficou quieta e de cabeça baixa. A aula acabou e ela foi a primeira a levantar e sair correndo da sala. Olhei estranho para ela.

– Hey, o que deu na Liza? – Sirius veio ao meu lado.

– Confusa... – Foi apenas o que eu disse.

Ele me olhou de lado e deu um suspiro, já entendendo tudo.

– Me espera perto do lago. – Falei e saí correndo atrás de certo lobinho que andava mais a minha frente.

Saí correndo entre as pessoas e esbarrando em algumas. Depois de um tempo consegui alcançar Remus, que se assustou quando o peguei pelo ombro e o puxei para longe das pessoas.

– O que foi Pontas? – Ele perguntou arrumando os livros embaixo do braço.

– Aluado, você gosta da minha irmã, não é mesmo? – Olhei bem fundo em seus olhos.

Ele me olhou da mesma forma que Liza havia feito mais cedo. O lobo arrumou o cabelo e respirou fundo.

– Sim James. Eu gosto da sua irmã. – Ele soltou.

Elizabeth Potter Pov.

Quando a aula acabou eu saí às pressas, não queria ver ninguém e nem fazer nada hoje, queria apenas dormir o dia inteiro.

Só que no meio do caminho eu percebi que havia esquecido meu livro na sala. Mas que droga. Girei meu corpo da direção contrária e fui dessa vez, andando até a sala de Transfiguração.

Agora quase não havia nenhum aluno nos corredores. Macumba só pode. Como esse povo desaparece tão rápido assim?

Mas acabei parando no meio do caminho, pois ouvi a voz de meu irmão que estava conversando com Remus.

“- O que foi Pontas?” - Remus perguntou.

“- Aluado, você gosta da minha irmã, não é mesmo? “– James perguntou e Remus ficou por certo tempo em silencio.

“- Sim James. Eu gosto da sua irmã”. – Remus por fim falou.

Senti o ar dos meus pulmões sumir e as minhas pernas virarem gelatina. COMO ASSIM REMUS GOSTA DE MIM? Ai meu santo Merlin.

Eu estava ouvindo/olhando a conversa atrás de um paredão e ali tinha algumas coisas no chão, que eu não tenho vontade de olhar. E eu fui tentar sair de fininho e adivinha? Primeiro tropecei nos meus pés, mas consegui me equilibrar e não fazer barulho, e então eu tropecei em um dos coisinhos que tinha no chão e PÁ. Elizabeth Ann Potter caiu de cara no chão chamando a atenção dos dois garotos que me olharam na hora.

– Liza? – James me olhou assustado.

– Olá garotos. – Deu um sorrisinho amarelo e abanei com a mão esquerda.

Me levantei arrumando minha saia e meus cabelos. Olhei para Remus e ele estava um pimentão.

– Liza... O que você estava fazendo aí? – James perguntou erguendo uma sobrancelha. Sempre quis faze isso.

– Meu livro... Transfiguração... Esqueci. – Me enrolei toda na hora de falar.

– Liza fala pra fora. – James insistiu.

– Eu esqueci meu livro na sala de Transfiguração. – Falei com calma e respirei fundo quando terminei de falar.

– E resolveu escutar a conversa alheia. Muito bonito Srta. Potter – Bateu o pé no chão igual à mamãe – Vejo que aprendeu muito comigo quando éramos menores. – Abriu um sorriso e me puxou para um abraço. Meu irmão anda muito carente ultimamente.

Remus continuava me olhando corado e James cada vez me apertava mais. Mas senhor, preciso falar com Lily pra tomar conta desse veado. Ainda bem que ela não lê pensamentos, se não eu estaria sendo estapeada nesse exato momento.

– Você e Remus precisam conversar. – James se soltou de mim e olhou para nós dois sério.

– Mas temos aula. – Remus protestou.

– Aluado, é só mais uma aula chata de Herbologia. Anda, vão para algum lugar e conversem. – James nos empurrou para longe dele.

É com certeza meu irmão tem sérios problemas mentais. Cara, como eu vou conversar com Remus? Eu estou morrendo de vergonha só de estar ao lado dele, imagina OLHAR para o rosto dele, daí eu infarto. Okay, menos Liza, bem menos.

Caminhamos por certo tempo em silencio, apenas com nossos passos fazendo barulho. Depois de andar por bastante tempo paramos em um corredor vazio e ali ficamos.

– Então... – Tentei começar uma conversa civilizada.

– Então... – Mas pelo o que parece não vai dar muito certo.

– É verdade o que você disse antes? – Perguntei insegura.

Ele me olhou de um jeito... Diferente.

– Sim, é verdade. Mas que droga Liza. Eu sempre gostei de você, talvez não tanto como eu gosto agora, mas sempre nutri alguma coisa pro você desde o primeiro ano quando você veio perguntar se eu não queria ajuda com os meus livros. Eu só não conseguia admitir pra mim mesmo. Mas vendo você com Sirius... Eu... Ah... – Eu não deixei ele continuar e grudei meus lábios nos dele.

Ele no começo não correspondeu, acho que ele ficou assustado com minha reação. Mas logo começou a me beijar e com um pouco de intensidade. Eu passava minhas mãos nas suas costas e ele apertava minha cintura.

Separamos-nos um pouco ofegantes e eu continuei com as nossas testas coladas, mas de olhos fechados, apenas sentindo a respiração dele perto de mim.

– Eu acho que gosto de você Rem – Sussurrei – Mas eu estou confusa. Muito confusa. – Me afastei dele, mas ele não deixou e voltou a colar nossos corpos.

– Liza... Não se sinta obrigada a fazer nada que não queira tudo bem? – Ele perguntou carinhoso.

– Tudo bem. – Saiu como um sussurro.

Mas antes de eu sair de seus braços, dei mais um selinho nele e o mesmo sorriu e me soltou. E assim fomos juntos, até o Salão Comunal da Grifinória.


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