Elizabeth Potter Pov.

Eu realmente não estava acreditando que um dos meus melhores amigos havia me beijado no jardim da escola.

– Me desculpe, eu não deveria... Ai meu deus o que eu fiz? – Remus começou a dar chilique.

Olhei pra ele indignada. Então é assim? Ele me beija me faz gostar do beijo dele, e depois se arrepende?É ISSO MESMO PRODUÇÃO?

– Remus, você... Por acaso... Arrependeu-se? – Perguntei insegura.

Ele me olhou como se estivesse... Ofendido?

– Se eu me arrependi? Bem... É... Assim... Não. – Falou tímido.

Eu não consegui conter o sorriso no meu rosto, mas logo tratei de tira-lo dali.

– Então porque está assim Rem? Eu e você gostamos. Qual é o problema? – Fui direta.

– Você, Sirius, namoro. – Ele falou todo enrolado.

– Por causa de mim e do Sirius? Você sabe que é de mentira. EU NÃO ENTENDO VOCÊ LUPIN, NÃO MESMO. – Me irritei e saí dali.

Eu pisava duro e meu maxilar estava trancado. Então porque aquele idiota me beijou se ele tem “medinho”? Hein? Diz-me?

Eu estava tão afundada nos meus pensamentos que nem percebi que trombei em uma pessoa, só quando a gente foi parar no chão.

– AI. – Reclamei passando a mão na minha coxa.

– Oh, me desculpe. – Olhei para a pessoa que eu havia esbarrado.

– Não foi nada. – Falei sem graça.

Eu havia trombado num gostosão da Corvinal. Acho que ele é do 7° ano, mas sei que ele joga Quadribol. Meu Merlin que músculos são esses?

– Sou John, John Keink. – Se apresentou e estendeu o braço para mim.

– Liza Potter. – Aceitei sua mão.

– Eu sei quem você é. Você é bem bonita. – A última frase que saiu de sua boca saiu mais baixa e ele corou.

– Obrigada, eu acho. Bom John, eu tenho que ir. Foi bom conhecer você. – Falei me despedindo.

– Foi conhecer você também Liza. A gente se vê. – Beijou minha bochecha e saiu andando.

Continuei meu caminho (Que eu ainda não sei qual é) atordoada. Ele me deu um beijo na bochecha? O gostosão da Corvinal me deu um beijo na bochecha? AI MEU DEUS. Okay, Liza se acalme mulher, você está namorando e beijou um de seus melhores amigos. Céus me senti uma vadia falando assim. Credo.

No meio do caminho acabei encontrando Lily e então fomos juntas até o Salão Principal para jantarmos. Pra você ver como eu tenho senso de hora (Sentiu a ironia?).

– Tá tudo bem Liza? Você tá estranha. – Lily me tirou de meus pensamentos.

– O que? Ah, nada. – Falei.

– Liza, você pode mentir muito bem, mas não consegue mentir pra mim. Anda, me conta o que está te incomodando. – Ela insistiu.

– Remusmebeijou. – Falei rápido e baixo.

– Fala pra fora Liza.

– O Remus mebeijou.

– O Remus o que?

– Fala baixo criatura – Respirei fundo – Ele me beijou. – Falei baixinho e ela arregalou os olhos.

– Meu Deus. – Ela falou de boca aberta.

Ficamos em silencio por alguns minutos, tentando achar palavras para falar sobre o ocorrido de mais tarde.

– Assim do nada? – Ela perguntou.

– Sim, do nada. – Respondi.

E o silencio voltou a se instalar, e durou todo o jantar e o percurso até o Salão Comunal da Grifinória. Quando ela se despediu de mim, dizendo que já ia dormi, pois estava cansada. E eu me juntei com meu grupo de garotos.

– Oi pequena. – Sirius me puxou e me deu um selinho.

– Oi amor. – Falei melosa.

Ouvi um pigarro de James atrás de mim. Maldito irmão ciumento.

– Oi James. – Falei.

Ele deu um sorrisinho falso e me encarou sério.

– O que foi?

– Cara, me ajuda com a Lily? Por favor? Por favor? Sim? – Ele mudou sua expressão para uma coruja pidona.

Revirei os olhos – O que eu não faço pelo meu irmão?

Ele abriu um sorriso enorme e me abraçou me tirando do chão.

– Obrigada maninha. – Beijou minha bochecha.

– Agora desgruda. – Falei e Sirius riu.

Meu irmão resmungou e sentou no chão roubando os doces de Peter, que reclamou eu gargalhei. Bando de criança.

– Six – O chamei – Precisamos conversar.

Decidi contar tudo a ele o que aconteceu hoje à tarde. Eu realmente estou muito confusa pelos meus sentimentos.

– Tá.

– Não aqui. – O puxei para um canto.

– Então?

– O Remus me beijou. – Fui direta.

Ele abriu a boca e arregalou os olhos, e por fim sorriu muito grande e que dá muito medo.

– MEU DEUS, meu lobo ta virando homem. Ai meu Merlin. – Ele deu pulinhos.

– Você enlouqueceu? Sirius, ele é meu amigo.

– Mas vocês nasceram um para o outro... – Ele pareceu raciocinar por um instante – Claro, antes quando ele saiu, ele ficou com ciúmes, ciúmes de nós dois. – Ele sorriu.

Não falei nada, apenas continuei encarando o Sirius e ele me encarava sorrindo.

– Minha pequena loirinha, você está confusa. Você está afim do nosso Aluado. – Ele falou e eu gelei.

E se eu estivesse mesmo gostando do Remus? Mas eu tenho pensamentos pervertidos com Sirius e babo pelo gostosão da Corvinal. Oh Deus. Eu estou confusa, muito confusa.