Elizabeth Potter Pov.

– JAMES SEU GORDO, SAÍ DE CIMA DE MIM. – Berrei tentado tirar o balofo do meu irmão de cima de mim.

– Liza, porque assim? Sou seu irmão, me deixa ficar aqui. – Fez bico.

– Não. LEVANTA SEU VEADO. – Gritei e ele fez cara feia pra mim.

A cena era cômica. Sirius e Peter jogados no chão comendo doces e porcarias. Remus sentado no outro sofá rindo de mim e do James, e eu deitada no sofá da lareira com meu irmão em deitado entre minhas pernas, com a cabeça na minha barriga.

– Porque o Sirius você deixa?

– Porque sim, oras.

– Você gosta mais dele do que do seu próprio irmão? – Fingiu indignação.

– Besta. – Bati na cabeça dele e ele resmungou alguma coisa.

Desisti de tentar o fazer levantar de cima de mim, e encostei minhas costas no braço do sofá, James se aconchegou melhor em mim e eu comecei a brincar com seus cabelos rebeldes.

– Para Liza, odeio que mecham nos meus cabelos. – Falou fazendo bico.

– Então saí de cima de mim, simples. – Falei e ele bufou.

Meu irmão se levantou de mim contrariado e foi sentar-se ao lado de Remus, e eu fiquei aqui, sozinha, sem ninguém (Drama modo: on).

– Poxa, e eu aqui, sozinha, sem ninguém. – Falei fazendo drama.

– Ah nem vem Liza. Quando eu estava ali com você, você queria que eu saísse. – Dei a língua pro meu irmão.

– Anw, Loirinha eu vou aí com você. – Sirius se jogou ao meu lado.

Ouvi Remus bufar e virar a página de seu livro com voracidade. Olhei para ele assustada e vi que ele me encarava semicerrando os olhos (Sinal vermelho, Remus está irritado com alguma coisa).

– Aconteceu alguma coisa Rem? – Perguntei.

– Nada. – Falou grossamente e levantou saindo pelo quadro da Mulher Gorda.

– Ué? O que deu nele? - Peter se pronunciou.

– Eu vou atrás dele. – Falei levantando.

Saí pelo quadro da Mulher Gorda. Caminhei até um pedaço, mas parei, pois não fazia ideia de onde procurá-lo.

Já sei! O jardim. Remus adora ficar lá.

Mudei meu percurso e corri em direção ao jardim. E lá estava o lobo, sentado com a cabeça entre os joelhos e ele olhava a vista com pensamentos vagos.

Aproximei-me dele, e ele pareceu não notar minha presença. Fui ao lado dele e toquei seu ombro. O mesmo se assustou, mas quando me viu sua expressão mudou para bem leve.

– Posso sentar aqui com você? – Perguntei.

– Claro que pode. – Deu um meio sorriso.

Juntei-me a ele. Escorei-me na árvore atrás de nós e fechei os olhos, sentindo o vento bagunçar o meu cabelo, o jogando para todos os lados possíveis.

– Porque saiu de lá daquele jeito? – Perguntei ainda de olhos fechados.

Ele não me respondeu, mas senti que ele ficou nervoso. Ele se ajeitou ao meu lado, ficando mais perto de mim.

– Você não tem ideia do poder que tem sobre mim, não é mesmo? – Ele disse com a voz mais baixa.

Não entendi no começo, mas quando comecei a entender eu corei e olhei para minhas mãos que brincavam com uma folha seca.

– Remus o que... – Fui interrompida por Remus.

Os lábios dele juntaram nos meus. Sim, um beijo. Minha boca se entre abiu dando espaço para a língua dele invadir minha boca, minhas mãos que antes estavam na grama macia brincando com as folhas, agora estavam acariciando o cabelo macio de Remus. Suas mãos estavam pousadas na minha cintura timidamente.

O beijo não durou muito. Por isso nos separamos rápido, apenas com um selinho a mais. Eu abri os meus olhos e percebi que os deles estavam fechados. Passei meus dedos pela sua bochecha e as mãos dele apertaram minha cintura. Quando ele abriu os seus olhos, eu me perdi neles, viajando num mundo totalmente novo: Remus Lupin.