Circus escrita por Nico kaulitz


Capítulo 16
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/44215/chapter/16

Uma Boa Noite.

 

 

 

Mas bem no fundo eu entendia o que estava passando na cabeça dele. Nunca poder confiar plenamente em alguém, estar sempre a mercê da própria sorte, algo que eu vivi nesses últimos anos.

 

- E você?- ele perguntou.

 

- Eu o que? – eu disse fingindo não ter entendido o que ele queria dizer.

 

- O que decidiu? – ele completou sem virar o rosto pra mim. – Acho que você precisa tomar uma decisão definitiva agora.

 

Eu fiquei cabisbaixa, talvez o fluxo de sangue no meu cérebro aumentasse e eu poderia ter uma ideia logo.

 

-Bem...er, eu preciso dormir Tom, preciso mesmo.

 

-Ok. – ele estacionou, eu nem havia reparado que já estávamos em frente ao meu apartamento. – É isso então.

 

-Acho que sim.

 

Eu já estava pronta pra abrir a porta e sair,quando uma onda de pensamentos e me fez mudar de ideia.

 

-Eu não sei o que pensar direito, não sei o que me espera se eu for com vocês, eu posso estar tomando uma ótima decisão ou a pior de todas.- parei um instante pra retomar o fôlego. – Então você olha pra mim e diz: “É isso então”, e você acha que eu vou realmente conseguir pregar o olho essa noite?

 

Eu demorei alguns segundos pra me dar conta de tudo que eu tinha acabado de dizer. Passei as mãos pelo meu cabelo desalinhado e suspirei torcendo pra que ele não tivesse dado a mínima pro que eu disse.

 

Ele sorriu. Depois começou a rir e em seguida começou a gargalhar, como se eu houvesse contado a piada mais engraçada de todas.

 

-Eu tenho cara de palhaça ou o que? – minha paciência e meus nervos estavam nos limites, zoação agora era o que eu não precisava.

 

Ele parou de rir mesmo assim permaneceu com  sorriso estampado.

 

- Desculpe, eu não posso de ajudar muito nessa parte – ele voltou a ficar na sua postura séria e militar. – Nem posso dizer que sua vida vai ser um paraíso se você for conosco. Mas..

 

-Mas...?!

 

-Mas se você quiser um conselho, e um bom conselho, não venha conosco. Essa não é a vida que eu teria escolhido pra mim se eu tivesse tido a escolha como você está tendo.

 

Você nunca espera ouvir isso, mas quando ouve, dá a impressão de eco.

 

-Não estou dizendo que não gosto do que faço, gosto, e gosto muito. Mas entenda que isso é o que eu faria se eu fosse você, não significa que é o que eu quero que você faça.

 

-Não sei bem se estou entendo o que você quer dizer. Você não quer que eu vá é isso?

 

-Audrey...

 

-Eu sempre soube que você nunca foi com a minha cara, e sei que nós tivemos as nossas desavenças. Mas foi você mesmo que logo quando eu apareci por lá me disse que se eu não tivesse motivo algum que me prendesse aqui que deveria ir com vocês.

 

-Audrey.

 

-Isso tudo é uma grande merda. Mas eu até gostei de você ter sido sincero comigo, não era o que eu esperava mais foi bom...

 

-Audrey! Cala a boca!

 

Eu parei.

 

-Você quer mesmo saber o que eu quero que você faça?

 

 

 

Ele se inclinou para frente, até que eu pudesse sentir sua respiração quente sobre a minha pele. Eu fechei os olhos e tornei a abri-los em seguida. Ele exalava um cheiro tão sublime, forte, mas gostoso. Senti meu coração dar uma leve palpitada, e meus joelhos fraquejarem por um segundo só. Ele focou seus lindos olhos castanhos claros nos meus, e eu viajei num transe por dentro de sua íris.

 

Aquele instante pareceu durar um milênio.

 

Ele levemente encostou seus lábios calorosos nos meus. E aquilo foi inocente, mas tão intenso que eu podia sentir todo o meu corpo e chamas.

 

Ele colocou a mão no meu cabelo me puxando mais para si. Eu coloquei um de meus braços em volta de seu pescoço. O beijo foi se tornando mais intenso, mais fugaz.

 

Eu estava inteiramente naquilo, inteiramente presente naquele minuto.

 

Ele afastou sutilmente meu rosto.

 

- Você ainda precisa muito dormir? – ele perguntou com um sorriso que podia dizer muito mais do que as palavras.

 

-Acho que nem tanto assim. – eu ofegava ligeiramente.

 

-Eu concordo. – Ele retirou o sinto de segurança enquanto me beijou mais uma vez e em seguida saiu do carro.

 

Eu igualmente fiz o mesmo. Nós subimos as escadarias num beijo frenético, quase me deixando sem espaço pra respirar.

 

Chegamos até porta do meu apartamento. Eu a abri com pressa. Entramos e pude ouvir o miado baixo de Narrow, mas não dei muita atenção a meu gado. Fui empurrandoTom com o corpo até a parte designada a meu quarto. Ele retirou sua jaqueta, e em seguida foi retirando a minha também. Estávamos enlaçados ao momento. Nos jogamos sobre minha velha cama – que rangeu quando nos deitamos – e prosseguimos no mesmo ritmo. Eu retirei minha velha camiseta, retirando também meus tênis enlameados.

 

Eu sentia a temperatura do meu corpo aumentando, o que acorria com freqüência quando ficava irritada, nervosa, com vergonha, ou nesse tipo de situação.

 

De repente ele me jogou para o lado. Eu agora ofegava com maior velocidade.

 

- O que foi? – eu perguntei me mantendo sentada.

 

-Isto não está certo. – ele olhou pra mim de forma assustada.

 

-O que é errado? – eu estava com a boca seca. – Somos adultos até onde eu saiba, e você tem o dobro da minha idade, mas não parece. Somos livres e eu não vejo aonde isso é errado.

 

Ele passou a mão pelos cabelos despenteados e incrivelmente charmosos.

 

- Eu sei...não é isso.

 

-Você não quer então? É isso?

 

-Eu quero. – ele inclinou o corpo mais para perto do meu colocando as mãos na minha cintura. – Mas não hoje, não desse jeito.

 

-Eu não entendo, porque não?

 

-Eu to de cabeça quente hoje, e eu estaria fazendo isso pra simplesmente satisfazer um desejo. Além do mais já passam das duas, e temos coisas pra resolver amanhã. Isso se você for conosco.

 

Eu retirei as mãos dele da minha cintura.

 

-Ta bom, você tem razão.

 

-Ta então, você não vai ficar chateada nem nada né?!

 

-Claro que não. – passei novamente o braço em volta do pescoço dele e lhe dei um beijo no rosto.

 

Peguei minha camiseta que foi jogada no chão e tornei a vesti-la. Ele se levantou e também pegou a jaqueta que estava no chão. Fui até a sala e abrir porta, ele vinha caminhando preguiçosamente.

 

 

 

 

 

-Então, eu espero que você tome a melhor decisão. – ele parou na soleira da porta.

 

-Pode deixar, eu vou tomar sim.

 

Havia um clima meio embaraçoso ali.

 

-Durma bem. – ele atravessou a porta e ficou no corredor. – E não sonhe a noite inteira comigo.

 

Eu sorri.

 

-Tinha esquecido do seu orgulho, ele não morre nunca não é?!

 

-Antes eu do que ele!

 

Ele sorriu, e saiu caminhando pelo corredor escuro do meu prédio.

 

Fechei a porta e reparei que Narrow me olhava com um olhar de repreensão.

 

-Quê? Não aconteceu nada demais.

 

Voltei pro meu quarto e tive a melhor noite de sono como há tempos eu não tinha.

 

 

 

 

 

 

 


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha a trilha sonora que eu tinha dito que faria!!
New perspective-Panic At The disco
Shakira-Dit It Again
Lily Allen-22 [Tema da Audrey] http://www.youtube.com/watch?v=tWjNFC-FinU&feature=fvst

Undisclosed desires-Muse
Live let in die-Guns n Roses
Somebody Told me-The killers
Attention-Tokio Hotel
Playing God-Paramore
Kate Nash- nicest thing[ Tema da Audrey e o Tom]
Hey Monday-6 Months