Um Amor para a Vida Inteira escrita por Juru
Notas iniciais do capítulo
“Um indivíduo pode sorrir, sorrir, e ser um vilão”. Willian Shakespeare
POV Alice
Ele tinha me deixado e tudo que recebi foi uma misera carta.
Como ele toma toda a culpa por tudo que aconteceu desde que nos conhecemos e não me dá chances de responder?
Amassei a carta e joguei no canto do quarto.
- Alice? – Nessie colocou a cabeça dentro do quarto. Ela está sofrendo, também, ele era muito importante na sua vida – Posso entrar?
Balanço a cabeça positivamente sem olhá-la, ela entra no quarto e senta na cama na minha frente.
- Você tem que comer – Falou preocupada olhando a bandeja de comida intocada – Pedi pra Renée que você ficasse o fim de semana conosco, ela concordou, mas hoje já é segunda feira. A gente tem que ir pra escola.
- Me leva pra casa? – Pedi já levantando da cama e calçando meu tênis.
- Tem certeza? – Ela perguntou mexendo nas mãos.
- Por favor – Pedi mais uma vez, peguei minha mochila no chão do quarto e sai pela porta sem esperar por ela.
- Alice, querida – Esme falou do pé da escada.
- Eu estou indo pra casa – A abracei me despedindo.
- Vai ficar tudo bem – Ela garantiu me olhando nos olhos – Jasper vai voltar.
Quando ela falou o nome dele senti como se uma força apertasse meu peito, me fazendo sufocar sem ar. Ele tinha se tornado mais que tudo pra mim, era o meu ar, minha força vital. Sai pela porta antes que começasse a chorar mais uma vez, ele tinha ido embora, então isso me dá o direito de fazer o mesmo.
Nessie me levou pra casa em total silêncio, mas pude perceber que ela estava preocupada e queria conversar comigo. Provavelmente pensando que iria fazer alguma estupidez.
- Chegamos – Ela falou estacionando na frente da casa e desligando o carro – Quer que eu fique com você?
- Não precisa – Abri a porta e estava pronta para descer quando ela segurou o meu braço.
- Ele vai voltar – Ela garantiu, mas eu não poderia acreditar nisso.
- Não, não vai – Desci do carro e fechei a porta com mais força que o necessário.
Mesmo depois que entrei em casa e fechei a porta ela não foi embora. Subi as escadas e sentei na beira da cama, tinha que decidir o que fazer. Só tinha certeza de uma coisa precisava deixar Forks e tinha que ser hoje.
Peguei a mochila que larguei perto da porta e tirei todo o material de dentro, não poderia sair de Forks com muita coisa, Charlie é o chefe de policia e se me visse logo saberia que estava indo embora.
Coloquei o essencial dentro e desci para a cozinha, tinha que forçar alguma coisa para dentro senão iria acabar desmaiando, bebi um copo de leite e peguei uma maça para tentar comer no caminho.
Resolvi que precisava escrever um bilhete para Charlie e Renée, eles mereciam uma explicação.
Charlie e Renée,
Obrigada por tudo que fizeram por mim, vocês foram os melhores pais que já tive, mas tenho que sair de Forks pra sempre.
Me desculpe, vou deixar o carro estacionado na estação de trem em Seattle.
Obrigada mais uma vez
Alice.
Deixei o bilhete em cima da mesa da cozinha preso pelo vaso de flores, Renée encontraria quando chegasse em casa e eu já estaria longe.
Sai de casa e fechei a porta, Margareth estava no jardim da casa e tudo que eu não precisava agora era ela me confrontando.
- Bom dia, Alice – Ela falou sorrindo, mas quando me olhou fechou a cara – Algo errado?
- Não, só estou atrasada para a escola – Falei por cima do carro jogando a mochila no banco traseiro.
- Tem certeza que é só isso? – Ela é sensível demais, se eu ficar mais um minuto aqui vai descobrir que não tenho intenção alguma de ir pra escola.
- Claro – Afirmei e me forcei a sorrir para convencê-la – Agora preciso ir. Adeus Margareth.
Entrei no carro e o tirei da vaga, antes que ela percebesse as lágrimas nos meus olhos.
Dirigi para fora da cidade e só parei para abastecer quando já tinha passado por Port Angeles. Iria dirigir até Seattle e depois pegaria o trem para algum outro lugar no país, qualquer lugar menos Washington.
Minha barriga começou a reclamar, precisava parar e fazer uma refeição decente. Estacionei em um posto de gasolina que tinha uma lanchonete, a chuva estava começando e a impressão que tinha era que chovia mais que o normal em todo o estado, afinal já estava longe de Forks.
Entrei na lanchonete e o lugar estava vazio, sentei no balcão e peguei o cardápio engordurado.
- O que vai ser? – Uma mulher de meia idade parou na minha frente, parecia impaciente.
- Um cheese burguer – Pedi, ela balançou a cabeça e foi falar para o cara que ficava na chapa.
Virei a cabeça e vi uma viatura de policia estacionando, agora me sentia como uma fugitiva.
- Pra viagem – Falei pra ela e tirei o celular de dentro da bolsa para parecer despreocupada.
Os dois policiais entraram na lanchonete e sentaram em um booth perto da janela de vidro, pareciam não terem me notado.
Depois de cinco minutos a mulher trouxe meu lanche dentro de um saco de papel, paguei e sai da lanchonete andando casualmente para não chamar a atenção. Quando cheguei do lado de fora corri até o carro, mas só o suficiente para escapar da chuva.
Sai do posto e dirigi mais alguns minutos antes de encostar e comer o lanche que comprei, tinha gosto de gordura, mas isso não me importava no momento, estava comendo só para me manter em pé.
Voltei a dirigir e passei por uma placa que dizia que Seattle estava a 74 milhas de distância, em mais ou menos uma hora estaria na cidade.
A chuva ficou mais intensa e tive que reduzir a velocidade, não estava vendo a estrada claramente. Senti o carro jogar e depois percebi que passei por cima de alguma coisa. Parei no acostamento e coloquei o gorro do casaco de chuva, desci e vi o que pneu direito estava furado.
Trocar pneu deve ser uma tarefa fácil, especialmente na chuva. Abri o porta malas para tirar o estepe, já estava toda molhada.
- Oi Alice – Alguém falou perto de mim e senti meu corpo enrijecer e paralisar – Você não sabe o quanto esperei por você.
Engoli o bolo que se formou na minha garganta e me virei devagar para olhar quem estava falando comigo.
Ele tinha os cabelos compridos e loiros, a pele branca como cera e o pior de tudo os olhos vermelhos sangue, um vampiro.
Sorriu e balançou os dedos.
- Se lembra de mim? – Estava sem palavras para responder, seu rosto me era familiar, mas era um que já tinha esquecido a muito tempo.
Ele andou ao meu redor, me medindo e sorrindo. Parou do meu lado esquerdo e respirou fundo sorrindo de satisfação.
- Como senti falta desse cheiro – Passou os dedos pela minha orelha e pude sentir a pele fria como gelo – Você não me respondeu.
Olhei para ele, sentindo minha respiração falhar, estava aqui para me matar e dessa vez faria.
- Se lembra de mim? – Perguntou mais uma vez.
Neguei com a cabeça e ele fez cara de ofendido.
- Assim você me magoa. Vai me dizer que não se lembra da sua mãe gritando para que ficasse longe da menininha dela? – Ele voltou a andar em volta de mim.
Vi o passado voltar a mim como um flash. Minha mãe e eu morávamos em uma pequena casa perto da praia, uma noite estávamos sentadas na areia olhando o céu, quando ele pareceu, veio até mim, mas parou e recuou até minha mãe e ela me pediu para correr, entrei no mar ouvindo os seus gritos.
- Bem que eu queria ter matado as saudades antes – Ele falou cínico parando na minha frente – Mas você arrumou amiguinhos bem incomuns.
Sorriu alto e sua mão tocou a minha, queria me afastar, mas não conseguia me mexer.
- Desculpe pela roda – Ele falou jogando a cabeça de lado para olhar o meu pneu furado – Mas tinha que parar você de alguma forma.
- Me deixa ir – Consegui falar depois de reunir muita coragem.
Ele sorriu e coçou o queixo como quem pensa na possibilidade.
A imagem de Jasper veio a minha mente e lágrimas encheram os meus olhos se misturando com a chuva. Ele tinha ido embora para me proteger, mas mal podia imaginar que o que estava em mantendo segura era sua presença.
- Vamos fazer um jogo – Ele propôs – Eu vou te dar uma vantagem.
Isso seria inútil, já tinha visto do que eles são capazes.
- 10 minutos – Falou depois de pensar um pouco – Eu sugiro que você corra, naquela direção – Apontou para a floresta e sorriu mais uma vez.
- Você vai me matar – O acusei e ele sorriu.
- Claro que sim, mas antes quero ver você correr – Falou perto do meu rosto – Agora, antes que perca a paciência.
- Não – Não o divertiria com a minha vida.
- Você quem sabe – Jogou os ombros e o segundo seguinte estávamos parados no meio da floresta, não conseguia mais ver a estrada.
- Por favor – Pedi mais uma vez sentindo minha voz falhar com o choro.
- Desculpa não posso sequer prometer que não vai doer – Ele se aproximou de mim e segurou meu pescoço.
Estava prestes a morrer e tudo que conseguia pensar era como Jasper ficaria quando soubesse.
- Vai ser um prazer – Ele se aproximou do meu pescoço e o mordeu.
Senti a pior dor de minha vida, o sangue deixando minhas veias.
Ele me largou com um baque no chão e ouvi um rosnado.
Meu peito começou a arder e vi um lobo parando perto de mim e me cheirando. A dor aumentava como se fosse me partir em duas, estava ficando cada vez mais difícil respirar.
Quatro lobos cercaram o vampiro e ele começou a lutar com eles.
Fechei as mãos em punhos e queria gritar de dor, mas nenhum o som ficou preso na minha garganta.
- Vai ficar tudo bem – Edward segurou minha cabeça.
- Ela foi mordida a muito tempo, o veneno já atingiu o coração – Carlisle parou ao meu lado e segurou meu braço.
- Está queimando – Foi a uma coisa que consegui falar.
- Eu sinto muito, Alice – Foi a ultima coisa que ouvi até que o fogo me consumiu e não consegui prestar mais atenção em nada.
Me desculpe, Jasper.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
N/A: Olá minhas florzinhas
Adoro o James, não poderia deixá-lo fora dessa fic.
Só mais um para o final.
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Hora merchan:
Para quem leu a Quem você pensa que é?, e não se agüentava de curiosidade para saber se teria ou não uma continuação, suas duvidas acabaram, vem ai: Quem você pensa que é? 2...anos depois, Eles ainda se odeiam, mas de um jeito diferente. Primeiro capitulo no ar.
Fogo, Jasper vestido de bombeiro, acho que é toda a propaganda que preciso fazer, kk. Prefácio no ar.
Hora merchan off
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Recado da dona da fic
Tanta dor, sofrimento, que eu ainda continuo depressiva.
A Alice também é um pouco impulsiva, deixou Forks e talz, e deu no que deu.
O James brincou de pega- pega com ela e pegou. Agora temos que ver no que vai dar.
Até o próximo capitulo,
Mordidinhas da Máh.
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Beijos e até uma próxima leitura.