Um novo conto da Bela e a Fera escrita por Dani Silva


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, como prometido aqui vai mais um.
Se esse e o outro capitulo(5), que eu postei juntos somarem vinte comentários postarei mais um capitulo ainda hoje!
Então comentem e peçam para a família comentar também.
Não me odeiem por esse capitulo ok?
Beijos e Boa Leitura



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Papai me aceitou bem em casa. Houve até um baile em minha homenagem, para falar a verdade não lembro nem metade do que aconteceu.

Hoje fazia dez dias, que o deixei para trás. E eu sentia a falta dele.

Papai disse que logo me acostumaria de novo com minha vida aqui, mas foi difícil. No primeiro dia, eu pensei que ele viria me buscar de novo, no segundo cogitei ir atrás dele e agora no decimo, me entreguei a saudades.

Eu revivi a noite que ele me libertou varias vezes. Repeti aquele único verso, da poesia que ele fez para mim, tantas vezes que ele se tornou meu ponto de calma.

– Isabella? – chamou-me uma de minhas damas de companhia. Papai achou melhor que eu as tivesse, talvez ele também pense que sou louca.

– Mary, pode entrar. – sussurrei.

Eu estava deitada na cama a oito dias, papai estava com medo que eu tenha contraído a mesma doença que matou mamãe.

– A senhorita precisa de algo? – perguntou Mary.

– Água. – sussurrei. Ela pegou então um copo que estava ao lado da porta e o trouxe para mim. Assim que o peguei minha mão roçou na dela.

– Senhorita! Esta fervendo! Senhor Swan! – gritava Mary.

Eu podia ouvir os gritos, mas fechei os olhos. Então cai na inconsciência.

***

– Bela? – chamou-me Edward.

– Edward... Estou aqui! – gritei.

Estava escuro demais. Senti algo se chocar comigo.

– Estou aqui meu anjo. – sussurrou ele.

Apertei meu corpo ao dele.

A morte era fácil. Ela estava ali.

Nos braços se Edward eu podia espera-la em paz.

Então a escuridão me tomou de novo.

***

Eu não conseguia sentir meu corpo. Talvez isso seja um estagio na morte, você primeiro deixa de sentir e depois morre.

– Ela não vai mais acordar não é? – disse uma voz chorosa de mulher.

– Ela tem que acordar. – disse meu pai.

E a escuridão me tomou de novo.

***

Alguém estava segurando minha mão. Havia uma cabeça encostada na minha barriga.

– Senhor? – chamou alguém.

A cabeça se levantou. Quis mover minha mão para dizer que eu ainda estava ali, mas não conseguia controlar meu corpo.

– Sim? – disse meu pai.

– Ela chegou senhor. – disse a voz.

Então cai na inconsciência.

***

Alguém estava chorando. Haviam muitas vozes.

– Qual o seu problema? – gritou uma voz irritada.

– Ela esta assim depois que voltou, é tudo culpa sua! – gritou meu pai.

– Ela estava bem comigo, ela estava viva. Você não soube cuidar dela. – gritou a voz irritada de novo, ouvi algo se quebrando.

– Agora não é hora de você cavalheiros discutirem, pelo que sei ela ainda esta viva e respira. E talvez até os escute. – disse Esme irritada.

Todos ali pareceram suspirar juntos. Então comecei a ouvir apenas o meu coração. Isso me acalmou, então dormi novamente.

***

Estava cansada de ficar voltando e indo na inconsciência.

Tentei abrir os olhos e pela primeira vez eles me obedeceram. Foi quando senti alguém dormindo ao meu lado.

Era Alice. Ela parecia ter ficado dias ali.

– Você esta horrível. – tentei dizer, mas minha voz pareceu rouca e sem sentido para mim.

A cabeça dela se levantou rápido e ela me encarou com lagrimas nos olhos.

– Bella! – gritou Alice e pulou em meu pescoço.

Sorri. Meu corpo doía ainda, mas me sentia melhor.

– O que aconteceu? – perguntei. Minha voz já estava voltando ao normal.

– Você esta doente Bela, seu pai chamou minha mãe para ajudar. Sabe para todos ela é apenas uma espécie de médica, ela te ajudou muito. Ficamos com você durante dez dias, você não comia, então começamos a tentar dar algo para você, minha mãe fazia chás medicinais e você por um milagre bebeu tudo. Todos começaram a perder as esperanças, mas eu não. Eu sabia que você logo acordaria, sabia que não ia deixar sua melhor amiga. – disse Alice.

Soltei uma risada rouca para ela.

A porta se abriu com um estrondo e por ela entrou meu pai, a família de Edward e por ultimo ele próprio. Não sei como meu pai o permitiu entrar aqui.

Papai correu e se jogou em meu pescoço me apertando o máximo que conseguia.

– A minha preciosa Bela, pensei que a perderia de novo. – disse ele com a voz embargada.

– Estou aqui papai. – disse e tentei abraça-lo.

Ele começou a chorar. Senti um aperto em meu coração, o quanto não o fiz sofrer?

– Você esta sentindo algo Isabella? – perguntou o marido de Esme.

Meu pai se levantou e ficou de pé ao meu lado.

– Meu corpo dói um pouco e estou com sede. – disse. Alice então rapidamente me deu um copo de água.

O bebi e me senti melhor.

– Vamos deixar vocês a sós. – disse Esme e todos saíram.

– Porque eles vão nos deixar a sós? O senhor precisa me dizer algo papai? – perguntei.

– Minha preciosa filha, você querida é tudo que eu tenho. Eu precisei fazer isso. – disse ele.

– O que? – perguntei.

– Esme disse que você precisa ir com ela, assim ela vai curar você querida. A doença esta te matando, prefiro você longe e viva do que morta. Sinto muito, sei que você odeia aquela Fera tanto quando eu, mas precisa se cuidar. Quando estiver melhor poderá voltar. – disse ele.

– Pai... – sussurrei.

– Será pouco tempo meu anjo. – disse ele.

– Mas e o senhor? – perguntei.

– Vou ficar bem, vou mandar Mary ir com você. Agora durma, quando acordar provavelmente estará com eles. Eu te amo minha Bela, e vou contar os minutos para você voltar. – disse papai. E assim fechei os olhos.

***

Abri meus olhos e olhei em volta. Estava no castelo de Edward de novo.

Senti uma dor em minha cabeça e olhei para os lados confusa.

– Esta se sentindo bem? – perguntou uma voz.

Era Edward. Ele se aproximou, meus sonhos não fizeram jus a sua beleza, ele era mais lindo do que qualquer sonho. Sua voz era tão doce, minha dor havia passado.

Fechei meus olhos e encostei-me ao travesseiro atrás de mim, então torci para que ele dissesse mais alguma coisa.

– Sim. – sussurrei.

Ele se sentou ao meu lado na cama.

– Eu senti sua falta. – sussurrou e colocou uma mão em meu rosto.

Quatro palavras que fizeram meu coração acelerar.

Abri meus olhos e o encarei.

– Achei que ia me buscar. – sussurrei. Ele sorriu.

– Pensei nisso no segundo em que você saiu, mas eu te prometi que a deixaria viver sua vida. Alice, Rose e minha mãe, enchiam minha cabeça dizendo que você logo se casaria e se livraria de qualquer lembrança minha. Por um segundo eu imaginei você de branco, caminhando com seu pai ao seu lado e um homem estranho ao final do corredor, imaginei seus filhos com outro homem e sua velhice, até que chegou o momento que você morria com o homem da sua vida. Então senti a maior dor do mundo, uma dor que me causou tanto desespero, eu não queria que você tivesse um futuro sem mim Bela. Eu te queria, eu precisava de você. Estava indo busca-la, quando seu pai me encontrou e pediu ajuda. Foi nessa hora que eu percebi que a dor maior estava por vir, eu vi você lá dormindo, você não acordava Bela, então pensei em me matar. Eu não podia viver mais a eternidade sem você. – disse ele.

Sorri para ele.

– Eu sonhei com você. – sussurrei. Ela sorriu mais amplamente e me puxou para seus braços.

Edward me abraçava com tanta força que achei que podia me colar a ele.

– Eu não dormia, não comia e sempre que me transformava perdia o controle, não sabe quantas vezes eu ia parar no seu telhado. As vezes ouvia suas damas falando de você, o quando você era linda e o quanto era gentil, as vezes até invadia os pensamentos delas, só para ver você. – disse ele.

– Acho que eu fiquei doente de saudades de você. – disse. Edward riu e aproximou seu rosto do meu.

– Se importa se eu beija-la? – perguntou ele. Neguei.

Então Edward colou seus lábios nos meus.

Eu me enganei, a morte não é fácil. E agora com Edward ela se tornou mais difícil ainda.

***

Estava deitada no peito de Edward ouvindo seu coração.

– Você não odeia sua mãe pelo que ela fez com todos vocês? – perguntei.

– Não, ela nos perguntou antes. É claro que alguns de nós não queríamos a maldição, mas queríamos viver para sempre. A vida se torna mais bela quando você a vê passar, é como se vivêssemos apenas observando. – disse ele.

– Todos você são lobos? – perguntei. Edward suspirou.

– Não, apenas eu sou assim. Emmett, o grandão com olhar assustador ele é um vampiro assim como Rose sua noiva, Jasper é vampiro também, meu pai Carlisle é metade mago e Alice é metade feiticeira. – disse Edward.

– Por que só você é assim? E porque lê mentes? Por que não consegue ler a minha? – perguntei. Edward riu.

– Você é bem curiosa. Eu não sei, Esme não sabia os danos que a maldição teria. É claro que ela sabia que a magia não seria de graça, ela diz que naquela noite a magia tirou dela o que ela mais amava, assim como nos tirou também. Não pense que minha mãe é egoísta, por mais que ela pense isso dela mesma, ela só nos queria perto. Sabe, eu também faria o mesmo que ela se pudesse. Eu preferiria morrer a ficar sem eles, mas o jeito dela nos fez ficar unidos ainda mais. – disse ele. Edward estava tenso, talvez não gostasse de falar disso.

– E o que tirou de vocês? – perguntei.

– Esme nunca poderá ficar gravida, nem Rose. Emmett nunca poderá realizar seu sonho de exercer a medicina, Carlisle não poderá nunca sair a luz do sol, Alice e Jasper não podem ficar juntos e eu não consigo me apaixonar. – disse ele.

– Desde sempre? Você nunca se apaixonou? – perguntei. Meu coração batia descompassado.

– Nunca. Sinto muito Bela, eu queria poder amar você. Eu pensei que te amava, mas como nenhum deles conseguiu ainda o que mais queriam significa que eu não posso amar você. – disse ele.

Levantei meu rosto de seu peito e me afastei dele.

Ele não conseguia me amar. Ele não me ama, ele só sente algo por mim. Sei que se ele pudesse me amaria, mas isso não é o suficiente, eu queria o amor dele. Não palavras.

– Bela, por favor. Não faça isso, eu sinto muito. Não devia ter dito isso para você. – disse ele se levantando da cama e passando a mão por seus cabelos.

– Então ia esconder de mim? Me deixar pensar que você sentia algo por mim? – perguntei. Lagrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

– Não chore, meu anjo. Se eu pudesse eu a amaria, eu faço qualquer coisa por você Bela. Gosto de estar com você, sinto sua falta quando esta longe, mas o amor é algo vetado para mim. Tente entender, sei que pensa que sou um monstro que te enganei, mas eu nunca disse que te amava. Eu quero amar você Bela, mas eu não consigo. – disse ele. Edward passou a mão por meu rosto tentando conter as lagrimas.

– Acha que um dia poderá me amar? – perguntei.

– Sim, meu anjo. Até lá você vai ter que nós amar por nós dois. – disse ele e colou seus lábios nos meus.

Ali nos braços dele, pensei por alguns segundos, que éramos aqueles casais apaixonados.

Eu era a Julieta dele e ele meu Romeo.


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se que ainda tem muita coisa para acontecer então não me odeiem ou tentem me matar.
O que acham de recomendações? Eu mereço né?
Por favor comentem e lembrem-se, quando os dois capítulos atingirem pelo menos 20 comentários postarei mais um hoje...