Um novo conto da Bela e a Fera escrita por Dani Silva


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Nossa desculpem a demora, como forma de me redimir com vocês...
Vou postar mais um capitulo, o que acham?
Beijos e Boa Leitura!



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Era noite de lua cheia, Alice disse que Edward não era um lobisomem, e que ele não se transformaria essa noite, mas por precaução tranquei a porta do quarto.

Toc toc toc

Coloquei o livro de poesia de lado e me levantei da cama. Abri a porta e dei de cara com Edward.

Minhas bochechas coraram e olhei para baixo. Senti seus olhos me inspecionando.

– Senhorita Swan, gostaria de convida-la para o baile desta noite. – disse Edward.

Levantei os olhos e o encarei.

– Desculpe, acho melhor que eu... – comecei mas logo ouvi o grito de Alice.

Empurrei a Fera e sai correndo escada a baixo a procura de minha amiga. Encontrei-a abraçando uma jovem loira e alta, atrás dela vinham mais algumas pessoas, estaquei no fim da escada, como se fosse automático todos viraram para me olhar.

– Pessoal essa é a Isabella. – disse Alice apontando para mim.

– Ola querida, venha até aqui. Nós não mordemos. – disse uma senhora com olhos castanhos e sorriso doce.

– Fala por você. – respondeu uma loira.

Dei alguns passos hesitante na direção daquelas pessoas.

– É um... – comecei a dizer mas logo a mulher de olhos castanhos me abraçou.

– Me chame apenas de Esme, minha querida. Esses são Carlisle meu marido, Rosie minha filha e Emmett seu marido, Jasper namorado da Alice, Carmem, Irina e Benjamim, meus subrinhos. Por favor perdoe meu filho ele acha que precisa obrigar uma jovem a vir viver com ele e assim conseguir alguma coisa. – disse ela.

Esme me soltou e a encarei confusa.

– Você é bem bonita mesmo, vejo bem em seus olhos. Sabe querida não sei se Edward lhe contou, mas ele lê mentes. – disse Esme.

Arquejei e dei um passo para tras, dando um encontro com alguém, olhei para a pessoa e vi Edward. Ele segurou em minha cintura.

Olhei alarmada para seu rosto, o que ele ouviu? Sera que percebeu algo? Sera que esta lendo minha mente agora? Ouvindo meu coração bater rápido de encontro a seu peito?

– Acalme-se Isabella, eu não consigo ouvir você. Mãe por favor para de assusta-la. – disse Edward.

– Eu não queria assusta-la, mas como você a trouxe para o nosso mundo é bom que ela saiba. – disse Esme.

– Tudo bem, pode me contar se quiser. – disse encarando Edward. Ele bufou irritado e soltou minha cintura indo para outro canto da casa.

– Somos uma família muito antiga Isabella, vivemos entre tantas pessoas, vimos crianças crescerem terem seus filhos e morrerem, gerações e gerações. A muitos anos, a um tempo que as datas não importavam tanto, Eu e meu marido Carlisle adotamos Edward, Rosie e Alice, eles eram crianças incríveis, mas eu sou diferente minha querida. Vocês humanos me chamam de feiticeira, aceito o titulo como sempre o aceitei. Com o passar do tempo percebi que nunca iria envelhecer e ao contrario minha família ia crescendo e envelhecendo, o que eu podia fazer? Como poderia viver a eternidade sem eles? Então eu os amaldiçoei, fiz deles o que são hoje. Eu fiz isso com minha família porque não podia viver sem eles, sei que você deve me achar uma egoísta... – dizia ela. E começou a chorar.

– Eu nunca pensaria isso da senhora, eu se pudesse faria o mesmo, como poderia deixar meu pai morrer? Ele é tudo que eu tenho, meu melhor amigo. Minha mãe morreu a muito tempo, ela era doente, não me lembro dela. Meu pai sempre diz... Quero dizer, ele dizia para mim que minha mãe sofreu muito antes de morrer. – disse.

Esme me lançou um olhar maternal, como se estivesse pronta para me adotar como filha.

– Você escolheu muito bem, Edward. – disse Esme olhando para o filho. Corei e olhei para o maior homem de todos.

Ele tinha um sorriso perverso, como se estivesse esperando que eu saísse correndo para que ele me perseguisse como sua presa.O homem percebeu meu olhar intimidado para ele.

– Então Bela, o que você faz aqui? – perguntou o Homem.

Ele tinha uma voz brincalhona, por um segundo pensei em fechar os olhos e me aninhar no chão enquanto ele falava. Talvez essa seja a maldição dele, atrair as pessoas com seus gestos e voz doce.

– Eu... Fui obrigada a vir. Não queria que meu pai se machucasse, foi minha única opção. – disse. Olhei os rostos daquelas pessoas, eles não pareciam zangados com Edward, pareciam até entende-lo. Como fui tão tola? Era obvio que eles ficariam do lado de Edward, até Alice esta do lado dele.

Me virei para as escadas e sai correndo. Assim que cheguei no quarto que Edward me deu, tranquei a porta e deitei na cama.

Quando os soluços começaram não consegui conte-los. Parecia que meu coração estava sendo cortado em dois, pensar em meus pais sempre fazia isso comigo. Eu ainda não aprendi que aqui eu estou sozinha.

Talvez sempre tenha sido assim. Eu sempre estive sozinha.

***

Abri meus olhos e olhei em volta. O quarto estava escuro e frio.

A janela estava aberta, mas eu não havia mexido nela. Levantei correndo me sentindo um pouco tonta. Meus olhos foram se acostumando com a escuridão.

Havia mais alguém no quarto. A figura era alta, ombros largos, só podia ser um homem, ou um lobo.

– Não... Se aproxime de mim. – sussurrei. Minha voz saiu fraca e rouca, eu devia ter adormecido chorando.

A figura rosnou.

– Socorro! – gritei. A figura rosnou mais alto, pareciam trovões.

Foi então que percebi, meus gritos nunca seriam ouvidos, ninguém apareceria para me ajudar, eu estava condenada a morrer assim. Uma onda de medo acelerou meu coração, isso pareceu despertar mais ainda a figura que se aproximou.

A lua iluminou os pelos do lobo. Era Edward.

Não sei como mais meu coração disparou ainda mais forte, eu sabia o que ele via em meus olhos. Medo e desespero.

Havia algo como alivio também, mas isso passou rapidamente quando ele deu mais um passo.

Senti lágrimas transbordarem em meus olhos. Eu ia morrer.

Permiti-me então pensar na morte de minha mãe, será que ela sentiu esse mesmo medo? Talvez a dor fosse tão grande que ela aceitou a morte como um presente. Eu não queria morrer, não queria falhar com meu pai.

Fechei os olhos com força.

– Se você quer me matar... Va em frente. – sussurrei.

– Quem disse que quero mata-la? – respondeu Edward.

Sua voz estava se aproximando. Tão perto que senti sua respiração em meu rosto, ele estava na minha frente. Alguns centímetros nos separavam. Ele tocou meu rosto, suas mãos eram cuidadosas, como se ele estivesse com medo que eu me quebrasse.

– Abra os olhos Bela. – sussurrou ele.

Abri meus olhos e o encarei. Seu rosto estava perigosamente perto, seus olhos estavam hipnotizando os meus, eu não conseguia me mover, e tão pouco queria sair dali.

Então ela me olhou, e a cor dos seus olhos poderia fazer um homem morrer e viver de novo. – recitou Edward.

– Você... – sussurrei.

– Fiz uma poesia para você. – disse ele. Edward passou a mão em meu rosto, depois meu pescoço e por ultimo a colocou em minha cintura. – Sei o que você pensa de mim, acha que sou uma Fera, que quero mata-la não é? Vejo nos seus olhos que pensa isso. A Bela, as coisas seriam tão mais fáceis se você não fosse assim. Diga-me como consegue ficar aqui? Esta com medo eu ouço seu coração, sei que quer fugir. Por que não vai? Não vou te seguir... Tudo bem, talvez eu siga, mas não vou me meter em sua vida. Por favor Bela, apenas vá embora. – sussurrou ele e colou sua testa na minha.

Meu coração se acelerou mais. Ele estava me dando a liberdade.

– Você quer que eu vá embora? – sussurrei. Edward soltou uma risada sarcástica.

– Meu anjo, eu te acorrentaria a mim, se eu pensasse apenas nas minhas vontades. Estou te dando o que você quer Isabella, seu pai, sua vida de volta. Apenas vá, não olhe para trás. – disse Edward e me soltou.

Ele foi andando até a janela e ficou olhando a noite. Me virei para a porta, a liberdade estava tão perto.

Eu tinha que decidir agora. Dei alguns passos em direção a porta, olhei para trás, ele permaneceu ali. Não se mexeu.

Abri a porta e sai correndo. Estava quase na porta da frente quando vejo Alice correr em minha direção.

– Eu sei que você quer ir... Bela, eu te imploro. Fique, você é nossa única salvação. – implorou Alice. Deixei algumas lagrimas rolarem.

– Sinto muito Alice. – disse e abri a porta.

A noite estava fria, mas isso não me impediu de correr.

Ouvi um uivo ao longe, parecia um lobo sendo torturado.


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