No dia seguinte acordei muito empolgado. A aula passou arrastada, tive uma briga com o relógio. Quando o sinal tocou fui correndo para a entrada da escola. Alguns amigos meus se despediram, grupos de meninas se empinavam e exclamavam em coro "Tchau, Finn" como se fossem extremamente íntimas.

Alguns minutos depois, ela apareceu ao que parecia ajeitando algo embaixo na blusa.

– Desculpe a demora, fui colocar o biquíni.

– Sem problemas. Quer comer alguma coisa antes ou pode esperar até a aula terminar?

– Estou legal.

Chegamos a praia e o sol estava escaldante, com certeza o maçarico solar estava ligado. Deixamos nossas coisas na areia e fomos para a água a temperatura estava incrível e não pude deixar de reparar... Annie era muito gostosa. Ei, qual é, eu sou homem. O sol refletia em seus olhos e os cabelos voavam em seu rosto. Eu poderia definir a perfeição com o que via.

– Aqui está bom para mim. Lá é muito fundo. - A água batia em seu peito, estava em uma profundidade boa.

– Ok, sem problemas. O primeiro passo é: Nunca, de jeito nenhum abra a boca debaixo d'água. Tampe o nariz com a mão primeiro. É assim que começa. Agora afunde. Ei, feche os olhos!

De volta a superfície, a orientei a fazer bolinhas na água usando a boca. E assim o tempo foi se passando até que a fome nos tirou do mar.

– Finnick, muito obrigada por tudo que tem feito por mim. Ainda não sei bem qual é a sua, mas tem sido gentil! Agora ande logo com isso, estou com fome. - agradeceu enquanto me secava.

A acompanhei até sua casa, ela se despediu e confirmou o horário da próxima aula, estava quase virando a esquina quando me deparo com a última pessoa que queria ver. Dylan.

Não é como se eu e Dylan se gostássemos. Na verdade, eramos amigos na quarta série. Até uma competição de surfe ele arranhar toda minha prancha que havia dado um trabalho desgraçado para ficar lisa e boa para competir, eu descobrir isso, dar um soco na cara dele, chama-lo de viadinho e... bem, essa história não é a das melhores. O problema é que eu odeio esse garoto e não queria encontra-lo.

– Odair.

– Fã. - respondi

– Vi que estava nadando com a Annie. - gritou enquanto eu me afastava.

O QUE?

– Nossa, parabéns, acho que não foi hoje que ficou cego.

– O problema é que não quero você se agarrando com a minha namorada.

O QUE? ANNIE? NAMORADA? DYLAN?

– O que você tá falando, cara? A Annie não é sua namorada e não agarrei ela.

– Apenas se afasta, ok? Aqueles peitos já tem dono.

ELE ACORDOU QUERENDO APANHAR HOJE, NÉ?

– Não fala assim dela. - disse controlando minha raiva.

– Qual é, vai... Ela beija muito e aqueles peitos dá vontade de apertar até explodirem! - exclamou atiçando minha raiva. Nunca havia beijado Annie, quer dizer, aquilo não foi considerado um beijo e nunca toquei em , enfim... mesmo que isso já tivesse acontecido jamais falaria desse modo. Sinceramente, se Annie um dia se entregou para esse cara, ela não é o tipo de garota que eu pensava.