DRACO

Quando abro os olhos depois dos segundos de queda a grifinoria está sobre mim ainda com os olhos fechados. Os braços dela estão agarrados em mim devido a queda.

Ela abre os olhos lentamente e por dois segundos temos um olhar de concordância, meu rosto está refletido no olhar dela, o perfume... que perfume ! Estamos tão próximos que nossos narizes se tocam.

Ter a grifinoria ali deitada sobre mim com aqueles olhos me chamando faz todo meu esforço ser inútil. Subo minha e a coloco entre a nuca e o cabelo dela, entrelaçando meus dedos entre os fios. Ela simplesmente fecha os olhos e aperta minha camisa sob minhas costas.

Apesar de estarmos muito próximos os milésimos que passam até que eu sinta os lábios dela parecem intermináveis, mas quando finalmente começo a beija-la sinto-me o cara mais forte do mundo e aperto cada vez mais ela para mim. O beijo fica cada vez mais rápido e sinto a mão dela encostar na minha cintura por baixo da camisa, aperto os cabelos dela que estão em minha mão.

Quando ela começa a erguer o tronco para afastar o rosto do meu, levanto também e sem tirar a mão do pescoço dela puxo-a de volta para mim. Ela não resiste e fico ali com uma mão apoiada na cama e a outra na nuca dela, as pernas dela estão uma de cada lado das minhas fazendo ela ficar de joelho na cama, e eu tendo que esticar o pescoço para alcançar a boca dela. Já as mãos, sinto o toque quente no meu pescoço segurando meu rosto junto do dela.

Sinto meu braço começar a tremer e após alguns segundos a morena retira uma das pernas e se joga ofegante de costas na cama. Deixo que meu corpo caia também e não consigo evitar o sorriso no meu rosto enquanto tento puxar o ar.

Viro o rosto para olhar para ela apenas com o pescoço e logo depois ela vira para mim também. Ficamos ali um pouco nos encarando, até que olho o relógio e percebo o quanto é tarde.

–- Acho que esta na hora de ir pro meu quarto. – Falo ainda olhando para ela.

–- Isso não era para ter acontecido...

Quando escuto isso me levanto subitamente e me coloco acima dela para olhar no olho da grifinoria novamente.

–- Não, não devia. – Digo antes de dar mais um beijo nela e me retirar.

Enquanto me dirijo ao meu quarto tenho vontade de pular, sorrir, gritar e me sinto o mais idiota dos patetas, assim como o cara mais feliz do mundo.

Passei a noite girando na cama pensando em como maravilhoso seria sair nos corredores de Hogwarts de mãos dadas com ela, mostrando para todo mundo que ela é minha. Depois as palavras dela apareciam na minha mente “Isso não devia ter acontecido. “ E me batia uma depressão. Ninguém pode nunca saber disso, nem sei quem morreria primeiro se era eu ou ela.

Olho o relógio e vejo que esta na hora de sair. Quando saiu do quarto a grifinoria estava se dirigindo a porta.

–- Bom dia. – Diz ela ao escutar meus paços.

–- Bom dia. – Falo me dirigindo a ela.