Burning escrita por Absolutas


Capítulo 26
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora!! Estava sem tempo de escrever, mas enfim, aqui vai mais um capítulo para vocês, espero que gostem...Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/438158/chapter/26

CAPÍTULO 22

Separei nossos lábios e olhei-o nos olhos com uma expressão assustada.

– O que foi isso? – perguntei aos sussurros.

– Eu não sei. – respondeu ele, sussurrando também.

Ficamos em silêncio por mais alguns segundos, atentos a qualquer barulho. E novamente o som de folhas secas sendo esmagadas ecoou na floresta.

– Espere aqui, eu vou ver o que é isso. – disse Nathan abaixando-se para pegar algo dentro de seu coturno. Era uma adaga com um cabo cuidadosamente esculpido e uma lâmina brilhante e afiada. Eu o olhei com olhos arregalados e ele se afastou indo até sua mochila e pegando uma lanterna.

– O que vai fazer com isso? – perguntei apavorada.

– Pode ser algum animal...Eu já volto. – garantiu-me. – Não saia daqui. – falou antes de virar as costas e sumir entre as árvores.

Respirei fundo e deixei minhas costas escorregarem pelo tronco até eu estar sentada no chão.

Era impressionante o fato de que, mesmo devendo estar apavorada com o que quer que seja que esteja rondando o acampamento, eu não conseguia sentir medo. Apenas fogo. Um fogo intenso que me queimava aos poucos, ardendo onde Nathan havia me tocado. Minha cintura, meu rosto, meus lábios... Não consegui reprimir o suspiro apaixonado que escapou pelos meus lábios.

Os beijos tinham sido extremamente bons e mágicos. Não sei era assim com todo mundo ou se era porque eu estava apaixonada, mas eu sabia que, por mim, não seriam os últimos. Ter os lábios de Nathan sobre os meus, foi a melhor coisa que senti em toda a minha vida e eu queria sentir isso de novo.

Ouço passos vindo em minha direção e continuo sentada. Porém quando alguém surge de entre as árvores, fico em pé imediatamente. Não é Nathan, e sim Dorothea.

O que ela estava fazendo aqui? Como me achara?

– Ah, aqui está você. – disse ela com um sorriso perverso nos lábios.

– C-como me encontrou? – gaguejei.

– Intuição. Alguma coisa me dizia que tinha vindo para a floresta... Até porque, se fosse para a cidade, seria reconhecida, não é? – não respondi. Estava apavorada demais para isso. – Mas estou curiosa – falou depois de alguns segundos de silêncio. – Porque está sozinha? Pensei que o garanhão de olhos azuis estaria com você. Ele também fugiu.

– Nathan? Ele fugiu? – tentei mentir, aproveitando o fato de ela pensar que ele não estava comigo para protegê-lo.

– Você não sabia que ele tinha fugido? – perguntou, arqueando uma sobrancelha.

– É claro que não! – continuei com a mentira. – Se soubesse que ele tinha fugido, teria ido com ele. – falei baixinho, tentando fazer com eu ela acreditasse em mim.

– Bom, acho que teria mais chances de não ser pega se tivesse fugido com ele, porque eu não faço idéia de onde ele esteja. E já que achei você, não posso simplesmente deixá-la ir embora... Você vem comigo. – falou se aproximando e agarrando meu pulso.

Está tudo acabado, pensei, nunca mais vou vê-lo.

Lágrimas quentes encheram meus olhos e eu me deixei ser levada de volta. Dorothea tinha uma expressão divertida no rosto enquanto me arrastava para longe do acampamento.

Depois de alguns minutos andando, ela parou de repente, com um olhar vazio. Fiquei encarando-a confusa até que senti o aperto em meu pulso afrouxar. Rapidamente retirei meu braço e dei alguns passos para trás. Ela continuou fitando o nada. E então, vi olhos azuis escuros brilhando alguns metros na nossa frente. Nathan. Sorri.

Ele se aproximou silenciosamente de Dorothea e colocou a mão entre seu ombro e a clavícula, apertando com força. Fiquei observando aquilo com o cenho franzido, estranhando o gesto, até que Dorothea caiu inconsciente no chão. Nathan veio correndo até mim e me abraçou.

– Você está bem? – perguntou.

Não conseguia responder, então apenas assenti e enterrei meu rosto em se pescoço.

– Isso não vai detê-la por muito tempo, é melhor corrermos. – avisou.

Assenti novamente e me afastei. Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei. Então saímos correndo de volta ao acampamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Burning" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.