Capítulo 11

Adormeci em seus braços grandes, fortes e de pele macia. Senti-me, muito segura e amada, ao lado do Damon.

Vendo que o dia estava correndo mais rápido do que o esperado.

Levantei-me.

– Por favor, vosmecê tem que ir. - Sacudi o mesmo, mas sem agressividade.

Ele lentamente foi abrindo os olhos. E pude ver suas lindas órbitas azuis... Aqueles olhos... Me passando tanta paz, tanta proteção... Coragem.

Não resisti e selei nosso lábios, em um beijo singelo, apenas para que ele despertasse bem de seus sonhos.

– Queria ser acordado todo o dia assim. - Ele passou as costas dos dedos sob o meu rosto.

Parei alguns segundos para apreciar seu carinho.

– Eu também meu amor. - Beijei sua mão.

Ele levantou seu corpo da cama, e me deu outro beijo. Um beijo calmo e cheio de sentimentos.

Está com ele, era tão confortante.

– Vosmecê tem que ir. Por favor. - Disse me afastando de seus lábios.

– Tudo bem... Mas não lhe deixarei tão cedo. - Ele sorri. - Agora que tenho aceso à sua casa, virei toda a noite lhe ver.

– Como? Estas louco? - Me espantei.

– Apenas por vosmecê. - Ele me deu um beijo rápido e se levantou, vestindo suas roupas, sem pudor na minha frente.

Virei meu rosto para o lado. Mas me peguei olhando seu corpo, diversas vezes.

Tão belo.

– Por que estas com vergonha de mim? - Falou abotoando as últimas tacinhas da camisa.

– Não é isso... - Fiquei constrangida, eu estava nua também. - Bobo. - Sorri, tampando-me com o lençol.

Ele deu outro sorriso e foi em direção à porta.

– Até mais, meu amor! - Ele não esperou que eu respondesse. Apenas saiu.

Na mesma hora, me levantei e fui até o toalhete tomar um banho e vestir minhas roupas.

(...)

– Bom dia senhorita. Vejo que acordou disposta. - Falou uma empregada, que eu infelizmente não sabia o nome.

– Ah, bom dia! Acordei mesmo. - Sorri e me sentei diante da enorme e farta mesa de café.

– O senhor Stefan, te deixou este bilhete antes de sair. - Ela me entregou uma carta.

– Obrigada. - Sorri. - Já está dispensada.

– Com licença. - Vi ela desaparecer pelos corredores.

Colocando meu café, na xícara de porcelana. Eu fiquei fitando o bilhete.

Tomei um gole, e faltava alguns tubinhos de açúcar.

Provei novamente, e, agora sim.

Tomei todo o meu café da manhã, até me sentir satisfeita. Após me retirar da mesa, fui até a varanda da casa.

Pude ver Damon, cortando algumas flores murchas e cuidando de tudo, para a minha surpresa, nosso quintal tinha muitas flores, diferente da faixada que só possuía verde. O mesmo, assim que me viu, sorriu discretamente, e eu correspondi.

Sente-me sobre uma cadeira, na mesa de chá da tarde. E apreciando a boa brisa que ali pairava, eu finalmente abri o bilhete.

Mas o que poderia ser?

Olhei novamente, e tomei coragem para lê-lo.

" Meu amor, parti para uma viajem um tanto demorada. Espero que não se importe, mas tenho que cuidar de meus pacientes... Ah, e já ia esquecendo, minha amiga Lexi. Ela passará, apenas alguns dias... Espero que não se importe... Mas detalhes, pergunte a mesma, em breve ela chegará.

Com amor,

Stefan.''

Reli mais uma vez a carta para ver se entendi tudo direito.

E então, uma amiga passaria uns dias aqui?

Hum, Interessante.

Não vejo nada demais nisto.

Guardei a carta, e continuei a observar Damon.

Tão Belo...