Capítulo 1

Meu nome é Katherine Pierce. Daqui à dois dias, completarei 18 anos. Crescei presa em um compromisso entre famílias. Assim que nasci, meu pai prometeu-me para o cavalheiro Stefan Salvatore, sete anos mais velho que eu, e filho do Alcaide de Mystic Falls.

Apesar de termos convivido juntos em nossa breve infância. A única coisa que brotou entre nós, foi uma singela amizade. Nenhum sentimento além desce.

Mas, o compromisso estava selado. Não havia nada que nenhum de nós pudéssemos fazer. Toda a cidade sabe, e se cancelarmos, os nomes de nossas famílias seriam desonrados e mau vistos por todos da sociedade.

O que seria ruim, não só para mim quanto para Stefan, que acabara de se formar em medicina.

– Estas magnífico! Tu não achas?

Minha mãe e a costureira estavam comentando sobre o meu vestido de noiva. Eram os últimos retoques do vestido branco e com detalhes delicados, rodado como todos os outros.

A cerimônia seria no dia do meu aniversário, como o combinado.

– O que tu achas filha?

– Espero que meu noivo goste tanto quanto eu. - Respondi tentando não demostrar meu desanimo.

Elas terminaram os retoques, e saímos do local. Estava tão cedo que não havia quase nenhum nobre nas ruas, somente os pobres camponeses que acordavam cedo para o trabalho pesado.

– Mãe, vosmecê se incomoda deu ir até o campo? - Pedi assim que avistei meu amado, caminhando para o local.

– Pode ir filha. Mas depois vá para nossos aposentos. - Ela beija a minha testa.

Levanto um pouco do meu vestido, e caminho até o campo.

– O que vosmecê estas fazendo? - Perguntei à Damon, com um sorriso singelo.

Ele arranca uma flor do belo campo onde só se via margaridas brancas.

– Para a donzela. - Ele me entrega, e beija minha mão.

– Para que tanta formalidade? - Pergunto.

– Quero me comportar adequadamente no dia do nosso casamento. - Ele sorri torto.

– Damon... - Suspiro.

Tanto ele, quanto eu, estávamos tristes, só de pensar em meu casamento. Mas eu, nada podia fazer, não tinha direito a escolhas.

Ele pega um dos cachos de meus cabelos, e em seguida passa a mão em minha face. Ele chega mais perto, e rouba meus lábios para ele. Cedo ao seu beijo, o beijo do meu amado. Mas logo depois o afasto.

– Está cedo. Não posso arriscar que alguém nos veja. - Dou leves passos para trás. - Doravante nós não poderemos mais nos encontrar, seria um desrespeito a meu marido.

– Estas me dizendo que é o fim? Renegará nosso amor? - Seus olhos azuis se enxeram d'água.

– Nunca, eu sempre te amarei. - Deslizei minha mão em sua face, limpando com as pontas dos dedos, as lágrimas que queriam surgir. – Tenho que ir. - Virei-me tristonha.

– Me encontre aqui amanhã, quero me despedir de vosmecê. - Ele pede segurando minha mão.

Aceno a cabeça no sentido afirmativo, e saio do campo.