Revenge! escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 9
Titanium!


Notas iniciais do capítulo

Como me pediram eu escrevi mais um cap hj!
Nao sei se esta alguma coisa de jeito, mas espero que gostem!
beijinhos e boa noite!



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POV ROSE

Quando somos pequenos ensinam-nos que saber esperar é uma virtude. Dizem-nos que quem espera sempre alcança!

Mas quanto tempo é suposto esperar por algo? E, mais importante, o que é suposto alcançar?

Uma hora! Há uma hora que estou sentada no mesmo banco a ler um livro. Correção, estou em missão de vigilância.

Tio Harry pediu a minha ajuda nesta missão em especial, ele continuava com a ideia de usar-me como isco! Algo que não em agradava nada!

Um dos aurores tinha obtido informações sobre um possível encontro da Parker com um ex-devorador da morte. Quem? Nós não sabíamos! Mas isso não impediu Harry de preparar uma pequena missão.

A equipa era a mesma. Al, Luke, Lexi, Scorpius, Hugo e eu.

Luke e Lexi fingiam ser turistas, eles andavam pelo parque a ver as bancadas de feirantes, que por ali haviam. Al e Hugo estavam sentados, debaixo de uma das árvores, separados um do outro. Scorp estava a poucos metros de mim a comer um gelado, sentado noutro banco.

Hugo, Al e Scorpius trocavam de posições ao fim de algum tempo, até porque seria bastante estranho a mesma pessoa comer vários gelados seguidos.

E eu, estava sentada num banco de jardim, a ler um livro. Como é óbvio, aquilo não passava de um mero disfarce, uma vez que eu precisava estar atenta a alguma aproximação de Jéssica.

– E então já te fartaste de ler? – Brincou Albus.

Devido ao acontecido na ultima missão em que participei, tio Harry insistiu para que todos utilizássemos fones e microfones, para nos podermos ouvir uns aos outros.

– Ainda não é desta que eu deixo os livros de lado – informei.- Desiste, Al. Ler é a minha vida.

– Pensei que a tua vida fosse a Sophie – disse Al.

Eu ri baixinho.

– E é – admiti. – Pronto, os livros são o meu coração!

Ouvi a risada de Al do outro lado.

– Queres mesmo falar sobre o que é o teu coração? – Provocou ele.

– Deixa a Rose em paz – pediu Lexi. – Ela já tem problemas que chegue, sem tu estares a complicar mais as coisas.

– Além disso, eu não quero ouvir os problemas amorosos da minha irmã – interviu Hugo.

– Acredita, miúdo, eles são demais! – Luke afirmou e pouco depois ouvi Lexi a reclamar com ele.

– Que tal pararem? – Pedi. – Al, ninguém tem que saber das coisas que eu falo contigo! E Luke, sendo ou não demais, os meus problemas não são motivo de conversa – afirmei. É claro que não estava chateada, mas deixei que eles tirassem as suas próprias conclusões.

Olhei para Scorpius, a cinco metros de mim. Ele tinha um sorriso de canto, enquanto mordia o seu gelado de menta e chocolate.

Bolas, até os gostos Sophie tinha de herdar?

– Olha a baba, Rose – ouvi a voz de Scorp, no meu ouvido.

– Que baba? – Perguntei confusa.

– Aquela que tu estás a deixar cair – informou. – Talvez devesses deixar de olhar para mim. – Pude vê-lo sorrir.

Corei e desviei os meus olhos para as páginas do livro.

Ouvi Al e Luke gargalharem e eu bufei.

– Rose, posso-te perguntar uma coisa? – Perguntou Scorpius ao fim de algum tempo.

– Podes – disse.

– Porque te foste embora no segundo ano?

O livro caiu-me das mãos. Baixei-me para o apanhar.

– Tu tens noção que tens pessoas a ouvir a conversa, certo? – Questionei. – Eu não acho que seja um bom momento para ter essa conversa.

– E quando será um bom momento?

Nunca! Eu queria responder que nunca iria ser um bom momento para termos essa conversa, mas eu sabia que ele não iria descansar enquanto não tivesse a sua resposta.

Scorpius era assim. Pensava, pensava, pensava. Mas assim que colocasse as suas questões queria as respostas, não importando o tempo que levar a consegui-las.

– Mais tarde – conclui.

– Mais tarde – concordou.

O mais tarde, veio muito cedo!

Acontece que a missão de vigia foi totalmente inútil, e depois de recebermos ordens voltamos para casa.

Jantamos e umas horas, tarde fui deitar Sophie. Scorpius acompanhou-me, a pedido da minha filha.

– Hoje vamos falar sobre o que? – Perguntei á minha filha, quando esta se sentou na cama, por baixo dos lençóis.

Eu sentei-me á sua frente e Scorpius permaneceu de pé.

– Na verdade mamã – começou ela, - eu queria que tu cantasses outra vez.

– Hoje? – Perguntei penosa. Não queria cantar á frente do Malfoy. Sophie acenou. – Que musica? – Questionei derrotada.

– Lembras-te daquela que tu uma vez disseste que falava do tempo de Hogwarts? – Os olhos de Sophie brilharam. E era por isso que eu lhe fazia as vontades, para ver aquele brilho. – Tu disseste que tinha a ver com um menino. Eu pensei que podia cantar para o Scorp ouvir – sorriu.

Suspirei. Era por essa mesma razão que eu não queria cantar.

– Vamos, mamã. Canta! – insistiu Soph.

Olhei para Scorpius, ele retribuiu-me o olhar. Calculei que ele tivesse compreendido que o menino que Sophie falava era ele. Olhei para a minha filha e tentando abstrair-me da presença de Scorpius ali, comecei a cantar

(Musica)

Eu cantava lentamente a musica, que eu sabia ser a preferida de Sophie, ciente do olhar de Scorpius fixo em mim. Mal ela sabia que a musica falava de todas as vezes que o próprio pai me humilhava.

Cada palavra daquela musica refletia o que eu tinha sentido, e como aprendi a não ficar por baixo de todas as lágrimas.

Cada frase daquela musica era verdadeira.

Scorpius atacava-me com as suas palavras. Da mesma maneira, que eu falava com Albus e na realidade não dizia nada do que sentia verdadeiramente.

Eu tinha sido criticada pelas minhas ações, mas com o passar dos anos, aprendi a não me importar com a opinião dos outros. E uma das coisas que eu mais tinha orgulho era o facto de todas as vezes que alguém me humilhava, eu voltava a levantar a cabeça e seguia em frente.

Com a minha partida para Franca e a companhia de Lexi, eu realmente tornei-me á “prova de bala”. Nenhuma crítica me atingia e aprendi a responder na mesma moeda a quem me tentava humilhar.

E por isso eu tinha orgulho de mim… demorou alguns anos, mas eu tornei-me titânio!

Depois de acabar de cantar, despedi-me de Sophie com um beijo de boa noite e sai do quarto, acompanhada por Scorpius.

– Não sabia que tu cantavas assim tão bem – disse ele, enquanto nos dirigíamos para o jardim.

– Há muitas coisas que tu não sabes sobre mim – informei. Chegamos ao baloiço que o meu pai tinha pendurado á tantos anos atrás. – Então sobre o que querias falar mais cedo?


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Notas finais do capítulo

Opinioes?
Gostaram da musica?
Acham que reflete o passado de Rose?