Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 16
Eletricus Duo


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Mais um cap, e está gigante! Mais uma vez peço a paciência de vocês... Beijos para Giu Di Angelo e DudaDudix pelos reviews. Boa leitura! :)



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A última aula do dia era de Feitiços. Entrando na sala, Hermione viu Pansy Parkinson de longe. Aquilo a incomodou um pouco. Duvidava que a garota fosse deixa-la em paz depois da pequena discussão no meio do corredor, horas antes.

Pansy fuzilava Hermione com o olhar, enquanto ela cruzava a sala, andando rápido. Draco Malfoy fazia o mesmo, mas, obviamente, não com o mesmo ódio, e nem pelo mesmo motivo. Tentando ignorar o arrepio que correu por seu corpo, juntou-se a Harry e Ron, que também pareciam ter percebido a ação de Pansy.

–- O que há com a Parkinson? – Harry perguntou, aos cochichos. – Eu digo... ela sempre nos olha com desprezo e tal, mas hoje está um pouquinho pior.

–- E ela está fuzilando mais você do que nós. – Ron pontuou. – E ela só fica assim quando alguém mexe com o Draquinho dela. E eu não me lembro de ter trocado uma palavra sequer com o Malfoy, você não, Harry? – ele disse, semicerrando os olhos. A capacidade de observação dele tinha aumentado bastante desde o quarto ano.

Harry deu de ombros. Hermione percebeu que ele queria trabalhar nisso sozinho.

–- Não só trocou palavras, digo, insultos, como também se embolou no chão com ele na noite passada, e eu é que tive que separar vocês dois. E se eu não tivesse segurado o Harry, nem sei o que poderia ter acontecido! – Hermione disse, repreendendo Ron. Touché.

Ron bufou.

–- Ah, não dá mesmo para discutir com você, Hermione. – ele resmungou.

–- Só porque eu tenho bons argumentos que derrubam facilmente os seus pensamentos de um dia inteiro? – ela disse, com um tom prepotente. Malfoy a estava contagiando com sua arrogância em excesso.

Ron levantou um dedo para falar, e abriu a boca, prestes a despejar insultos em Hermione, mas o Prof. Flitwick entrou na sala naquele momento. Ela deu a Ron um sorriso vitorioso, e virou-se de volta para frente.

–- Bom dia! Varinhas em punho, por favor. – a voz fininha do professor ecoou na sala. Subindo em um banquinho, ele poderia ser visto por todos. – Hoje falaremos sobre o feitiço Eletricus Duo. Alguém sabe o que ele faz?

A mão de Hermione subiu ao ar rapidamente. O professor deu a palavra a ela.

–- Emite uma rajada azulada ou amarelada mais poderosa do que o normal, que se atingir o alvo, o atordoa por cinco minutos.

O rostinho de Flitwick se iluminou.

–- Muito bem, dez pontos para a Grifinória. Esse feitiço funciona mesmo se a pessoa não estiver molhada. Se por acaso estiver encharcada por algum feitiço de emitir água, e o Eletricus Duo o atingir, pode ficar com ferimentos graves pela eletrocussão.

Hermione não gostou da olhada maquiavélica que Pansy Parkinson dirigiu a ela.

–- Enfim. É um pouquinho complicado de se fazer, e exige concentração, então prestem atenção. Eletricus Duo! – Flitwick disse, girando a varinha no sentido horário, e acertando um boneco de exemplo com uma rajada muito forte.

Os sonserinos, até aquela hora entediados, se levantaram para ver o resultado, claramente interessados. Mas ninguém parecia mais em êxtase do que Pansy Parkinson.

O Prof. Flitwick girou sua varinha novamente, e conjurou vários bonecos para cada trio de alunos.

–- Quero que formem trios, e pratiquem esse feitiço nos bonecos. Como vocês não tem prática, o raio pode mudar seu curso, e, sem querer, acabar acertando outro colega. Cuidado com a intensidade. Se caso alguém se machucar, usem o feitiço que aprendemos aula passada, o Episkey. Podem começar.

Foi uma experiência um pouco conturbada. Neville acertou seu Eletricus Duo no lustre na primeira vez, e quase acertou a cabeça de Dino Thomas na segunda. Após algumas (várias) tentativas, o feitiço dele começou a seguir uma direção só.

A situação no resto da sala não estava muito boa também, pode-se dizer. As direções dos feitiços estavam um pouco confusas ainda. E Pansy, que já tinha conseguido realizar o feitiço perfeitamente, queria aproveitar-se do momento para fazer o que estava desejando desde que o professor tinha começado a falar sobre as consequências do feitiço. Queria fritar todas as partes do corpo de Granger, para ensiná-la a nunca mais desafiá-la, insultá-la e ainda mexer com o que é dela (ainda que Draco não soubesse).

–- Draquinho... – ela disse, arrastando a voz.

–- Hm? – ele disse, sem tirar os olhos do grupo de Hermione.

–- Está pensando no mesmo que eu?

–- Não sei, ué. O que você está pensando?

–- Quem sabe se a minha varinha entortar um pouquinho para essa direção que você está olhando...

Draco riu.

–- Fazer o Weasley parar de se meter onde não é chamado? Por mim tudo bem...

Pansy sorriu.

–- No três?

–- No três... Três! Eletricus Duo!

Hermione se deu conta do que os dois pretendiam fazer, e assim que o raio veio na direção dela, ela disse:

–- Protego!

O feitiço de Pansy ricocheteou de volta para ela, por muito pouco não acertando-a. O boneco do grupo dela caiu para trás. No entanto, o feitiço de Draco contra Rony não teve tempo de ser repelido, fazendo o ruivo cair de cara no chão.

O Prof. Flitwick correu para acudir, mas Hermione foi mais rápida.

–- Episkey.

Ron levantou-se, atordoado, mas agora sem ferimentos.

–- Sr. Malfoy e Srta. Parkinson, menos cinquenta pontos para a Sonserina por essa brincadeira de mau gosto. Detenção hoje, depois da patrulha. Uma vergonha que monitores-chefes estejam fazendo esse tipo de coisa. – o Prof. Flitwick disse, com a vozinha mais esganiçada que o normal.

Ele dispensou a todos, que saíram às pressas para o jantar. Hermione andou até Draco, possessa, e o prensou na parede, com o punho perto do rosto do loiro, que retesou-se.

–- Mas o que você estava pensando, seu idiota? Sabe onde você deveria enfiar essa sua varinha?

Draco sorriu, o que deixou a garota ainda mais irritada, ao mesmo tempo em que ficou com um desejo quase incontrolável de beijá-lo.

–- Vai com calma, Granger, foi só uma brincadeira...

–- Brincadeira que poderia ter machucado sério não só ao Ron!

–- Vai dizer que ele não mereceu? Ninguém mandou se meter onde não é chamado?

–- Se fosse assim, eu poderia sair fazendo Eletricus Duo por aí tranquilamente só porque eu acho que tal pessoa merece, por se intrometer? Nesse caso, sua amiguinha Pansy já estaria mais do que morta! – Hermione inconscientemente disse “amiguinha” com certo ciúme na voz.

–- Poder você pode, mas vai render algumas detenções... – Draco disse, brincando, e Hermione o empurrou, possessa.

–- Você é um completo idiota! A pessoa mais metida, ridícula, escrota, arrogante e estúpida que eu já tive o desprazer de conhecer! E hoje, na detenção, nem sequer ouse dirigir a palavra à mim se tem amor ao seu saco!

Hermione saiu, pisando duro, deixando um Draco Malfoy completamente atônito, ao som de risadinhas surpresas dos sonserinos à sua volta. Em pouco tempo encontrou Harry e Ron.

–- Onde você estava?

–- Dando uma dura no Malfoy, lógico.

–- Eu vou matar esse cara. Matar! – Ron disse. Suas orelhas ainda estavam vermelhas.

Lilá Brown veio correndo, e se pendurou no pescoço de Ron.

–- Uon Uon! Eu fiquei tão preocupada! Aquele Draco Malfoy é um ridículo mesmo, não é? Ah, eu quase parti para cima dele, mas a Parvati me segurou. Eu fiquei te procurando por um tempão! Você está bem, lindinho? – ela disse, em meio a beijinhos na bochecha do ruivo, que estava sem ação.

–- Vou deixar o casal a sós. Vem, Harry. – Hermione disse, irritada, e puxou Harry com uma certa força, fazendo o garoto desequilibrar-se.

–- Mione...?

–- Relaxa, Harry. Só vamos logo, essa ceninha vai tirar minha fome...

Os dois chegaram ao refeitório, e encontraram com Gina lá. Hermione fitou a ruiva, como um código de “socorro”. As duas comeram o mais rápido o possível e correram para a Sala Comunal da Grifinória.

–- Você acredita que aquela maldita da Parkinson jogou um feitiço em mim?

–- Como é?

–- Eletricus Duo, que faz com que saia um raio na varinha, deixando a pessoa atordoada por cinco minutos. Ela ia me eletrocutar, basicamente, mas eu falei o feitiço de proteção.

Gina socou a mesinha de centro, que já tinha a marca da mão dela.

–- Eu disse, disse que você tinha que dar logo um jeito nisso. Agora temos uma sonserina louca e insuportavelmente ciumenta na sua cola. Você conseguiu escapar uma vez, mas ficar tirando a memória dela toda hora não vai resolver o problema!

–- Eu sei, eu sei... – a garota suspirou.

–- E o Malfoy?

Hermione bufou.

–- Desse aí eu não quero mais nem ouvir o nome.

–- Por que?

–- Ele fez a mesma coisa que Pansy no Ron, só que ao contrário de mim, ele não se defendeu. Por sorte eu o ajudei ali, senão nem sei o que eu poderia ter acontecido!

–- Não acredito! Acho que eu preciso ter uma conversinha com a fuinha. – Gina disse, estalando os dedos. – Mas de qualquer forma, você tem que fazer a patrulha... E tem uma aposta para vencer.

–- Você realmente acha que eu vou conseguir fazer alguma coisa com o ódio que eu estou dele?

Gina agitou a varinha, e deixou a garota arrumada em dois tempos.

–- Sim, você vai! Anda logo, ou vai chegar atrasada! – a ruiva disse, empurrando Hermione para fora do retrato da Mulher Gorda. Sem escapatória, Hermione caminhou para o local da patrulha.


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Notas finais do capítulo

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