Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte
Notas iniciais do capítulo
Hello sweeties! Mais um cap enooorme para vocês. Beijos para Nyx Schreave Riddle, Lady of the Moon e Alpha pelos reviews.
Boa leitura :)
Hermione caminhava rapidamente, com Draco em seu encalço. Ela se recusava em olhar para trás, e iria evitar ter qualquer contato com Draco pelo menos nesse século, ainda.
Eu realmente, realmente não devia ter dado ouvidos à Gina, pensou Hermione, irritada. Draco era muito melhor na arte de deixar as pessoas sem ação só com algumas poucas palavras. Tentar usar aquilo contra ele era basicamente a mesma coisa que querer ensinar Arte das Trevas para o Voldemort.
Chegando onde era a fonte do barulho, Hermione parou abruptamente, e Draco trombou nela.
–- Ei! – o loiro reclamou. – Avise se for parar.
Hermione não queria se virar e ter que encará-lo, devido à proximidade que os dois estavam naquele momento. A garota apenas o mandou calar a boca com um gesto, e se concentrou em um feitiço não-verbal.
No entanto, ninguém apareceu. Saindo das sombras, só havia Madame Nora, com o mau-humor de sempre.
–- Ah, é só essa gata imunda. – Hermione grunhiu. – Venha, vamos voltar.
Draco puxou o braço dela, e a fitou.
–- Você ainda não me respondeu de quem são as memórias.
–- E nem vou responder.
–- Vai responder por bem ou por mal?
–- Nem sob tortura. – Hermione disse, decidida, ainda que por dentro estivesse completamente perturbada.
–- É o que vamos ver... – Draco disse, se aproximando. Hermione se arrepiou com o som da voz dele tão próximo de sua pele. – Veja você... Eu nem fiz nada, e você já está nesse estado... Eu sabia que ia vencer.
Hermione virou-se, com raiva.
–- Mas nunca! Nada do que você fizer vai causar nenhum sentimento em mim, exceto um ódio profundo!
–- Então quer dizer que se eu te beijar agora, não vai significar nada para você?
–- Óbvio que não. Mas nem ouse em...
Draco a interrompeu, beijando sua boca com volúpia. A garota não queria corresponder, mas era quase que instintivo. Podia passar o resto de sua boca desfrutando dos lábios de Draco, mas precisava respirar, além de insultá-lo de todas as maneiras possíveis.
–- Seu... seu... – Hermione estava quase explodindo de ódio.
–- Não me diga que não gostou. Além de tudo, isso foi por você ter roubado o vidrinho.
–- Pegar de volta o vidrinho que você roubou, apenas corrigindo.
–- Eu achei no chão, já disse. Agradeça por eu ter visto, ou talvez você tivesse que procurar por Hogwarts toda...
–- As suas mãos eram as últimas que poderiam sequer tocar nisso... – Hermione grunhiu, quase inaudível, mas Draco ouviu.
O loiro abriu um sorriso.
–- E por que?
–- Pela última vez, Draco, eu não vou te contar o que é! – Hermione retorquiu, e Draco ficou em silêncio.
Ela me chamou pelo primeiro nome?
Hermione pareceu se dar conta de seu erro anterior ao limpar a garganta, e se corrigir.
–- Malfoy.
Mais um barulho. Madame Nora não era tão barulhenta assim.
–- Não saia daqui. Eu vou ver o que é.
–- Sozinha? Nem pensar. Vou com você.
Hermione arqueou as sobrancelhas, claramente surpresa. Esperou que o escuro camuflasse o rubor crescente em suas bochechas.
–- Então quer dizer que você se preocupa comigo? – ela perguntou, maliciosa, e com a voz mais arrastada. – Bom saber.
Draco corou, e tentou desesperadamente voltar atrás. Hermione não ficou completamente convencida.
–- Obrigada, mas não precisa. Sei me defender sozinha. Além disso, você precisa ficar para ver se ninguém mais vai aparecer.
Draco assentiu, sem saber o porquê de estar obedecendo uma grifinória sangue-ruim. Mas no momento, estava mais concentrado em achar alguém para dar detenções.
–- Lumos.
A ponta da varinha de Hermione se acendeu, e ela andou até a fonte do barulho.
–- Hermione? – ela ouviu a uma voz conhecida sussurrar.
–- Harry?
–- Ótimo, ele ainda não fez nada com ela. – uma outra voz sussurrou. Era Rony.
Hermione semicerrou os olhos, confusa.
–- Ron? Mas o que vocês estão fazendo aqui? Vocês estão com a capa?
Harry descobriu sua cabeça e a de Ron, dando a impressão de que estavam suspensas no ar.
–- Mione, está ok. Estamos com o Mapa do Maroto também. Não tem como pegarem a gente. – Harry disse.
–- Mas por que estão aqui?
–- Viemos ver se você está bem. Descobrimos que o Malfoy é um Comensal.
Hermione olhou para trás, checando se ninguém estava ouvindo.
–- Claro que não! Eu estou fazendo a patrulha com ele todas as noites. Saberia se houvesse alguma marca no antebraço dele.
–- E como você saberia? Está por baixo da camisa. – Ron disse, com uma pitada de ciúmes.
–- Ora, aquele lá vive com as mangas de fora... – ela disse, lembrando-se de como Draco ficava provocante com a camisa semiaberta, marcando seu abdômen definido. Descartou o pensamento mentalmente. – Voltem para o dormitório. Se alguém pegar você aqui...
–- Granger? – a voz de Malfoy ecoou. – Granger!
–- Estão vendo? – a garota sussurrou. – Saiam daqui antes que ele chegue.
Uma luz se aproximava, e os três sabiam que era Draco. Hermione fez um sinal para eles cobrirem a cabeça, mas o loiro chegou antes, a tempo de ver um resquício de fios ruivos da cabeça de Ron.
–- Porra, Granger, estou te chamando há o maior tempão, e você não me responde!
–- Desculpe, eu não te ouvi.
–- Como não! Além de sangue-ruim, também é surda?
Ron não aguentou ouvir aquelas palavras, e saiu da capa, mesmo sob protestos de Harry, e partiu para cima de Draco.
O ruivo começou a socar o rosto de Draco, mas ele era mais forte que Ron, e reverteu a situação, arrancando um pouco de sangue da boca dele. Harry saiu da capa da invisibilidade, e ia se meter na briga também, mas Hermione o bloqueou, e, agitando sua varinha, apartou os dois meninos que se embolavam no chão.
–- Vocês. Estão. Todos. Loucos! – Hermione disse, pausadamente, tentando não estuporar cada um. – Harry James Potter e Ronald Bílius Weasley, vocês vão agora para o dormitório antes que eu lhes dê uma detenção! E não pense que eu não faria isso, Ronald, porque eu levo o meu trabalho a sério. – ela completou, vendo a cara incrédula de Rony. – E você, Draco Lucius Malfoy, virá comigo, sem dar um pio, para que possamos completar a hora de trabalho. Estamos entendidos?
Harry deu uma cotovelada em Ron, que saiu, a contragosto, ainda encarando Draco ferozmente.
–- Nos vemos depois, Mione. E você... – Harry virou-se para Draco, com nojo. – Nem tente nenhuma gracinha contra ela, ou vai se ver comigo.
–- Estou morrendo de medo, Potter...
Hermione puxou o braço de Draco de volta para o posto, antes que os meninos começassem uma nova briga. Ao fazer aquilo, não pôde deixar de sentir os músculos do sonserino, que a deixaram arrepiada.
–- Como sabia meu nome completo? Estava me stalkeando?
Hermione bufou.
–- Com vários “fã-clubes” seus espalhados por Hogwarts, fica difícil não saber alguma coisa sobre a sua vida. – Hermione disse, com uma pitada de ciúme na voz. Torceu para que Draco não percebesse, o que, obviamente, não aconteceria.
–- Ciúmes, Granger? – ele perguntou, com seu sorriso zombeteiro tradicional.
–- Não seja estúpido. – Hermione disse, mas, afinal, não respondeu à pergunta, efetivamente.
–- Eu vou perguntar pela última vez... – Draco virou-se e segurou Hermione pela cintura. – De quem eram as memórias?
–- Por que eu te diria?
–- Porque você concordou em responder tudo o que eu perguntasse. Está com Alzheimer, Granger?
Hermione soltou uma risadinha sarcástica.
–- Muito engraçadinho. Em primeiro lugar, me solte já. – ela disse, um pouco ofegante. Estava perdendo o controle sobre seu corpo. – e em segundo lugar... pertencia a uma pessoa que se meteu onde não era chamada. E se continuar perguntando, terá o mesmo destino... – ela sussurrou a última frase quase selando seus lábios nos dele.
Antes que qualquer um pudesse dar um passo à frente, Hermione o empurrou, e recuperou sua carranca de sempre.
–- Não conhecia esse seu lado do mal, Granger. – Draco disse, ironicamente. – Sabia que fica melhor do que essa cara que você está fazendo agora?
–- Eu não me importo. Não faço as coisas esperando por sua aprovação.
Draco deu uma risada extremamente sensual. Hermione revirou os olhos.
–- Quanto tempo ainda temos? – ele perguntou.
Hermione olhou no relógio pendurado na parede.
–- Ah, ótimo, já deu o horário! – Hermione disse, animada. Finalmente ia e livrar daquele encosto.
Draco suspirou.
–- Não pense que eu desisti de saber de quem você roubou as memórias recentes. E eu também não desisti da aposta...
–- Nem eu. Espero que saiba perder.
–- É o que vamos ver, sangue-ruim.
Os dois se encararam por longos segundos, antes de andarem para seus respectivos dormitórios.
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