Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 12
"Eu não sinto nada por você"


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Cap G-I-G-A-N-T-E hoje, tenham paciência para ler! Um beijo para DudaDudix e Tamiresdr pelos reviews. Boa leitura :)



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Draco começou a se arrumar para a patrulha, e decidiu que faria da vida de Granger um verdadeiro inferno, pelo menos nas próximas horas. Saindo do banheiro, o vapor invadiu todo o quarto. Amarrou a toalha na cintura, e quando saiu do banheiro, deu de cara com Pansy Parkinson, que estava sentada em sua cama.

–- Porra, Pansy! Que susto! Por que está aqui?

A garota lhe dirigiu um olhar faminto, mas não comentou nada sobre sua aparência.

–- Por que está se arrumando tanto? É só uma patrulha.

Draco ruborizou, o que poderia ser facilmente notado pelo tom lívido de sua pele.

–- Estou me arrumando como sempre. E como monitor-chefe, eu preciso passar uma imagem ainda melhor do que já tenho.

Pansy semicerrou os olhos.

–- Ah é? Para quem quer passar uma imagem ainda melhor? Para a Granger? – a garota perguntou, com ironia.

–- O que você está fazendo aqui? Acho que tem uma regra que diz que meninas não podem ficar no mesmo quarto que meninos. – Draco disse, secando os cabelos loiros com outra toalha.

–- Nós nunca ligamos para as regras, de qualquer forma. E não ache que só por você ser monitor-chefe agora, as coisas vão mudar. Responda minha pergunta, tudo isso é pra Granger?

–- É claro que não. Mas eu tenho compaixão. Deixarei a sangue-ruim apreciar uma coisa que nunca poderá ter.

Pansy riu, mas ainda estava nervosa.

–- Apreciar em que sentido?

–- No sentido literal.

–- Vai deixar uma sangue-ruim tocar em você?

–- Quantas perguntas, Pansy! E não, eu não vou. Só vou deixa-la babando.

A garota suspirou, claramente aliviada.

–- E por que, antes de ir... – a garota se aproximou, com seu uniforme mais colado do que de costume, marcando suas curvas. – Você não me deixa “apreciar” você, huh?

Draco se afastou, sorrindo.

–- Agora não, Pansy, eu tenho uma patrulha para fazer...

Sem a garota perceber, Draco a expulsou do quarto e fechou a porta. Bufando, se trocou, passou seu tradicional perfume cítrico e se olhou no espelho. Perfeito, pensou. Antes de sair, pegou o vidrinho que tinha caído da bolsa de Hermione, quando os dois trombaram na saída da aula de Slughorn.

Encarando o conteúdo prateado dentro dele, imaginava o que seria aquilo. Com delicadeza, deslizou-o para o bolso de sua calça, junto à sua varinha, prendeu o distintivo nas vestes, e saiu.

Os corredores ainda estavam um poucos cheios, devido ao término do jantar, e os alunos caminhavam cada um para sua casa. Draco passava pelo meio deles, imponente, atraindo olhares de todas as garotas. Chegou ao lugar onde faria a patrulha, e encostou na parede. Hermione ainda não havia chegado.

Draco olhou para o relógio preso na parede, e bufou.

–- Mas onde é que essa sangue-ruim se meteu...?

–- Procurando por mim? – a voz de Hermione ecoou, um pouco sarcástica, e Draco a olhou. E seu queixo simplesmente caiu. Depois do choque, ele abriu um sorriso.

–- Que milagre é esse? Cheguei antes de você para o dever... Por que demorou tanto? Estava se arrumando para mim?

Hermione franziu o cenho, e soltou uma risada sarcástica.

–- E por que eu me arrumaria para você?

–- Porque você quer me conquistar, é lógico.

–- Mas quanta prepotência! Você realmente acha que eu ficaria bonita por você?

–- Ficar bonita já não é mais tão difícil... – Draco disse, a medindo, e Hermione ficou vermelha. – Você até que evoluiu.

A garota revirou os olhos, e murmurou um ”Malfoy” quase inaudível e virou de costas para ele. Draco falhou miseravelmente na tarefa de não olhar para a bunda da garota.

Girando a varinha nos dedos, Draco lembrou-se do vidrinho em seu bolso.

–- Hey, Granger... O que é isso?

A garota se virou, e ele mostrou o vidrinho. A cor do rosto de Hermione simplesmente desapareceu, deixando-a mais pálida que o próprio Draco.

–- Como conseguiu isso? – ela perguntou, avançando sobre ele. Hermione agarrou o colarinho semiaberto do sonserino, e o prensou na parede.

Draco arregalou os olhos, e se ocupou em deixar o vidro fora do alcance da garota. Vendo que era importante para ela, resolveu brincar um pouquinho.

–- Se você me soltar, eu posso pensar no caso.

Hermione bufou, e o empurrou, com força.

–- Me dê.

Draco sorriu, alisando as vestes.

–- Por que eu faria isso?

–- Porque isso não te pertence.

Draco andou em direção à ela, e disse, pausadamente:

–- Eu posso devolver depois que você fizer o que eu mandar...

Hermione retesou-se.

–- O que você quer?

Draco assobiou.

–- Você concordando em me obedecer sem chiar? Isso deve ser realmente importante. Mas o que é?

–- Apenas diga o que você quer logo e me dê essa porcaria!

–- Só quero que você responda, por enquanto... – ele disse, rindo-se livremente do olhar de profundo ódio que ela lhe lançou.

–- Certo. Pergunte, então.

–- O que é isso?

–- Um vidrinho. – Hermione respondeu, sarcástica.

–- Muito engraçado... É bom não brincar comigo.

–- Ou o que? – a garota disse, desafiadora.

–- Não me desafie, sangue-ruim...

–- Desafio se eu quiser. – ela disse.

Por um momento, surpresa brilhou nos olhos cinzentos de Draco, mas o momento passou, e ele retomou sua habitual pose prepotente.

–- O que há dentro do “vidrinho”, como você, espertamente deduziu?

–- São memórias recentes.

–- De quem?

–- Já chega de perguntas. Você já sabe o suficiente. Agora me dê o vidrinho.

–- Não senhorita, você concordou em fazer tudo o que eu mandasse para recuperar o vidrinho. Então responda, se o quiser de volta.

–- Me dê logo!

–- Ainda não terminei.

–- Mas eu já. – Hermione disse, avançando sobre ele. Suas mãos serpentearam pelo peitoral de Draco, que ficou imóvel. Mas o que deu nessa garota?

Transferindo uma de suas mãos para o rosto de Draco, Hermione tirou o vidrinho do bolso dele sem que ele se desse conta disso. Ela mantinha um forte contato visual, e lutava contra a vontade de beijar os lábios rubros do sonserino, que estavam entreabertos de surpresa.

Draco chegou mais perto para beijá-la, mas ela apenas roçou seus lábios nos dele, e se aproximou de seu ouvido, e sussurrou:

–- Obrigada por devolver.

A garota saiu desfilando com o vidrinho cintilante nas mãos, com um sorriso vitorioso. Draco levou a mãos aos bolsos, e arregalou os olhos. Aquela sangue-ruim imunda tinha roubado e ele não tinha nem percebido!

–- S-sua... – Draco queria despejar milhões de insultos, mas nenhum som saía de sua boca. Estava chocado demais para emitir qualquer som. – Não basta ser sangue-ruim, ainda tem que ser ladra, Granger?

–- Não foi roubo. Só peguei uma coisa de volta. E ainda sem você ver... – Hermione riu. – O que houve, huh?

Draco ficou em silêncio, tentando se recuperar.

–- Está sem palavras? É, eu causo esse efeito nas pessoas mesmo...

–- Você me desconcentrou! Não valeu!

–- Ah é? Eu te desconcentrei? Bom saber...

–- O que está tentando provar com isso?

–- Provar que eu tenho Draco Malfoy na palma da minha mão, sem sentir absolutamente nada por ele, enquanto suas amiguinhas arrancam os cabelos por um pouquinho de atenção...

Draco riu, com escárnio.

–- Você não me tem na palma de sua mão. É ao contrário. Quer apostar?

–- Já temos uma aposta lançada, e... – ela encarou suas unhas. – Pelo visto eu é que estou vencendo.

–- Eu não cantaria vitória tão cedo... – Draco avançou sobre ela lentamente, e Hermione sentiu toda a sua máscara de confiança ruir.

Encostando sua testa na dela, e segurando-a pela cintura firme, mas delicadamente, Draco sussurrou:

–- Quero ver você dizer agora que não sente absolutamente nada por mim, olhando bem no fundo dos meus olhos...

–- Eu... não sinto absolutamente... nada... por você... – ela disse, em meio a arquejos.

Há alguns segundos, Hermione tinha certeza de que estava no controle da situação, mas quando Draco se aproximou, e a fitou tão intensamente, ela perdeu completamente o controle sobre seus atos. O cheiro cítrico que ele exalava, junto com seu cabelo úmido roçando em sua testa, e a forma como seus corpos se encaixavam perfeitamente já bastavam para que ela esquecesse até de seu próprio nome.

Um barulho no fim do corredor trouxe Hermione de volta, e ela o empurrou, com seus olhos faiscando de raiva, e seu coração batendo descompassado, e se afastou dele antes que perdesse sua sanidade por completo, indo ver o que era.


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Notas finais do capítulo

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