Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 34
Quando eu estou com ele, eu estou pensando em você


Notas iniciais do capítulo

Cap. narrado pela Cléo, e no final um breve pensamento do Tom devido a algumas coisas que acontecerão...
 
Boa Leitura!



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Katy Perry – Thinking of you

 

Comparações são facilmente feitas,

Uma vez que você prova a perfeição

Como uma maçã pendurada em uma árvore

Eu peguei a mais suculenta

E eu ainda tenho sede


Você disse 'siga em frente'

Para onde vou?

Eu acho que o segundo melhor

É tudo que eu vou conhecer
Porque quando eu estou com ele

Eu estou pensando em você

Pensando em você

O que eu faria seVocê fosse o tal

Que estava gastando a noite

Ah, eu queria que eu

Estivesse olhando nos seus olhos... 

 

Olhando nos seus olhos

Ah você não vai andar?

Esbarrar a porta e ...

Me levar para longe?

Ah, sem mais erros

Porque nos seus olhos eu gostaria de ficar.  

 

 

 

 

 

 

- Como assim Tom? Você vai embora? 

 

 - Cléo, depois nós falamos sobre isso. Agora, por favor, diga que aceita nosso presente. – apertava minhas mãos com força.

 

 - Eu... Aceito. – sorri enquanto chorava – Eu aceito, obrigada... Obrigada mesmo. – o abracei sentindo seus fortes braços me envolverem. 

 

- Estou atrapalhando alguma coisa? – minha mãe surgiu, fazendo com que desfizéssemos rapidamente nosso abraço.

 

 - Não mamãe, está tudo bem. – eu enxuguei rapidamente meu rosto enquanto Tom se virava para enxugar discretamente o dele. – Mãe, você já sabia do que se tratava o presente, não é mesmo?!

 

 - Sabia. Tom me procurou há alguns dias e disse que estava pensando em lhe presentear com o apartamento que ele dividia com o Bill. Ele pediu minha opinião a respeito e eu concordei. 

 

- Eu... Sinceramente não sabia o que fazer com este lugar. Pensei em vender, mas se fizesse isso estaria abrindo mão de algo que Bill considerava muito especial. Quando tivemos dinheiro o suficiente, compramos uma casa para a nossa mãe, ela sempre veio em primeiro lugar nos nossos planos. Depois levou algum tempo para conseguirmos ter dinheiro o bastante para comprar a nossa “casa dos sonhos”. Mas, nós conseguimos, é esta aqui. – Tom disse ainda emocionado.

 

 - Tom – toquei em seu ombro – Eu aceitei viver aqui, mas saiba que quando você quiser, pode voltar. Se você vir a se arrepender um dia... 

 

- Cléo – ele me interrompeu – Eu nunca irei me arrepender de ter escolhido você para viver aqui. Porque, eu não decidi isto sozinho, meu irmão me ajudou. – sorriu sem mostrar os dentes – Sabe, às vezes eu posso jurar que ele fala comigo e quando você está perto de mim, eu posso até jurar que ele está aqui, conosco. – sussurrou. 

 

- Eu tenho a mesma sensação.

 

 - Chega a ser torturante, eu admito. 

 

- Com licença, vou voltar para a sala. – minha mãe disse dando as costas a nós – Ah Cléo, depois vá lá se despedir do Dr. August e de suas enfermeias porque logo mais eles irão embora. 


- Tudo bem. – eu respondi rapidamente.  

 

 

 Assim que minha mãe saiu, me debrucei na grade ao lado de Tom para contemplar o pôr – do – sol. Ficamos calados admirando o colorido do céu. Estávamos muito compenetrados. Mais uma vez eu tentei captar os pensamentos dele. Eu sabia que aquele lugar trazia muitas memórias, memórias que apesar de doces, machucavam, e muito. Eu fazia parte deste conjunto de memórias doces e dolorosas. Tom de certa maneira, lutava para se manter forte ao meu lado e agora eu o compreendia, pois eu agia da mesma forma. Ele está realmente muito parecido com o Bill hoje... Não sei se isso é bom ou ruim, só sei que me fere.   

 

 

- Vou sentir sua falta. – ele rompeu nosso silêncio. 

 

- Também vou sentir a sua, mais uma vez. – eu disse não desviando meu olhar da paisagem.

 

 - Não vou embora pra sempre, serão só alguns meses. Iremos para os EUA discutir a nova formação do TH. Visitaremos alguns estúdios e o novo vocalista irá nos mostrar algumas composições... Ou seja, voltaremos à ativa. – disse com desanimo.

 

 - Um novo vocalista nos EUA? – não entendi – Mas, por que não um alemão? 

 

- Será essa a grande surpresa Cléo. Quando formos para os EUA, todos pensarão que o novo vocalista será um americano, mas não, ele é um alemão que está passando um tempo em Los Angeles. 

 

- E, será que eu posso saber quem é esse vocalista misterioso?

 

 - Já ouviu falar no nosso amigo Andreas?

 

 - Meu Deus! – fiquei pasma – Não me diga que o Andreas será o novo vocalista do TH?!

 

 - Pois é. Custou a ele aceitar, mas, foi a melhor pessoa que encontramos para substituir o Bill. Ele disse que aceitou em consideração a amizade de todos nós.

 

 - Tom isso é maravilhoso. Eu como fã posso garantir que ele será muito bem vindo. – fiquei realmente feliz pela novidade. 

 

- Fico aliviado em ouvir isso de você... Ele e o Bill têm muitas coisas em comum. A voz é diferente, nós teremos que nos acostumar com isso. – bufou, parecia meio impaciente.

 

 - Tom, está tudo bem? – me virei tocando em seu braço esquerdo. 

 

- Tudo bem, só estou um pouco cansando. – sorriu pra mim – Sabe, eu andei malhando muito esses últimos dias. 

 

- Por quê? 

 

- Estava gordo. – sorriu envergonhado – Não necessariamente gordo, apenas barrigudo. – abaixou a cabeça querendo esconde-la na gola de sua blusa. 

 

- Ahaha, não consigo te imaginar barrigudo... Andou comendo muito? 


- Bebendo. – falou objetivamente. 


- Ah Tom... – balancei a cabeça.

 

 - Estava pesando mais que o Gustav. 

 

- Mas será possível que vocês só sabem falar do meu peso? – Gust e Georg vinham em nossa direção trazendo taças de champagne. – Trouxe para vocês! – me ofereceu a bebida. 

 

- Você está louco? – Tom pegou para si a taça que Gustav me ofereceu – A Cléo não pode beber seu doente! – virou a bebida num gole só. 

 

- Mas é um topera mesmo. – Georg o repreendeu – Eu disse que ela não podia beber, não disse?! 

 

- Mas foi você que disse para eu oferecer bebida a ela Georg! - franziu as sobrancelhas.

 

- Ah que feio hein Georg, tentando por a culpa no amigo... - eu brinquei dando um leve empurrão nele.

 

- Essa bicha alisada sempre faz isto. - Gust deu uma "pedalada" em Georg.


- Tudo bem Gust, valeu a intenção. - dei um beijo bem forte na bochecha dele.


 - Vou lá dentro pegar um suco para você. – Se ofereceu simpático. Gustav era realmente muito fofo. 


- Pode deixar que EU pego! – Tom o puxou de volta – Você já ganhou um beijo dela, agora é a minha vez ok?! – piscou pra mim e saiu.

 

 

   Não sei explicar, mas me deu um friozinho gostoso na barriga quando Tom disse aquilo. Eu... Gostei.  

 

 

- Vocês hein, nem nos convidam pra reuniãozinha na sacada! – Mika vinha reclamando seguida de Kamilie. 

 

- Ah, desculpem- me garotas a minha falta de atenção para com vocês. – Georg todo poético beijou a mão de cada uma. 

 

- Só tem velho quatro olhos lá dentro! – Kamilie girou os olhos. 

 

- Bem... Depois desse comentário, vou até tirar meus óculos. – Gustav ficou realmente sem jeito. 

 

- Não, fique de óculos! Eu gosto de você assim, te deixa mais... Charmoso. – Kamilie o elogiou tímida.   

 

 As bochechas dele coraram no mesmo instante. Eu, Mika e Georg nos entreolhamos porque sentimos um certo clima no ar.  

 

- E ai galera? O que eu perdi? – Tom vinha trazendo um copo de suco de uva natural acompanhado de um prato com um imenso pedaço de bolo e vários doces. 

 

- Você perdeu um fato inédito, histórico Tom. – Georg abraçou Gustav de lado – O nosso gordinho fofo finalmente vai desencalhar! 

 

- Uouuuuu! – Tom vibrou – Quem será a louca? Digo, a sortuda? – olhou pra mim me entregando o copo. 

 

- A loirinha aqui. – Georg bateu nas costas de Kamilie a fazendo engasgar com o champagne. 

 

- Ah... Eu já imaginava. Sabe, ele não parou de falar de você nenhum segundo se quer.

 

– Tom disse de boca cheia. 

 

- Não liga pra eles Kamilie. – Gust estava sem graça.  

 

 Todos sorrimos, Tom olhou para mim mordendo os lábios e eu corei um pouco.  

 

- Hey! E o meu beijo? – ele me cobrou.  

 

 

 Fiquei olhando para ele com cara de paisagem, e ele me lançava um olhar provocante, mas não tinha intenções de me provocar. Custou muito até eu me inclinar para beijar seu rosto. Então eu fechei meus olhos, e o fiz. Meu Deus... Eu imaginei estar beijando o Bill. O rosto de Tom era tão macio quanto o dele. Depois daquilo, me afastei procurando não encará-lo. 

 

 

- É... Eu acho que está na hora de tomar meus remédios. Já volto! – usei isso de desculpa para sair o mais rápido possível de lá.  

 

 

 Fui caminhando em direção a porta de vidro que dava para a sala, mesmo de costas, senti os olhos de Tom sobre mim e me desconcertei. Passei meio atordoada pelas pessoas, aproveitei e me despedi do Dr. August e de minhas antigas enfermeiras. Segui pelo corredor procurando pelo banheiro, mas ouvi um som semelhante a batidas vindo de uma porta entreaberta. Tratava-se de um quarto. 

 

 

- Era aqui... – eu suspirei.  

 

 Estava no quarto do Bill. 


 Antes de entrar, fiquei parada na porta enquanto meus olhos corriam explorando cada canto. Estava tudo arrumado, e vazio. As coisas dele não estavam mais lá. Era o quarto mais lindo que eu já havia visto. Tudo decorado em preto e branco, desde a exuberante King Seize até a poltrona de balançar que ficava em frente à janela. Uma sensação estranha tomou conta de mim, uma saudade avassaladora que apossou-se do meu ser. Não agüentando mais corri em direção a cama, me agarrei em um dos travesseiros e comecei a chorar. 

 

 

- Ah Bill, como eu queria que você entrasse por essa porta agora e me provasse que tudo não passou de um pesadelo e que eu não estou aqui chorando sozinha na sua cama, agarrada em seu travesseiro, sentindo seu cheiro e simplesmente tendo que me conformar por você não existir mais. Me diga como, como eu vou sobreviver com a sua ausência e ao mesmo tempo com a sua lembrança tão viva?

 

 - Era desse lado mesmo que ele dormia.  


 

 Ouvi uma voz masculina vindo da porta, meus pensamentos estavam tão focados no Bill que eu pude jurar que era ele que estava lá. Não ousei me virar para ver de quem se tratava, eu não queria que nada distraísse minhas ilusões naquele momento.  

 

 

- Você está bem? Quer ficar sozinha? 

 

- Fica comigo. – eu respondi sussurrando, estava em certo transe. 

 

- Tudo bem. Vou ficar aqui até você dormir. – senti um vulto passando pela cama, caminhando até a poltrona.

 

 - Não vou dormir, ainda é cedo. Só quero ficar um pouco com os olhos fechados. 

 

- Estava falando com o Bill? Atrapalhei o momento de vocês, não é mesmo?!

 

 - Não, você não me atrapalhou. Eu pedi para que o Bill entrasse pela porta, e quem entrou foi você. Acho que isso foi um sinal. – fui abrindo meus olhos aos poucos. A imagem dele foi ficando cada vez mais nítida. Tom me encarava com os braços apoiados no joelho. Sorri de leve ao vê-lo me observando.

 

  - Gostou do quarto? – ele mudava o assunto.

 

 - Gostei. – sorri respirando fundo para sentir o aroma que exalava do travesseiro.

 

 - Se você não se sentir bem aqui, sinta-se a vontade para dormir no meu.

 


- Obrigada, mas eu vou ficar neste quarto mesmo.

 

 - Tem certeza de que você está bem? Você ficou meio estranha depois que... 

 

- Depois do que? – eu me levantei da cama ficando sentada nesta. 

 

- Depois que me beijou... Quer dizer, depois que beijou o meu rosto.


 

 Corei no mesmo instante. 

 

 

- É que eu não me senti muito bem, mas não por causa disso, porque havia passado da hora de tomar meus remédios... – me atrapalhei em inventar uma desculpa. 

 

- Ah entendi. – contraiu os lábios balançando a cabeça. 

 

 - Tom... Onde estão as coisas dele? – perguntei enquanto percorria os olhos pelo quarto – Está tão vazio aqui.

 

 - Todas as coisas dele vão para um pequeno museu que abrirão em homenagem ao Bill. Na verdade, este museu será a nossa antiga casa em Magdeburg. 

 

- Legal. – respondi triste. 

 

- Se você quiser alguma coisa que pertenceu a ele, é só me dizer... 

 

- Não é preciso, eu já carrego comigo a coisa mais valiosa que pertenceu a ele. – pousei as mãos em meu peito. 

 

- Pois é. – abriu um leve sorriso jogando a cabeça para trás. – Estou cansadão!

 

 - Por que não dorme aqui esta noite? – não acredito que havia feito aquela proposta. – Pode dormir no seu antigo quarto...

 

 - Obrigado, mas... É justo que você tenha privacidade na sua primeira noite aqui. Deixa pra uma próxima... – sorriu levantando-se da poltrona. – Bem, eu vim aqui me despedir de você, já vou indo nessa. 

 

- Ah, tudo bem. Vou te acompanhar até a porta. – levantei-me rapidamente da cama o seguindo.


  Passando pela sala, encontramos minha mãe e Jost agarradinhos no sofá tomando um vinho e jogando conversa fora.

 

 

 - Eles estão mesmo muito apaixonados, não é? – comentei baixo com o Kaulitz. 

 

- Dá até vontade de saber como é ficar assim com uma pessoa que você ama. – Tom desabafou.

 

 - Você, nunca amou ninguém? – que vergonha meu deus, eu não devia ter deixado aquilo sair da minha boca – Desculpa a minha pergunta indiscreta, nem precisa responder... 

 

- Não, tudo bem. Na verdade, eu já amei uma pessoa, mas não cheguei a viver esse amor com ela.

 


- Entendi. 


 

 Fomos até a sacada ao encontro das meninas e dos G´s:  


 

- Estou voltando pro Hotel. Querem vir comigo? – Tom os chamou.

 

 - Eu vou ficar mais um pouco por aqui. Eu e a Kamilie estamos nos dando muito bem. – Gust respondia animado. 

 

- E eu também vou ficar porque minha namorada vai dar uma passada aqui. – a namorada do Ge ainda não me conhecia. 

 

- Tudo bem, então eu vou sozinho mesmo. – abaixou a cabeça, parecia triste. 

 

- Gustav, você não acha que o nosso amigão aqui... – Ge abraçou Tom de lado -... Precisa de uma namorada?!

 

 - Sinceramente... Eu acho sim. – Gustav respondeu o abraçando pelo outro lado.

 

– E você Cléo? Não acha que o Kaulitz precisa de uma namorada? 

 

 

 Meu olhar se encontrou com o do Tom. Ele me encarava como se quisesse que eu respondesse um: “Não, tudo que ele menos precisa agora é de uma namorada”. Eu entendi o recado, só não consegui dizer isto. Percebi também as segundas intenções dos G´s com aquele comentário, o que não me agradou nem um pouco.  

 

 

- É... Talvez (?) – foi a única coisa que consegui responder.

 

- Não entra na deles Cléo. – Tom caminhou até a porta, estava constrangido – Boa noite pra vocês então. 

 

- Por que você não fica mais? – eu propus tentando quebrar o clima estranho que se formou entre nós. 

 

- Hey mocinha, você precisa descansar sabia?! – ele apertou meu nariz – Não deixa esses dois folgados ficarem aqui até tarde te importunando ok?! – olhou sério para os G´s. 

 

- Pode deixar. – sorri olhando para os dois que me mandavam beijinhos. 

 

- E, vê se fica bem... Tranque bem as janelas porque aqui venta muito, e se sentir frio, ligue o aquecedor. Temos banheira em nossos quartos, tem sais de banho relaxantes lá, faria bem a sua saúde se você relaxasse um pouco. E... Não durma com a porta destrancada, mesmo aqui sendo um prédio muito bem guardado, nunca se sabe o que pode acontecer... Ah, e evite de ficar muito tempo em frente ao refrigerador, se você ficar doente e começar a tossir, forçará muito o seu peito... E, eu também tomei a liberdade de passar no supermercado e comprar tudo que você mais gosta de comer, sua mãe me ajudou. Fome você não passa aqui... 

 

- Tom! – Georg o chamou com cara de tédio.

 

 - O que é? 

 

- Cala a sua boca! Você está tratando a Cléo como se ela fosse sua filha. 

 

- Então pelo que eu estou percebendo, o Tom seria um excelente pai.- eu disse sorrindo meiga para o Kaulitz, que retribuiu ao meu sorriso. – Eu vou ficar bem.

 

- Então tá! - colocou a mão na maçaneta preparando-se para sair, mas antes que ele se retirasse, eu fiz um pedido:

 

- Tom! 

 
- Oi?

 
- Eu gostaria muito de ir até o cemitério amanhã, visitar o tumulo do Bill, mas, eu não queria ir sozinha... Será que você não aceitaria me fazer companhia?

 


- Claro que sim! - sorriu feliz pelo convite - Você acredita que eu não consegui ir visitá-lo até hoje? Seria muito bom ir com você, muito mesmo. - balançava a cabeça com um sorriso lindo nos lábios.

 


- Então, combinado! 

 


- Amanhã cedo... Umas nove horas, eu passo para te apanhar.

 


- Ok... Até amanhã Tom. - fui até ele para me despedir dando-lhe um beijo em seu rosto, mas no momento eu achei melhor apenas abracá-lo rapidamente.

 


- Até amanhã. - ele me olhou meio desconcertado por eu não ter beijado seu rosto. Logo após retirou-se. 

 

- É impressão minha ou vocês de repente estão evitando uma aproximação mais intima? – Mika me perguntava com as mãos na cintura. 

 

- Mika, não fala nada ok?! – sai andando e a deixei falando sozinha.

 


- Cléo, espera vamos conversar. - veio caminhando atrás de mim. Percebi Kamilie e os G´s vindo junto com ela.

 


- Será que dá pra vocês pararem de ficar me empurrando para o Tom? - me virei a eles visivelmente irritada - Ele ficou constrangido e eu muito mais.

 


- Desculpa Cléo, a gente só fez uma brincadeira. - Ge arrependeu-se.

 


- De muito mal gosto por sinal. - estava realmente muito nervosa - Olha gente, eu ainda amo demais o Bill e, não gosto que vocês fiquem insinuando que eu e Tom devemos ficar juntos. Isto nunca vai acontecer. - bufei e fui para o quarto.

 


Tom

 
 Eu sou um idiota ou qualquer coisa do tipo. Por que eu fui pedir para a Cléo beijar meu rosto? Mesmo sendo algo inocente, eu não medi as consequencias, eu não pensei por um instante que isto poderia deixá-la constrangida. Sabe, não adianta... Ela passará o resto da vida dela olhando nos meus olhos e enxergando apenas o meu irmão neles. Mas, ao mesmo tempo eu sinto que os nossos corpos pedem para estar juntos a todo momento, como se houvesse uma força em volta de nós que nos empurrase um para o outro e... Seja o que for esta força, eu estou começando a ficar com medo do que ela possa fazer a nós.

 Bem, pelo menos a Cléo ainda quer a minha companhia, ficarei feliz por estar ao lado dela no momento em que ela se deparar coma prova concreta de que meu irmão está morto e enterrado... Ela precisará ser forte. 

 Talvez os meninos tenham razão, talvez eu precise mesmo de uma namorada. Isso tudo é carencia, só pode. Afinal, desde que o Bill se foi que eu não me envolvo com nenhuma garota. Ah Tom Kaulitz... Eu não te reconheço mais. Se fosse há um tempo atrás você iria agorinha mesmo para a primeira boate que encontrasse na frente, entraria lá, beberia muito, cataria umas cinco e levaria pelo menos duas delas para casa. Caramba agora que eu me lembrei, eu... Não tenho mais casa! Dei meu apartamento para a Cléo. Não que eu me arrependa disto porque eu não consiguiria morar mais lá, não mesmo...  

 Mas, eu estou aqui pensando... Eu tenho duas opções esta noite: Ir para o Hotel e ficar pensando na cagada que eu fiz hoje até cair no sono, ou cair literalmente na "night" para não pensar na cagada que eu fiz e de sobra me divertir um pouco... Bom, acho que especialmente hoje, a segunda opção, é a escolha certa.






 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Sim, o Tom vai cair na farra e as consequencias desta noitada dele não serão nada boas.
Tanto a Cléo quanto o Tom ficam super incomodados com as indiretas d q eles têm que ficar juntos e tals, mas mesmo eles não sendo apaixonados um pelo outro (ainda), eles se sentem estranhamente atraídos e eles irão lutar contra esse sentimento até o fim.
 No próximo cap. a Cléo e o Bill terão o momento deles, aguardem...