A Culpa é Minha e das Metáforas escrita por Larissa Waters Mayhem


Capítulo 9
Capítulo 9 - Caroline, Isaac, SEC


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um Cap! Valeu pessoal!



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Depois de algumas horas, Hazel Grace me ligou, ficamaos conversando sobre Uma Aflição Imperial até altas horas. Então disse a ela que no sexto livro da série “O Preço do Alvorecer” o Sangue aprova. Fui procurar o livr

e aí ele me disse que o sexto livro da série "O preço do alvorecer" — O sangue aprova — "começa com a citação de uma parte de um poema. Demorei um pouco para achar o livro, mas assim que achei comecei a recitar ‚Dizer que sua vida acabou. O último beijo bem dado / Você deu e está distante no passado."
— Nada mal — falou Hazel Grace — Mas pretensioso. Acho que o Max Mayhem chamaria isso de "coisa de maricas".
— É, e sem dúvida diria isso com os dentes cerrados. Caramba, como o Mayhem cerra os dentes nesses livros. Com certeza vai acabar tendo distúrbio de ATM se sobreviver a todos os combates. —falei, mas me veio uma dúvida, quanto tempo será que aquele lábio doce não beijava? (estou me referindo a Hazel Grace) como não sou um cara com dúvidas logo perguntei:

— Quando foi seu último beijo bem dado?
Ela demorou um pouco pra responder.
— Há muitos anos — repondeu — E você?
— Eu dei alguns beijos bem dados na minha ex-namorada, Caroline Mathers.
— Há muitos anos?
— O último foi há menos de um ano.
— O que aconteceu?
— Durante o beijo?
— Não, com você e a Caroline. – eu realmente não estava muito afim que contar essa história pra Hazel Grace. Então disse:
— Ah a Caroline não sofre mais de "pessoalidade".
— Ah — falou Hazel Grace
— É — disse. – Isso sempre acontece quando digo a uma pessoa sobre a Caroline, não sei se elas ficam com pena dela, ou de mim.
— Sinto muito — completou Hazel Grace.

— Não é culpa sua, Hazel Grace. Somos todos apenas efeitos colaterais, certo?
— Cracas no navio cargueiro da consciência — disse Hazel.
— O.k. — falei. — Preciso ir dormir. Já é quase uma hora.
— O.k. — disse Hazel.
— O.k. — ele disse.
Eu ri e repeti:
— O.k.
Aí a linha ficou silenciosa, mas não completamente muda. Era quase como se ele estivesse ali no meu quarto comigo, mas de um jeito ainda melhor — como se eu não estivesse no meu quarto e ele, não no dele, mas, em vez disso, estivéssemos juntos numa invisível e tênue terceira dimensão até onde só podíamos ir pelo telefone.
— O.k. — ele disse, depois do que pareceu ser uma eternidade. —
Talvez o.k. venha a ser o nosso sempre. — O.k. — falei.
Desliguei.

Fui me deitar pensando em Caroline Mathers, e como se encontrava do outro lado. Toda vez que penso nela, em seguida penso na morte. É instantâneo. Fechei os meus olhos e disse:

– Que Deus a tenha em um bom lugar.

Eu gostei muito dela, e sua morte me deixou meio abalado. Mas enfim estou aqui.

Meu celular começou a tocar, pensei que seria Hazel Grace, mas não faz parte da personalidade da mesma insistir em falar comigo. Era Isaac.

– Oi

– Oi Gus – disse Isaac. – Minha operação já está chegando, cara, estou nervoso estou aproveitando cada segundo da minha visão.

– Meu amigo. Vou estar com você nesse momento, quer que eu vou aí? – perguntei.

– Não, não é preciso. Só liguei mesmo pra tirar esse pensamento da minha cabeça. Sabe, ficar sem pensar nisso por um momento.

– Vou na escola amanhã, depois de uma semana sem ir. – falei.

– Finalmente Gus, vai dar valor ao estudo. - disse Isaac.

– Ah, sei lá. Quarta eu não sei se vou. Mas eu te garanto que vou ir ao hospital. –falei.

– Gus, eu queria me livrar desses malditos pensamentos! – disse Isaac.

– Ah. – bocejei. – Então vamos dormir.

– Dormir? Estou prestes a ficar cego e você me vem com essa de dormir, Gus, assim que eu ficar cego vai parecer que eu vou dormir minha vida inteira! Quero ver! Ver luz!

– Certo meu caro, mas infelizmente estou caindo de sono, me desculpe. – falei meio culpado.

– Tudo bem Gus, eu sei que ficou muito cansado falando com a Hazel Grace. – disse Isaac dando ênfase na Hazel Grace. Boa noite.

– Boa noite. – desliguei.

No outro dia fui pra escola, não tenho tanta coisa especial pra contar, eu vou quase uma vez por mês. As professoras nem ao menos me dão nota vermelha. Privilégios do Câncer. Mas posso dizer que quando vou faço toda a lição. Estava da aula de história quando o Isaac me mandou um SMS:

Gus, já estou internado. Cara, estou me cagando.

Fechei os meus olhos e pensei

Que tudo dê certo.

Então respondi o SMS:

Sorte irmão! Vai dar tudo certo.

Então logo guardei meu celular.


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