A Culpa é Minha e das Metáforas escrita por Larissa Waters Mayhem


Capítulo 10
Capítulo 10 - Um plano em prática


Notas iniciais do capítulo

Vou curtinho, mas agora que as coisas vão ficar boas, jajá vem a parte de Amsterdam, e vai dai um trabalhinho, mas vou fazer com toda a força de vontade pois adoro escrever essa fic!



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No outro dia, eu iria pra escola, mas pensei melhor e decidi que havia coisa mais importante do que ir a uma escola, visitar meu amigo Isaac.

Matei aula, sim.

Fui até o hospital, Isaac estava dormindo, fiquei sentado na cadeira ao lado da cama esperando o mesmo acordar. Os olhos dele estavam enfaixados, pelo incrível que pareça senti uma tristeza profunda. Me lembrei quando tive que amputar a minha perna, ele também me apoiava, coisa de amigo. De repente ele acordou. E disse:

– Quem está aí?

– Monica. – falei.

– Sério? – perguntou Isaac.

– Não besta, Monica não tem uma voz tão grossa.

Isaac gargalhou.

– Está bem? – perguntei.

– Tirando o fato de estar cego devidamente ótimo. – respondeu.

– A audição está aguçada? – perguntei.

– Acho que não viu, se confundi sua voz com a da Monica, acho que também estou com problemas de audição.

– Olha rapaz... – falei.

– Rapaz? Está parecendo a minha avó falando. – disse.

– Olha meu queridinho. – disse, sorrindo. – Se continuar com esse mal humor, não vai ter sobre-mesa.

– Cara, todo mundo está me tratando como se eu fosse uma criança sabe? – disse Isaac.

–“Queridinho, quer ajuda pra ir no banheiro hein?”

– Cara isso é irritante. – disse.

– Agora imagina Mr. T de dizendo isso “ Queridinho, quer ajuda pra ir ao banheiro?” – engrossei a voz.

Isaac deu risada.

Conversamos a manhã inteira, decidi deixar ele descansar, assim que sai do quarto mandei um SMS a Hazel Grace:


O Isaac saiu da cirurgia. Correu tudo bem. Ele está oficialmente SEC queria dizer "sem evidência de câncer".
Depois mandei uma segunda mensagem:
Quer dizer, ele está cego. Então é ruim.
Fui para casa, meus pais não estavam, quer dizer eu estava sozinho, sabe o que eu faço quando estou sozinho?

Eu assisto como, faço o que eu quero. Mas infelizmente não estava com pique, então decidi apenas comer muita gordura e ganhar massas musculares.

No outro dia deveria ir a escola, mas como disse, prefiro fazer companhia a Isaac, fui até o hospital, mas Isaac estava dormindo. Então para fazer média decidi estudar um pouco, exercitar minha mente.

Meu celular começou a tocar e vi que era a Hazel Grace, mal atendi e ela começou a dizer:

– Cara Srta. Lancaster,
Temo que sua fé tenha sido depositada no lugar errado — mas, para falar a verdade, é isso o que geralmente acontece com a fé. Não posso responder às suas perguntas, pelo menos não por escrito, porque redigir tais respostas constituiria uma continuação de Uma aflição imperial, que a senhorita poderia acabar publicando ou compartilhando na rede global que substituiu os cérebros de sua geração. Poderíamos utilizar o telefone, mas, nesse caso, a senhorita poderia acabar gravando a conversa. Não que eu não confie em você, é claro, mas não confio em você. Ai de mim, cara Hazel, eu jamais poderia responder a tais perguntas exceto pessoalmente, e você está aí, ao passo que eu estou aqui.
Dito isso, devo confessar que o recebimento inesperado de sua correspondência por intermédio da Srta. Vliegenthart me alegrou: que maravilha saber que criei algo que lhe foi útil — embora esse livro pareça estar tão distante de mim que sinto como se tivesse sido escrito por um homem totalmente diferente.
(O autor daquele livro era, comparativamente falando, tão sensível, tão frágil, tão otimista!)
Entretanto, se algum dia por acaso se encontrar em Amsterdã, faça-me uma visita em seu tempo livre. Em geral, estou em casa. Eu até permitiria que você espiasse minha lista de compras.
Atenciosamente,
Peter Van Houten a/c Lidewij Vliegenthart

— Uau — falei.
— Pois é — disse Hazel Grace. — Como é que eu vou poder ir até Amsterdã? – Bem se eu tivesse coragem diria de cara, eu te levo, vamos apenas eu, você e nossa paixão prematura. Mas decidi aguardar, vou dar esta notícia digno de espetáculo.
— Você tem um Desejo? — perguntei

— Não — respondeu. — Gastei o meu antes do Milagre.
— O que você fez? - perguntei

— Eu tinha treze anos — comentou.

Já deduzi, treze anos, Mickey Mouse, treze anos, Disney. Caramba.

— Ah, não. Disney não — falei — Você não foi à Disney World.

— Hazel GRACE! — gritei. — Você não gastou seu único Desejo indo à Disney World com seus pais.

Fiquei meio decepcinado, caramba tantas coisas legais pra visitar, e ela vai logo ao parque temático mais assustador de todos os tempos, a Disney, eu particularmente não suporto a Disney.
— Ao Epcot Center também — murmurou.
— Ai, meu Deus! — falei. — Não acredito que eu esteja a fim de uma garota com desejos tão clichês. – deixei escapar o a fim. Você está se perguntando clichê? Mas você se nomeia um cara clichê por que está a criticando. Pelo simples fato de eu ser um clichê romântico, em não um cara bobo.
— Eu tinha treze anos. – disse Hazel. — Você não deveria estar na escola ou coisa assim? -
— Matei aula para fazer companhia ao Isaac, mas ele está dormindo, por isso fiquei aqui no saguão estudando geometria - respondi.
— E como andam as coisas por aí? — perguntou.
— Não dá para saber ao certo se o Isaac simplesmente não está pronto para enfrentar a gravidade da deficiência dele ou se está mesmo se importando mais com o fato de ter levado um fora da Monica, mas ele não fala de outra coisa.
— É — disse Hazel — Ele vai ficar no hospital por quanto tempo?
— Alguns dias. Depois disso vai para uma clínica de reabilitação ou coisa do gênero por um tempo, mas tem permissão para dormir em casa.
— Que droga isso — disse Hazel.
— A mãe dele está vindo. Tenho que ir. - falei
— O.k. – disse Hazel.
— O.k. — respondi sorrindo.

Quando Hazel diz O.K. é tão sexy que sinto uma ligeira vontade de quando vê-la dar uns bom beijos na mesma.

A mãe de Isaac chegou, ela sorriu pra mim.

– Olá Augustus, tudo bem? – disse a mesma.

– Tudo sim. – levantei-me e a cumprimentei. Ela se sentou na mesa, e começamos a conversar.

– Isaac ainda não superou o término com a Monica. – falei. – Estou tentando fazer ele esquecer isso, mas está difícil.

– Eu sei Augustus, ele vive me falando dela, pergunta de ela foi visitá-lo quando adormecia.

– Augustus, agora você e a sua namorada precisam dar muita força pra ele.

Olhei confuso pra ela e disse:

– Namorada?

– Sim a garotinha Hazel. Isaac disse que vocês namoram.

– Infelizmente ainda estou tentando conquistá-la.

Ela sorriu pra mim e disse:

– Você vai conseguir.


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