A Culpa é Minha e das Metáforas escrita por Larissa Waters Mayhem


Capítulo 21
Capítulo 21 - A morte é Inevitável


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal, eu demorei bastante, me perdoem. Mais aqui está mais um capítulo, e vou tentar postar a continuação o mais breve possível.

Ps: Pessoal, a partir no próximo capítulo as fics vão ficar mais extensas.
Okay?

Boa leitura :D



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Assim que saí da casa da Hazel Grace busquei Isaac em sua casa para ir comigo até o grupo de apoio, assim que estacionei em frente da sua casa, Graham como sempre brincava no jardim, ao me ver ele já correu desesperadamente para dentro de sua casa gritando Gus de uma perna chegou! Gus de uma perna chegou!

Alguns minutos depois avistei a mãe de Isaac o guiando até o carro, saí do carro para abrir a porta para ele, a mãe dele o ajudou a se sentar e colocar o sinto, assim que fechou a porta ela olhou para mim e disse:

– Cuide bem do Isaac.

– Qual foi a vez que eu não cuidei bem dele? – pergunto.

– Aquela vez que ele chegou bêbado, águas passadas.

Sorrio para ela, e entro no carro.

– Não liga, minha mãe está de mau humor, pois é. – diz Isaac entortando a boca – Ela brigou comigo, por causa da Monica.

Peguei meu maço de cigarros metafóricos, abri a tampa da caixinha peguei um cigarro e o coloquei na boca, então comecei meu discurso de amigo preocupado:

– Ainda está nessa meu chapa? E todas aquelas promessas que você me fez, hein? Isso machuca! – faço uma voz fragilizada – Depois de anos com você é assim que você retribui? Estou MAGOADO!

Isaac dá risada, e um soco no meu ombro em seguida.

– Opa, como sabe que esse é o meu ombro? – pergunto.

– Eu tenho meu sexto sentido. – responde.

– Mas é sério cara, e a garota dos seios grande do Grupo de Apoio?

– Ela não é como a Monica.

– Como você pode saber, você não enxerga! – brinco – Certo, desculpe.

– Só porque você está morrendo, eu não vou te zoar. – falou Isaac.

Paramos em um sinal vermelho, tirei o cigarro da boca e o coloquei atrás da orelha.

– Se eu não te conhecesse, diria que não está apaixonado. – comentou Isaac.

– O que? – pergunto.

– Desculpe pela minha frase carregada de complexidade – falou Isaac – Eu vejo como olha para a Hazel, pelo amor de Deus, sem trocadilhos!

– Quantas vezes eu já te disse que estou apaixonado por ela? – pergunto.

– Umas dez vezes, a cada minuto. – menti Isaac, logo depois solta uma gargalhada – Parece até uma donzela apaixonada.

O semáforo de vermelho vai para verde dou partida rapidamente, e falo para Isaac:

– Mas não sou como certos garotos sem os olhos chamados Isaac que descontaram a ira deles no troféu do amigo sem perna. – comento.

– Esses caras devem ser um porre! – disse Isaac.

– Pois é, e eu continuo acordando de manhã pensando mas que droga de amizade eu tenho?

Isaac sorri, logo depois pousa sua cabeça na janela no carro e fica quieto.

– Você sabe que foi uma brincadeira. – falei – Me desculpe por qualquer...

– Não foi você Gus – interrompeu Isaac – Eu só não aceito muito bem o meu término, eu sei que pareço ser injusto com você, você aceita a sua, a sua...

– Morte? – interrompo.

– Sim, e eu aqui, não conseguindo lidar com o fato de uma infeliz ter terminado comigo. – disse Isaac.

– Bem, eu estou longe de te criticar. – falei – Meu teto é de vidro, meu chapa.

– Por quê? – pergunta Isaac.

– Bem, mesmo sendo um cara culto, reservado e contido, lá no fundo eu sinto um medo apocalíptico de perder a Hazel Grace.

– Está falando do fato de ela morrer? – pergunta Isaac.

– Não, eu vou morrer antes dela, mas assim, e se aparecer outro cara culto, reservado e contido como eu na vida dela?

– Eu não acho que ela ficaria com ele... – comenta Isaac.

– Bem, tenho dois lados que estão em conflito, um lado quer que Hazel Grace siga sua vida normalmente depois da minha morte, quer que ela namore, se case, e assim que tiver um filho coloca-se nome dele de Augustus Waters em homenagem a minha pessoa. Porém, outro lado não quer deixá-la, não quer que ela siga sua vida, só quer raptá-la e levá-la pra a terra do nunca, entende, isso é errado?

Isaac faz uma careta e responde:

– Que brega!

– Isso é sério, Isaac! – falei.

– Bem, essa parte de raptá-la é meio assustadora, mas essa história de terra do nunca soou muito marica.

Fico em silêncio, Isaac com certeza me vence no departamento Amigo-que-não-leva-as-coisas-a-sério.

Chegamos ao Grupo de Apoio, estacionei o carro no estacionamento, ajudei Isaac a descer do carro e entramos no Sagrado Coração.

– Vamos subir de elevador? – pergunta Isaac – Bem, eu sou cego.

– E eu estou morrendo, claro que vamos!

Entramos no elevador e apertei o botão de térreo, assim que descemos nos sentamos naquelas cadeiras de plástico e esperamos pelo nosso querido amigo com ausência de bolas, alguns já iam chegando e se sentando, o último foi Isaac, entrou com um violão nas costas, andou até o centro da roda, e começou a cantar:

Ele é Jesus Cristo, e ama todos nós, ele é Jesus Cristo e ele ama todos nós.

Aleluia! – bradou Isaac. Cutuquei Isaac e sussurrei:

– Olha o respeito com Jesus! Isso soou irônico.

– Cara, Deus me perdoe, mas Patrick cantando? Ainda bem que eu não posso ver se não daria umas boas gargalhadas.

Patrick para de cantar, coloca o violão debaixo da sua cadeira e enfim, se senta para começar a falar pela centésima vez sobre seu pequeno problema, e tal, ele começou a falar mas do nada pausou me perguntou:

– O que é isso na sua orelha?

Coloco a mão sobre a orelha e rapidamente saquei do que ele falava, era meu cigarro metafórico.

– Uma metáfora. – respondi.

– Metáfora? – disse.

– Sim. – respondi.

Ele ficou pensativo, abriu a boca para falar alguma coisa mas desistiu, então voltamos a rotina de contar sobre nós, hoje foi o dia de contar as experiência mais bizarras das nossas vidas, e claro, Patrick me pediu para começar:

– Bem, quando eu e Isaac estávamos com a puberdade na flor da pele, fomos até um bar, ficamos bêbados, compramos umas identidades falsas, levamos duas garotas para Las Vegas, e por azar do destino, hoje tenho um filho que eu mal conheço.

Todos ficaram quietos.

– É mentira! – digo – Bem, eu acho que nunca fiz nada bizarro, a não ser sair correndo de um velho maluco com Isaac segurando uma espada Jedi.

Todos se entreolharam, então Patrick disse:

– Bem, obrigado por compartilhar isso com nós, Augustus, então Patrick pediu para que todos falarem em uníssono.

– Obrigado por ter compartilhado isso com nós, Augustus.

(**)

No final do martírio, fui embora para a casa de Isaac, resolvemos passar alguns trotes para a Monica, de novo, mas acabou que a mãe de Isaac nos pegou fazendo isso, e acabou nos chamando de malucos, Graham começou a rir da nossa cara e depois fui para a casa totamente constrangido.

Cheguei em casa, meus pais estavam sentados no sofá assistindo televisão, dei um beijo em minha mãe e um tapinha das costas do meu pai, eles falaram que queriam conversar, sentei entre os dois no sofá.

– Acho que o mais correto a se fazer, é começar a quimeo amanhã. – começa meu pai.

– Amanhã? Espere, mas se começar amanhã vou ter que ir todos os dias?

– Sim, vai sim, talvez haja alguma esperança e...

– E enquanto a Amsterdam? – interrompi meu pai – Como vou viajar no meio de um tratamento?

Meu pai abaixa a cabeça e diz:

– É a sua vida, Augustus, por favor, tente lutar por ela.

– Querido – disse mamãe me abraçando – Por favor, faça isso.

Retribuo seu abraço aconchegante dizendo:

– Mas eu quero viajar com a Hazel Grace.

Meu pai acaba nos abraçando também. - Filho, isso é a sua vida, não sei quantas vezes vou ter que te dizer isso, mas lute por ela. - As minhas lágrimas desciam quase instantaneamente.

– A morte é inevitável. – falo, logo depois a culpa invade meu corpo me causando formigamentos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.