A Culpa é Minha e das Metáforas escrita por Larissa Waters Mayhem


Capítulo 20
Capítulo 20 - Balanço Solitário e Ligeiramente Pedofílico


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu amo vocês, de verdade! Vocês são ótimos leitores!
Peço desculpas de a história tem muitos capítulos, é que eu acho confuso ficar postando capítulos de quatro mil caracteres e tal.
Obrigado pessoal



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Na amanhã seguinte acordei nove e meia, normalmente iria a escola mas minha mãe poupou seu filho de nos seus meses de vida ir a escola, de certo ponto é legal. Quando subia as escadas até a cozinha, ouvia as vozes do meu pai, da minha mãe e de outra pessoa. Entrei na cozinha e vi meu antigo treinador Dereck Juergens, ou só Sr. Juergens, ele tomava café com o meu pai, os dois discutiam sobre futebol, o que eu achei estranho pois o único esporte que agradava meu pai era Basquete e Baseball.

– Augustus Waters! – disse Juergens levantando-se e me abraçando.

– Bom te ver velho! – falei.

– Vamos tomar café todos então – disse mamãe.

Sentei-me ao lado do velho Juergens, que fez questão de lembrar das minhas vitórias no time júnior de Indiana. Meu pai me olhava orgulhoso.

– Então Augustus, não quer visitar a North Centrale rever seus amigos? – pergunta Juergens.

– Vou ver se esses dias passo lá.

– Tommy chorou quando você saiu do time – disse Juergens.

Tommy era o sexto melhor amigo, quando estávamos no time, eu ele e Isaac não nos desgrudávamos, íamos em festas, ficávamos bêbados e apanhávamos dos nossos pais.

– Vou sim – respondi.

(**)

Ficamos batendo papo até umas três da tarde mais ou menos, depois o Juergens teve que voltar para a North Central para treinar os caras. Fui até a sala e peguei meu celular, me sentei no sofá todo largado e vi que a Hazel Grace tinha me ligado, rapidamente retornei a ligação:

— Oi — ouvi a voz tristonha da Hazel Grace.
— Hazel Grace — falei.
— Oi — falou Hazel Grace novamente.
— Você está chorando, Hazel Grace? – perguntei.
— Mais ou menos.
— Por quê? — perguntei.
— Porque eu… eu quero ir a Amsterdã, quero que ele me diga o que acontece depois que o livro acaba, e simplesmente não quero mais essa vida, e, além disso, o céu está me deixando deprimida, e tem esse velho
balanço aqui que meu pai montou para mim quando eu era criança.
— Preciso ver esse velho balanço de lágrimas imediatamente — falei. — Chego aí em vinte minutos.

Realmente não gosto de ver a Hazel Grace triste, é tão sensacionalmente delicioso vê-la sorrir, me troquei pois ainda estava de pijamas, avisei ao meu pai que visitaria a Hazel Grace, digiri perigosamente até chagar a casa dela. Apertei a campainha, a mãe dela me atendeu:

– Olá Augustus.

A cumprimentei com um abraço, já me sentia da família.

– Hazel está no jardim.

– Tudo bem, obrigado.

Andei pela a casa até achar a porta que saia para o jardim, vi a Hazel Grace sentada no gramado, e eu realmente entrei em um transe terrível, como era ela linda, e suas lágrimas brilhavam como um diamante, ela virou-se e sorriu para mim, fui até o seu encontro e senti-me no chão que na hora fez minha cintura doer.

— Oi — disse Hazel Grace.
— Oi — falei, e por fim observei o maldito balanço culpado por toda angústia da Hazel Grace, gostaria que ele obtivesse a forma humana só pra mim dar umas boas porradas nele!
— Entendo o que você quer dizer – falei passando meus braços por cima de seus ombros. — Aquele é um pedaço de balanço triste e maldito.

A mesma aninhou sua cabeça em meus ombros, o que me fez estremecer e os hormônios de abalarem, senti uma imensa vontade de beijá-la, mas como estava no meu juízo perfeito decidi esperar um pouco.

— Obrigada por se oferecer para vir aqui. – agradeceu Hazel Grace.
— Você sabe que tentar me manter a distância não vai diminuir o que eu sinto por você — por fim, falei o que realmente sentinha.

— Talvez? — falou.
— Todos os esforços para me proteger de você serão inúteis — falei.
— Por quê? Por que é que você deveria sequer gostar de mim? Já não se colocou em situações difíceis assim o suficiente? — perguntou, logo percebi que ela referia-se a Caroline Mathers. Fiquei calado, apenas a abraçando, e pensando que eu foi eu que a coloquei em uma situação difícil.

— Precisamos fazer algo a respeito desse raio de balanço — falei.
— Vou dizer uma coisa para você: ele é o responsável por noventa por cento do problema.

(**)

Entramos na casa, fomos para a sala, e nos sentamos no sofá, Hazel Grace pegou o laptop e apoiou no meu joelho falso e no seu de verdade.


— Quente — comentou Hazel Grace a respeito do fundo do laptop, bom eu ao tinha como saber, meu joelho é pirata.
— Está mesmo? — sorri.
Bom, logo acessei um site que eu e Isaac usávamos muito, o Grátis Sem Pegadinha e juntos rimos do nome do site.
— Título? — perguntei.
— Balanço Precisa de um Lar — falou Hazel Grace.
— Balanço Extremamente Solitário Necessita de um Lar Amoroso — falei.
— Balanço Solitário e Ligeiramente Pedofílico Procura Bumbuns de Crianças — falou Hazel Grace.
Eu gargalhei, ela simplesmente tinha um senso de humor único!
— É por isso. – falei.
— O quê?
— É por isso que gosto de você. Você tem ideia de como é raro encontrar uma gata que use essa versão adjetivada do substantivo pedófilo?
Você está tão ocupada sendo você mesma que não faz ideia de quão absolutamente sem igual você é. – falei.

(**)

Escrevemos juntos o anúncios, compartilhando nossas idéias e decidindo qual era a mais cabível, por fim, acabamos com o seguinte texto:


Balanço Extremamente Solitário Necessita de Um Lar Amoroso
Um balanço bastante usado, mas em condições estruturalmente boas, procura um novo lar. Crie lembranças com seu filho, ou filhos, para que um dia ele, ou ela, ou eles olhem para o quintal e sintam o mesmo tipo de
sentimentalismo que experimentei esta tarde. Tudo é frágil e efêmero, caro leitor, mas com este balanço seu filho conhecerá os altos e baixos da vida devagar e com segurança, e também poderá aprender a lição mais crucial de todas: não importa quão forte seja o impulso, não importa o quão alto se chegue, não será possível dar uma volta completa. O balanço reside atualmente na Rua 83, quase esquina com a Spring Mill.

Depois disso, fomos assistir um pouco de televisão, não conseguimos achar nada de interessante, então Hazel Grace pegou seu exemplar de UAI em seu quarto, a mesma levou para sala e então dedici ler algumas páginas para a Hazel Grace.
— "O olho de vidro da mãe da Anna virou ao contrário" — o comecei.
Ao mesmo tempo que lia, prestava atenção na Hazel Grace, eu já havia dito muitas vezes que estava apaixonada por ela, mas agora eu tenho a certeza absoluta que estou começando a amá-la.

Hazel Grace verificou seus e-mails uma hora depois, e havia muitos candidatos, escolhemos um cara bem afeiçoado chamado Daniel Alvarez, que anexou uma foto de seus três lindos filhos jogando videogame, e no assunto escreveu:

Só quero que eles brinquem ao ar livre.

Bem, logo pensei no Isaac, pois houve uma fase em sua vida que não levantava a bunda do sofá para nada enquanto estava jogando, a mãe dele enlouqueceu. Hazel respondeu que ele poderia buscar o balanço quando bem intendesse.

Como minha mãe gostaria que fosse no Grupo de Apoio, perguntei a Hazel Grace se ela gostaria de me acompanhar, mas a mesma recusou meu convite “tentador” fiz força para levantar, mas acabei caindo sentado e tasquei um beijo na bochecha dela. Isso foi propositalmente.

— Augustus! — exclamou.
— Beijo de amigo — respondi, bem no fundo gostaria de beijar outro lugar. Levantei-me e caminhei até a direção da Sra. Lancaster.

— É sempre um prazer vê-la — falei, a senhora Lancaster abriu os braços para me abraçar, abracei-a e em seguida dei um beijo em sua bochecha.
– Viu? — falei.


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