POVBella

Depois de meses a procura de um emprego que me interessasse de verdade, havia achado um no centro de NY. Uma empresa bem conceituada de Publicidade. Havia sido um grande alívio quando o dono do lugar havia escolhido meu currículo. O que instantaneamente foi uma grande surpresa diante das coisas horríveis que diziam sobre o tal dono do lugar.

Sabia pouco sobre ele. Praticamente nada. Só escultava historias que supostas Ex empregadas espalhavam por ai. Que naquele lugar elas nunca mais iriam voltar pois eram constantemente maltratadas pelo patrão casca grossa. Confesso que minha barriga dava voltas, e que minha testa agora suava mais do que o normal. Faltava apenas 2 horas até o horário da entrevista.

Treinava minhas falas no espelho. Consequentemente treinava meu sorriso falso. Isso era o de menos. Sempre consegui enganar a todos com um sorriso mentiroso, e misteriosamente todos acreditavam.

– Ansiosa? - O rosto de Renée estava encaixada entre a porta e a parede. Seu sorriso era esperançoso e trazia uma força com sigo.

– Sempre! - Sorri calma dando a ela um pouco mais de esperança de que estava realmente acreditando que tudo daria certo. Mas quando minha mente era invadida pelas frases das Ex empregadas minhas mãos congelavam e sentia o sangue parar de correr me transformando em um zumbi.

– Lembre-se do que lhe disse. Calma é tudo. Não acredite no que aquelas moças falaram a você. Ele será ótimo e te receberá muito bem, acredite. - Renée falava entre sorrisos. Seus olhos brilhavam orgulhosos talvez.

– Obrigada mãe. - Nos abraçamos por alguns minutos até dá o horário de sair.

POVEdward

Havia avisado a minha secretária de que não receberia visitas por hoje. Passei a manhã inteira organizando papeladas e assinando contratos. Estava destruído e com sono. Desejava mais que tudo aquele meu sagrado tempo sozinho.

Inclinei minha cadeira, coloquei os pés sobre a mesa e ali mesmo dormi. Parecia que fazia dias que não dormia corretamente. Mas as miseras 5 horas de sono que tinha durante a noite nunca fora o bastante para cessar minha preguiça. Estava quase em um sono de verdade quando esculto o telefone tocar. Droga! Não tenho um momento de paz nessa porra. Peguei o telefone com preguiça. Ando muito preguiçoso ultimamente, tenho que parar com isso.

– Aló. - Minha voz parecia da de quem havia tomado um porre e que não estava completamente recuperado. Meus olhos mal abriam e minha cabeça girava.

– Estava ocupado? - Victoria perguntou com uma voz doce. Victoria trabalhava comigo a mais ou menos 2 anos. No mesmo instante que ela colocou o pé naquela empresa ela anda sendo meu braço direito. E toda a vez que ela se referia a mim com essa voz doce a amigável uma paz estranha me invadia. Via em Victoria o colo de mãe que nunca tive durante meus 27 anos.

– Nunca estou ocupado pra você. Aconteceu algo?

– Não! Apenas para lhe lembrar que terá uma entrevista de emprego com uma universitária.– Senti meus olhos se arregalarem. Estava brincando comigo? teria uma entrevista de emprego hoje e não sabia?

– Victoria me diga por favor que essa entrevista só é pra 2015?

– Queria muito dizer isso senhor, mas a entrevista e pra daqui a 20 minutos. – Victoria usava agora um tom de piedade, pena talvez. Ela sabia melhor do que ninguém que precisava de descanso.

– Esqueci totalmente disso. Beleza manda essa pessoa entrar daqui a 30 minutos. É o tempo pra jogar uma água no rosco e tira essa cara de bêbado.

– Mas senhor ela já esta aqui a 15 minutos. Terei que fazer ela esperar por mais 30 minutos? O que farei?– Victoria dizia baixo. Talvez a pessoa estivesse próximo a ela.

– Não sei Victoria. Conta uma historia, uma piada, canta uma música. Sei lá só enrola. Tenho que dá um jeito aqui. Preciso passar credibilidade.

– Tudo bem senhor. Mas por favor rápido.

– Certo será rápido. - Levantei em um pulo. Mas fui interrompido por um móvel surpresa no meio do caminho. Tudo que eu menos precisava no momento era cair. De onde veio essa porcaria? Não estava aqui a 10 minutos atrás.