A seleção - Eu sou.. A nova princesa de Illéa! escrita por Booh


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

ta quase chegando na minha parte favoritaa! espero que gostem desse capitulo!
to tao ansiosa pra saber o que voces acharam dele. please me contem!
bom.. ai vai!



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Assim que chegamos no fim da escada, todas estavam indo em direção a porta. Assim que todos olharam para nos dois, descendo de mãos dadas, eu pude ver diferentes reações. Kriss sorriu para nós, Celeste virou o rosto, Elise estava indiferente, o rei estava inexpressivo como sempre e a rainha aparentava um pouco triste, talvez por ter que se despedir.

Eu fui direto para Kriss e a abracei.

– vou sentir sua falta aqui, era bom ter uma amiga. – eu disse meio sufocada pelo abraço dela.

– duvido que vá reparar minha ausência, tendo o Maxon no quarto ao lado.

Eu ri e soltei-a com um pouco de relutância.

– você que pensa, Maxon ronca se você quer saber! – eu disse fazendo cara de cansaço.

– eu ouvi isso! – Maxon alertou. Foi quando percebi que todos estavam nos ouvindo.

Nos duas rimos alto e eu fui falar com Elise.

– eu estou feliz pro você America, de verdade. Acho que no fundo eu já sabia que você ia ganhar. E estava pronta para te ver onde você esta. – Elise admitiu – e sabe – ela assumiu um tom de sussurro – se fosse qualquer outra a ganhar sem ser você, eu não estaria tão de boa como eu estou!

Nós rimos

– poxa Elise, obrigada. Vou sentir sua falta também. Nossas tardes eram muito boas no salão das mulheres. Ele vai ficar tão vazio sem vocês!

– se você quiser.. Nós podemos vir te visitar – disse Kriss como não quer nada

– isso, estamos sempre à disposição, ate mesmo para ajudar nos preparativos do casamento se precisar – Elise disse.

– minha irmã me mataria se eu não deixasse ela ajudar, mas eu mando cartas para vocês. E marcamos um chá para vocês verem como andam os preparativos. Mas agora vou deixar você voltar para a casa de vocês. Tem muito que fazer. E com certeza, tem muitos pretendentes igualmente lindos à espera de vocês – eu disse piscando para elas.

Inevitavelmente, era a vez da Celeste, eu tinha que fazer aquilo. Tinha que ir falar com ela. Coloquei minha melhor mascara de simpatia e fui ate ela, que estava um pouco mais afastada.

– Bem Celeste..

– Olhe America – ela me cortou – não me venha com falso moralismo. Você esta detestando isso tanto quanto eu, então porque não para de fingimento e vai arrumar o que fazer ao invés de vir aqui e esfregar a vitoria na minha cara?

– diferente de você, Celeste, eu não estava aqui para uma guerra. Isso nunca foi um jogo para mim. E diferente de você, eu tenho decência e respeito pelas pessoas, mesmo que seja você. – eu rebati tentando ser o mais elegante que eu conseguia, mas eu na verdade tinha vontade de socar ela.

– ora sua..

– senhorita Celeste – o rei interrompeu – devo lembra-la do seu lugar? Você esta falando com a princesa de Illéa.

A voz do rei era firme. E todos se assustaram com a atitude dele. Por que ele estava me defendendo? Era claro que ele não gostava de mim. Eu fiquei confusa, e olhei para ele assentindo em agradecimento. Sua expressão ainda era de pedra. Olhei para Maxon, e ele estava tão confuso quanto eu.

Celeste, depois daquilo, se virou e saiu seguida pelos criados que carregavam suas coisas. Kriss e Elise me deram um ultimo abraço, se despediram dos demais e foram embora também. Quando eu e Maxon nos viramos para ir embora ouvimos a voz do rei

– senhorita America? Pode me acompanhar, por favor?

– claro. Mas pode me chamar só de America – eu respondi ainda um pouco surpresa

Maxon e a rainha sustentavam uma expressão de preocupação. Enquanto o rei seguia para o jardim, com suas mãos atrás do corpo, como sempre estava. Eu sorri para Maxon e para a rainha e o segui.

Após alguns minutos de caminhada sem falar nada, finalmente o rei quebrou o silencio.

– a senhorita deve estar se perguntando o que eu quero com você.

– na verdade, eu estou. E também me perguntando por que me defendeu agora pouco.

– querendo eu ou não, a senhorita é da realeza. Não posso admitir aquela afronta.

– não precisa se referir a mim como senhorita. Pode me chamar de America, ou você. Eu ate prefiro, para eu me sentir mais a vontade nesse mundo novo e me adaptar mais facilmente.

– certamente a senhorita sabe que não era minha vontade ter a senhorita aqui. Mas Maxon fez sua escolha. Porem não vou permitir que a senhorita faça nada para arruinar um pais inteiro. Entendido? Entretanto, te trouxe para esse passeio para levantar a bandeira branca. Não da pra manter a ordem num pais se não existe nem na minha própria casa. Eu estou baixando à guarda para você. Dando-lhe uma oportunidade de fazer dar certo. Irei lhe tratar como meus pais trataram Amberly. Não estrague tudo senhorita America. Da mesma forma, eu exijo reciprocidade. Quero que aceite que eu dito as regras por aqui e que todos estão sujeitos a isso. Inclusive você e Maxon. Se a senhorita pisar na ola, não medirei esforços para tira-la da jogada.

Fez-se um momento de silencio. Eu estava processando tudo o que foi dito.

– eu sei – eu finalmente respondi – que pisei na bola. Eu fiz, pois achei que não haveria problema. Porem me enganei, não posso chegar e jogar tudo aquilo em rede nacional. Se eu quero uma mudança, se eu acho isso certo, devo agir com a cabeça e raciocinar. E não agir por impulso. Admito que me precipitei. Peço perdão por aquilo.

– você acredita mesmo que a eliminação de castas é algo bom?

– tenho motivos bem sólidos para acreditar que sim. Eu acredito que ninguém nasce predestinado a somente algo pela vida inteira. Acho que todos deveriam ter o direito de lutar pelo que desejam. Vejo pelo meu irmão, que não consegue se identificar em nada da nossa casta, quer dizer, da casta dele. Não da ex casta deles. Acho um sistema muito injusto sim, me perdoe pela sinceridade Majestade.

– a opinião dos outros é sempre interessante. Bom, senhorita America, por hora é só. Nós vemos mais tarde.

Então o rei entrou no castelo, me deixando sozinha no jardim com meus pensamentos. Eu fui em direção aos bancos que eu e Maxon nos conhecemos e sentei neles. Fiquei ali refletindo, sem perceber nada a minha volta.

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Tão perdida nos meus pensamentos, eu podia ouvir vozes distantes e passos. Mas só acordei de fato quando alguém me balançou. Era Maxon. Eu estava tão distraída que ouvi seus passos e voz achando que estavam distantes, quando na verdade estava bem a minha frente.

– o que ele queria America? O que aconteceu? – Maxon demonstrava um certo desespero.

– nada Max. Não aconteceu nada.

– então porque você esta assim? Eu to falando contigo a um tempão e você nem se mexia! Fala a verdade America. O que ele te disse?

– Maxon?

– o que?

– Não era nada demais. Ele só queria levantar uma bandeira branca.

– o que? – Maxon parecia confuso

– ele disse que não se consegue governar um país se não tem harmonia em casa.

– só isso?

– aparentemente, agora meu desafio é conquistar seu pai. Pois apesar de tudo, ele ainda não está muito satisfeito.

– mas isso não é escolha dele! Sou eu quem..

– eu sei Maxon! – interrompi – e ele também!

– Ah!

– Eu te amo – eu disse abraçando ele, que ainda parecia meio tenso.

– Eu te amo America. Vamos La pra dentro – Maxon disse pegando minha mão.

Quando chegamos dentro do castelo, um guarda disse que a rainha queria falar com Maxon. Com isso, ele me deu um beijo na testa e correu ao encontro dela enquanto eu me dirigia ao salão de festas para ver os preparativos finais do banquete. Estava tudo muito deslumbrante, parecia surreal. Eu fiquei por ali mais alguns minutos, ate uma criada me alertar que eu precisava ir me arrumar.

Fui calmamente para meu quarto, apreciando o castelo. Eu nunca me cansava, era realmente uma linda jaula. No meu quarto, tinha um vestido longo de tecido leve. Eu raramente via minhas criadas, pois elas não podiam ficar no quarto da princesa. Mas a meu pedido, elas eram quem continuavam encarregadas de fazer meus vestidos. Elas fizeram um vestido leve de cor azul claro. Igual aos que eu mais usava. Eu fui tomar banho, e quando eu saí, e coloquei meu vestido, percebi q ele era na verdade um pouco justo, porem era muito confortável.

Ouvi uma batida na minha porta.

– Entre

– Com licença. Eu estou incumbida da sua maquiagem hoje.

– Maquiagem? É.. Eu não podia imaginar que ia me safar disso hoje. Bom, qual seu nome?

– Milla

– Bem Milla, então vamos começar logo.

Milla era muito ágil, em questão de minutos eu estava pronta, e deslumbrante. Eu parecia outra. Estava mais mulher. Ela tinha feito uma maquiagem forte nos olhos, algum tom de azul quase escuro, não sei. Era escuro, mas não tanto a ponto de não ser reconhecido como azul. Tinha passado um batom bem claro em mim, o que era bom, porque assim ninguém perceberia se Maxon o borrasse. Assim que ela acabou, entrou outra criada e começou a mexer no meu cabelo. Ela colocou uma presilha que brilhava bastante, prendendo um lado do meu cabelo. E fez algo que o deixou caindo em uma linda cachoeira de cachos ruivos pelas minhas costas.

Eu estava linda, e mal podia esperar para mostrar a Maxon. Assim que elas saíram, eu corri para o quarto dele, e entrei. Não sei o que deu em mim, eu nem sequer bati na porta antes de entrar. Quando entrei, dei de cara com Maxon saindo do banheiro apenas com a calça do paletó. Ele estava esfregando a toalha no cabelo e sem blusa. Eu fiquei estática olhando para ele. Quando ele me viu, apenas sorriu. Não parecia incomodado com o fato de eu estar ali enquanto ele estava com poucas roupas.

Eu sabia que ele estava falando alguma coisa, mas não conseguia nem ouvir o que era. Não conseguia tirar os olhos dele, de seu peitoral e abdômen definido. Acendeu algo em mim e eu não sabia o que era. Tudo o que passava na minha cabeça era que eu queria beijar ele, e sentir aquele corpo.

O que deu em mim? Da mesma forma que entrei, eu saí. Correndo. O que deu em mim?

Não tenho tempo para isso. Sai andando rápido para o salão de festas. Eu ainda sentia que estava enrubescida. Sentia minhas bochechas quentes. Quando abri a porta do salão, fui surpreendida com um mar de fotógrafos. Essa não! Eles estavam registrando aquilo? Eu ofegante e vermelha. Ótimo!

Estava paralisada, ate alguém me pegar pela cintura e me direcionar para fora do salão. Era Maxon. Ele provavelmente tinha corrido atrás de mim. Quando olhei melhor p ele, ele estava com a camisa abotoada errada e o paletó aberto. A gravata azul marinho dele estava frouxa no pescoço e seu cabelo tinha ficado bagunçado, provavelmente por correr atrás de mim. Ótimo duas vezes! Agora não só tinham fotografado uma America ofegante, como também tinham fotografado um Maxon todo bagunçado atrás dela.

– O que deu em você America? Porque saiu correndo desse jeito?

– O que deu em você de aparecer assim?

– Não deu tempo de me arrumar muito, já que tive que correr atrás de você!

– Max, tiraram fotos nossa juntos. Você nesse estado e eu ofegante e vermelha.

– Acho que isso não é bom.

– Você acha?

– eu vim correndo, porque eu me esqueci de te avisar, precisamos entrar todos juntos. Temos que esperar os meus pais e os seus.

– Um pouco tarde pra isso.

Ficamos ali conversando, e quando todos estavam reunidos, abriram as portas do salão para nos entrarmos. Mas dessa vez estávamos todos bem apresentáveis.

– Agora sim – Maxon disse sussurrando ao meu ouvido – Isso sim é modo de entrar no salão.

– Detesto isso – sussurrei d volta

– A propósito, você fica linda com vergonha.

Com essa frase, eu olhei para Maxon e nos rimos um para o outro e os fotógrafos começaram seu trabalho. Pegando a gente de forma espontânea. Eu conseguia imaginar como a foto saiu. May e Gerald estavam na frente sorrindo. May estava deslumbrante com seu vestido rosa e cabelo igual ao meu e Gerald estava com um terno e estava com a mão nos bolsos. Eu e Maxon atrás deles. Maxon com uma mão no ombro de Gerald e a outra me envolvendo pela cintura. eu estava com uma mão no ombro da May e segurando a mão da minha mãe, que estava ao meu lado, mas um pouco para trás. Minha mãe vestia um vestido cor de pêssego e meu pai usava um terno parecido com o de Gerald e estava com uma mão no bolso e a outra nas costas da minha mãe. Ambos sorriam timidamente olhando para mim e Maxon. A rainha estava um pouco atrás de Maxon de braços dados com o rei, que mantinha sua postura usual, as mãos atrás do corpo. A rainha usava um vestido vinho e o rei usava um paletó azul marinho com calça preta e camisa de um azul um pouco mais claro que o paletó. E meu Maxon usava um paletó preto, e calça preta, sua camisa era branca e sua gravata azul marinho.

Eu queria aquela foto. Era nossa primeira foto como “família” e ficaria linda em um porta retrato ao lado da minha cama.

Após todos nós ficarmos por ali recebendo os convidados e sendo fotografados a cada respiração (serio, pra que tanta foto?), nós fomos para a grande mesa para começarmos o banquete. O rei e a rainha sentados à cabeceira, eu de frente para Maxon, May ao meu lado de frente para Gerald (que não desgrudava de Maxon) e minha mãe ao lado de May de frente para meu pai. Durante todo o banquete, eu e Maxon trocávamos olhares e sorrisos. Eu não podia evitar.

Quando o banquete chegou ao fim, todos foram para a área do salão destinada a cerimônias. Menos eu, eu fiquei um pouco mais atrás, no intuito de ter uma folga daquilo tudo. Maxon logo percebeu e foi ficar ao meu lado. Ficamos alguns minutos quietos apenas observando algumas pessoas indo para o centro e dançando em casal.

– Sabe, a gente podia dançar também – Maxon disse sem olhar pra mim.

– Eu danço muito mal. Você passaria vergonha comigo.

– Isso é um sim?

– Definitivamente não.

Então uma voz soou alto. Era Gavril ao microfone.

– Senhoras e senhores, abram caminho para o príncipe e a princesa de Illéa em sua primeira dança!

– Princesa – disse Maxon estendendo a mão para mim e rindo – me daria a honra desta dança?

– Príncipe – eu disse colocando a mão na dele – você me paga.

Maxon riu alto enquanto me envolvia

– Mal posso esperar – ele disse sussurrando ao meu ouvido.

Eu errava todos os passos, e pisei varias vezes no pé de Maxon. Mas ele apenas ria e me ajudava a retomar. Eu podia ouvir uma mistura de sussurros e risos baixos vindo das pessoas que nos assistiam. Mas eu não me importava, estávamos nos divertindo.

Quando aquela musica acabou, meu pai apareceu e pediu para eu dançar com ele. Maxon entregou minha mão para meu pai e foi chamar May para dançar com ele, o que a deixou radiante.

– Como você esta reagindo a isso tudo filha?

– É difícil acostumar pai, mas eu estou feliz.

– Então eu também estou.

– Pai, você sempre sabe o que dizer quando eu estou com algum problema. Acha que pode me ajudar com mais um?

– Sempre filha. O que aconteceu?

– É o rei. Ele sempre foi contra Maxon me escolher. E agora, ele veio falar comigo. Disse que queria levantar bandeira branca. Maxon não acha que aquilo seja do feitio dele e sinceramente, nem eu. Mas que alternativa eu tenho?

– O jeito, minha filha, é aceitar essa trégua, mas não baixar a guarda.

– Eu estou com medo pai.

– Ele não faria nada para te ferir filha. Fica calma.

Eu não podia contar ao meu pai das chicotadas que Maxon levou do pai. Isso o faria ficar nervoso. E sabe lá o que ele faria. Eu fingi um sorriso e deitei a cabeça no ombro do meu pai. O maior motivo do meu medo era eu ter um segredo. E medo de Maxon descobrir e terminar comigo. Tenho medo de Maxon, ou pior, o rei descobrir sobre Aspen. Eu ainda não o tinha visto desde que fui escolhida. E sinceramente, não queria. Eu preciso contar isso a Maxon e sofrer as consequências. Não era justo com ele. Ele precisa saber com quem esta casando.

– Preciso ir pai. Tenho que fazer uma coisa.

– Claro filha. Ate mais tarde.

Caminhei pelo salão a procura de Maxon. Eu preciso contar a ele antes que minha coragem acabe. O encontrei conversando com minha mãe num lugar mais reservado. Quando me aproximei, ele olhou para mim, mas não sorriu.

– Maxon, preciso falar com você.

– Eu também America.

Algo no tom dele me fez gelar por dentro. E fomos em silencio para um sofá que ficava num corredor mais reservado do palácio. Onde já tínhamos diversas vezes conversado.


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Notas finais do capítulo

ENTÃAAAAAAAO?
O que acharam??
hein hein?



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