Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

..''então ele me beija meu pescoço e eu esqueço absolutamente tudo que estávamos falando e a única coisa que eu também quero é ele aqui comigo!''..



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O dia hoje foi calmo e revigorante na maior parte do tempo, tivemos nossa quebra disso com as noticias que o Haymitch trouxe mas me sinto mais aliviada sabendo como as coisas andam e principalmente sabendo que agora eu posso confiar mais no Haymitch afinal ele veio até aqui nos avisar de tudo e não nos escondeu, isso já me mostra que ele pode ser digno de confiança e eu me sinto melhor por isso. Mas pensando no Haymitch eu ainda não entendi absolutamente nada dessa história dele com a Effie, justamente com a Effie, eles são tão diferentes, mas daí eu lembro que eu estou aqui abraçada com o Peeta e em alguns aspectos nós também somos bem diferentes um do outro, mas mesmo assim eu ainda não consigo entender.
– Peeta eu não consigo parar de tentar entender essa história do Haymitch e da Effie! – eu falo levantando minha cabeça do peito dele e encontrando ele me olhando.
– Eu também não! – ele admite sorrindo.
– Não é possível! – eu falo sem achar uma razão pra acreditar nisso.
– Bom, impossível não é! Ele é homem e ela é uma mulher bonita então. – ele fala dando de ombros.
– Mas sei lá! – eu ainda não estou convencida.
– Katniss, isso eles que vão ter que descobrir. A gente só pode esperar até eles mesmo descobrirem o que está acontecendo.
– Sempre tão cavalheiro! – eu falo revirando os olhos
Ele ri – Eu sei que você está curiosa, eu também estou mas se fosse ao contrario você não ia querer ninguém no seu pé querendo saber sobre tudo! – ele fala me olhando e em seguida me dá um beijo na testa – Vamos deixar eles, se eles precisarem nós estamos aqui! – ele fala me abraçando ainda mais e eu volto minha cabeça pro peito dele.
– E amanhã? O que nós vamos fazer? – eu pergunto já tentando me preparar.
– O que deve ser feito! – ele fala sem se importar muito, o que é estranho, afinal depois do que aconteceu eu achei que ele estaria muito mais abalado com isso do que ele está agora.
– E o que deve ser feito? - eu pergunto agora me sentando e me virando pra ele.
– Katniss, hoje o dia foi ... –ele dá uma pausa procurando as palavras – Perfeito – ele conclui sorrindo – E isso só me mostrou mais uma vez o quanto eu te amo e o quanto eu quero que nossa vida siga assim, o mais normal possível! – ele fala me olhando sinceramente – Eu vou fazer tudo, absolutamente tudo que eu puder pra isso acontecer. – ele fala decidido e eu não sei exatamente o que pensar, o que ele pode fazer pra isso? Eu não sei mas ele parece saber o que deve ser feito.
– Como assim? Do que você esta falando Peeta? – eu pergunto preocupada.
– Eu não vou fazer nenhuma besteira. – ele fala sorrindo e se levantando, então ele estica a mão pra mim – Pode confiar em mim! Amanhã as coisas ficaram melhores – e eu confio nele, então pego sua mão – Mas eu não quero mais falar nisso- ele conclui me olhando
– Mas eu sim! – eu falo teimando com ele. Ele me olha sério para na minha frente e então seu olhar sério muda pra algo mais descontraído e ele sorri pra mim.
– O que foi? – eu pergunto irritada parando de andar, ele se vira pra mim e me beija, suas mãos no meu pescoço me aproximando dele e mesmo irritada com ele eu correspondo ao beijo, por que se tornou impossível eu resistir a ele e as vezes eu me irrito comigo mesma por isso. Então mais uma vez ele me surpreende quando ele pega no colo. Eu solto um grito de susto.
– Peeta! Me coloca no chão! – eu falo tentando manter o tom sério. Ele sorri e nega com a cabeça então ele volta a andar em direção ao quarto.
– Peeta, você é ridículo, me coloca no chão agora! – eu falo quase gritando – Isso não vai fazer eu mudar de assunto! – eu insisto mas ele me ignora, entra no quarto vai na direção do banheiro e ele só me coloca no chão quando eu estou dentro do banheiro, eu fico em pé, cruzo meus braços, e quando eu ia começar a reclamar, ele me dá um beijo rápido, ele pega a chave do banheiro sai e fecha a porta, eu soco a porta.
– Quando você terminar o banho e quiser mudar o assunto eu abro de novo! – ele fala e embora eu não o veja eu sei que ele está com um sorriso no rosto.
– Peeta, abre essa porta! Me tira daqui, eu não sou uma criança! – eu falo socando a porta.
– Você vai quebrar a porta! – ele grita por cima dos sons da batida.
– Eu queria quebrar você! – eu respondo ainda socando a porta.
– Agora que eu não abro mesmo! – ele fala rindo.
– Você é ridículo e eu não falo mais com você – eu grito e dou um soco mais forte na porta em seguida paro. Espero alguns segundos e tudo fica em silêncio, eu forço a porta mais ela permanece trancada.
– Banho! – eu consigo escutar a voz dele e ele deve estar ao lado da porta.
Eu dou um chute na porta e me sento no chão, me recusando a fazer o que ele quer. Então depois de alguns minutos eu começo a rir sozinha dessa situação, o quanto tudo isso é ridículo, eu não posso acreditar que ele fez isso, mas ao mesmo tempo é engraçado, ele queria mudar de assunto e pelo visto conseguiu, eu fico rindo sozinha da atitude dele e da minha, e por um momento eu acho que nós estamos agindo como duas crianças ou ao menos como dois adolescentes que tiveram essa parte da vida pulada por circunstancias maiores, então eu me levanto do chão ainda rindo, tiro minha roupa e vou pro chuveiro, tomo o banho, me enrolo na toalha e vejo que não tenho roupa, então eu bato na porta e por mais que eu não esteja com raiva forço uma voz que esconda isso.
– Eu preciso de roupa limpa!
Então alguns segundos e ele destranca a porta, eu abro a porta e passo por ele rápido, sem olhar pra ele se não é capaz de eu rir.
Eu vou até a gaveta e pego a roupa, ele ainda está parado me observando e quando eu olho pra ele acho ainda mais graça, ele está com uma cara de preocupado como se estivesse receoso. Então eu entro no jogo.
– Será que eu posso ter alguma privacidade? – eu pergunto séria.
Ele concorda, pega uma roupa e entra no banheiro, quando ele entra eu me permito sorrir, engraçado ele fez a brincadeira e agora está com medo da minha reação, isso é ainda melhor, coloco minha roupa e me deito, alguns minutos depois ele sai, ainda me olhando desconfiado, ele se deita ao meu lado.
– Você está com raiva. Real ou não real? – ele pergunta me olhando.
– Você foi um idiota. Real ou não real? – eu devolvo outra pergunta pra ele.
– Real! – ele concorda com a cabeça – Mas por que você é sempre teimosa.
– Ah então a culpa é minha? – eu pergunto me virando pra ele.
Ele sorri e dá de ombro. Eu reviro os olhos.
– Tudo bem, somos dois idiotas! – ele conclui me puxando pela cintura.
– Não. Você foi o idiota, eu fui a vitima trancada no banheiro – eu reclamo.
– Só depois que você continuou falando e teimando – ele revira os olhos enquanto fala assim como eu faço com ele.
– Você já foi mais cavalheiro sabia? – eu falo apontando o dele pra ele.
Ele dá de ombros e me puxa mais ainda então me beija de novo, e não importa o quanto eu esteja irritada, chateada ou com raiva dele, o resultado vai ser sempre o mesmo, eu cada vez mais querendo ele. Nós ficamos assim, abraçados e nos beijando por um tempo, então ele diz que temos que dormir por que amanha o dia será decisivo e novamente eu sinto o mesmo tom diferente na voz dele, mas não falo nada apenas concordo e nós dormimos.
O sol já está nos nossos rostos quando nós acordamos, Peeta se levanta primeiro e vai ao banheiro enquanto ele está lá eu saio pra pedir nosso café, então ouço as batidas na porta e vou atender já sabendo quem é. Effie entra animada, mas quando me vê com cara de sono ainda, começa seu discurso do quanto eu estou relapsa agora e o quanto eu não a escuto, então Peeta aparece na sala, eu nem ao menos respondo ela, me viro e volto pra quarto a tempo de ouvir ela reclamar com o Peeta.
– Katniss, está totalmente incorrigível! – ela choraminga pra ele.
Eu entro no quarto e vou pro banheiro quando saio já sinto menos sono, ela nos permite tomar café da manhã e em seguida manda que eu me arrume, acho que ela desistiu de tentar me convencer, mas quando eu saio com um macacão parecido com o que eu usei naquela vez ela quase tem um ataque. Mas no fim se conforma, Peeta também se arruma e quando estamos prontos nós saímos. Já estamos no elevador quando eu lembro.
– E o Haymitch? – eu pergunto parando na porta do elevador.
– Acho que ele vai preferir ir sozinho! – ela fala com a voz menos animada que de costume.
– A gente encontra ele lá! – Peeta fala me puxando pela mão.
Eu concordo, nós descemos, pegamos o carro e em alguns minutos estamos na mansão, somos levados para o mesmo lugar onde teve toda aquela confusão. Haymitch já está lá o que me surpreende, mas como ele está conversando com um dos governantes nós nãos vamos até ele, esperamos em um canto e logo os outros chegam, Gale, Beete, Jonie, Terrew e Brena chegam juntos, depois chega Johanna. Annie foi dispensada da reunião, por estar abalada demais, o que não parece ter sido um problema ao passo que pra que eu e Peeta conseguíssemos uma dispensa foi necessários muito esforço, mas uma vez eu sou vejo desvantagens nessa história.
Quando Haymitch termina de falar com o homem, nós vamos até ele.
– Por que você não esperou a gente? – eu pergunto assim que me aproximo dele.
Ele me ignora e eu pergunto de novo lentamente.
– Por que você não esperou a gente?
– Por que você já são grandinhos o suficiente pra isso. Alem do mais vocês já tem uma babá, não precisam de outra. – ele dá de ombros.
– Então o problema é a Effie e não nós! – eu falo sorrindo.
– Não enche! – ele fala se virando.
– Então você beijou ela? – eu pergunto quando ele se vira e ele volta rapidamente me olhando furioso.
– Cala essa boca! – ele fala com raiva.
– Você gosta dela? – eu pergunto sem me intimidar, Peeta permanece parado nos olhando.
Então Plutarch aparece e chama a mim e a Peeta, quando nós estamos saindo ele fala.
– É isso aí queridinha. Se preocupa com a sua vida e não com a minha. Tenta entrar lá e não causar tantos estragos que tal? – ele fala sério e eu sinto toda a raiva que eu já senti por ele voltando, já estava me virando pra responder quando Peeta faz isso primeiro, ele se aproxima do Haymitch, coloco o dedo no peito dele e fala sério.
– Chega! Não faz isso! – ele fala determinado – Você não quer falar tudo bem, mas não fala besteira! – ele fala e Haymitch parece surpreso com a reação dele. Então ele se vira, pega minha mão e nós seguimos Plutarch até uma sala e eu tento me acalmar do que estava sentindo com Haymitch, nós entramos Plutarch nos sinaliza as cadeiras, nós sentamos e ele começa a falar.
– Em primeiro lugar eu peço desculpas em meu nome e em nome da presidente Paylor, nós realmente sentimos muito pelo ultimo acontecimento e garantimos que isso não irá se repetir – ele fala diretamente.
– Assim eu espero! – eu falo já irritada.
Ele concorda com a cabeça e volta a falar.
– Eu vou ser direto, nós não temos muito tempo antes da reunião – ele fala, se endireita na cadeira e olhando pra mim e para o Peeta ele fala – Nós temos algumas reclamações sobre o governo, coisas totalmente falsas, e pra isso nós precisamos da ajuda de todos vocês.
Eu e Peeta nos olhamos, ele está resumindo a história que Haymitch nos contou e indo direto ao ponto crucial. Ele nos olha e volta a falar – Durante essa reunião será dado um momento para que cada um dê sua opinião e apoio ao governo, e nós esperamos que vocês façam isso! Assim nós solucionamos esse problema – ele fala simplificando tudo, eu olho pro Peeta, mas ele está com os olhos fixos em Plutarch.
– Sem problemas, podem contar com nosso total apoio! – Peeta fala firme e decidido, confesso que acho estranho ele simplesmente concordar assim sem nada mais a dizer, então quando Plutarch sorri de volta, e já se levanta da cadeira a voz de Peeta o para.
– Mas isso tem um preço! – ele consegue a total atenção do Plutarch e a minha também, o que ele está tentando fazer, do que ele está falando, que preço é esse? Plutarch se senta novamente confuso e eu também não estou entendo onde Peeta pretende chegar.


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