Após a ''Esperança'' escrita por HungerGames


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

...''Seja lá o que for está me preocupando e parece estar preocupando Haymitch também o que só aumenta ainda mais minha inquietação''...



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– Fala logo, você está me assustando. O que pode ter acontecido? – eu pergunto querendo saber logo o que há. Então ele continua.
– Hoje mais cedo o garoto esteve lá em casa, ele estava estranho, preocupado, nervoso, disse que você ia ver o caçador, enfim, nós conversamos. – ele fala mantendo o tom de voz baixo e me olhando nos olhos. – e ele também me disse sobre os flashes. – ele fala e me encara aguardando que eu diga algo.
– Não foi nada, está tudo bem se era só isso você não tem que se preocupar. – eu falo tentando encerrar o assunto não quero que Peeta escute isso e que nós retornemos a essa discussão, ainda mais hoje.
–O que eu quero saber é, você se sente segura com o garoto? – ele pergunta rapidamente.
– O que? – digo realmente surpresa com essa pergunta.
– Olha, ele é um ótimo garoto eu sei disso e você sabe disso também, mas existem coisas que não estão no nosso controle, e isso é uma delas – ele fala sobre os flashes. – eu só quero saber se você tem certeza disso. – ele pergunta e posso ver que ele está realmente preocupado, mas não posso evitar ficar chocada com isso, até por que ele conhece Peeta tanto quanto eu, e eu sei que ele não faria nada grave, o que aconteceu foi uma fatalidade só isso, não quero mais escutar isso então falo.
– Isso não é assunto seu – por mais que ele esteja preocupado esse assunto é nosso não dele.
– Não é assunto meu? – ele pergunta erguendo as sobrancelhas. – Eu sou o responsável por você, se lembra? O mínimo que esperam é que eu te mantenha inteira e viva. – ele fala começando a se exaltar.
– Haymitch você conhece ele tão bem quanto eu, agora sou eu que te pergunto. Você realmente acha que ele faria algo contra mim? – pergunto também já me exaltando.
– Acontece que isso não está no controle dele e ... – antes que ele fale eu o interrompo.
– Chega Haymitch, cala a boca. – eu falo já gritando, então diminuo a voz e continuo – Para com isso, eu já disse que está tudo bem, eu confio nele, aliás eu confio nele mais do que em qualquer pessoa, mais do que em mim mesma, eu finalmente entendi que eu o amo, e eu não vou deixar nada ficar no meio disso você entendeu? – eu digo encarando ele friamente. Eu perdi tempo demais com ele pra deixar isso nos afastar agora, nem mesmo Haymitch vai se meter nisso.
– Tudo bem – ele diz enquanto se afasta e erguendo as mãos seu olhar também suaviza. – eu posso ver que vocês estão se entendendo, eu só queria ter certeza que está tudo bem. – ele fala como se estivesse arrependido de tocar no assunto então ele me surpreende quando se aproxima de mim novamente e me abraça, eu fico sem reação completamente surpresa, a única coisa que eu faço é aceitar e retribuir o abraço.
Então ele fala enquanto ainda estamos abraçados. – Bom, acho que é isso que as famílias fazem não é mesmo? Se meter na vida do outro! – ele fala me surpreendendo mais uma vez. – Já que vocês mesmos disseram que somos uma família então acho que agora você não tem mais como voltar atrás no que disse – ele fala já recuperando sua ironia embora tenha ainda emoções que eu nunca o vi demonstrar antes. Então ele solta o abraço, segura meus ombros e olhando nos meus olhos ele conclui. – Eu só quero ver vocês felizes e seguros. – E mais uma vez não sei o que dizer. E é nessa hora que Peeta volta, quando ele entra ainda consegue ver Haymitch e eu abraçados e tenta entender a cena antes que eu consiga dizer algo, Haymitch fala – Ainda bem que você voltou garoto, não me deixa sozinho de novo com essa aqui. – ele diz se afastando de mim e me apontando com a cabeça – por que é capaz de eu não sobreviver, ela me dá medo. – ele termina de falar rindo, e em seguida me dá uma piscadinha e eu ainda estou perplexa com tudo que aconteceu, Haymitch pela primeira vez demonstrou sentimentos que eu não vira antes nele.
Peeta que está trazendo algumas coisas de casa entra na cozinha e coloca as coisas em cima da mesa, ele para como se analisando a cena que tinha acabado de ver, olha pra mim e pra Haymitch e diz – Bom, pelo menos vocês estão inteiros – ele fala descontraindo, pelo jeito que ele me olhou eu sei que ele sabe que aconteceu algo mas ele não pergunta.
– É, isso aí, mas foi por pouco – eu digo enquanto encaro Haymitch fingindo uma cara de raiva.
– Então será que alguém pode me ajudar? – Peeta pergunta enquanto se prepara pra começar a preparação do pão.
– Eu preciso tomar um banho! Eu estou toda suada – eu digo, já que eu passei o dia na floresta.
– Eu prefiro o sofá. – Haymitch diz enquanto se vira pra sair da cozinha, mas eu o puxo pela blusa.
– Nada disso, você apareceu de penetra na minha casa, estava aqui até agora testando minha paciência e dando sua opinião sobre a comida, o mínimo que você pode fazer é ajudar Peeta. – eu digo olhando pra ele.
– Ou? – ele pergunta me desafiando.
– Ou você pode dar meia volta e ir pra casa – eu falo encarando e sorrindo ironicamente, ele já ia me responder quando eu continuo. – E o Peeta está proibido de levar qualquer migalha de pão pra você. – eu falo agora sorrindo de verdade.
Ele me olha também sorrindo levanta as mãos como quem perdeu e fala – Tuchê!
– Agora que vocês se decidiram tão espontaneamente você pode começar lavando as mãos.
– Peeta fala olhando pro Haymitch.
Ele vai lavar as mãos e eu vou tomar meu banho.

Subo as escadas, entro no quarto e vou pegar uma roupa, e me deparo com mais um problema, o fato de eu não ter roupa. As poucas que eu tenho sempre parece que eu estou arrumada demais pra algum lugar no 12. Mas como eu também não tenho muitas opções decido pegar a que eu considere mais simples que são algumas das roupas que ‘’eu’’ (Cinna) desenhei, uma calça de tecido leve e maleável preta e uma blusa com o tecido parecido só que mais colada no corpo escolhi ela porque além de ser confortável ela vai tampar a marca que ainda está visível no meu braço, enquanto pego as roupas, sinto a presença de Cinna aqui tão forte como eu sinto a presença do meu pai no lago, então eu simplesmente abraço a roupa como se fosse ele ali comigo, que falta meu amigo me faz, não consigo segurar o choro, como eu queria ele aqui comigo, imagino como ele reagiria quando soubesse sobre a minha decisão hoje, embora eu ache que ela já soubesse, alias parece que todo mundo já sabia. Fico assim alguns minutos até me recuperar e então vou tomar meu banho, decido usar a banheira, então coloco ela pra encher e como sempre fico ali sentada no chão de frente pra banheira observando ela encher e deixando minha cabeça encher de pensamentos. Eu finalmente sei o que sinto e eu sinto como se tivesse carregado esse tempo todo um peso nas minhas costas e agora me sinto bem mais leve, mas eu ainda preciso conversar novamente com Gale, quero que ele saiba por mim, só não disse nada hoje por que antes eu queria falar com Peeta, ele tinha que ser o primeiro a saber, mas eu preciso falar com Gale, então me lembro do almoço que convidei ele, preciso falar com Peeta sobre isso, não que eu ache que terá algum problema, mas não posso deixar ele saber simplesmente quando Gale bater na porta. Mais alguns minutos se passam e a banheira enche, entro nela, me permito ficar um bom tempo nela, é realmente relaxante ficar assim, novamente começo a pensar em como será daqui pra frente, agora que eu já sei o que eu sinto por Peeta como será nossa vida daqui pra frente, então me lembro do que Greasy me falou, que não adianta ficar tentando adivinhar o futuro, eu tenho o agora e é isso que eu preciso. Então termino meu banho, o pão já está com um aroma maravilhoso, o que só faz eu me apressar ainda mais, saio da banheira, me visto, penteio meu cabelo e desço pra encontrar Peeta retirando o pão do forno, ele está com o avental igual o que ele usa na padaria seu rosto está sujo de farinha, eu o observo retirando o pão e o colocando na mesa, então ele se vira e me vê parada observando ele.
– Finalmente – ele diz enquanto se aproxima de mim, limpando as mãos no pano do avental.
Eu sorrio, na verdade parece que agora isso é a única coisa que eu sei fazer, basta ele me olhar que mesmo que eu não queira o sorriso aparece.
– Hum, parece muito bom. – eu digo erguendo as sobrancelhas. Ele sorri.
Se aproxima mais de mim e então me beija, agora eu tenho a certeza que não importa quantas vezes ele me beijar eu sempre vou querer mais, esse é o tipo de fome que eu sei que nunca vou me saciar, de repente como num estalo eu me afasto dele olhando pro lado rapidamente.
– O que houve? – ele pergunta assustado e preocupado.
– Cadê o Haymitch? – eu pergunto enquanto ainda olho pro lado procurando por ele, afinal ele não apareceu aqui no meio da gente.
Peeta dá uma risada. – O que foi? Já está com saudade dele? – ele pergunta irônico, enquanto se afasta e retira o avental.
– Só achei estranho ele não surgir aqui entre nós dois. –eu digo enquanto puxo uma cadeira pra me sentar.
– Bom, em um momento ele estava aqui me ajudando e no momento que eu virei ele já não estava mais. – ele fala e dá de ombros. – Daqui a pouco ele aparece.
E é nessa hora que ele aparece, abrindo a porta com um forte barulho, Peeta me olha sorrindo e diz – Eu não disse!
– Infelizmente. – eu murmuro.
Haymitch vem entrando trazendo duas garrafas de aguardente, e ao que parece ele já tomou metade de uma, ele vem diretamente pra cozinha para do meu lado, coloca as garrafas sobre a mesa, puxa uma cadeira e se senta como se nada tivesse acontecido, eu e Peeta olhamos pra ele, então ele olha pra Peeta e em seguida pra mim.
– O que? – ele pergunta erguendo os ombros como se não entendesse.
– O que significa isso? – eu pergunto enquanto levanto uma das garrafas.
– Isso significa que o garoto demorou tanto pra preparar essa coisa – ele diz enquanto já está tentando pegar um pedaço do pão – que eu dei uma passada em casa pra pegar alguma coisa pra passar o tempo.
Eu dou um tapa na mão dele e afasto o pão pra ele não pegar.
– Passar o tempo ou encher a cara? – eu pergunto encarando ele.
– Bom, eu passo o tempo enchendo a cara – ele diz dando de ombros.
Então eu me lembro de como tinha prometido pra mim mesma que iria ajudar ele e decido retomar essa decisão.
– Ok – eu digo dando de ombros.
– Então será que nós podemos comer ou vocês ainda tem algum ponto pra acertar? – Peeta pergunta olhando pra mim e pro Haymitch.
– Não, nada mais – Haymitch responde dando de ombros e pegando a travessa com o pão e uma garrafa e indo pra sala. Nós vamos atrás dele.
Haymitch não diz nada, nem ao menos nos olha, pega a travessa com o pão coloca na mesinha de frente pro sofá se senta no chão, abre a garrafa e começa a beber.
Eu paro de frente pra ele, ele levanta os olhos pra mim, em seguida como se eu não estivesse ali ele corta um pedaço do pão e começa a comer e beber naturalmente, eu já ia reclamar, quando Peeta me alcança, ele se senta no sofá e me puxa pra sentar com ele e é o que eu faço, ele se senta e eu me sento com as costas no peito dele, ele pega a travessa de pão e me oferece, eu aceito e realmente está muito bom, então Haymitch levanta vai até a cozinha e volta com dois copos, me dando um e o outro pro Peeta, nós nos olhamos e então Haymitch abre a outra garrafa e vem nos servir.
– Oh não, não. Eu me lembro da última vez que aceitei isso e não são lembranças boas – eu digo sentando direito no sofá e recolhendo o copo.
– Ah o que foi queridinha, deixa de ser estragar prazer, é só um brinde – ele diz agarrando a minha mão que está segurando o copo e o enchendo.
Em seguida ele enche o copo de Peeta, que também está olhando pra ele como se isso não fosse uma boa ideia.
– Será que vocês podem agir pelo menos uma vez na vida como pessoas que se divertem? – ele diz enquanto termina de encher o copo de Peeta.
– Tudo bem mas só dessa vez. - Peeta diz
Nós brindamos e bebemos, confesso que o gosto é pior do que eu me lembrava, conforme o liquido desce ele parece queimar por onde passa, não posso deixar de fazer uma careta enquanto bebo, e Peeta deve está sentindo o mesmo por que também está fazendo uma cara feia.
– Como você consegue beber isso todo dia? – eu pergunto quando termino de beber o que estava no meu copo.
– Não bebo mais todo dia. – ele diz, já que agora é apenas um dia sim e outro não – e existem coisas piores de se aguentar – ele diz enquanto faz uma cara de indiferença, então ele desvia o olhar de mim. É, eu sei do que ele fala, existem coisas muito piores pra se aguentar.
– Sabe do que eu acho que você precisa? – Peeta fala cortando meus pensamentos.
Ele encara Peeta aguardando ele concluir.
– De uma namorada! – Peeta fala depois de dar o ultimo gole.
Não consigo segurar a risada. Haymitch está olhando pra ele com uma cara de quem não aprova muito a ideia.
– Quer saber Peeta, você está certo. É isso aí Haymitch nós vamos arrumar uma namorada pra você, quem sabe assim você não nos dá um tempo. – eu falo ainda rindo, principalmente com a cara que ele faz.
– Oh não queridinha, podem parar. Os dois. – ele fala se sentando no chão de novo de costas para nós. – Eu já tenho uma companheira – ele diz enquanto abraça a garrafa.
– Nada disso Haymitch, amanhã mesmo eu coloco um anuncio lá na padaria – diz Peeta que também já está em gargalhadas.
Haymitch se vira e nos dá um de seus olhares fatais.
– Você não se atreveria – ele ameaça Peeta
– Por que não? – Peeta diz encarando ele
– Eu sei que você não faria. Ela faria – ele diz apontando pra mim – Mas você é bom demais pra me expor dessa maneira – ele diz se virando de novo.
Então ele pega a garrafa novamente e começa a beber ela toda.
Peeta me olha e dá uma piscada, então novamente me puxa pra junto dele, eu coloco meus pés em cima do sofá e me aconchego nele, abraçando – o e colocando minha cabeça no seu peito, ele começa a acariciar meus cabelos, não posso segurar o suspiro que solto, é tão bom, reconfortante e seguro estar aqui com ele. Que queria que isso durasse pra sempre, posso até dizer que me sinto feliz, embora ainda tenha muitas dores e perdas para enfrentar. Enquanto estou assim perdida nos meus pensamentos e aproveitando esse carinho, ele fala.
– Isso me parece tão... – ele dá uma pausa e então continua – normal!
Eu sorrio com seu comentário e realmente é verdade, não imaginei estar numa cena assim, então o ronco do Haymitch me assusta, ele terminou com a garrafa, sua cabeça está caída pra trás no sofá próximo a meus pés, roncando em alto e bom som.
– Posso não entender muito sobre romances, mas acho que isso não é o que chamariam de uma noite muito romântica – digo enquanto cutuco Haymitch com meu pé, mas sem causar nenhum efeito nele, pois ele continua roncando. Peeta ri.
– É, não é não! – ele concorda e ri.
Então ele cheira meu cabelo, descendo até encaixar o rosto no meu pescoço, ele inala e sussurra no meu ouvido.
– Mas ainda tenho você – ele fala enquanto coloca alguns beijos no meu pescoço o que me desperta. Eu me viro pra ele apoiando o queixo no peito dele.
– Você me tem pra sempre. – eu sussurro pra ele, então ele se aproxima e junta nossos lábios e me pego faminta de novo por ele, eu preciso dele como nunca precisei de ninguém antes, seus beijos, seus abraços, cada vez mais eu não sei como fiquei indecisa antes, nosso beijo aumenta mais ainda, já estamos sem fôlego quando nos afastamos.
Eu o olho, observando cada pedaço do seu rosto, seu sorriso, o modo como ele me olha.
– O que foi? – ele pergunta sorrindo.
– Nada – eu respondo também sorrindo – só estou te olhando. – eu concluo, então envolvo meu braço nele novamente, de repente eu sinto um medo enorme de que de alguma maneira isso acabe, que eu não tenha mais Peeta aqui comigo, eu sei que não faz sentido eu pensar nisso agora mas o medo é real demais pra que não me assuste, então eu aperto mais ainda meus braços em volta dele como se pra espantar esses sentimentos e garantir que ele não se vá, e ele faz o mesmo comigo e ficamos assim abraçados um ao outro. Até que Haymitch se meche rapidamente, e acaba caindo de lado no chão, mas não acorda, só assusta tanto a mim quanto a Peeta.
– Acho melhor a gente colocar ele no sofá. – Peeta fala se endireitando no sofá. Eu também já estou me levantando, então nós ficamos em pé e nos olhamos.
– Você pega os pés e eu os braços ok? – ele me pergunta, já pegando os braços do Haymitch.
Eu concordo e pego as pernas dele.
– Juntos?- eu pergunto pra ele.
– Juntos! – ele me responde e então faz a contagem – 1, 2, 3!
Então nós erguemos ele e o colocamos no sofá, mas ele continua indiferente ao mundo.
Quando colocamos ele no sofá, Peeta me olha e abre os braços pra mim, eu vou até ele e me encaixo no seu abraço.
– Vamos subir? – ele pergunta.
Eu concordo com a cabeça, me virando pra subir as escadas, Peeta para antes de subir pra desligar a luz, sua mão já está no botão, quando eu falo.
– Não! Deixa acesa. – ele não entende, então eu continuo. – você sabe, ele não gosta de dormir no escuro – eu termino de falar dando de ombros, confesso que eu também não gosto, mas ao menos eu tenho Peeta comigo, ao passo que ele não tem ninguém.
Peeta concorda com a cabeça e se junta a mim, nós nos viramos para irmos pro quarto.
Enquanto estamos subindo a escada e me lembro que eu não falei a ele sobre o almoço amanhã, então paro na escada, ele para também e me olha.
– O que foi? – ele pergunta juntando as sobrancelhas como ele sempre faz quando está preocupado.
– Eu esqueci de falar... Eu chamei Gale pra almoçar aqui amanhã. – eu falo logo, esperando a reação dele.
– Hum, tudo bem. – ele fala e continua a subir ainda de mãos dadas comigo.
– Como ele reagiu quando você contou? – ele me pergunta se referindo a reação de Gale quando optei por Peeta.
Eu dou de ombros, enquanto alcançamos o quarto.
– Ele não sabe! – eu falo enquanto me sento na cama.
– Não sabe? Como não sabe? – ele pergunta parando de frente pra mim, aguardando a resposta.
– Bom, eu achei que você tinha que ser o primeiro á saber. Amanhã eu vou falar com ele – eu falo e é isso que vou fazer.
– Tudo bem – ele fala enquanto se senta ao meu lado – Então é melhor eu almoçar por lá mesmo, assim vocês podem conversar. – ele sugere.
– Não, eu converso com ele, nós almoçamos e pronto, você pode vim, alias eu quero que você esteja aqui – eu digo me virando pra ele, ele sorri pra mim, se aproxima e junta nossos lábios.
– Então eu estarei aqui – ele diz quando se afasta do beijo.
– Até por que eu não acho que seja uma boa ideia deixar você sozinho naquela padaria com tantas clientes sorridentes. – eu falo fazendo uma cara de reprovação.
– Ciumenta? – ele pergunta sorrindo.
Eu falo revirando os olhos – Apenas me prevenindo.
Então ele rapidamente me empurra na cama, me surpreendendo.
– Peeta – eu grito tentando não rir, mas basta olhar o sorriso dele que é inevitável.
Ele segura meus braços e aproxima seu corpo em cima do meu, enquanto sorri vitorioso.
– Você não precisa ter ciúmes e nem se prevenir, por que a única garota que realmente me interessa está bem aqui na minha frente, e ela tem todo meu coração – ele fala aproximando seu rosto do meu, o sorriso que eu dou provavelmente atravessou meu rosto, mas eu não me importo só me importo com essa sensação boa que eu tenho quando estou com ele.
Então mais uma vez nos beijamos, nossos lábios se encaixando perfeitamente, o calor do corpo dele, todas as sensações boas que sinto quando estamos juntos, tudo isso me faz não querer parar, suas mãos que estavam segurando a minha a soltam, minhas mãos vão pro seu cabelo e pro seu pescoço, suas mãos estão na minha cintura e a outra no meu pescoço aproximando cada vez mais nossos corpos, até que ele se afasta, já estamos sem ar quando isso acontece.
– Eu poderia parar o tempo bem aqui e viver assim pra sempre sabia? – eu digo o mesmo que ele me disse quando estávamos fazendo nosso piquenique no telhado do centro de treinamento.
Ele sorri e concorda com a cabeça.
– Só falta uma coisa – ele fala me olhando.
– O quê? – eu pergunto curiosa. Seu olhar muda pra um olhar de moleque e então ele começa a me fazer cócegas.
– Peeta – eu grito enquanto tento sair debaixo dele me debatendo.
Ele sorri e continua.
– Não, Peeta. Para! – eu falo tentando ficar séria mais é impossível não rir.
Eu tento me soltar, me contorcendo e tentando afastar as mãos dele mais é praticamente impossível. Já estou quase sem ar quando grito de novo.
– Peeta, para, eu não consigo respirar. – eu falo tentando me recuperar e parar de rir.
Ele para, também está rindo e me olhando.
– Isso não é engraçado. – eu falo forçando uma cara séria porem sem sucesso.
– Foi engraçado pra mim – ele fala dando de ombros – e você também estava rindo.
– Mais eu não podia controlar – eu falo ainda recuperando o fôlego. Então ele se senta sobre as pernas me dando espaço pra sair debaixo dele.
– Isso vai ter volta – eu prometo encarando ele.
– Ameaça? Srt. Everdeen isso não é legal! – ele fala debochando.
Então eu o empurro, não muito forte, mas como ele está na beirada da cama e com a perna artificial sendo o principal sustento do corpo ele cai pra trás no chão. Eu solto um grito com o susto, não imaginei que ele fosse cair, mas quando olho e vejo que ele está bem disfarço a preocupação.
– Isso foi engraçado pra mim – eu falo rindo.
Ele me olha ainda no chão fingindo uma cara de dor.
– Será que você pode pelo menos me ajudar? – ele pergunta mantendo a expressão.
Eu me levanto da cama e estico a mão pra ele, ele se levanta e manca até a cama.
Imediatamente eu me preocupo.
– Machucou? – eu pergunto rapidamente
Ele ri com a minha expressão de culpa e preocupação.
– Achei que estava sendo divertido pra você – ele fala se jogando de costa na cama.
Eu olho pra ele fazendo uma cara de brava.
– Já que você está bem, você podia tomar um banho né? Você ainda tem farinha no cabelo – eu falo enquanto paro de frente pra ele, com os braços cruzados.
– Você não reclamou disso a 2 minutos atrás quando você estava bem aqui. – ele fala batendo o dedo no lado dele da cama.
– Acontece que a 2 minutos atrás você não estava merecendo esse tratamento – eu falo e agora já estou puxando ele pra ficar em pé – Anda Peeta, vai tomar banho, eu to com sono e quero dormir – eu falo enquanto ele se levanta e eu me sento na cama.
– Ok. Eu vou – ele fala levantando as mãos como sinal de rendição.
Então ele vai pro banheiro pra tomar o banho e eu espero por ele sentada na cama, alguns minutos depois ele sai do banheiro, novamente sem camisa, meus olhos imediatamente passeiam no corpo dele mas novamente eu disfarço.
– Até que fim – eu falo tentando disfarçar.
Ele sorri e vem pra cama, ele apaga as luzes e se deita ao meu lado, imediatamente eu enrosco meu braço em volta dele, e coloco meu rosto na curva do seu pescoço. E é assim que nós dormimos.


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Notas finais do capítulo

Capitulo grande,Espero que gostem, já adianto logo que terão algumas surpresas nos próximos capitulos,
um pouco de emoção e ação é sempre bom né kkkkkkkkkkkkk
PS: Se alguem tiver wpp e quiser adicionar lá, é só falar que depois eu mando o numero' Beijos, acompanhem PLEASE' rs'



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