Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 13
Eu Preciso de Você


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que a Aylla já falou e espero de verdade que não se torne enjoativo... Mas, RECEBEMOS UMA RECOMENDAÇÃO!!! Gente, eu super surto com recomendações! Muiiiitíssimo obrigada Louise.
Dedico esse capítulo então á Louise :D, Cris (por hj ser seu aníver... É hoje né? Parabéns!), a MandiMelisaner e a BakaSan (não me perguntem o porquê).
Boa leitura!



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– Simon... O que você?... – Perguntei limpando a boca após dá-lo um bruto empurrão.

– Escuta... – Ele pediu me encurralando na parede enquanto andava até mim. – Fiz mal em tentar te beijar e tal, mas... Eu só quero que saiba que quero estar com você. Que você é a garota que eu amo desde sempre.

– Óbvio que ama. – Murmurei nervosa – Eu sou sua irmã, afinal.

– Não Beatriz. Não é só por isso. Será que não vê? – Ele perguntou olhando pras mãos enquanto desfilava de um lado para o outro.

– Você quem não vê. Sou sua irmã. Apenas isso. – Respondi com firmeza. Ele me encarou e se dirigiu até mim. Engoli em seco quando senti o calor dele perto.

– Vai insistir em dizer que não sente nada? Vai negar tudo que está na cara?

– Tudo o quê?

– Que apenas um toque meu te deixa em êxtase? Que você idealiza estar comigo á todos os instantes até o resto de sua vida? Vai negar tudo isso? – Ele me encurralou outra vez na parede e eu só sabia olhar para os lábios dele. Eu os queria sobre os meus. Sacudi a cabeça como se esse gesto fosse levar para longe o desejo. Desviei dele rápida e sentei devagar sobre o edredom no chão. Ele sentou após mim, um tanto afastado.

– Não posso negar essas coisas. Você sabe que não. – Falei com certa dificuldade. – Você sabe que te amo. – De canto pude vê-lo olhar para mim surpreso. – Mas Simon, não é fácil perdoar. Porque doeu e... Dói até hoje.

– Podemos resolver isso. – Ele argumentou. O desespero tomando conta da voz dele.

– Não podemos não. Agora sou eu quem te pergunto: Será que não vê? – Ele arqueou uma sobrancelha. Ou os olhos dele brilhavam, ou eu via lágrimas. – Só complicou. Há dois anos atrás, quando eu “te conheci” – Fiz aspas com os dedos. – me surpreendi com o seu jeito. Sabe, de não tomar iniciativa, era como se você, de alguma forma, estivesse me protegendo do que viria a seguir. Do que viria se eu tentasse ficar com você. E eu não vi. Eu não me toquei. Porque me apaixonei e ter te dado a minha virgindade, foi a melhor coisa que fiz, ou a pior. Porque você sumiu e mesmo já tendo me explicado o porquê, isso não muda o fato de que sumiu. E que quando precisei de você, você me mandou uma carta que me magoou e que dói muito. Essa carta destruiu minha vida. Levei tempo para me acostumar com a dor e o vazio da perda. Da sua perda e da perda do MEU filho. – Fiz questão de colocar ênfase. Para que ele pudesse reparar por si só, que até hoje carrego as marcas da atitude covarde dele. Ele me olhava e lágrimas escorriam. O ruim era, que eu também estava chorando. E as palavras começaram a sair embaralhadas, uma sobre a outra, sem nexo, embargadas, perdidas e o som... Quase não o ouvia. Passei a sussurrar. – Idealizei um dia te encontrar. Eu queria sabe... Queria te ver em momento qualquer numa dessas voltas que a vida dá. Queria pra poder te contar tudo o que aconteceu depois que você foi. Eu queria porque sentia a necessidade de te olhar nos olhos mais uma vez. E queria principalmente, pra te dizer que... Eu amei você. Eu idealizei tudo, Simon. Todos os minúsculos detalhes, numa sequência exata ao que deveria realmente acontecer. E não deu. Porque a bosta do destino, sempre faz como quer. E me sinto só uma marionete sem poder escolher. Só sentindo e sofrendo. Sem poder mudar nada. – Ele chegou mais perto quando comecei a soluçar e colocou minha cabeça no peito dele. O que queria de verdade? Socá-lo por não ter estado comigo. Mas, eu me sentia confortável. Mesmo com tantos impedimentos e pensamentos contrários ao que eu de fato sentia, eu estava segura outra vez. Eu estava nos braços dele. Tudo bem que não era da forma a qual tanto desejei, mas ele estava ali comigo. Protegendo-me outra vez. E eu senti, que não estávamos mais separados como por muito tempo pareceu.

– Ouça... – A voz dele inundou meus pensamentos como uma música suave, e me trouxe de volta àquele momento tão... Indescritível. – Você sabe o que aconteceu. Acho que eu já te disse que precisei ir. Eu já te disse muita coisa. E antes de te perguntar que história é essa de carta... Preciso que saiba que quase surtei sem você. Foram dois anos que se igualaram á uma eternidade. Dois anos remoendo a dor de saber que você estava nos braços de outro. Dois anos querendo te proteger, sonhando contigo. Foram dois anos torturantes. E não pense que não idealizei também, momentos de várias formas, onde nós nos encontrávamos, nos abraçávamos e saíamos de mãos dadas num parque verde, tomando sorvete e contando as enroscadas e proezas da vida. Mas não pude fazer nada disso. Eu quis. Bia. Quis de verdade. Mas, não pude. Eu não pude mesmo. E é claro que eu mudaria tudo se eu pudesse. Mas sabe como é... A gente simplesmente deixa a vida nos levar e tenta esquecer que perdeu, que já era, e que pode nunca mais dar certo, nunca mais voltar... Então se vive assim. Substituindo com passatempos até chatos às vezes... Só pra ter o gostinho de não lembrar. Vive-se a mercê do destino. Perdão. De verdade. – Ele se silenciou e afagava meus cabelos com delicadeza. Levantei o rosto e o olhei. Ele chorava.

– Te perdoar? Te perdoar... – Repeti atônita.

– Katney me disse que você estava com outro. Eu deveria ter insistido do mesmo jeito, mas não consegui. Eu não tive coragem de lutar por você. Eu fui fraco e te deixei ir, sabendo que queria que ficasse. Então acho que preciso do teu perdão. Porque também preciso de você.

– Katney? – Indaguei. Não ignorando as coisas lindas que ele me disse. Mas... Katney? Aquela mesma menina que eu e a Katy encontramos no shopping e que pedimos para dizer ao Simon sobre o bebê? Ela? Essa menina?

– Sim. Encontrei-a numa viagem e ela me contou que você estava com outro e feliz. Então quando recebi a notícia de que havia engravidado, logo supus que era dele... – Eu mexia a cabeça negativamente. Um clique havia aceso no meio da minha massa cinzenta.

– Só que era seu! É claro. Ela escreveu a carta! – Respondi pondo-me em pé. – Por isso você não sabe da carta. Eu sabia! Eu sabia que você não teria me abandonado! – Respondi pulando nos braços dele quando ele se pôs em pé. – Algo não se encaixava nessa história. Você... Você trouxe a peça que faltava, Simon! Poxa vida... Que vaca! – Falei dando um selinho nele por impulso. Ele fez uma cara confusa e depois deu o sorriso mais lindo do mundo. Eu senti minhas bochechas queimarem e engoli em seco.

– Estou perdoado?

– Não! – Falei fazendo bico. – Não está por ter acreditado nela. – Murmurei cruzando os braços sobre os seios.

– Sério? – Ele perguntou laçando-me pela cintura.

– Não. – Olhei para os lábios dele e acabei ficando vesga, o que arrancou um sorriso torto dele. Simon levantou meu rosto pelo queixo e descruzei os braços, colocando-os em torno do pescoço dele. – Amo você. – Falei e sorri após.

– Eu amo você. – Ele respondeu de volta e fechou os lábios trazendo os lábios ao encontro dos meus. Logo senti a maciez. A cada instante que passava o calor aumentava. Com um impacto pulei no colo dele e ele nos deitou devagar sobre o edredom. Lá fora eu ainda podia ouvir o som da chuva que parecia aumentar a cada novo segundo. Estar presa com ele era tudo o que eu mais queria naquele momento. Eu precisava dele, muito mais do que precisava do ar para respirar ou da água para beber. – Quer isso? – Ele perguntou quando tirei minha blusa.

– Nem imagina o quanto. – Minha resposta bastou para que ele se despisse e terminasse de tirar minhas roupas. O beijo intenso se estendeu por todo o meu corpo. Os arrepios me tiravam o ar e eu não queria me segurar. Eu queria gritar o tamanho do tesão que estava sentindo. E já não estava mais nem aí se alguém ouviria.

Eu estava outra vez nos braços do meu amor.

[...]


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Notas finais do capítulo

Queria dizer que criei esse capítulo pensando numa leitora. Pensando no que ela talvez estivesse sentindo e misturando os meus sentimentos. Entendedores, entenderão! Ahhhh! Quem quiser falar comigo por MP estou disposta a responder qualquer dúvida ou pergunta pessoal. Quero ser amiga de vocês!
Se quiserem, comentem! Agradeço.
~Keel