Metamorfose escrita por debora_carvalho


Capítulo 23
Hipnose (bonus)




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Hipnose (bônus)

 

 

 

Meus olhos se abriam e fechavam tentando fazer com que Henry se movesse, sua expressão era envergonhada, tentei quebrar aquele gelo me jogando em seus braços, o apertei contra meu peito, mas não tive nenhuma reação.
Pressionei seus lábios contra os meus, cheguei a morde-los embora nada o fizesse reagir... Nada o tirava daquele estado ausente.
- Droga! – Gritei o empurrando. – O que mais eu tenho que fazer pra que você entenda?
- Não se iluda Perola... É tudo uma farsa.
- Não! Não é! – Meu rosto ficou vermelho com o sangue que fervia em minhas veias. – É bem mais do que pode alcançar... EU amo você Henry. – Choraminguei.
- Não Perola... Não é real...
- O que quer?... Me entregue aos Volture, me use, me mata... Mas não diga que tudo o que eu sinto é mentira.
- Perola, eles iram tirar qualquer coisa boa que ainda existe em você, vão transformá-la no que me transformaram... Fuga... Fuga enquanto há tempo.
- Não vou fugir. Não vou te deixar! – Segurei seu rosto com força. – É com você que quero estar pra sempre.
- Vá agora Perola... Você não tem muito tempo. – Por trás de seu ombro vi duas figuras se aproximando.
- Não! Vou ficar... – Soltei seu rosto e finquei minhas unhas em sua camisa.
- Volte pra casa antes que seja tarde... Vá agora! – Seus olhos se arregalaram e sua voz já não continha o desespero.
- Se eu voltar não vou vê-lo nunca mais.
- Por favor...
- Estou em suas mãos... Te amo. – Abracei seu pescoço e novamente o beijei, dessa vez fui correspondida, era como se eu sentisse um botão de rosa congelado se encontrar com meus lábios quentes causando um choque em nós dois.
Por mais que eu tentasse disfarça a tristeza, Henry me conhecia muito bem... Até a ultima célula das minhas entranhas. Era difícil negar que cada vez que meus lábios se encontravam com o dele eu me entregava ao inevitável a cada segundo, meu coração era meu principal acusador, onde minha defesa eram meus fracos argumentos que de certo me condenariam na primeira oportunidade, por muito tempo demorei a entender que minha sentença já estava dada: eu pertenceria a ele.

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