Terrible Love escrita por Isabella Cullen
Notas iniciais do capítulo
Chegando para postar meus amores. Obrigada pela linda recomendação Neide, autora super emocionada! E obrigada a todas que estão aguentando com seus lenços do lado, firmes no propósito de ver como as coisas vão desenrolar... eu volto na terça!
E um beijo especial a minha linda revisora que chora com os capítulos, me manda eles assim que entrego e que sempre me incentiva com seu jeito carinho, mesmo quando estou desanimada e acho que as leitoras vão sair correndo! kkkkkkkkkkkkkk
Era um apartamento. Vazio e sem nada. E sentei no tapete marrom e chorei sozinha. Eu não tinha mais nada e aquele apartamento só me dizia isso, eu era um nada e não tinha nada.
– Por que Kate? Eu não lembro! EU NÃO LEMBRO! – Gritei como se ela pudesse me ouvir. E chorei mais ainda sabendo que ninguém poderia me escutar ou se importar com aquilo.
– Você está bem? – a voz feminina me assustou e eu temi olhar e ver Kate. Só que era uma menina baixa com cabelos pretos me olhava com espanto. Meu Deus eu quase enfartei pensando que era a esposa de Edward.
– Sim... desculpa... eu achei...
Olhei as chaves na minha mão e tentei lembrar de como entrei. Eu abri a porta, estava no apartamento certo.
– Alice Brandon. – ela se apresentou.
– Isabella Swan... não... Cullen...
Deus qual meu nome? Ela sorriu e sentou ao meu lado.
– Por que a dúvida com seu nome?
– Eu casei... não sei ao certo como devo...
– Oh... que maravilha. Isso é ótimo. Mas por que você não está com ele? É por isso que está chorando?
– Nós... ele... viaja muito... ele...
– É complicado mesmo. Eu entendo sabe, não tenho ninguém, mas acho que se fosse casada morreria longe do meu marido. Dormir sozinha e tudo mais.
Gargalhei num momento histérico e deitei no chão rindo do que Alice estava falando. Dormir sozinha. Nunca dormir com ele e nem ao menos numa cama nos últimos tempos. Ela deitou do meu lado e ficamos olhando o teto. Respirei fundo, chorei mais um pouco e ela só ficou deitada esperando aquilo passar. A liberdade não tinha o mesmo gosto e a vida tinha um peso adicional. Olhando para tudo ao meu redor eu queria ficar ali deitada quieta e sem fazer absolutamente nada.
– Eu aluguei esse apartamento porque os individuais estavam esgotados. – Alice começou a falar – O filho do Prefeito de alguma cidade alugou o último. Eu sempre economizei para estudar aqui e quando vovó deixou o fundo para mim eu vi que poderia realmente estudar sem muitas preocupações, vou procurar um emprego e tentar me manter sem mexer no fundo. Você é bolsista também?
– Não, acho que não sou.... bom... papai ia pagar, mas agora acho que Edward vai cuidar disso.
– Precisamos comprar alguns móveis, pensei em...
– Você pode cuidar disso.
– Eu não tenho dinheiro sabe, se gastar...
– Eu pago, só escolhe.
Então eu levantei e fui até a janela. A vista era para o prédio de medicina. Me perguntei que tipo de médica eu seria, já tinha matado alguém e isso não me deixava boas referências. Respirei fundo tentando não me sentir rejeitada por Edward e por meu pai. Tentando não surtar como a poucos minutos, mas eu iria surtar. E apesar de todo esforço de Alice eu não saí de casa para conhecer o campus como ela queria, não me liguei que estávamos a dois dias lá e não tínhamos cama. Ela comprou algo que eu não sei bem o que era, me tranquei em meu quarto e só as batidas da porta me faziam despertar de algum transe.
– Abra a porta. – Alice chamou. – Por favor, estou preocupada.
Não queria fazer isso com ela. Sem vontade levantei e fui até a porta destrancando. Ela entrou assim que ouviu o trinco e voltei a me sentar no chão.
– Você está dormindo no chão? – ela me olhou feio- Não importa. Não tranque essa maldita porta.
Ela saiu e depois voltou com um prato fundo e uma colher. Sentou no chão e me encarou.
– Abra a boca.
Olhei para ela.
– Abra a boca.
Abri e ela me deu uma colherada de sopa e eu tomei. Quando foi a última vez que alguém se importou comigo? Quando foi que recebi esse tipo de atenção e enquanto ela me dava colher por colher eu deixava as lágrimas caírem, Alice me tratava assim porque ela não sabia de nada. Do que fiz e do que aconteceu. Quando tomei a sopa deitei em seu colo e senti ela fazer um carinho em meus cabelos.
– Vai passar sabe, as coisas passam. É complicado, mas depois a gente consegue. Não sei como e nem por que. Só que isso é a vida, o que hoje é escuro amanhã pode não ser.
Ela parecia ser Kate falando. Não respondi só deixei as lágrimas rolarem e lembrei de Edward, do que sentia por ele e tentei superar as coisas. Um dia o sol estaria tão claro e eu talvez conseguisse enfrentar o mundo. Só que hoje não.
– Bella acorde. – Alice me acordou e percebi que estava na cama dela. O quarto dela, Deus como fui parar lá?
– Como vim parar aqui?
– Pedi ao homem que fica na nossa porta para te levar para minha cama. Ele foi muito gentil.
– Sim... – o segurança que Edward tinha contratado.
– Ele mandou você tomar as vitaminas e os remédios. Se o que li está certo Isabella você precisa disso e já ficou dias sem tomar.
– Ferro.
– Pois bem, tome um banho que fiz o café e vamos superar isso sim?
Enquanto tomava banho eu não conseguia lembrar de quando tomei meu último banho e nem de como era usar um shampoo. Usei o de Alice e quis o meu. Lembrei do cartão. E do que Edward tinha dito, eu não deveria gastar nada sem ele. Eu tinha que concordar em uma coisa, a distância de Edward me faria bem. Provavelmente eu tinha só mais alguns meses de vida naquela casa. Acabei de tomar banho e o apartamento estava diferente, tinha móveis e tudo mais. Cortinas delicadas, sofá, televisão e outras coisa que...
– Quando isso chegou? – perguntei vendo Alice abrir a geladeira que não estava ali antes. Sentei na cadeira que fazia conjunto com uma mesa de madeira trabalhada e que ficou perfeita no canto em que Alice colocou. Ela trouxe um suco, sentou e apontou para o envelope branco. Minhas mãos tremeram quando abri ele, Alice parecia alheia tomando café.
“ Você não comprou móveis. Espero que esteja tudo de acordo.”
Apesar de não ter nome eu sabia era ele. Olhei para Alice.
– Ele que mandou não?
– Sim.
– Ele é um bom marido sabe.
Engoli o que quis dizer.
– Sim.
– Precisamos ir no campus para ver os horários e tudo mais. Começam amanhã e tem a lista de livros que precisamos ler e comprar. Alguns eles dão, bom, eu sou bolsista, preciso ver quais vou ganhar. Já conseguiu descobrir seu nome?
– Eu..
– O seu motorista mandou entregar aquela bolsa.
Ela apontou para uma bolsa pequena feminina. Eu levantei e abri ela vendo o que tinha. Cartões de biblioteca, identidade, carteira de motorista, cartões e suas senhas atrás. Isabella Cullen, em todos estavam escrito isso. Cullen. Era a quem eu pertencia. E eu precisava viver com isso.
– Está tudo certo? – Olhei para Alice.
– Sim, está.
O dia foi um pouco estranho, eu tinha George atrás de nós. Alice descobriu o nome dele, fomos nos nossos centros. Eu descobri que Alice faria psicologia e como eu era medicina, ficaríamos no mesmo campus. Eu e ela fizemos um tour pela faculdade e depois almoçamos juntas em um pequeno restaurante. Conversamos um pouco, ela disse que eu precisava de roupas e eu tive que concordar.
Eu não sabia o que o futuro me reservava, não sabia nada do que iria acontecer, o que eu sabia era que agora eu estava presa a Edward e ao mesmo tempo liberta dele. A noite quando conseguiram montar a cama que chegou, eu decidi que o melhor a fazer era me dedicar aos estudos. Não poderia mudar nada do que aconteceu com Kate ou com Edward, o destino deles não estava mais nas minhas mãos e eu teria que viver com a culpa.
– A cama é boa. Só ficou pequena.
Era de solteiro e eu tinha certeza ser um lembrete discreto: não seja de mais ninguém. A imagem de Edward veio a minha mente, ele era o anjo negro da história. O meu carrasco. O homem que casou comigo, mas nunca trocou mais de duas palavras sem me acusar ou falar coisa de mim que tinham vindo de sua mente perturbada pelo luto.
– Eu gostei.
Disse para Alice. Gostei da cama e dele estar longe.
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Bom meninas Edward longe da nossa Bella o que o futuro nos reserva não é mesmo????????????????? Espero que tenham gostado meus amores!