Nossas Ironias escrita por Paty85


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Agora tá certinho...



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PDV Edward.
A sorte estava ao meu lado, ter Bella dormindo na minha casa, era a chance de passar mais tempo com ela e convencê-la que eu não sou o cara que os primos falaram, Mel deu um sorriso de canto pra mim e entrou no meu carro.
No caminho Mel começou a rir e disse que não iria me atacar, que sabia que eu gostava da sua prima mais do que amizade, confirmei que era verdade, Isabella havia me balançado desde a danceteria, Mel confirmou que ficaria muito feliz com nosso possível namoro, disse que pareceu mesmo que eu era um safado depois do que houve com Tânia, não quis me explicar qual era o problema dela, mas falou que sua prima era linha dura no trabalho, mas seu coração era muito ferido e estava agindo por conta própria, nem sabia se Isabella queria um relacionamento.
Mel me contou que ela não era de dormir muito, acordava sempre de madrugada, ficava andando pela casa ou comendo até o dia clarear e ela poder sair pra correr, mesmo com frio ela saía, Mel confessou que quando Bella ficava muito tempo quieta era um mal sinal, por isso ela gostava de atividade, ela acordava, corria, passava na padaria pegava o café da manhã para as duas e iam para a faculdade, atividade que nunca falhava.
Combinamos então que Bella dormiria no quarto de Rose, era ao lado do meu e temos a mesma varanda, colocaria meu relógio para despertar as quatro da manhã e ficaria esperando algum barulho, perguntei se era normal esse problema para dormir e Mel confirmou que sim, quando achava que sua prima estava muito agitada, colocava um remédio escondido no suco dela, tudo com o consentimento do medico e dos pais de Bella, Mel não deixou escapar nada que me fizesse entender qual era o problema, Mel confirmou que Isabella adorava um chocolate, principalmente quando acordava, não entendia o motivo, mas era mania da prima, anotei mentalmente para me preparar.
Chegamos à casa dos meus pais e Mel prometeu ajudar, desde que eu não magoasse sua prima, prometi que tomaria todo cuidado do mundo.
Antes de subir para meu quarto, roubei uma caixa de bombom da cozinha, minha mãe ia preparar um lanche para nós, por isso teria tempo de tomar banho, deixei a caixa no criado mudo e tomei meu banho, arrumado e perfumado, desci a procura das meninas, encontrei Jass e fomos para a cozinha, elas conversavam e Alice queria outra balada, Bella negou de imediato, Mel se animou e por isso Jasper iria com elas, neguei também.
Todos foram descansar, mas podia ouvir a televisão de Isabella ligada, poucos minutos ouvi uma cadeira sendo arrastada na varanda, sabia que ela não dormiria, Mel disse que ela mal dormia a noite, com certeza não faria isso durante o dia, espiei pela minha porta e a vi lendo algo pelo seu tablet, imaginei que era o contrato que havia pedido para o tio, deixei-a trabalhar e dormi um pouco.
Acordei com minha mãe me chamando para o jantar, Mel, Alice e Jasper já estavam prontos para saírem, depois do jantar, me sentei no meu antigo piano e fiquei brincando com as teclas, perdi a noção de tempo até ouvir a doce voz de Isabella.
– Você só dedilha ou sabe tocar?
– Ah... Oi Bella, não viu você ai, aprendi a tocar desde pequeno, gosto de ficar dedilhando quando preciso criar, às vezes fujo do escritório e venho aqui me inspirar.
– Que legal, eu não tenho esse dom de tocar, bem, eu só vim pegar meu celular que esqueci na sala, mas já vou te deixar em paz, boa noite.
–Ei, calma, não precisa ir embora assim, você já está com sono, não quer conversar?
Antes que ela respondesse lembrei que tinha em casa um vinho que Emmett trouxe da Itália pro meu pai, com certeza ele não se importaria se eu usasse pra uma boa causa.
– Tem um vinho italiano na adega, estava pensando em beber uma taça, você me acompanha?
Vinho não era a minha paixão, mas Isabella não precisava saber.
– Claro, jamais recuso uma taça de vinho, é mais forte do que eu.
Depois do lindo sorriso que ela me deu, fui até a adega rezando para a garrafa realmente estar lá, já que eu não moro mais aqui, alguém poderia ter bebido e pra minha sorte a garrafa estava lacrada, abri o vinho e peguei as taças voltando para a sala, Bella olhava pela janela, com o pensamento longe, sabia que isso era um péssimo sinal, assim que percebeu a minha presença falou sem me olhar.
– Essa cidade me deixa triste sabia, tenho muitas lembranças ruins desse país, não profissionalmente claro, mas não gosto, me sinto sufocada.
– Nem conhecendo um cara tão bacana e lindo como eu?
– Sabe, se não fosse pelo meu primo, creio que nunca mais viria aqui a passeio, quando venho a trabalho, nunca passo mais de dois dias, quando é algo grande sempre vem meu pai ou Jasper, eles sabem que passar uma semana aqui é impossível pra mim.
– Por isso você quer tanto ir embora?
Ela ainda não me olhava, estava fixa olhando para o jardim, mesmo quando entreguei sua taça.
– Por mim teria ido embora pela manhã, ver a cidade e saber que estou aqui me faz mal.
– Que tal fecharmos essas cortinas, sentarmos naquele tapete da sala de vídeo e ver alguma coisa muito engraçada enquanto bebemos?
– Ótima idéia, desculpe minha nostalgia.
– Eu entendo, não se preocupe, pode me contar tudo que quiser, se isso lhe fizer bem, agora animo mocinha, vamos pra sala de vídeo tomar esse vinho.
A curiosidade me corroia por dentro, o que será que fizeram para ela sofrer assim? Com certeza foi algum americano, já que ela generalizou o país, já com as taças nas mãos, seguimos em silencio para a sala ao lado, ela tirou a sandália e se acomodou no sofá grande, isso era bom, era a chance para eu sentar ao seu lado e foi o que eu fiz, servi o vinho para nós dois, liguei a TV e estava passando uma maratona dos Simpsons, ela topou assistir, mas eu só conseguia assistir às risadas que ela dava e a suavidade com que ela levava a taça à boca, essa mulher seria a minha perdição.

PDV Bella.
Por mim não estaria mais aqui agora, queria estar na minha casa, bem longe desse país, mas infelizmente aceitei ficar, Edward estava sendo muito atencioso comigo, conhecia bem aquele vinho, era coisa de Emmett, assistimos desenho e rimos juntos, Edward parecia sereno e feliz com minha presença,eu me sentia assim também, mas o medo era maior, Edward não parecia esse tipo de homem, mas ele era americano, isso podia ser normal aqui não é?
Eu sabia que não era, mas não queria me empolgar, olhei para Edward que estava em silencio, achei que dormia, mas não, ele me olhava com carinho, me remexi sem jeito no sofá, pensando em uma maneira de sair dali, sem graça aleguei estar com sono, Edward não precisava saber que eu não dormia muito bem.
Desejei boa noite e sai de perto, mas Edward pegou minha mão e a beijou, pediu um abraço, foi meu pior erro, sentir seus braços na minha cintura e seu perfume, abriram as portas do meu coração, me soltei rapidamente e subi para o quarto, fechei a porta e me escondei, nem acendi a luz por medo que ele batesse, logo ouvi passos pesados pelo corredor e uma porta se fechando, respirei aliviada e acendi a luz, peguei meus produtos de higiene e meu pijama e segui para tomar banho.
Nem a água morna acalmou meu coração, eu queria abraçar Edward novamente, queria poder beijá-lo, dormir perto dele, mas jamais poderia viver aqui, abri a porta da varanda e a cortina, precisava me sentir livre, essa sensação de estar presa nesse país me enlouquecia.
Como sempre demorei a dormir e meus eternos pesadelos me atingiram, acordei ofegante, inferno de país, sabia que não dormiria mais, era meio da madrugada ainda, tomei outro banho, a cortina estava fechada, com certeza foi Jasper, abri e sentei na varanda, a lua estava imensa, abracei meus joelhos e tentei focar meus pensamentos somente no que viria com minha volta a Inglaterra, a realização do meu sonho.

PDV Edward.
Subi frustrado, não era para ela fugir dos meus braços, mas agora não tinha mais volta, eu conquistaria essa mulher, adormeci pensando em qual tática usar, acordei com meu celular vibrando no meu travesseiros as quatro da manhã, fui ao banheiro e abri a cortina, comi um chocolate antes, era horrível a sensação do açúcar a essa hora, mas tudo por ela, espiei e Isabella usava um roupão, abraçada as próprias pernas, perdida em pensamentos, olhando para o nada, vi as lagrimas rolando em seu rosto, só podia pedir a Deus para me mostrar o caminho certo.
Sai do quarto e me debrucei na grade, ela notou minha presença, mas não olhei para ela, ela tossiu de leve para não me assustar, olhei e sorri, fiz cara de surpreso, perguntei se ela havia estranhado a cama, ela negou, disse que era ótima, mas não tinha o costume de dormir e perguntou se ela havia me acordado, neguei disse que estava com fome.
Isabella riu, disse que tinha mania de comer de madrugada, mas achou constrangedor se alguém a encontrasse comendo escondida da minha casa, a convidei para descermos, eu ia morrer de dor de estomago comendo a essa hora, descemos e peguei suco e um pedaço de torta de ricota, comemos entre conversa amena, Bella contava sobre a vida na Itália, sobre a casa onde Rose moraria, descobri que era o jeito dela ser reservada, mas ela demonstrou adorar minha irmã, isso me tranquilizou bastante.
Antes de subir, disse que não tinha nada de doce na geladeira, mas eu tinha bombom no meu quarto, Bella aceitou e disse que me encontraria na varanda.
Nos encontramos e Isabella estava sentada na poltrona, sem esperar convite me sentei ao seu lado, apertadinhos, coloquei meu braço ao redor do seu ombro e continuamos a conversa, ela comia e ria, falei que também queria, ela riu mais ainda pedindo desculpas, nem se lembrou que eu não conseguia abrir a embalagem, mas ela fez isso por mim, abriu e colocou na minha boca.
Conversar com Isabella era delicioso, ela era muito culta e inteligente, por sorte começou a garoar, entramos no quarto dela, parecíamos duas crianças fugindo da chuva, Isabella se jogou na cama e me joguei ao seu lado, olhei em seus olhos e me aproximei, Bella deixou que eu a beijasse, poderia cair o mundo na minha cabeça agora, estava feliz demais com a sensação de ter Isabella nos meus braços, mas infelizmente o ar se fez necessário, cessei o beijo com pequenos beijos em seus lábios, encostei minha testa na sua, senti Bella desencostar e respirei fundo, já esperando ser expulso, levantei e fechei a janela e a cortina, deixando o quarto na penumbra, Bella se ajeitou na cama, deitando de forma correta, me aproximei e dei um selinho em seus lábios para me despedir e a resposta que eu ouvi dela foi a melhor que poderia imaginar.
–Se quiser ficar mais um pouco, tudo bem.


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Notas finais do capítulo

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