What Is Love ? escrita por Beija Flor


Capítulo 25
Wouldn't Change a Thing


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY *---* Não me matem, okay ? Eu nem demorei tanto. Sério. Já fiz coisas piores. Mas tipo, tem uma coisa incrível, inacreditável e surreal pra falar: Eu tirei 9,5 numa prova de MATEMÁTICA, repito MATEMÁTICA, a cruel vilã da minha vida. GENTE MINHA PROFESSORA FICOU DE BOCA ABERTA, depois de tantos zeros, uma luz no fim do túnel. But, essa maré de sorte não parece que vai durar. Enfim, quero explicar algumas coisas: Esse capítulo, pra mim, tá bom, e o final dele também, mas sei lá, já faz uns dias que eu to odiando tudo o que escrevo, eu até já comecei a escrever o próximo, mas não sei quando vou postar por causa de uns problemas aí e também porque vou reescrevê-lo, quero que fique mais leve e calmo.
Música do capítulo: Wouldn't Change a Thing - Demi Lovato & Joe Jonas (Foi sem querer, mas acabou combinando, além do mais, eu amo essa música mesmo :3)
ENJOOOOOOOOOOOOY :)



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Pov. Ally

Desliguei meu celular assim que entrei no carro.

Eu ia deixá-lo ligado para ouvir música no fone, mas então me lembrei de que a qualquer momento, meu pai e minha irmã iriam chegar em casa, provavelmente surtariam e começariam a me ligar e a mandar mensagens á cada dois segundos.

Aproveitei para ler um livro que havia trazido.

Trish tinha se sentado na frente, com Dez. Então atrás, estávamos eu, a prima de Trish e Austin. Grace estava no meio de nós dois. Eu agradeci mentalmente por isso, não queria ter que ficar daquele jeito com o loiro.

Ele nem sequer olhou pra mim. Estava com fones de ouvidos e não demonstrou nenhuma reação quando eu entrei no carro. Nada mesmo. Nem sequer um suspiro ou algo assim. Ser ignorada por ele não era bom pra mim. Não agora que eu realmente estava acreditando nessa amizade e naquela coisa estranha que sempre me levava pra perto dele.

Mas apenas seguimos o caminho sem nenhuma parada. A prima de Trish, Grace, era incrivelmente positiva demais, parecia estar sempre de bom humor e percebi isso logo de cara quando a vi no colégio pela primeira vez. As duas tinham os cabelos parecidos: pretos e encaracolados. Embora o de Trish ainda seja bem mais.

– Mas são muitos ? - Grace perguntou depois de um tempo, quando eu finalmente estava prestando a atenção. Fechei o livro e tentei entender do que eles estavam falando.

– Só alguns colegas. - Dez respondeu por Trish.

– Ei, ruivo,ela perguntou pra mim. - Trish resmungou. - São todos legais, não se preocupe. Eles devem nos encontrar lá ainda hoje, se chegarem á tempo.

Com toda essa coisa de eu ir na viagem, esqueci totalmente de perguntar quem além de nós iria também.

– É muita gente ? - Perguntei, e Grace me olhou apreensiva. Ela parecia nervosa, provavelmente porque não conhecia ninguém dali.

– Não. Uns oito, eu acho. - Trish disse, normalmente.

Acontece que pra mim, era realmente muita gente qual eu nunca devo ter conversado. Manti minha mente focada na minha promessa de ser uma pessoa melhor. Porque é, isso é possível, se eu tentar. E eu estava cansada de ser tão invisível.

A próxima coisa qual eu prestei atenção foi quando Trish soltou um gritinho animado e o carro parou.

A casa era grande. Não fiquei com a mesma cara de boba de quando conheci a casa do Austin, até porque ainda não era tão enorme como a dele. Mas ainda era grande. Tinha um estilo rústico e o lado de fora era quase da mesma cor do que madeira. Por dentro, parecia até mesmo uma cabana daquelas nas montanhas, só que maior e mais espaçosa.

– Me dê sua mochila. - Trish falou. - Vou colocar no quarto aonde você vai dormir.

– Aliás, aonde é o quarto ? - Perguntei á ela.

– É o último á esquerda. Tem uma vista linda do campo - ela disse, sorrindo, mas de repente, sua expressão ficou mais tensa e cuidadosa - , e ah, são muitas pessoas que vão ficar aqui, então você terá que dividir o quarto.

Ela trincou os dentes, como se tivesse que falar algo desconfortável.

– Tudo bem. - Falei, porque não era uma crise ou algo assim. Eu só ia dividir o quarto com alguém. - Quem ?

Ela deu uma risadinha nervosa.

– Pois é, essa é a parte engraçada. - Franzi o cenho. - Você vai ter que dividir o quarto com Austin.

Acho que ela esperava que eu ficasse brava, imagino. Porque sua expressão não era das melhores e seus olhos estavam arregalados como se esperasse algo ruim.

Dei de ombros.

– Tudo bem.

– Sério ? - Trish perguntou, surpresa. - Achei que você iria surtar. Se bem que, na verdade, eu estou fazendo um favor á você ...

– Ah, é ?

– Sim, eu estou. - Ela disse, voltando ao seu jeito normal e convencido. - Vocês dois tem muito o que conversar, e eu sei que existe algo aí no meio. - Trish semicerrou os olhos.

– Você é muito metida. - Falei, rindo.

– Eu ? Metida ? - Ela provavelmente começaria a fazer um escândalo ali mesmo se Dez não tivesse voltado á sala dizendo que precisava de ajuda pra preparar algo pra comermos. - Depois a gente fala sobre isso. - Ela falou, como uma ameça real de que iríamos voltar naquele assunto.

Eu apenas ri enquanto puxava seu braço em direção á cozinha.

Não demorou muito para o resto do pessoal chegar. Era praticamente Dallas e sua turma. E fiquei contente comigo mesma por pelo menos me lembrar daqueles rostos de vista nos corredores.

Grace e eu tivemos que nos virar para preparar alguma coisa na cozinha. Estava todo mundo com fome e nós duas estávamos tentando preparar algo gostoso. Ela era melhor nisso do que eu. Sua família tinha uma receita de bolo de carne. Era no que eu estava a ajudando.

– Oi ? - Uma garota ruiva perguntou enquanto entrava na cozinha. - Se vocês quiserem, posso ajudar em alguma coisa.

– Claro. - Grace exclamou animada enquanto a falava o que pegar nas prateleiras. Pelo menos, o caseiro que trabalhava aqui havia feito compras um dia antes de ir embora e da gente chegar.

– A propósito, meu nome é Jullie. - Ela falou.

– Ally. - Disse.

– E eu sou a Grace.

– É um prazer conhecer vocês, garotas. - Jullie disse, e ela parecia ser simpática. - Agora, vamos apressar logo isso. Tem muita gente com fome na sala e um bando de adolescentes famintos não parece ser muito legal.

Grace sorriu, e de alguma maneira, nós três continuamos a preparar a comida enquanto ouvíamos os gritos vindos da sala.

( ... )

Depois de que já tínhamos todos jantado, eu decidi subir para o quarto. Eu estava cansada e com sono. E pelo o que parecia, eles ainda iam ficar um bom tempo na sala, e a maioria não estaria mais sóbrio.

Não estava frio, mesmo assim a cama estava coberta por um edredom grande, afinal, a cama era de casal.

Agarrei minha mochila, que estava jogada em um canto. Pensei que Trish a deixaria ali, e não simplesmente a atirar por aí. Peguei uma camiseta velha e uma calça de moletom. Depois, apenas me deitei na cama e me encolhi embaixo do edredom.

Estava pensando no meu pai, que provavelmente me esperaria quando eu voltasse da pequena viagem de feriado. Eu tinha fugido dele. Minha falta de respeito e o sarcasmo contido no pequeno bilhete que deixei para ele,foi engraçado quando o fiz, mas parecia pesar na minha consciência agora.

E ainda tinha o Austin.

Não que eu pensasse a cada segundo em tudo o que tinha lhe dito, - ou melhor, gritado. Não, de jeito nenhum eu ficava repassando cada palavra que foi jorrada da minha boca naquele maldito dia. Mas sim, eu pensava muito nisso.

Já deveria ter passado da meia-noite e logo ele viria dormir. Trish ainda tinha feito essa favor de nos deixar no mesmo quarto. Com uma única cama. Ri ao lembrar dela me falando disso. Não me opus, de qualquer jeito.

Ouvi risadas vindo da sala.

Continuei olhando para o teto e imaginando uma maneira de descrever as situações da minha vida como pequenas metáforas. Foi quando ouvi a maçaneta da porta. Ele tinha entrado. Os olhos no chão e a mão na cabeça, como se estivesse nervoso.

– Eu posso dormir no chão, se você quiser. - A voz estava baixa, quase como um murmúrio, e ele parecia cansado.

Balancei a cabeça.

– Não. - Disse rápido. Minha voz estava soando um pouco rouca. Limpei a garganta. - Não vou deixar você dormir no chão.

– Eu não me importo com isso.

Mais uma vez, me senti mal por ter falado todas aquelas coisas pra ele. Austin não parecia zangado, mas talvez eu preferisse que estivesse. Ele só estava me ignorando com muita perfeição. Me tratando como se eu fosse qualquer outra pessoa.

– Vem cá - pedi. Finalmente ele olhou diretamente pra mim. Seus olhos nunca estavam vazios, mas ele parecia se esforçar para se manter inexpressivo. Levantei um pouco as cobertas para que ele pudesse entrar.

Com um pouco de resistência, e ainda me encarando, ele se deitou na cama. Se virou para o teto, assim como eu estava antes, e então, passou a ignorar meu olhar sobre ele. Senti um nó na garganta.

– Está todo mundo sóbrio lá em baixo ? - Perguntei. Eu duvidava muito. Mas queria começar uma conversa, mesmo que não parecesse natural, levando em conta o fato dele não querer nem mesmo olhar pra mim.

– Não muito. - Respondeu, apenas.

– É tão calmo aqui - comentei -, você quase se perde no silêncio. - Isso era verdade,mas falei porque queria que ele ao menos olhasse pra mim. Mas isso não aconteceu. E pensando bem, não estava muito silencioso com as risadas vindas da sala de estar. Respirei fundo antes de começar a falar. Não queria parecer idiota, mas Austin estava do meu lado, de olhos abertos, me ouvindo, mas preferia ficar em silêncio, me ignorando. E eu não aguentava mais isso. Meus instintos naturais já estavam fazendo com que eu ficasse brava, naturalmente,é o que aconteceria. Mas eu também estava errada. - Olha, eu sei que eu sou uma idiota, e que faço tudo errado, mas me desculpa, tá legal ? Você pode simplesmente ficar bravo comigo, mas não me ignora assim. Por favor. Só ... Eu sinto muito por ser assim.

Naquele momento, eu podia dizer que estava oficialmente brava com essa situação. Me virei para o canto e fechei meus olhos com força. Eu sei que não iria dormir, mas agora eu não me sentia culpada o bastante pra ficar pedindo desculpas. Eu não estava assim tão errada.

Perdão não é amnésia. Não há borracha para palavras ditas. Não se passa corretivo em gestos.– Austin disse. - Li isso em algum lugar uma vez. E eu não estou bravo com você. - Ao julgar pelo seu tom de voz, estava sorrindo.

Me virei na cama de novo, ficando de frente pra ele. Legal, agora ele me olhava.

– O que quer dizer com isso ? - Perguntei. - Que não estava bravo comigo mas que achou legal ficar me ignorando ? Que foi divertido ? Você é um idiota, sabia ?

Ele riu.

– Não foi divertido,nem legal. Eu odeio ficar sem falar com você. - Falou. - Mas já parou pra pensar no por que você se sentiu assim ? - Eu sabia como tinha me sentido. Os últimos dias foram incrivelmente chatos e sem graça. Porque minha vida nunca foi exatamente um mar de rosas, mas ele me fazia sorrir desde o primeiro dia em que falou comigo. Talvez eu tenha sentido falta de rir. Eu só não sabia exatamente o por quê. - Você pode estar certa em uma parte do que me disse. Mas eu acho que por um lado, eu queria saber como você se sentiria com isso.

Me virei de volta para o outro canto. Isso não era justo comigo. Ele não podia me fazer sentir especial e depois agir como se eu não existisse. Eu não deveria ter gritado com ele, eu não deveria ser tão estúpida,mas isso não era justo comigo.

– Qual o problema agora ? - Austin perguntou. Senti sua mão na minha cintura e dei um tapa nela.

Me apoiei nos cotovelos para sentar na cama, me virar para ele.

– Tudo bem. Isso não foi legal da sua parte. - Falei. - E nem um pouco justo comigo também.

– E você acha que foi comigo ? - Perguntou. Não estava mais rindo, mas sua voz estava leve e descontraída.

– Não,claro que não. - Falei. - Eu só ... Eu não sei exatamente o que aconteceu comigo, mas eu senti sua falta. A única pessoa com quem eu realmente converso sobre qualquer coisa é você. Eu tenho a Trish, e eu gosto dela, mas você não podia ter feito isso comigo simplesmente porque ... Porque é você.

Enquanto falava, percebi o quão egoísta soava. Mas se eu for pensar mesmo nos motivos, nem saberia quais são eles. Eu só me sentia assim. E eu nunca fui altruísta, de qualquer jeito.

Austin sorriu.

– Você não vai se livrar de mim tão fácil assim. - Ele disse.

Retribuí o sorriso. Eu podia contar com ele, e agora eu sabia disso. Já sabia antes, mas era bom eu finalmente poder admitir isso pra mim mesma. Talvez eu não estivesse mais tão sozinha assim. E talvez eu gostasse disso. Entre mil e uma coisas, talvez eu pudesse achar meu pequeno canto de paz nele. E ali, eu estava sentindo mais eu mesma do que em qualquer outro momento da minha vida. E eu não mudaria nada naquilo.


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Notas finais do capítulo

Então, deve ter ficado uma merdinha. Sinceramente, eu preferiria escrever de novo e demorar mais pra postar, mas eu só ia poder entrar aqui agora. Mesmo assim, espero que tenham - pelo menos - curtido. Se quiserem me matar, falar que não ficou bom ou só me xingar, fiquem á vontade. Comentem nem que seja pra gritar comigo. Eu amo vocês :33 Até mais pessoas divas *-*

XOXO