What Is Love ? escrita por Beija Flor


Capítulo 24
Meu pequeno ato de rebeldia.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeey *---* Nem estou demorando muito, viram ? Ainda não é meu maior recorde mas o importante é que eu já estou de volta :) Bem, esse é o capítulo antes do início da viagem e eu não sei se ficou exatamente bom, mas até que eu gostei. AH, NÃO FALEI PRA VOCÊS AQUI DE TFIOS ! JKHGJKHGJKHG Tá, eu sei que quase todo mundo já viu mas eu ainda estou alegre demais sobre isso. CHOREI LITROS , CHORO SÓ DE LEMBRAR. Enfim, era isso. Tipo, não, tem muito mais. Mas tá, é, eu não vou nem me empolgar tanto aqui se não eu não paro de falar ... Espero que gostem :D



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"Estou sempre precisando de consolo, costumo me sentir fraca e com frequência deixo de atender às minhas expectativas. Sei disso, e todos os dias resolvo ser melhor."

— O Diário de Anne Frank.

Pov. Austin

– Viajar ? Hoje ? - Minha mãe perguntou enquanto eu falava da Viagem de Feriado pra ela.

Ela parecia um pouco surpresa por eu contar isso em cima da hora. Tipo, a viagem seria em poucas horas e ela só ficou sabendo agora.

– Algum problema ? - Perguntei, sem a olhá-la. Meu humor não estava dos melhores. Eu ainda estava pensando que talvez, eu fosse um grande idiota e estivesse errado o tempo todo. Digo, em relação á Ally.

Mas Dez riu de mim ontem falando que eu parecia uma garota. Eu não estava assim por nada. E eu também não estava bravo. Eu queria saber mais sobre ela, mas parece que a garota com os olhos arregalados e cabelos castanhos não está pronta o bastante para abaixar os muros.

– Na verdade, sim, é um problema. - Mimi falou se levantando do sofá como se fosse me dar uma bronca, mas não, ela não parecia zangada. - Você deveria ter dito antes. Poderia ter falado com seu pai, afinal, no sábado ...

– O que tem no sábado ?

Ela limpou a garganta.

– Tínhamos um jantar importante na casa de um sócio do seu pai, e Jimmy estaria lá com sua esposa e sua filha ... - Kira. Kira e seu nariz quebrado. Ri por um instante me lembrando daquilo. - Seu pai falou que nós três iríamos.

Bufei. Levantei do sofá também simplesmente porque eu estava cansado disso. Acho que no final das contas, meu pai sempre quis que eu ficasse com a Kira por questões de negócios. O que é muito estúpido. E ela nunca seria a garota que eu quero.

– Entendi. Ele falou que todos nós iríamos sem ao menos me consultar ?

– Você sabe como o seu pai é.

– Não, eu não sei. - Revirei os olhos. - Isso é uma merda. Ele quer que a gente vá em um jantar ridículo pra mostrar como somos uma família feliz sendo que isso não é verdade ?

Minha mãe abaixou a cabeça.

– Não fale assim. - Ela murmurou. - Você detesta tanto assim a sua vida ?

Não, eu não detestava a minha vida. Detestava o fato de Mike agir como se o trabalho fosse a sua família e o quanto ele era frio. Mesmo assim, eu deveria ficar feliz por ainda ter tantas coisas e blá blá blá. Não que isso fosse irrelevante pra mim, de verdade, eu era grato por isso.

– Não. Eu não detesto minha vida. - Suspirei. - Só não acho isso certo. Se ele quer brincar de família por que não chama o Henry ?

Eu não podia me controlar. Aquele era o primeiro nome que vinha á minha cabeça. Meu irmão mais velho que eu não via a quase 1 ano. Filho do primeiro casamento do meu pai que foi tão ruim quanto o atual está sendo. Nunca vou entender por que minha mãe não fugiu como a de Henry. Ela deve amar meu pai, acima de tudo. Não vejo outro motivo pra ela continuar aqui.

– Henry mora na Inglaterra agora.

Isso não é surpresa, ele praticamente muda de casa todo mês.

– Inglaterra ? Emma está com ele lá ? - Perguntei.

– Provavelmente.

Sempre achei que Emma e Henry se davam bem pelo o nível de QI dos dois ser bem alto. Mas Emma pode ser bem teimosa quando quer, o que era bem irritante. De qualquer maneira, se ela podia manipular meu pai, devia fazer o mesmo com nosso irmão, já que ele era praticamente Mike uns anos mais novo.

Por isso ele era mais indicado ao papel de Filho Perfeito do que eu. Meu pai o manipulava desde pequeno. Emma manipulava meu pai. E eu, simplesmente nunca fiz nada e nunca fui controlado por ele como se fosse uma máquina.

– Bom, acho que vocês vão sozinhos. - Falei virando as costas. - Porque eu não vou deixar de ir numa viagem com meus amigos por causa dos negócios inúteis do Mike.

– Austin - ela chamou. Mas eu já havia começado a subir as escadas. Ainda tinha muita coisa pra arrumar e Dez disse que passaria aqui pra me buscar.

Sabia que minha mãe ficaria chateada com isso. Ela se esforçava todos os dias para nos manter estáveis. E nunca entendi como ela conseguia ficar sã nessa situação exaustante em que estávamos vivendo. Mas a admiro por isso.

Mesmo assim, eu queria um tempo pra mim. Sem estar preso naquela casa. Bati a porta do meu quarto deixando as palavras de Mimi lá em baixo e apenas ouvindo as minhas próprias.

Meu pequeno ato de rebeldia.

Pov. Ally

Acho que eu não iria me acostumar com esse novo lugar tão cedo. O apartamento em que eu estava morando com minha irmã e meu pai não era grande, e nem pequeno. Eu tinha meu próprio quarto, que fazia eu me sentir estranhamente mais confortável do que quando eu morava na mesma casa de Kira.

Eu odiava aquele lugar. Mas não posso me dar ao luxo de odiar esse. O quarto era todo preto e branco e decorado com vários pôsteres de bandas cujo Lindsay gostava. Não iria tirá-los dali apenas por birra. Até porque as bandas eram realmente boas. E também porque eu estava começando a aceitar o conselho da minha mãe.

"Seja agradável com eles e então não será algo tão ruim." ela disse no telefone ontem á noite. "Ah, se lembra daquele caderno que lhe dei logo que nos mudamos pra casa da família Starr ? Poderia usá-lo para desabafar, escrever seus pensamentos ... Vi em um programa de televisão o quanto isso faz bem."

Eu apenas ri do seu comentário porque era a sua cara deixar ser influenciada por um programa qualquer que viu na T.V. Mas eu não ia usar aquele caderno pra isso. Na verdade, a ideia parecia ridículo. Eu não ia começar a escrever um diário simplesmente por estar passando por uma situação desagradável. Mas eu já havia escritos letras paralelas de possíveis músicas ali. E aquilo sim era uma boa maneira de relaxar.

Sem contar o fato de que eu estava extremamente brava comigo mesma por eu me sentir tão mal em ter dito todas aquelas coisas para o Austin. Ele me ignorou ontem o dia inteiro. Deveria estar bravo.

Quando todas aquelas coisas saíram da minha boca, não imaginei que pudesse contestar elas em algum momento, me sentir culpada ou mal. Não imaginei que sentiria falta do loiro me incomodando o dia todo.

Ouvi murmúrios no corredor, próximo ao meu quarto. Antes de abrir a porta, escondi a mochila que estava arrumando para levar na viagem em baixo da cama. É, eu estava planejando algum tipo de fuga,mas ainda não sabia se iria mesmo sem avisá-los.

Lester sorriu atordoado quando me viu, encostada na parede do lado da porta, aparentemente calma e tentando escutar o que eles estavam dizendo.

– Filha - ele disse, parecendo feliz - já íamos mesmo lhe chamar.

Meu pai parecia mais novo. Não notei isso quando o vi de novo porque estava zangada. Mas ali estava ele, parecendo melhor do que nunca sem estar bêbado ou xingando todos ao seu redor por não ter consciência dos seus atos. Mas ele parecia melhor, mais bem vestido e com um olhar não mais desolado.

– É, a gente ia. - Lindsay disse com os braços cruzados sobre a barriga. Ela estava usando uma roupa bonita, com uma blusa justa roxa, saia preta colado á suas pernas e uma jaqueta de couro também preta. O cabelo estava preso pra trás e sua maquiagem estava um pouco exagerada, apesar de bonita. Usava um salto alto que eu imaginei ser extremamente apertado e desconfortável.

– Aconteceu alguma coisa ? - Perguntei, com a voz baixa e as palavras de Penny na cabeça.

– Não. - Lindsay respondeu rápido. - Mas o nosso querido papai queria ter uma conversa muito legal com você. - Suas palavras indicavam raiva e ironia, e o sorriso forçado em seu rosto também.

Ela nunca foi muito paciente. Nem eu.

– Nós gostaríamos de conversar com você, Ally. - Meu pai consertou.

Lindsay revirou os olhos.

– Ah, por favor, não pode cuidar disso sozinho ? - Lindsay indagou. - Eu realmente tenho planos para o almoço e não posso me atrasar.

Imaginei que ela fosse sair com Jake. Lindsay nos deu as costas caminhando em direção á sala e meu pai indicou para nós a seguirmos.

Ela cruzou os braços de novo enquanto meu pai se sentava no sofá e nós duas ficávamos de pé, eu a sua frente e ela ao seu lado.

– Não vai sentar ? - Lester perguntou. Fiz que não com a cabeça. Aquilo estava muito estranho, além de ser formal demais para os dois. Minha irmã parecia impaciente batendo seu salto no chão e meu pai, confuso.

– Sem drama. - Lindsay disse se dirigindo a ele. - Você deveria ter ensaiado mais pra isso.

Foi a minha vez de cruzar os braços e ficar impaciente. Nunca se sabe o que esperar deles. E nunca, nunca mesmo, era uma coisa boa.

– Não é tão fácil assim. - Lester disse. - Você mesma ficou brava, Lindsay. O que eu posso esperar da sua irmã ?

– Podem parar de falar como se eu não estivesse aqui ? - Pedi. O tom hostil e arrogante de sempre.

– Tudo bem, é o seguinte: Lester arrumou uma otária que dá dinheiro pra ele e agora eles vão se casar. Fim.

Franzi a testa. Lester ia se casar ? De novo ? De verdade ? Parece que como sempre, eu era a última a saber das coisas. Não conhecia sua futura esposa e o jeito como Lindsay falou não parecia nem um pouco bom. Ele ia se casar por causa de dinheiro.

– Lindsay! - Lester a repreendeu. - A história não é exatamente assim, não tem nada a ver com dinheiro, Ally. Sua irmã não consegue entender isso.

Claro que tinha a ver com dinheiro. Isso explicaria o carro, o apartamento, a rápido decisão de vir morar também em Miami. Isso explica tudo.

– Angela é uma ótima pessoa, mas muito boba por estar realmente acreditando nas coisas que você fala. - Lindsay resmunga para o meu pai.

Angela. Essa era a mulher que os ouvi falando naquele outro dia.

– As coisas não funcionam assim. - Lester falou.

– É claro que funcionam - comecei - , nem sei se eu podia esperar outra coisa de você.

Dei as costas aos dois e segui para o meu quarto. Só posso lamentar por essa tal de Angela. Mas pelo menos eu já sabia o que fazer em relação á viagem.

Aquela ia ser a minha viagem. Tinha um lado meu que estava extremamente cansado de ser tão sozinha e anti-social. Não que eu pudesse mudar isso de um dia pra outro mas eu podia me esforçar. Me esforçar para ouvir a minha própria voz. Aquela que dizia exatamente tudo o que eu queria de verdade. Não aquele eco vazio que me alertava que tudo tinha um perigo. Mas sim, tudo tem, as vezes só precisamos nos arriscar.

E ali, sozinha no meu novo quarto, eu fiz uma promessa baixa e silenciosa de que iria me esforçar para ser melhor.

( ... )

Já estava quase na hora da viagem. Dez passaria aqui junto com Trish e a prima dela, e iríamos juntos. Tinha quase certeza de que Austin estaria junto, mas é claro que Trish não disse nada.

Lindsay ainda não tinha voltado do seu almoço com Jake. Lester tinha saído á pouco mais de 1 hora e não me disse para onde tinha ido. E bem, eu também não fazia questão de saber.

Saí do quarto com a mochila nas costas. Tudo o que eu precisava para apenas alguns dias fora estava ali dentro.

Coloquei a mão na maçaneta da porta, mas então, pensei que talvez, seria uma boa ideia deixar apenas um bilhete pra eles.

Dei uma risadinha amarga. Iria fazer isso por pura idiotice minha mesmo. Peguei uma agenda que estava em cima da mesa e arranquei uma de suas folhas. Também peguei uma caneta que estava em cima da agenda e escrevi o tal bilhete:

Fui dar uma volta. Retorno em alguns dias.

– Ally D.

Deixei o papel em cima da bancada na cozinha e finalmente, saí do apartamento.

Meu pequeno ato de rebeldia.


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Notas finais do capítulo

YAAAAAAAY! THE GIF IS BACK *-* JKHGJKHGJKHG Tecnicamente, não por muito tempo porque as vezes eu escrevo correndo e não posso colocar por falta de tempo. Mas tá, pelo menos hoje tá aí, e também temos a frase de cima de O Diário de Anne Frank, que, simplesmente me deu vontade de colocar e também achei que fosse combinar um pouco. Espero que vocês tenham gostado e GENTE, tenho tanta coisa pra escrever sobre essa viagem e que eu estou tão ansiosa ... Mas é que, nunca se sabe quando eu vou poder escrever e postar, e tals. Só não me matem. Eu faço o meu melhor. E VAMOS LÁ PESSOAL, VAMOS COMENTAR, ME DEIXAR FELIZ, CONVERSAR, SEI LÁ, ME ANIMEM :D Mil beijos e Até