A Seleção-Interativa escrita por Alice Zahyr


Capítulo 26
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oi oi MEUS lindos!Devo admitir que quase pus a fic em Hiatus porque essa semana foi tão tristinha pra mim :/ mas minha best lindona me apoiou muito e resolvi escrever ("ou você escreve, ou acho teu endereço e te mato") kkkk Dêem uma alegrada na minha sexta xD



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– AI! - gritei, me abanando com o papel da escrivaninha e colocando o papel que acabara de ler entre os outros, para escondê-lo da visão de Jason.

"Não o subestime". Mas a voz de Samantha ecoando na minha cabeça... Bem, não ajudava.

Jason arregalou os olhos, surpreso, e correu para o meu alcance, se abaixando e me pegando no colo enquanto eu observava se a toalha não descia. Rapidamente me colocou na cama, e uma vez que eu estava aparentemente bem, Jason se apoiou na escrivaninha e piscou os olhos devagar.

Ops.

– O que estava fazendo? - ele perguntou, sério.

– Nada. - eu disse. - Quer dizer, desculpe. Eu quis...

Jason passou a mão nos cabelos, visivelmente... triste?

– Não acho que é a melhor forma de fugir daqui. - ele disse, com a cabeça abaixada.

– Eu não queria fugir! - exclamei em minha defesa. Jason ergueu a cabeça com a sobrancelha erguida, definitivamente surpreso. O que ele achava? Que eu fugiria assim, do nada, depois de ser beijada e vigiada por sete dias por alguém que eu mal conhecia?

Errado.

– Você significa demais para que eu simplesmente vá embora. - as palavras fugiram da minha boca, e eu me senti uma verdadeiro idiota por estar flertando com Jason outra vez sem meu próprio consentimento. Acontece que naquele momento, eu já tinha certeza de que todo o meu controle havia escapado das minhas mãos no momento em que Jason chegou perto da beirada da cama e...

Me beijou na testa?

Jason me deu um sorriso melancólico e se afastou aos poucos, mas eu não entendia. Não que eu quisesse levar algo adiante, mal sabia nada sobre ele. Só que, naqueles poucos dias com Jason, eu comecei a sentir que talvez não precisasse saber nada sobre ele, que talvez apenas um sentimento fosse o bastante para que eu pudesse ficar com ele sem culpa ou medo do amanhã. Conseguia pensar em Maxon, e até mesmo em Aspen, mas na verdade o único motivo que eu tinha para temer era que, mesmo pensando em Maxon, não conseguia sentir nada, além de raiva por não poder ter conhecido Jason algum tempo atrás. Mas, bem, se eu tivesse conhecido antes, eu teria dado uma chance á ele?

– Não. - eu segurei as mãos de Jason, e ele se virou. - Não tem que ser assim.

– Como quer que seja,então? - ele perguntou, e naquele momento eu pude vê-lo sair duma caixa e se entregar á vulnerabilidade sem hesitar. - America, - ele olhou para mim, com olhos que marejavam cada vez mais tristes - não dá, não tem como ser do jeito que você quer.

– Então pode ser do seu jeito. - eu pedi, abraçando Jason com toda a força que pude.

Jason olhou para mim hesitante, mas eu o puxei. Ele deitou-se na cama, em cima de meu corpo, e afastou minha perna para o lado. Eu passei a mão por seus cabelos negros e olhei no fundo de seus olhos, perdendo completamente a consciência naquele azul-mar. Jason beijou meu pescoço, depois meu rosto, e então meus lábios.

Ah, não,não,não. Eu já não conseguia pensar em nada, exceto no fato de que se ele não recuasse, eu não o faria. Seu beijo era doce e eletrizante ao mesmo tempo, intenso como saltar de para-quedas e calmo como dançar uma valsa lenta. Trilhei os dedos por suas costas, sentindo meu coração bater tão rápido que mal conseguia controlar a respiração, enquanto Jason acariciava meus cabelos e me beijava com mais intensidade. Pensei, por um momento, que não teria forças para pará-lo, até que ele desceu a mão para minha coxa e a entrelaçou em sua perna.

É agora, pensei.

– Mas esse nunca foi o meu jeito. - Jason disse, e interrompeu seus beijos. Ele olhou para mim sem uma expressão ao certo, enquanto eu tentava entender se aquilo era um fora ou uma tentativa masoquista de cavalheirismo.

Jason ainda estava com a toalha bem presa á cintura, mas não conseguiu esconder o fato de que havia vivido aquilo tanto quanto eu. Ele suava e respirava fundo dificilmente, e eu tentava não demonstrar como me sentia.

Meio rejeitada, meio magoada. Ele não me... amava?

– Tudo bem. Podemos esquecer, certo? - repeti para ele o que me dissera quando me beijou pela primeira vez, colocando toda a raiva que pude em minha voz. Mas isso pareceu não o atingir, pois ele apenas sorriu com certa melancolia e disse:

– Só quero que saiba que, se for pra ser verdadeiro, que seja da forma mais certa possível. Não deveria querer me beijar só porque isso te faz fugir da realidade.

Droga! Por que ele tinha que agir daquele jeito? Isso complicava tanta coisa...

Mas eu o havia magoado, droga, e precisava dizer o que realmente sentia. Não poderia perder a única pessoa que se importou comigo mais que tudo por simples orgulho. Por isso, desci da cama, com dificuldade, me apoiei num pé e me aproximei dele.

– Desculpe. - eu disse, sentindo meus olhos lacrimejarem. - Eu quero você. Mas não sei lidar com isso.

Na hora em que disse isso, senti meu corpo desequilibrar e cedi á dor, porém Jason apoiou meu corpo no seu, passando a mão por minha cintura e colocando a cabeça ao lado da minha.

– America, eu sei o que sente, mas essa é a diferença. Você me quer porque gosta de me beijar. Já eu... Eu realmente acho... que estou me apaixonando. Por você.


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Notas finais do capítulo

Poisé, meus lindinhos, é isso, espero ficar melhor ao ler os coments de vocês, mesmo sabendo que já revoltei muitos kk' :x