A Seleção-Interativa escrita por Alice Zahyr


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hey,guys! Como estão os meus leitores?? ><
Sei que demorei um pouquinhoooo pra postar, kkk, mas é que estou em semana de prova e não dá pra vacilar, né? Vou tentar postar todos os dias, porém se eu não postar, podem esperar porque toda quarta e sexta tem capítulo garantido!
Gostaria de boas vindas aos meus novos leitores!! Mary B e Nath, sejam bem-vindas, espero que acompanhem a fic :}
Sem mais, vamos ler! ♥



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- O que você quer? - ele perguntou.

- Ora, sair daqui. - pedi, levantando o cenho. - Não é óbvio?

- Há! - ele riu. - Acha que pode tomar as decisões por aqui, senhorita?

Eu olhei para e levantei uma sobrancelha. 

- Então vou ficar nessa cama parasempre, senhor? - perguntei, estressada. Eu já estava realmente farta de ficar presa ali, naquela jaula.

Jaula... Aquilo me fez voltar para a primeira noite no castelo. Há - eu ri de mim mesma - se eu soubesse que iria parar na Base Sul, jamais teria dito aquilo do palácio. 

Ele me olhou por alguns segundos, procurando decifrar algo nos meus olhos e no que eu dizia.

- Tudo bem. - ele cedeu. - Mas só porque isso não implica muita coisa. 

Eu sorri, aliviada. Parecia que podíamos ser amigos? Jason não tinha nada de mau. E isso era até engraçado - seu corpo dizia o contrário, sua postura, sua voz. Tudo nele indicava que era um jovem pronto para matar quem precisasse, mas era como se aqueles músculos todos não significassem nada, pra ser sincera. Quando eu olhava para ele, via tudo, menos um sulista. E mesmo que ele trabalhasse para os tais de "chefe" e invadisse o castelo de vez em quando, eu me perguntava se ele já havia feito algo como os outros - os que pegaram Lucy (e algo mais), e ainda que tal ideia devesse explodir meus nervos de raiva e vingança, simplesmente essa soava ridícula demais para ser verdade, e eu logo me sentia cética e fraca.

Cética porque não acreditava que Jason podia ser mau. Não mau de verdade, como os sulistas dos quais ouvi falar. E ele já tinha me explicado isso - havia uma subdivisão mercenária. Homens gigantes e cruéis que faziam qualquer coisa por dinheiro. Eu me perguntava se Jason os conhecia e se trabalhava com ou como eles ou se Jason não os conhecia, e nem aprovava o que faziam

Fraca porque odiava o fato de não conseguir odiar Jason. Ele não era um sulista? Será que não me era o bastante para odiá-lo? Por que eu não conseguia sentir raiva dele e também não conseguia enxergar raiva nele? Era como se fôssemos máscaras. Aposto que ele conhecia meu lado rebelde mas duvidava de que eu pudesse ser realmente uma America princesa, ao lado de Maxon. E sei que ele também devia se perguntar o que eu achava dele, embora eu soubesse que ele sabia o que eu achava. As coisas só se complicavam entre mim e Jason, uma espécie de sulista, só que não tão sulista.

- O que pretende fazer? - ele perguntou, olhando para as paredes. - Você ainda é nossa.

- Eu sei - disse, me levantando - obrigada por me lembrar.

- Você não tem medo,não é? 

- Como? - olhei para ele.

- Você age como se estivesse tudo bem. - Jason falou, parecendo confuso. - Como se não fôssemos uma ameaça. É quase como se você...

- Tudo bem, ok? - eu o interrompi, com medo de que ele acabasse descobrindo meus planos. Portanto tratei de encenar da melhor forma que pude. Me levantei e me aproximei dele, fingindo cautela e tremendo um pouco os pés. - Eu tenho medo. Só que vocês não precisam saber. Vocês sabem que são uma ameaça. E eu sei que posso morrer aqui. Só quero me manter viva.

Ele semicerrou os olhos e suspirou.

- Mulheres. - disse. - Sempre complicadas.

Deixei escapar um meio sorriso.

- Não é tão fácil para mim como parece, Jason. - fui honesta. Sabia que a sinceridade era uma boa forma de jogar. Eu não queria parecer esperta demais para eles. - Eu quero ir embora. 

- Você... quer? - Jason perguntou, parecendo... decepcionado. Surpreso. 

- Vocês me trouxeram para cá por algum motivo, não foi?  Qual é? - pedi que ele respondesse, ansiosa. 

Mas ele balançou a cabeça.

- Só obedeço ordens. - ele se afastou.

Eu não sabia se podia ir mais longe, talvez aquele fosse meu limite. E não hora de quebrá-lo.

- De qualquer forma, - eu disse - obrigada.

- Pelo quê? Por te sequestrar? - Jason falou, com desdém.

- Não sabia que vocês tinham humor. - eu provoquei. 

Jason se aproximou de mim e cruzou os braços, esperando uma resposta. 

- Você não me matou. Obrigada por isso. - disse, com um pouco de medo da piada soar suja.

Mas ele riu.

- Falando assim até me sinto mau. 

- Você não é mau. - as palavras pularam da minha boca. Quando vi, senti meu rosto queimar. Não flerte com ele, idiota. Aquilo tinha soado estranho. Por Deus, como eu era burra.

- Eu sei, - ele falou, dando me ombros. - Mas ainda posso ser.

Dei um passo para trás. 

- O que? 

- Calma, America! - ele pediu, levantando as mãos. - Se eu quisesse te matar, já teria matado antes. Não seja burra.

Eu suspirei. Jason estava decidido a brincar comigo.

- Quis dizer que posso ser mau. Não com você. Mas em quebrar as regras.

- Está dizendo que vai me ajudar? - perguntei, curiosa.

- Não. Jamais ajudaria uma selecionada. - ele respondeu com sarcasmo. -  Mas isso não me impede de ajudar a America. Apenas America.

Eu virei o rosto, tentando entendê-lo. Jason saiu do quarto antes que eu pudesse impedir e voltou com uma roupa preta nas mãos.

- Pegue. - ele me entregou. - Vista, rápido.

Ele foi para a porta e se virou, deixando-me sozinha para trocar de roupa. Pus a roupa, e então percebi. Jason havia me entregado uma farda e máscara... A roupa que eles usavam. 

- Escute, - ele falou - tem que prometer fazer tudo o que eu mandar.

Eu não sabia o que isso significava, mas o que poderia dizer?

- Tudo bem. - concordei.

Jason olhou para os lados, certificando-se de que ninguém nos veria conversando.

- Não dirija-se a ninguém. Não olhe, fale ou chame a atenção de ninguém, principalmente se encontrar um recruta, Alec. - Jason segurou meus braços, enfatizando o que iria dizer. - O que estou fazendo é expressamente proibido. Mas... - ele apontou para seu bordão. "Sargento" . Caramba, pensei, quem era aquele cara?  - Posso usufruir de alguns poderes que possuo. 

Ele sorriu, malicioso, e eu comecei a achar que aquilo poderia ser divertido. 

- Aja como se fosse daqui. - ele recomendou. - Se for durona, melhor ainda.

Eu assenti com a cabeça, ansiosa pela ideia de me camuflar entre os sulistas.

Então saímos do quarto, Jason na frente e eu atrás. Estava completamente mascarada, e meu bordão falso dizia "Chefe de Inteligência". Eu não sabia o que aquilo significava para mim, mas quando saímos da Área Restrita logo soube. Status. 

Enquanto andávamos entre os sulistas recrutas, pude perceber que todos os olhares voltavam-se para mim e Jason mantinha um sorriso nos lábios. Se aquela era sua forma de me esconder, devo admitir que ele fez exatamente o contrário. Apesar de me sentir camuflada por completo, ainda tive medo de estar entre tantos sulistas me passando por um deles. 

Jason me levou para fora da base, onde pude sentir o cheiro da mata e ver a floresta. Já era de noite. Ainda não sabia onde ele estava me levando, até que vi um ginásio um pouco ao longe. 

- Confie em mim. - ele pediu.

E, de repente, percebi o que realmente estava acontecendo. Eu ganhara Jason acidentalmente. E logo me vi entregue aos seus mistérios, tendo como garantia de vida apenas a confiança.

A confiança que eu teria de ter nele. 


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Notas finais do capítulo

*___________* Precisa dizer que amo comentários?? Hahaha, então o que acharam?? Se amaram ou se adiaram, ordeno que comentem. ^^ :P beijos seus lindos, vejo vocês amanhã ♥