Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 37
29. Intervenção e Separação


Notas iniciais do capítulo

Oh, o último! *segura as lágrimas*
Muito obrigada a todos vocês que acompanharam esta história, mesmo com todos os meus atrasos. :x
Agradeço imenso pelas reviews, que sempre me enchiam de alegria e motivação.
Muito obrigada mesmo! Vocês são f***s! q
Agora, enjoy. ♥33~



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O próprio céu se tornara tempestuoso diante da fúria de Nadia. Raios caíam do céu com estrondos terríveis; o Sol, que antes brilhava fortemente, agora se encontrava escondido atrás de nuvens carregadas.

- Você pediram por isso! – Nadia esbravejou, com uma voz que ecoava como um estrondo de trovão. – Não me importo de ter que tirar o colar das suas cinzas!

Bill estava de queixo caído. – Lee-chan, acha que pode deter a magia dela agora?

- Não mesmo. – respondeu a Sheep, igualmente abismada.

- Kurt, socorro! – até mesmo Vicky estava tremendo da cabeça aos pés.

Nadia juntou toda a sua energia e brandou: - Quarto Vento do Apocalipse!

Essas palavras desencadearam uma verdadeira fúria da natureza. Ventos fortíssimos castigavam o grupo enquanto uma chuva de granizos do tamanho de uma bola de tênis caía incessantemente. Mas a pior parte eram os raios. Vários deles partiam do céu e explodiam na terra, muito próximos do grupo.

- Socorro, o céu está caindo! – gritou New.

- Ashlee! Me ajude a criar um escudo mágico! – gritou Kurt.

- Mas Sam-sensei e a Amy ainda estão longe demais! – respondeu ela.

Amy ainda estava paralisada, e se Sam não estivesse carregando-a, um raio a teria matado. Sam tentava trazê-la para perto do restante do grupo, mas os ventos estavam muito fortes e os raios caíam cada vez mais perto.

- Me deixe! – Amy gritou. – Você não vai conseguir se me levar com você!

- Claro que não! – ele respondeu num tom irritado. – Com quem é que eu vou discutir quando as coisas ficarem chatas?

No fim ele conseguiu, com muito esforço. Assim que os dois se juntaram ao grupo, sem perder mais tempo, Kurt e Ashlee formaram a barreira mágica.

Estar dentro de uma barreira calma e silenciosa enquanto o mundo ao seu redor parecia estar um caos total foi uma experiência interessante. Era como se eles estivessem dentro de uma bola de vidro blindado no meio de um furacão. O interior da barreira era tão aconchegante, que mesmo estando ensopados da cabeça aos pés, ainda sentiam um calor suave à sua volta. Mas eles estavam longe de se sentirem relaxados.

Então os raios voltaram. Dessa vez, eles se concentravam sobre a barreira, explodindo com um barulho ensurdecedor, até que pequenas rachaduras iam surgindo.

- Não... Vamos resistir... Por muito tempo! – disse Kurt, que apesar de ofegante e exausto, ainda tentava manter a barreira no lugar.

- Nós vamos morrer! – disse Katy, que finalmente tinha perdido as esperanças.

As rachaduras foram aumentando, até atingirem toda a superfície da barreira. Então esta se quebrou.

- Eclipse, você está bem? Parece preocupada. – perguntou um Harlequin, pousando a mão no ombro da morena. Seus trajes eram em tons de verde, amarelo e laranja. Ele também usava uma maquiagem de palhaço e uma máscara púrpura que cobria seus olhos e escondia sua identidade. Estava equilibrado sobre uma bola grande (como aquelas de circo) amarela e com listras roxas. Parecia que esse era o único meio de locomoção dele.

- Não. Está tudo bem, Joker... – Eclipse mentiu, pois na verdade se sentia muito tonta. – Porém, sinto uma grande perturbação na linha do tempo...

- Você e sua bendita linha do tempo! – Joker chiou. – Por que não faz como os outros imortais e larga esses humanos pra lá?

- Ser uma imortal é muito mais do que fazer o que bem desejar por toda a eternidade! Essa é uma lição que você ainda precisa aprender, Joker.

Ele apenas mostrou a língua pra ela. – Você é uma chata, sabia? Anote o que estou lhe dizendo: um dia irei descer para a terra, e causarei tanta confusão que seus olhos irão girar! – ele deu uma longa gargalhada e se foi, equilibrando-se na bola.

- Cuidado com o que deseja Joker... Pode acabar se tornando realidade. – disse Eclipse num murmúrio, com uma expressão séria nos olhos.

Nadia havia voltado ao seu normal, pousando no chão com graciosidade. Estava ofegante, porém via-se um ar triunfante em seu olhar. Todos os seus adversários estavam caídos no chão. Se não estavam mortos, estavam pelo menos seriamente feridos.

- Foi... Uma boa luta... – disse Nadia, tentando recuperar o fôlego. – Mas eu não podia deixá-los vivos.

Ela se aproximou do corpo imóvel de Vicky, que mantinha o colar seguro em uma das mãos enquanto segurava a mão de Kurt com a outra.

- Finalmente! A chave para o poder supremo... Será... Minha!

Nesse momento, uma flecha de luz passou raspando pelo seu rosto. Enquanto Nadia, olhando de um lado para o outro, procurava a origem da flecha, uma pessoa saiu das sombras e ela viu a última pessoa que gostaria de ver naquele momento.

- Robin... Que hora para uma visita! – comentou ela, começando a ficar tensa.

Robin ajeitou o chapéu. – Olá, Nadia. Eu acabei perdendo o meu colar... Você o viu?

Inconscientemente, Nadia olhou para o colar na mão de Vicky. Percebendo o olhar dela, Robin foi mais rápido que um raio e já se encontrava com o colar em mãos.

- Muito obrigado! – agradeceu ele, com um sorrisinho.

Nadia, enfurecida, estalou os dedos. Porém, Robin apenas riu.

- Ora, vamos, Alquimista! Nós dois sabemos muito bem que você não tem mais um pingo de energia mágica sobrando.

Nadia emitiu um som gutural, muito parecido com um rosnado. – Você é um desgraçado, Robin! Eu estava tão perto... – ela estava completamente enfurecida e, ao mesmo tempo, completamente impotente.

- Analise os fatos, Nadia. Você não tem a mínima chance contra mim nesse estado... Matar você agora me pouparia uma grande dor de cabeça mais tarde, mas você sabe que não gosto de machucar mulheres. Então vou te dar dez segundos de vantagem. – como Nadia só ficou parada olhando pra ele sem entender, Robin acrescentou – É melhor correr.

Nadia estava extremamente revoltada, mas engoliu todo o seu orgulho e fugiu o mais depressa que pôde. Viver para vencer mais tarde... Assim espero! Ela pensou.

Quando Nadia estava fora de vista, Robin olhou muito preocupado para o grupo caído aos seus pés, especialmente para Victoria.

- A Eclipse vai me matar por isso... – Robin suspirou. Não era do feitio dele deixar pessoas em apuros, então ele tirou uma garrafinha de conteúdo brilhante do bolso. – Usar minhas últimas lágrimas de Arcanjo para salvar pessoas que causaram tantos problemas... Só eu mesmo.

Ele pingou uma gota em cada um. Com uma rapidez mágica, todos os ferimentos foram desaparecendo e a respiração ficava mais leve. Porém, eles continuavam desacordados.

- Você. – ele se virou para Vicky. – Você usou o colar. Isso é mal, muito mal... Eu deveria eliminar você. – ele pegou sua faca mais afiada. Porém, com um gesto de resignação, guardou-a de volta. – Eu não posso. – ele fez uma pausa. - Mas vou ficar de olho em vocês.

Vicky se encontrava sozinha. Sozinha numa escuridão sem fim e sem começo.

- Olá! Tem alguém ai? – Vicky gritou para o nada.

Nenhuma resposta.

- Alguém...? – ela começou a choramingar.

Nada, absolutamente nada. Apenas o vazio...

E então veio a voz.

- Venha para mim... Victoria...

- Q-Quem é você? – perguntou a Cat, amedrontada.

- Eu sou... A razão de todos os seus pesadelos... E de todos os seus sonhos. Você ainda não me conhece, mas está destinada a conhecer... E quando este dia chegar... – a voz da escuridão riu um riso alto e maléfico. – Você virá me procurar. Venha, minha Rainha. Venha para o lugar onde as rosas governam. E encontre seu destino...

A escuridão deu uma risada sinistra e então tudo se iluminou. Vicky pode ver a silhueta de um homem alto, com garras de monstro...

Vicky acordou assustada. A primeira coisa que ela viu foi o céu noturno, coberto por estrelas. Não se vê um céu assim na cidade.

- Victoria? – Sam chamou, entrando no campo de visão dela. – Que bom que você acordou! Já estávamos preocupados.

Ela se sentou, sentindo uma forte dor de cabeça ao fazê-lo. – O que... Aconteceu? – Vicky procurou pelo colar, mas já não estava preso na sua mão. – Merda! Aquela bruxa levou o colar!

- Relaxa! – Sam a acalmou. – Depois te explico o que aconteceu. Você deve estar com fome, já que dormiu o dia todo...

- Cadê todo mundo?

- Estão fazendo um lanche na fogueira. Vem, a gente te conta o que aconteceu.

Os outros estavam arrumados em roda ao redor da fogueira, comendo o macarrão instantâneo que Amy tinha comprado. O mais estranho era que todos os ferimentos tinham sumido, mas eles ainda sentiam o cansaço da batalha.

- Vicky! Finalmente você acordou. – Kurt se levantou e a tomou nos braços. – Fiquei tão preocupado...

- Own, que amor! Eu estou bem, não se preocupe. – disse ela, abraçando-o de volta. – Mas eu gostaria de saber o que aconteceu.

Kurt suspirou. – Nós perdemos... Quase fomos mortos por aquela alquimista de quinta.

- Disso eu sei, né. Mas e depois? Porque estamos com todos os ferimentos curados?

- Sei lá. – respondeu Bill. – Só sei que quando acordei, já estava assim.

- E eu fiquei com a maior dor de cabeça! – reclamou New.

- Isso foi porque você caiu com a cabeça em cima de uma pedra. – disse Katy.

- Ah é. – lembrou ele, com um sorrisinho.

- Enfim – disse Kurt. – quando acordamos, encontramos uma carta assinada por um tal de Robin...

Vicky pegou a carta e leu em voz alta:

“Caros intrometidos,

Vocês não fazem idéia da confusão que causaram, não é? Mas lutaram com garra para proteger o colar e sou grato por isso. Talvez vocês já tenham ouvido falar de mim: sou o Love Hunter Robin, cavaleiro dos deuses e guardião do sagrado colar de Nefertiti.

Se ainda não me reconhecem, basta saber que ganhei esse título centenas de anos atrás, quando salvei Poseidon, o deus dos mares, de um destino terrível. Mas essa história é irrelevante agora. Vamos apenas dizer que Poseidon mostrou sua gratidão tornando-me imortal e confiando a mim sua mais preciosa relíquia: o colar de Nefertiti. É verdade que não fui o melhor guardião de todos, uma vez que deixei aquele Thiefmon (maldito seja!) roubá-lo de mim.

Mas em todo caso, eu o recuperei antes que a Alquimista dos Quatro Ventos pudesse colocar as mãos nele. Para expressar minha gratidão, deixarei com vocês oito amuletos de aquamarine, a jóia dos oceanos. Com eles, Poseidon sempre estará guiando e protegendo vocês (simbolicamente, claro). Sejam muito cautelosos em suas futuras aventuras.

Especialmente você, loirinha, que usou o colar sagrado.

                                                                                          Com muito amor,

Love Hunter Robin

P.S.: Peguei 500 Galders de vocês, espero que não se importem.

- Tá legal... – disse Vicky, estranhando um pouco. – Não é todo dia que somos salvos por um cara lendário...

- Muito menos que vemos um cara se despedir com um coraçãozinho. – comentou Bill.

- Também achei estranho. – concordou Katy. – Mas já que fomos salvos, é melhor não reclamar.

Eles ficaram em silêncio por muito tempo. Talvez porque estavam exaustos, ou porque queriam dizer alguma coisa a mais e não tinham coragem...

Foi Amy quem quebrou o silêncio. – Eu vou embora. – disse ela, quase sussurrando.

- O quê? – Sam perguntou, perplexo.

- Essa luta me fez perceber... que eu sou muito fraca. Todos vocês lutaram bravamente, mas eu mal durei meia hora. Então eu vou embora! Eu quero treinar bastante, para que na próxima vez que encontrarmos um adversário forte, eu possa acabar com ele!

Katy suspirou. – É, eu sei como se sente, Amy-san. Quando aquela bruxa me derrotou, ela fez isso tão... facilmente. Fiquei com tanta raiva! – a Bunny fez uma pausa. – Acho que vou procurar a Jeanne. Assim eu treino e fico super forte!

- Você também, Katy-chan? – perguntou Ashlee, olhando com uma tristeza conformada para a amiga.

Mais uma pausa.

- Eu também vou embora. – disse Kurt, sério.

- Kurt, você também não! – choramingou Vicky.

- Eu tive um sonho... E acho que descobri um jeito de aprimorar a minha magia. Preciso achar um mago pra me ajudar, então... Partirei amanhã. – Kurt olhou fundo nos olhos de Vicky e pegou suas mãos. – Me desculpe, mas isso é algo que eu preciso fazer. – então ele a beijou de leve e aninhou-a nos braços.

- Pessoal, será que vocês não estão esquecendo de nada? – Sam perguntou. – E nós? E o nosso grupo? Depois de tudo que passamos juntos...

- Não vai ser pra sempre, seu idiota! – Amy ralhou, mas estava na cara que não se enfurecera, já que descansava sua cabeça no ombro do Raccoon. – É só pelo tempo que for necessário para nos tornarmos fortes. Depois podemos nos reencontrar...

- É! Treinar pode ser uma boa idéia! – concordou New. – Quer dizer, se nos tornarmos os jogadores mais fortes dessa ilha, o jogo será praticamente nosso, não é?

- Sim, é realmente uma boa idéia! – disse Ashlee, sorrindo.

- Yeah! – Vicky se levantou, adquirindo um ar sonhador. – E se ficarmos treinando por uns dois meses? Pra mim parece tempo suficiente pra ficarmos fodas!

- Mas e a tal estátua de Poseidon? – perguntou Bill. – E o jogo? Se alguém ganhar o jogo enquanto estivermos treinando, eu nunca irei me perdoar...

- Cara, se ninguém achou essa estátua até agora, não vão achar tão cedo. – disse New.

- Sim... Além do mais – disse Ashlee. – Ouvi falar de um Bardo que mora na ilha. Talvez eu vá visitá-lo e ver se posso ser sua discípula.

- É. Acho que eu vou procurar a Reina. – disse Amy, pensativa.

- Eu vou atrás da Elicia! – disse Vicky.

- E eu, aquele Kei esquisitão... – disse Bill, não muito animado.

- Será que eu sou o único que não sabe o que fazer? – perguntou Sam, já irritado.

- Ah querido, não se preocupe! Você só está assim porque não é bom em nada. – disse Amy com um sorrisinho debochado, dando tapinhas no alto da cabeça dele.

- Isso é o que você pensa! – retrucou Sam, indignado. – Quando eu era um adolescente rebelde, fugi de casa e fiz uma fortuna com jogos de pôquer!

- Então vai lá, mestre do pôquer! – Katy caçoou.

O silêncio pairou novamente.

- Vou sentir a falta de vocês... – disse Sam. – É, de você também, sua chata. – ele acariciou os cabelos de Amy.

- Não sei se posso dizer o mesmo. – disse ela, mentindo descaradamente.

- Sim, também vou sentir muitas saudades! – concordou Ashlee.

- Logo nos encontraremos de novo. – Bill disse, dando as mãos para Ashlee. – E estarei mais forte do que nunca!

- Ha, mas eu estarei mais forte ainda! – brincou Katy.

- Bem que eu podia criar um robô pra procurar a estátua enquanto eu treino... – disse New, perdido em pensamentos.

- Vou sentir sua falta, Ku-chan! – disse Vicky, apertando o Dragon num abraço de urso. – Promete que vamos nos encontrar de novo?

Kurt olhou pra ela e depois para seus amigos. Essa ainda era uma palavra estranha pra ele, mas ele gostava. – Prometo.

E então, o grupo passou sua última noite juntos antes de tomarem seus rumos, olhando para o céu estrelado...

Don Giuvanni os observava de longe. – Tsc, Nadia falhou drasticamente. Mas tudo bem, eu tenho outros planos... Muitos planos... – então ele riu.

Se você quiser brilhar com todas as suas forças no céu noturno, essa ambição lhe bastará. Mesmo que você esteja cansado e derrotado, o amanhã virá e iluminará tudo. [By: Nobumaru]


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Notas finais do capítulo

Ha, pegadinha do malandro! /apanhaEste é o último sim, mas só da primeira temporada!A segunda vem ai, mas só o Don Giuvanni sabe quando... QQQBrimks gente, eu vou fazer todo o possível pra começar a postar logo, hai?Té mais!



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