Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 33
25. Sonhos e Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Aww, me desculpem a enorme demora para postar, é que aqui a parada tá tensa. @__@
Mas enfim, boa leitura pra vocês! ♥



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Estrelas... Estrelas por toda parte. Kurt parecia estar flutuando no espaço, imerso em uma incrível paz de espírito. Porém, infelizmente, isso não ia durar...

- KURT! – uma voz estrondosa ecoou por sua cabeça. Um enorme dragão vermelho apareceu, batendo asas e expelindo fumaça pelas narinas. Sua couraça era cheia de protuberâncias e feridas, como se o dragão tivesse vivido em meio ao fogo por muito tempo.

Kurt, assustado por ser pego de surpresa, sentiu seus cabelos se movimentarem violentamente com o vento. – Quem... É você?

O enorme dragão o olhou de um jeito ameaçador. – Tu deverias conhecer-me melhor, Kurt Nerubell Ryss. Eu faço parte de ti. Meu nome é Vörös e sou a fonte de teus poderes.

- Isto é uma calúnia! – Outro dragão, desta vez com uma couraça meio azulada, surgiu ao lado do vermelho. – Mestre Kurt, meu nome é Empyreal. – o dragão bateu levemente suas asas. – Eu e Vörös dividimos por muito tempo a regência de teus poderes, mas já estamos cansados disto.

Legal, esse deve ser um daqueles sonhos pirados. Pensou Kurt. Ele então, desconfiado, olhou com cautela para ambos os dragões. – Como assim, cansados?

- Já se perguntou por que tu sempre foste um mago inferior aos outros? – perguntou Vörös, com um leve ar de deboche. – É porque teu centro de poder está dividido entre nós.

- Muitos feiticeiros têm o mesmo centro de poder que as suas famílias. Por exemplo, uma família de feiticeiros das trevas sempre gerará feiticeiros das trevas. – Empyreal explicou.

- Mas por alguma razão, teu centro ficou dividido. Isso te prejudica... E a nós também. – disse Vörös.

- Por isso queremos que vá encontrar o Mestre Louie. – disse Empyreal. – Teu destino é escolher entre um de nós, e apenas o Mestre Louie poderá ajudar-te a se tornar um mago completo.

- Sim. Por isso é melhor me escolher, se sabes o que é bom para ti. – rosnou Vörös.

De repente, Kurt sentiu como se tivesse perdido a capacidade de flutuar e começou a cair na imensidão do espaço.

 

Ele acordou assustado e encharcado de suor, notando que seu quartinho da pousada ainda estava escuro. Kurt deitou-se novamente, mas seu sonho ainda estava muito fresco em sua memória para permitir que ele caísse no sono.

Mas quando Kurt abriu os olhos novamente, já era de manhã. Ele se trocou e desceu para comer alguma coisa, encontrando todos os seus amigos sentados em uma das mesinhas da pousada.

- A culpa é toda sua! – ralhou Amy, enquanto colocava gelo no olho roxo de Sam. – Quem mandou entrar no meu quarto enquanto eu me trocava?

- Eu já disse um milhão de vezes que aquilo foi um acidente! Eu estava tão sonolento que acabei entrando no quarto errado, só isso. Vocês acreditam em mim, certo? – Sam perguntou, olhando suplicante para os outros.

- Er... Não. – disse Vicky, sincera como sempre. – Agora que te conheço melhor sensei, tenho certeza de que você é um tarado sem escrúpulos.

- Concordo. – disseram Bill, New e Katy.

- Ora, s-seus...! Mas você acredita em mim não é, Lee-chan?

- Bem, eu... Ah... Olá, Kurt! Bom dia. – Ashlee apressou-se em mudar de assunto.

- Bom dia. – Kurt respondeu antes de Vicky dar-lhe um abraço de urso.

- Pessoal, eu tenho uma notícia para dar. – ela sorriu, segurando a mão do Dragon. – Kurt e eu estamos namorando.

Somente New se surpreendeu. – Sério? Wow! Quando isso começou?

- Caramba, New! Você é mesmo muito tapado, hein? – Katy bateu na própria testa. – Eles estão no maior clima há séculos! Seu burro.

- Burro nada! Pra sua informação, meu QI é de 185. E eu leio muito! – New disse, já se emburrando.

- Tá, tá. Eu esqueci que você era metido a gênio.

- Ahn... Eu espero que vocês sejam muito felizes. – disse Ashlee, com seu sorriso mais fofo.

- Obrigada, Lee-chan! – Vicky retribuiu o sorriso. – Eu fiquei sabendo que há uma cartomante ótima na cidade. Kurt e eu vamos visitá-la. Quem quer vir conosco?

- E pra quê vocês querem visitar uma cartomante? – perguntou Sam.

- Pra perguntar coisas de garotas... – Kurt suspirou.

- Vou perguntar a ela quanto o nosso romance irá durar! – Vicky respondeu de um modo muito sonhador.

- Hmph! Eu não preciso de cartomantes para saber a resposta. – Kurt segurou o queixo da Cat e lhe deu um breve selinho.

 

Vicky estava histérica, de tão animada. Kurt realmente não entendia como as garotas gostavam tanto desse papo esotérico. Porém Kurt se sentia bem. Porque era ele quem estava de mãos dadas com aquela bela Cat, e não aqueles que babavam ao vê-la.

- Que droga, essa cartomante está se escondendo de mim, não é possível. – Vicky resmungou.

- Er... Esta cartomante que você está procurando, por acaso é aquela ali? – perguntou Kurt, apontando para uma garota de cabelos lilases entrando em uma tenda escura coberta de estrelas.

- É, ela mesma! Vem, Kurt. – Vicky praticamente correu até a tenda, puxando o namorado pela mão. Porém ela ficou parada em frente à tenda e respirou fundo.

- Você está bem? – perguntou Kurt, ligeiramente preocupado.

- Sim, só estou um pouco nervosa. – Vicky sorriu para ele, e logo em seguida abriu a tenda. – Com licença...

- Que é? – uma voz feminina e ligeiramente irritada respondeu, mas a dona da voz não se encontrava ali.

- Olá... Meu nome é Victoria e este é meu namorado, Kurt.

- E o que vocês idiotas querem de mim? Querem que eu diga como será o namoro de vocês? – finalmente a cartomante apareceu. Era baixinha, tinha longos cabelos lilases presos com um rabo-de-cavalo e seus olhos eram de cores diferentes: um amarelo e outro castanho. Ela tinha uma aparência infantil, mas o seu temperamento de infantil não tinha nada.

- B-bem, é... – disse Vicky, claramente encabulada.

- Então vou lhe dizer uma coisa, gatinha. Eu simplesmente ODEIO casais de namorados. Ficam tão alegrinhos no seu mundinho cor-de-rosa, mas mesmo assim insistem em me procurar para saber o quanto seu namoro é verdadeiro. Como se eles não pudessem garantir isso por si mesmos. – A garota parecia muito irritada. – Mas o que é tudo isso? Falta de confiança no outro? Falta de auto-estima? Mas que merd...

Nessa hora, Sam entrou na tenda. – Ah, meninos. Eu estava procurando por vocês. Queria dizer que decidimos ir à Caballa Relics amanhã... – e só então o Raccoon percebeu a presença da cartomante. Instantaneamente, sua face adquiriu um sorriso bobo, como se ele tivesse encontrado sua irmã mais nova.

- Oh, mas como você é fofinha! – Sam foi até ela e pôs-se a apertar-lhe as bochechas. – Como você se chama? Quantos aninhos você tem?

- Você sabe com quem está falando? – a cartomante apresentava uma expressão muito zangada.

- Com a garota mais fofinha que já...

A garota deu um tremendo chute na canela de Sam. – Eu sou Stella, filha das estrelas. Eu tinha apenas seis anos quando a grande Csillag Anya subiu aos céus, dando-me seus poderes, vinte anos atrás! E nunca... Ninguém havia me tratado desse jeito! Seu Raccoon idiota, inútil, pervertido... – Stella continuou com a sua lista de xingamentos enquanto golpeava Sam, que apesar de estar apanhando muito, ainda mantinha o sorriso bobo na cara.

Stella abriu a boca para ofendê-lo ainda mais, mas de repente ela parou. Ambos os seus olhos se tornaram cor de amarelo-ouro, e sua expressão ficou catatônica. Um forte vento adentrou a tenda e todas as velas que havia ali se apagaram.

- A mão do destino é forte em vocês... – Stella falou com uma voz sem emoção, submergida num transe paranormal. – Cada um terá que fazer uma escolha que mudará o rumo do jogo. E do mundo. – ela então se virou para Kurt, mantendo a mesma expressão. – Você, cujo coração está dividido entre luz e trevas; sua jornada será sombria e perigosa. Sua escolha decidirá o futuro de muitos. – então ela se virou para Vicky. – Você, cujo coração fala mais alto que a razão; suas escolhas trarão infelicidade para aqueles ao seu redor, e cabe a você fazer algo a respeito ou não. – finalmente ela virou-se para Sam. – E você, cujo coração é maior do que os perigos à sua frente; você sacrificará sua felicidade em troca da felicidade de muitos, mas faça bem sua escolha. Ou acabará sozinho e infeliz.

Os olhos de Stella voltaram ao normal e, tonta, perdeu o equilíbrio. Sam a segurou antes que ela tocasse o chão. Ele já não sorria mais e olhava-a assustado.

- Me solte! – Stella se levantou. – Uma profecia... Nunca pensei que idiotas como vocês mereciam uma profecia. Os dignos de uma são apenas... Fortes candidatos a se tornarem Tricksters...

Sam, Vicky e Kurt se entreolharam. A tensão estava claramente estampada na face de cada um.


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Notas finais do capítulo

Stellinha.



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