The Hunger Games Clove: The Spark escrita por MyG


Capítulo 13
Capítulo 13 - Os jogos de Ethan


Notas iniciais do capítulo

Entao estava aqui de boa quando EU RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO!! PUTA QUE PARIU....Little directioner voce de novo sua perfeita!!!..Aqui esta mais um cap para voces, e este dedicado a Little Directioner...Meu deus obrigada mesmo! Boa leitura



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"Do tratado a traição: Como penitência pela revolta, cada distrito deverá oferecer um menino e menina entre 12 e 18 anos numa "colheita" pública. Os Tributos serão entregues à custódia da Capital e depois transferidos a uma arena pública, onde irão lutar até a morte, restando apenas um vencedor. De agora e para sempre esta cerimônia será conhecida como: JOGOS VORAZES."

P.O.V Ethan

Não consigo dormir essa noite, essa é a noite que antecede todas as outras. É complicado pensar nos dias que se seguirão, os pesadelos da arena irão voltar com força máxima e sou impotente nesse assunto, não se pode fugir dos pesadelos. 

— Ethan... – Um sussurro fraco me chama a atenção, Cato está parado na minha porta.

— Cato? – O que ele está fazendo aqui? Eu esperava qualquer pessoa, menos ele. – O que aconteceu? O que você está fazendo aqui? - Nem termino direito de falar e vejo lagrimas escorrerem de seus olhos, Cato chorando? Está ai uma coisa que pensei que morreria antes de ver. 

— Ethan eu não sei o que fazer, a arena está me torturando, tudo isso está.

— Tudo o que?

— As probabilidades, a arena, a Capital, tudo parecia diferente antes de eu estar aqui. - Agora começo a compreender. A pressão psicológica é muito pior do que a física, e até mesmo o maior carreirista, uma hora sucumbe. 

— Não foi diferente comigo, você achava que estar aqui e receber glória, honra, seria o máximo certo? – Ele assente. – Mas não é. Os pesadelos, as dores, as mortes, tudo isso irá voltar, ano após ano, dia após dia. Nunca acaba. Ver alguém morrer ficará para sempre com você.

— Parece que não nos treinam para isso.

— Eles treinaram vocês para matar. Sente aqui Cato. - Ele se senta e ficamos em silencio, lagrimas silenciosas brotam de seus olhos. – Isso tudo é pela arena mesmo, ou tem algo a mais nessas lagrimas Cato?

— Você não entenderia.

— Você não falou nada ainda, como tem certeza? - Ele suspira. 

— Bem Ethan, estar aqui, pensar que não verei mais minha família, minha casa, meu distrito... É no minimo frustrante. Pensar que você vai morrer talvez em algumas horas ou em alguns dias e que você terá que matar, parece doentio. Eu não compreendo. 

— Sem duvidas é.

— Como você ganhou? - Gelo, as lembranças retornam, odeio pensar nelas, a arena é doentia, matar as pessoas é. Hoje, me sinto tão sujo, sei que tive que fazer aquilo, sei que tive que me tornar uma peça para a Capital, para sair vivo, mas o que mais me dói, é ver Clove indo para o mesmo caminho. – Tudo bem, você não quer falar, eu entendo.

— Não. Acho que preciso falar com alguém.

— Bem, estou aqui, pode falar.

— Eu era como você, treinava desde pequeno, com o objetivo de ir para os jogos, você sabe disso, estávamos no mesmo centro de treinamento. Quando chegou a septuagésima segunda edição, eu tinha mais duas chances de vir para a arena ainda, eu sei, mas decidi que ia ser voluntario. Eu senti que aquele era o meu ano, e eu queria aquilo, então eu fiz. No começo achei incrível, a Capital era enorme, todos me adoraram e as pessoas me chamavam de o “novo Finnick Odair”, eu adorava tudo aquilo, mas dai, chegou à arena. Era uma floresta, só que era muito quente, me juntei ao distrito um e quatro. Os primeiros dias foram apenas para caçar, matamos mais de treze, então, caímos em uma emboscada. – Paro e sorrio de canto. - Vi todos meus companheiros serem mortos. Consegui fugir mas fiquei sozinho, sem armas ou comida. Os dias se passaram e me escondi, fiquei muito magro e fraco. Um dia fui atacado por bestantes, quase morri, consegui fugir novamente me jogando em um rio. – Paro novamente, e engulo em seco, essas lembranças são difíceis. - Então, a sorte começou a virar, recebi comida e armas. Passei dias me recuperando, então, sobrou apenas eu e uma menina, a menina do distrito cinco, que tinha ajudado na armadilha que matou meus companheiros. Ela era jovem, era mais uma criança, lutamos, ambos estávamos fracos, os efeitos do calor na arena já estava nos afetando. No final, cortei sua garganta. Vi ela morrer em meus braços, pedindo piedade... As palavras dela voltam todas as noites. Vejo ela, ouço ela, um sorrisinho sínico em seus lábios, dizendo que sou fraco. E no fundo, sei que está certa. - Cato escutava tudo atentamente, as lagrimas saem silenciosas e ele parece estar afundado em seu próprio mártir. 

— Será que isso irá acontecer comigo se eu ganhar e Clove morrer? – Ele sussurra.

— Provavelmente sim. - Nunca pensei em ver Cato desse jeito, ele está mesmo mal com tudo isso. – Cato, chorar agora não é uma opção.

— Não consigo, não suporto a ideia de ver ela morrer, muito menos matar ela.

— Você gosta dela? – Engulo seco com a ideia.

— Não. Mas acho que ficaria na minha cabeça. – Ele respondeu rápido de mais, em maneira evasiva.

— Cato, me faça um favor?

— O que?

— Cuide dela.

— Eu vou cuidar.

— Obrigado. – Ele levanta-se para sair. – Cato, obrigado por me ouvir.

— Obrigado você Ethan, por me ajudar.

— Eu te ajudei?

— Não imagina o quanto. - Ele segue rumo a porta.

— Cato! - Elese vira para me olhar. - Que a sorte esteja sempre a seu favor.

Ele da um sorriso de lado e sai.

Afundo na cama e fecho meus olhos. 

Amanhã, o pesadelo recomeça. 


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?Estava pensando em fazer um fanfic sobre os jogos de Ethan, alguem leria?Espero que tenham gostado, como sempre, favoritem e recomendem...Obrigada mais uma vez Little directioner!!! :)Bjus