Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 19
Tale as old as time




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Srta.Granger,


O prof.Dippet me autorizou a chamar os alunos que ficaram no castelo para uma pequena festa de Ano Novo que irei dar no Grande Salão, dia 31 de dezembro, as 22:00h.


Leve os seus amigos, o Sr.Pevensie e o Sr.Purkiss.


Atenciosamente,


Horace Slughorn

 *****



                - Espero que essa festa seja melhor do que as que nós tínhamos ano passado – sussurrou Harry para o amigo.


                - Não sei como eram as festas do Slughorn ano passado – o ruivo deu de ombros – Então... Pra mim qualquer coisa ‘ta bom.


                A decoração do Grande Salão lembrava muito o Baile de Inverno, mas era bem mais simples, fato que não fazia com que o salão ficasse menos bonito. Havia apenas uma longa mesa onde alunos e professores estavam sentados juntos.


                Os dois grifinórios identificaram Hermione, que estava sentada ao lado de Riddle, com uma expressão de desconforto no rosto. A garota estava usando um vestido azul escuro e estava com o cabelo arrumado e não-volumoso... Ela deveria ter usado a mesma poção que usara no seu quarto ano para o Baile de Inverno.


                - Oi, Mione – Ron sorriu para a amiga – Você ficou... legal com esse vestido.


                - Obrigado, Ron – ela riu, vendo como o ruivo estava tentando não cometer o mesmo ano que havia feito quando tinha catorze anos.


                O jantar seguiu tranquilamente, com os professores conversando e tentando puxar assunto com os alunos de vez em quando. Slughorn era o professor que mais falava e, ocasionalmente, incluía Tom e Hermione nas conversas, gabando-se de como os dois eram os seus melhores alunos daquele ano.


                Harry e Ron pareciam querer terminar de comer rápido para voltarem para a Torre da Grifinória e comemorar a virada do ano lá, e foi exatamente o que os dois fizeram. Assim que terminaram o jantar, os rapazes se levantaram da mesa rapidamente.


                - Aonde vocês vão?


                - Vamos voltando para a Grifinória, que tal? Pelo menos lá não tem certas pessoas, Mione – o moreno falou, olhando de esguelha para o sonserino sentado ao lado da amiga.


                A garota deu de ombros e se levantou, mas antes que pudesse acompanhar os amigos, o professor de Poções a chamou.


                - Srta.Granger? A senhorita não vai se retirar agora, não é? – o bruxo se levantou e foi até ela, passando um braço pelos ombros dela – A festa ainda nem começou! E falta pouco para a meia noite...!


                A grifinória fez um gesto mandando Harry e Ron subirem sem ela, pois o Mestre das Poções não iria descansar até que a monitora cedesse ao seu pedido de ficar na festa  por mais um tempo.  Uma música começou a tocar no salão quando Slughorn fez um aceno com a varinha, não demorou muito para que alguns dos poucos alunos que estavam ali começassem a dançar meio sem jeito... Eles ainda pareciam estar intimidados pela presença dos professores ali.


                Hermione ficou observando os casaizinhos dançarem uma música animada que tocava, e se surpreendeu ao ver alguns professores se empolgando com a dança... Entre eles, Dumbledore e a profa.Merrythought.


                - Boa noite, Granger.


                - Ah, Riddle... – a bruxa resmungou ao ver o rapaz ao seu lado – Boa noite.


                - Então... Quer dançar? – ele estendeu a mão para a garota, que o olhou incrédula.


                - Eu não sei dançar – ela mentiu.


                - Sou eu que vou conduzir.


                A menina encarou-o por um tempo antes de aceitar a sua mão. O sonserino deu um sorrisinho quase invisível e guiou-a até o local onde os outros casais estavam dançando. Hermione amaldiçoou a sua sorte quando ouviu a música mudar para um ritmo mais lento e sentiu uma mão de Riddle segurar a sua cintura firmemente.


                Tom começou a dança, levando a grifinória junto com ele. Hermione se deixou levar pelo rapaz, sentindo uma onda de segurança invadi-la ao ver como o outro a conduzia de modo confiante.


                - Pensei que você não sabia dançar... – o garoto sussurrou.


                - Eu não sei dançar direito... – Hermione riu, lembrando-se de quando ela e Viktor Krum haviam dançado juntos no Baile de Inverno, e então se lembrou de uma coisa que lhe havia passado despercebida durante todo o dia – Merlin! Agora que eu me lembrei... Feliz aniversário, Riddle.


                A bruxa se lembrava de ter ouvido Harry falar alguma coisa sobre Voldemort ter nascido na véspera do Ano Novo, mas nunca havia dado muita importância para tal fato. Apenas agora que ela estava dançando com o dito cujo que a garota havia se lembrado.


                O sonserino a encarou surpreso, parecia que ele não estava muito acostumado a receber um “Feliz aniversário” todo o ano.


                - Obrigado – ele murmurou,  puxando-a para mais perto de si – Não que aniversário seja uma data para se comemorar... É só um ano a menos de vida...


                - Cale a boca, Riddle! – a menina riu – Por que você sempre vê o lado ruim das coisas?


                Ao invés de responder, Tom girou a garota, que se deixou levar pelo movimento antes de voltar para perto dele. Agora os dois estavam ainda mais perto um do outro... Riddle ainda a segurava pela cintura enquanto a sua outra mão apertava de leve a mão da menina.


                A música acabou e, no lugar do ritmo lento e calmo, a voz animada de Slughorn começou a fazer uma contagem regressiva para o fim do ano. Quando o relógio bateu meia noite, alunos e professores começaram a desejar“Feliz Ano Novo” uns para os outros e cantar músicas animadas, comemorando o novo ano que começara.


                - Feliz Ano Novo, Granger... – o garoto sussurrou, ainda sem soltar a menina.


                - Feliz Ano Novo...


                Antes que pudesse terminar a frase, Hermione sentiu os lábios frios do rapaz se fecharem sobre os seus. Imóvel... Foi como ela ficou, o único movimento que ousou fazer foi fechar os olhos. Tom também não havia se movido, ficara com os lábios pressionados nos dela, mas não fez nada para aprofundar o beijo.


                Parecia que tudo o que estava acontecendo no salão desaparecera, a única coisa que sobrara para Hermione foi os lábios de Riddle, que pareciam não querer se mover de cima dos seus. Infelizmente, alguma coisa estalou na mente da garota... Alguma coisa dizendo para ela se afastar de Tom...


                E foi o que ela fez... A grifinória deu um pulo para longe do garoto, quebrando o contato físico entre eles. Vendo como o sonserino parecia estar tão confuso quanto ela estava, a bruxa deu as costas para ele e saiu apressada do Grande Salão.


                Hermione não foi ao encontro de Harry e Ron... Ela tinha que ficar sozinha, pensar no que havia acabado de acontecer. Não podia ser normal se sentir bem ao beijar o inimigo! Então, por que ela estava se sentindo bem? Por que ela estava sentindo uma euforia crescente dentro de si mesma quando correu para dentro do dormitório dos monitores? Por que ela estava querendo dançar de alegria quando se trancou dentro de seu quarto? E pior... Por que ela estava querendo correr atrás de Riddle e beijá-lo novamente?


                Jogando-se em sua cama, a grifinória respirou fundo, tentando se acalmar, e tocou os lábios com a ponta dos dedos, lembrando-se da sensação deliciosa que havia sentido quando Tom a beijara...



                *****



                Riddle ficara estático enquanto via a outra monitora se afastar com passos rápidos. A sensação de paz que o havia invadido a pouco tempo começava a se esvair,  o que fez com que o rapaz começasse a se preocupar com o fato de alguém ter visto o que acabara de acontecer.


                Vendo que ninguém havia percebido o que havia acontecido, pois estavam muito entretidos em comemorar o fim do ano, o garoto saiu quase que correndo na direção que Hermione havia ido, ignorando Slughorn, que estava tentando desejar um bom Ano Novo para ele.


                O sonserino foi direto para o dormitório dos monitores, onde ele sabia que a garota estaria, mas demorou um pouco para entrar quando a mulher do quadro que guardava a entrada começou a reclamar sobre como os dois monitores estavam muito apressados naquela noite. Tom viu que a grifinória já havia ido para o quarto e, provavelmente, se trancado lá.


               “Não foi nada, aquilo não foi nada...”, ele pensou consigo mesmo, enquanto se jogava no sofá e tentava se acalmar. Era melhor ignorar a verdade, depois de um tempo ignorando-a, ela iria embora... E ele esqueceria totalmente o que havia acontecido naquela virada de ano.


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