Dark Eyes escrita por Cupcake do Malik


Capítulo 7
O deus da guerra.


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas! Tudo bem? Então, eu queria dizer que mesmo com poucos reviews eu achei melhor postar. Eu gostei do capítulo e vocês vão ficar "como você ousa terminar o capítulo assim?", mas ok. Eu espero que gostem e deixem um review para mim.
LEIAM AS NOTAS FINAIS. É IMPORTANTE!
Team KiAres, sejam felizes com esse capítulo.
Vejo vocês já em baixo.



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Capítulo VI

“O deus da guerra.”

P.O.V. Kimberly

Mesmo achando errado, segui Kirsty e a ouvi falar com Quione, Apolo e Atena. Fiquei intrigada ao ver a imagem da mensagem de Íris. Espiava atrás da pilastra larga branca. “A profecia começou”, ouvi a voz da minha meia-irmã. Do que ela estava falando? A voz de Quione sumiu do ar e Kirsty falou algo que eu não consegui ouvir. A MI acabou uns cinco segundos depois. Vi a sombra de Kirsty começar a caminhar em minha direção. Apertei seu braço com força e ela viu que era eu. Seus olhos se arregalaram e ela ficou mais branca do que já era.

–Agora você vai me explicar direitinho que profecia é essa. – Falei irritada e ela me encarou.

–Não é nada sobre você. Solte-me! – Ela mentiu.

–Achei que filhos de Quione não mentissem entre si. – Soltei o braço dela que já estava vermelho. –Pelo visto estava enganada. – Disse desapontada. – Diga a verdade, Kirsty. – Pedi.

–Merda. – Murmurou. –Eu não posso! –Ela gritou. –Jurei pelo Estinge, Kim. Mesmo que eu quisesse muito não poderia contar. Você terá que descobrir tudo sozinha. – Ela disse a verdade.

Sozinha.

Como sempre.

–Que seja! – Dei os ombros e comecei a caminhar de volta para o quarto.

–Kimberly! – Chamou-me e me virei para ela. –Não fique zangada comigo. Logo você saberá o que é. –Ela falou e nós voltamos para o quarto em total silêncio.

(...)

No dia seguinte, o meu despertador azul tocou muito alto e eu, ainda sonolenta, taquei-o no chão. Resultado: ele se quebrou. Tirei o edredom da minha cara e Naomi subiu em cima de mim. Bufei quando ela me lambeu toda. Quanto amor minha loba tem. Eu tentei três vezes tirar ela do meu colo, mas a safada não saiu. Acabou que ela pulou e eu caí da cama enquanto Naomi se esparramava nos meus travesseiros. Mereço.

–Porra, Naomi! – Resmunguei, levantei do chão e caminhei até ao banheiro com a bunda doendo.

Eu me despi, tomei uma ducha rápida e me vesti. Coloquei uma roupa bem confortável e deixei meu cabelo solto e enrolado nas pontas. Saí do chalé junto com meus irmãos e olhava para Kirsty com a maior “cara de bunda”. Ao invés de se direcionarem para o pavilhão, os campistas estavam andando para a fachada da Casa Grande. Quíron e Ares – que estava me encarando com um sorriso – estavam parados esperando os meio-sangues calarem a boca. Assim feito, o centauro se aproximou e começou a falar:

– Meio-sangues, eu comentei do festival de inverno ontem. Depois de um acontecimento – ele olhou para mim e para a vaca da Drew- dividi as tarefas de vocês e as inscrições das atividades já estão abertas. – todos começaram a falar. –Silêncio! – Ele gritou e se calaram. – As inscrições acabam hoje e são obrigatórias.

Só foi ele dizer isso que todos correram para o mural pendurado na árvore perto da Casa Grande. Após a multidão sair, caminhei até ao quadro de avisos e vi que meu nome já estava escrito em negrito na patinação artística. Obrigada, tio Quíron. Como já sabia minha função, fui até ao pavilhão e tomei meu café-da-manhã. Como faltava apenas um mês e alguns dias até o inverno, as atividades começariam a ser mudadas.

Hoje, eu tinha aulas de grego, arco e flecha, balé e tinha que treinar patinação. Comecei a andar sozinha até aonde seria a aula de grego. Para a minha sorte seria perto da floresta. Costumava fugir dos castigos por ali. Conheço aquilo como a palma da minha mão. No meio do caminho, comecei a assoviar e ver a paisagem linda do acampamento. Quando vi, tinha tropeçado na pedra cinza e cai em cima do deus da guerra selvagem.

–Foi mal. – Disse e voltei a caminhar.

–Eu estava te procurando, Kim. – O deus me virou para ele.

–Para que? – Questionei.

–Topa sair daqui um pouco? – Ele me perguntou.

– A gente tecnicamente mal se conhece e você já me chama para sair do acampamento sem permissão? – Perguntei.

–É. E, tecnicamente, eu to no lugar do Dionísio e te dou autorização para sair comigo do acampamento. – Ele disse rindo.

–Ta bom. – Dei-me por vencida. – Mas quero voltar antes da aula de balé. Não quero que aquelas filhas de Afrodite façam fofoca e Quíron fique decepcionado comigo. – Pedi.

–Sim, senhorita. –Ele sorriu.

Ah, aqueles lábios eram de matar qualquer uma.

Porém, eu não sou qualquer uma.

–Aonde vamos? –Perguntei e recebi como resposta um sorriso sapeca de Ares.

–Você vai ver, Kim. – Ele respondeu e parou de andar. – Feche os olhos e segura a minha mão. – Arregalei a sobrancelha. –Vou nos tele-transportar.

Encarei-o e peguei em sua mão. Estava nervosa sem motivos e, quando isso acontece, eu congelo as pessoas. Entretanto, com Ares foi diferente. Minha pele começou a esquentar. Era um quente bom e estranho. Fechei os olhos e ele estalou os dedos da sua mão esquerda nos teletransportando.

–Pode abrir os olhos, baixinha. –Ele sussurrou no meu ouvido e eu abri meus olhos devagar.

Visualizei a paisagem a qual estava na minha frente. Estávamos numa montanha altíssima e coberta de neve. Sorri ao ver os flocos caindo. O clima era gelado e confortante. Ares não sentia frio por ser um deus, mas acho que qualquer meio-sangue sem ser filho de Quione não sobreviveria aqui. Ainda parada, vi um abismo enorme a minha frente. Na volta da montanha havia outras montanhas menores e todas com o topo coberto de gelo. Aquilo era um paraíso para qualquer filho da deusa da neve.

Sentamo-nos na neve que cobria a montanha. Na verdade, eu me sentei e ele deitou. Notei que ainda estava segurando sua mão e a soltei. O deus da guerra se virou para mim quando realizei esse movimento. Desviei-me de seu olhar e fitei a paisagem maravilhosa que estava na minha frente.

–Você está estranha hoje. – Ele comentou. –Alguma coisa está te incomodando.

–Deuses também entram na cabeça dos outros? – Questionei.

–Eu nunca vou entrar na sua cabeça, Kim. – Ares falou.

–Isso é uma promessa? – Perguntei e ele riu.

–Só se você me contar o que está acontecendo. – Ele se sentou e colocou sua mão no meu ombro.

–Isso é uma chantagem? - Questionei.

–Não. - Ele respondeu.

–Peguei minha irmã, Kirsty, falando com Quione sobre uma profecia. – Ares arregalou os olhos e eu me afastei dele. Franzi a testa e abri a boca várias vezes pensando no que dizer.– Você também sabe?

–Eu jurei para sua mãe que nunca falaria sobre a profecia. – Ele respondeu.

–Não acredito que você está escondendo algo de mim. – Falei.

–Kim ... – Chamou-me, mas interrompi-o.

–Para, Ares. – Pedi e respirei fundo. – Deuses também sofrem ao jurar pelo estinge? – Perguntei.

–Não é questão de sofrer, mas sim por palavra. Eu fiz um juramento e tenho que cumprir. – Ele respondeu.

–E desde quando você tem palavra? – Perguntei sem pensar e seus olhos pareciam pegar fogo. – Ares ... desculpe-me.

–Está tudo bem. – Ele pôs seus óculos escuros. – Respondendo sua pergunta, desde que eles passaram a ser por você.

–É o que? – Questionei gritando.

–Isso mesmo que você ouviu. – O deus respondeu.

–Conte-me sobre a profecia, por favor. – Pedi.

–Você vai ter que ser paciente, vai ter que ser forte e equilibrada. – Assustei-me com suas palavras. Ele estava falando sério. – São os únicos conselhos que eu posso te dar. – Ares falou.

–Só isso? – Perguntei.

–Sim, sinto muito. – Ele disse e deitou na neve. Eu também.

Respirei fundo e resolvi retirar a profecia da minha cabeça, pelo menos naquele momento. Ares envolveu seu braço ao redor do meu pescoço e posou sua mão em meu ombro numa tentativa de me acalmar. Fiquei olhando para o céu assim como o deus. Ele estava se saindo um bom amigo. Isso é estranho. Ter uma amizade com o deus da guerra era um tanto bizarro para uma filha de Quione. Mas por que não ter essa amizade? Eu nunca gostei de aproximações e, pelo que sei, ele também não. Entretanto, nossos momentos juntos me tiravam da solidão vivida no castelo de Quione. Isso me fazia bem. Ao lado de Ares, naquele momento, eu me sentia a salvo.

–Por que me trouxe para vir aqui? – Questionei e o deus se virou, encarando-me.

–Achei que seria legal compartilhar esse local com alguém. Eu venho aqui para pensar e relaxar. – Ele respondeu e eu agradeci com um sorriso.

–Por que eu? – Perguntei.

–Por que não você? – Ele retrucou e fitou meus olhos por alguns segundos. – Você é diferente, Kim. Eu me sinto melhor perto de você. – Ele falou.

E eu gostava de ouvir aquelas palavras por mais que não quisesse admitir.

(...)

Quando a tarde chegou, voltamos para o acampamento. Ares fez surgir comida para mim, era só eu pedir que a comida aparecia para mim. O deus me deixou no chalé de Quione. Quando ele começou a andar para algum lugar, mordi o lábio e fui até ele.

–Obrigada. – Agradeci e ele se virou para mim, tirou os óculos e me encarou.

–De nada, lady snow. Até mais. – Ele disse rindo.

–Como sabe desse apelido? – Questionei.

–Em breve encontrará todas as respostas que precisa, Kim. –Ele beijou minha mão e foi embora.

Entrei no chalé e andei até meu quarto. Eu olhei para o relógio de Kirsty e vi que ainda faltava uma hora e meia para a aula de balé. Deitei-me na cama abraçada com Naomi e capotei no sono. Hypnos, eu te amo. Um dia faço biscoitos para você, querido.

Estava sentada num banco de madeira escura. Na minha frente havia um jardim cheio de neve e pinheiros. Naomi estava em meu colo dormindo serenamente. Flocos de neve rodeavam pelo ar. Uma luz forte surgiu em meu campo de visão quase me cegando. Foi quando vi minha mãe caminhando até mim. Seus cabelos negros estavam brancos e presos num coque. Seu vestido branco tinha um pouco de brilho. Ela flutuava até mim junto com sua loba. Quione se sentou do meu lado e eu a encarei seriamente.

–O que é isso? Um sonho? – Perguntei, sem olhar em seus olhos brancos.

–Na verdade, é uma conversa. – Ela respondeu com sua voz serena. –Não gostei da sua aproximação com Ares. – Comentou e eu ri alto.

–Por que será? Você não tem mais o direito de se meter na minha vida, Quione. A partir do momento que esconde o meu passado de mim, você não deveria nem está aqui. – Disse com raiva.

–Do que está falando? – Perguntou aflita.

–Da profecia, Quione. – Disse e Naomi acordou em meu colo. Acariciei sua cabeça.

–Kimberly, o que você sabe sobre a profecia? – A deusa da neve me questionou.

–Nada. Absolutamente nada. – Disse e ela suspirou aliviada. – Quione, essa profecia tem haver com meu pai?

–Seu destino e sua origem serão revelados sozinhos. – Ela me respondeu.

–Mas que merda de mãe você é se não me conta nada? – Gritei e Naomi pulou do meu colo.

–Kimberly! –Quione me advertiu.

–Por que eu sou diferente dos meus irmãos? O que você ta escondendo? Fala. – Gritei o mais alto que pude.

–Para. – Ela surtou e chorou. –Você vai descobrir tudo. – Tocou em meu cabelo, mas eu tirei sua mão de mim. –Kimberly, eu amo você.

–Ama nada. – Falei sentindo lágrimas virem.

–Você tem a aparência dele por isso não é parecida com seus irmãos. – Ela falou.

–Quem é meu pai?-Questionei.

–Está na hora de acordar. – Ela disse e limpou suas lágrimas.

Acordei irritada e fui me vestir para a aula de balé. Depois de um sacrifício para prender meu cabelo, peguei minha mochila roxa e fui até onde seria a aula. Era numa sala dentro da Casa Grande. Parecia com um estúdio e com uma das salas do castelo de Quione – é, não to muito feliz para chamá-la de mãe. A sala era grande e toda espelhada. Tinham barras altas, médias e baixas. A professora era Kirsty. Sim, eu já sabia disso. Ela fazia balé desde sempre.

As filhas de Afrodite estavam num canto da sala conversando baixo – o era um milagre – e eu e minhas irmãs estávamos juntas. Essa aula seria só para as mais velhas, então, só tinha eu e mais três. A aula foi legal e bem puxada. Sério, eu tava suando. As purpurinadas até que não encheram a minha paciência. No fim da aula, após de tirar minhas sapatilhas de ponta, coloquei uma sapatilha preta e sai da sala. Vi o deus da guerra encostado na parede e batendo as pontas das unhas na parede. Eu ri e ele me viu.

–O que está fazendo aqui? – Perguntei.

–Vim buscar a madame. – Ele falou e eu ri alto. –Vamos, eu te acompanho até ao chalé.

–Quem disse que eu quero sua companhia? – Questionei.

–Porra, eu largo minha hora de dormir para vir te buscar e você vai ficar de graça? – Ele perguntou e eu dei minha mochila para ele carregar.

–Cala a boca, Ares. – Ele pegou em minha mão e nós fomos andando até ao meu chalé.

Quando chegamos no chalé de Quione, Ares ficou sentado no banco em frente ao lago enquanto eu subia as escadas do chalé. Entrei e fechei a porta branca. Andei até ao vestiário, taquei minha mochila no banco de cor ciano e fui tomar banho. Após tirar aquele suor do meu corpo, coloquei meu roupão e fui até ao meu quarto. Dimitri estava dormindo e matando sua aula de esgrima. Kirsty estava saindo do banho. Kaya e Jolie estavam brincando com Naomi. Eu sorri quando vi minha loba sendo escovada e quase dormindo. Fui até meu armário e escolhi uma roupa confortável.

Ao abrir a porta do chalé de Quione, vi Ares conversando com alguém. Senti um pingo de suor cair no chão, mas não era suor. Era o gelo da pilastra começando a derreter. O tempo estava estranho. Um sol começava a se aproximar do chalé. Nossa barreira tinha sido quebrada. Desci as escadas correndo e fui até o deus da guerra.

–O que está acontecendo aqui? – Perguntei e Ares se virou para mim.

–Kim, você ta bem? – Ele me segurou. Eu estava derretendo com aquele calor.

Vi um garoto alto e loiro. Aqueles olhos e cabelos ondulados eram familiares para mim. O garoto me fitou e sorriu. Eu estava tentando me lembrar da onde o conhecia.

–Pare com esse clima. Ela está quase desmaiando de tanto calor. – Ares pediu ao garoto e senti o clima esfriar novamente.

–Quem é você? – Perguntei ao garoto com raiva.

–Kim, este é meu irmão ... – Ares começou a falar, mas foi interrompido.

–Apolo. –Ele se apresentou e beijou minha mão. Arregalei os olhos sentindo o toque macio dos lábios do deus do sol e respirei fundo.


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Notas finais do capítulo

Não me matem.
Continuo com 9 reviews ou uma recomendação.
Os looks estão dentro da fic, se não conseguiram ver me avisem pelo comentário.

O ASK SEMIDEUSES vai começar, podem mandar suas perguntas desde já. O ask surgiu na minha outra fanfic de Percy Jackson e os olimpianos que se chama “A Filha De Poseidon” e também esteve em "Essa Filha de Ares". Ele funciona assim: Vocês mandam as perguntas pelos comentários que nos capítulos eu coloco as respostas. ex: http://fanfiction.com.br/historia/312651/Essa_Filha_De_Ares/capitulo/18/

É isso.
Não se esqueçam dos reviews e digam o que esperam da fanfic.
xoxo



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