Echo. escrita por nekokill3r


Capítulo 36
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu ia postar antes, mas mamãe viajou, eu não fui e fiquei em vovó, então... Boa leitura e eu espero realmente que gostem.



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O menino que recebeu o nome de Minato como uma pequena homagem acabou de conseguir jogar água no meu rosto e Naruto apenas riu, ajeitando a “máquina” que ainda insiste em soltar na melhor parte de nossas brincadeiras. Minato ri mais uma vez e olho para ele. Levou anos até que eu concordasse em tê-lo, e quando o senti pela primeira vez dentro da minha barriga tive uma crise de choro mesmo estando feliz e triste ao mesmo tempo; feliz por ter certeza de que ele nasceria, e triste por infelizmente saber que demoraria. E quando ele nasceu, foi só alegria... Me lembro bem de Naruto chorando mais que eu quando estávamos somente os três no quarto, e também me lembro de como aquele bebezinho que hoje em dia parece um “rapaz” sorriu para mim. Ele simplesmente odeia que eu o chame de “meu bebê” e essas coisas de mães, mas é simplesmente impossível –– e o meu Minatinho é a coisa mais linda desse mundo, depois de Naruto, é claro.

Muita coisa aconteceu e mudou desde que eu estava no chão com Naruto, há quase trinta anos atrás... Mamãe morreu. Foi bastante difícil quando eu cheguei na faculdade naquela sexta-feira e todo mundo estava na sala da minha casa, totalmente quietos, então eu percebi que algo estava errado e alguma coisa tinha acontecido. Quando meu pai disse que ela tinha morrido, mal consegui me mover direito e fiquei congelada, olhando para ele e meio que pedindo para que dissesse que era mentira. Mas até mesmo eu sabia que ela não ia resistir à aquela maldita Leucemia, que surgiu do nada e mudou tudo para ela assim como para a família. Era mais sofrido para mim acordar tendo notícias que ela tinha passado mal durante a madrugada e tinha ido para o hospital, e mais sofrido ainda estar por perto quando isso acontecia e não poder fazer nada além de assistir. No enterro, tive que fazer um discurso de despedida porque meu pai não conseguia falar de tanto chorar, e mesmo com vergonha, segurei firme na mão de Naruto e disse apenas algumas palavras que achei que fosse o suficiente: “Eu acho que ela agora está com Sasori, emburrada por ele por ter saído de madrugada naquele dia sem permissão... E ela com certeza foi a melhor mãe do mundo.” E recomecei a chorar, abraçando Naruto e o molhando todo. Para minha infelicidade, minha mãe não chegou a ver Minato.

Papai entrou em depressão. Depois da morte da minha mãe, era bem óbvio que ele ficaria mais sensível, mas eu não achava que seria tanto. O convidei para vir morar comigo, porque realmente cansava ter que ir na minha antiga casa e depois voltar para a minha. Naruto disse que não se incomodava de dormir sozinho por um tempo, mas eu não quis deixá-lo abandonado por lá (aquela casa é assustadora quando não tem ninguém para conversar, e te faz pensar em coisas que quer esquecer). Só que meu pai não quis. Às vezes, ele vem aqui e brinca um pouco com Minato, mas depois vai embora. Não fica sequer um dia todo. Isso é difícil e eu joguei fora tudo que ele saiba que pode machucar à si mesmo, pois morro de medo de ele tentar alguma coisa. E há cada livro que começa, joga fora. Ele desistiu literalmente de viver e eu não sei o que posso fazer para vê-lo sorrir novamente.

Gaara cometeu suicídio. Sim, aquele idiota fez uma coisa ainda mais idiota e quase me matou junto também. Simplesmente não acreditei quando Naruto veio com aquela de “Ah, Sakura, o Gaara se foi...”, porque ele estava tentando sorrir e achei que era uma brincadeira. Que nada. Mas a culpa não foi minha, pois eu fiquei com o Gaara mesmo depois de terminar o namoro. O problema era o mesmo: o pai; ele estava impossivel e há cada coisa que Gaara fazia, continuava não sendo o suficiente. Eu comecei a passar mais tempo na casa dele do que na minha, e devo ter faltado na faculdade mais de vinte vezes para consolá-lo. O pai não deixava ele fazer o curso que queria, de escritor, porque achava que com isso não se ganhava dinheiro, então eu explodi e disse milhões de coisas para ele, principalmente por ele ser idiota e não enxergar o filho perfeito que tinha bem na frente dele. Resultado disso? Ele me colocou para fora, praticamente me jogou na rua, mas eu continuei chutando a porta até que ele deixasse Gaara sair comigo. E eu conseguia ver o quanto ele estava desistindo aos poucos, me perguntando se eu sentiria a falta dele se não o visse no outro dia e quase sempre olhando para o nada. Gaara já não sorria mais quando o vi pela última vez, no parque que continua no mesmo lugar, do mesmo jeito. Ele me ligou de madrugada e eu perguntei se estava bem, mas tudo o que disse foi “Okay?” e eu respondi “Okay.” Se eu soubesse que aquela seria a última palavra que eu ouviria dele, teria corrido para sua casa mesmo que fosse 00:00 e eu tivesse que estudar para mais uma das provas malditas de todas as semanas da faculade. Só depois que tudo aconteceu, é que fui perceber que ele estava chorando.

–– Onde o Gaara está? –– pergunto até hoje para o ursinho que deixo guardado em cima do guarda-roupa, justamente para que Minato não consiga pegá-lo (aliás, eu não deixo ninguém nem encostar nele). E, eu ainda sinto uma falta imensa do Gaara, tanto que não falo mais aquela pequena palavra que era apenas nossa. O que era nosso, era apenas e unicamente nosso e de mais ninguém. Gostaria de voltar no tempo e ser capaz de sacar que ele apenas piorava há cada dia, mas agora é tarde. Espero que ele esteja bem e no mesmo lugar que a mãe.

Shin, como eu infelizmente previa, morreu há anos por uma doença. Consegui essa informação por um cara chamado Danzou –– que pareceu não gostar muito de falar com uma “garotinha”, como me chamou. O problema era contar aquilo para Sai, porque eu tinha o enchido de esperanças de reencontrar o irmão, e ele até planejava arrumar uma casa para que morassem juntos. Sai estava na mesma faculdade que eu, fazendo não sei exatamente o que, pois eu sempre o via passeando pelos corredores e ele nunca parecia estudar mesmo. E um dia, eu o chamei para almoçar comigo e reuni coragem para dar aquela notícia. Primeiro, ele me olhou sem nenhuma expressão e eu quase gritei com ele para que falasse alguma coisa. Então depois, ele começou a chorar embora estivesse do mesmo jeito. Peguei a minha bolsa e o obriguei a sair dali, para que pudesse chorar sem que ninguém visse. Eu com certeza não poderei tirar aquela cena da minha cabeça nem se quisesse; Sai, o cara que sempre me achou dramática, sem graça, com o nome feio, estava chorando na minha frente tanto que mal conseguia falar, e tudo o que eu fiz foi abraçá-lo com força.

–– Eu não vou me esquecer de você –– ele garantiu dias antes de viajar. Hoje, desenha seus mangás (e me manda alguns quando tem vontade) no Japão, onde vive confortavelmente e todo mundo sabe que Sai é nome de menino.

Ino se tornou uma famosa modelo e não há pessoa em Konoha que não venha falar comigo ou com Naruto porque a conhecemos. Mesmo com a fama, ela não me deixou e liga para mim todos os dias para saber como eu e minha família estamos. Ela não tem muito tempo e as ligações na maioria das vezes são apenas de três minutos, o que me deixa um pouco triste. Mas fico feliz de verdade por ela ter conseguido realizar seu sonho e imagine só? O cabelo dela nas fotos nem parece mais uma percura, justamente por não ser! Fiquei muito impressionada quando ela me mandou uma foto do tamanho de seu cabelo depois de tanto tempo e choramos as duas de emoção pela webcan, porque é algo que realmente me tocou. Ela namora com um cara chamado Shikamaru Nara, o mesmo que encontrou quando foi embora naquela primeira vez e ela disse que já está quase o pedindo em casamento, pois ele não a pede logo e ela está ficando sem paciência. Para falar a verdade, não duvido nada que ela faça isso mesmo. Ino, assim como eu, odeia esperar.

Tenten se mostrou uma ótima melhor amiga enquanto Ino não estava aqui, e fazemos muitas coisas juntas até que Neji decidisse que eu era uma má companhia. Simplesmente não entendo o por que de ele não gostar de mim, porque eu não fiz nada para ele. Após isso, tivemos que nos falar apenas pelo celular, pois ele não queria que ela ficasse perto de onde eu estivesse. Acho que não gosta de mim por eu ter meio que acabado com aquele momento de concentração que ele estava no dia da festa, e acha que vou continuar estragando ou é algo assim. Enfim, Tenten e o tal Neji –– que agora tenho certeza de odiar –– vão se casar daqui há alguns dias, o que eu fiquei feliz por saber, mesmo sendo ele quem vai passar o resto da vida com ela.

Hinata, depois de muito tempo fora, voltou para Konoha e com um companheiro que eu nem imaginava que poderia conhecê-la: o Sasuke Uchiha –– ou “o primeiro garoto que te cantou no meio da rua”, como ele disse que eu podia o chamar quando falasse seu nome em alguma conversa. Eles passam todos os dias na porta da minha casa, e muito embora a brincadeira tenha perdido a graça, ele ainda insiste em me chamar de “moça bonita”, o que Naruto odeia e sempre acaba me fazendo rir da cara dele. Esses dias ela falou comigo; perguntou se eu estava bem e como é ter um filhinho, e eu respondia que estava ótima e que é uma das melhores coisas do mundo ter um filho. Ela sorriu, olhou para Minato que também a olhava um pouco desconfiado e depois foi embora, naturalmente. Não sei exatamente o que poderia chamar isso, mas acho que daqui para frente talvez possa surgir uma amizade entre nós duas, mesmo que Naruto diga para eu ficar longe daqueles dois. Nunca entendi esse ótimo que ele pelo Sasuke e ele não me explica, diz que é coisa de escola, que é passado e sempre foge do assunto. Mas beleza, porque eu ainda descubro.

Leo e Lavínia se casaram, e hoje vivem no “mato”. Os dois decidiram se assumir hippies de uma vez e largaram a faculdade, para viver uma vida que prestava de verdade, longe de todas essas coisas eletrônicas que só estragam as vidas das pessoas. Eles tiveram uma menininha que ainda não vi porque não voltaram para cá, mas disseram que logo farão isso. Eu sequer sei o nome da coitada; sim, coitada, pois tenho certeza de que ele mal devem dar banho nela. E aliás, que eu saiba, eles só levaram um cobertor assim como um travesseiro, então como eles estão vivendo? Não faço a menor ideia, mas não duvido que não tenham tomado banho durante anos.

Jiraya, depois de terminar um livro de quase 600 páginas sobre eu e o Naruto –– nomeado com muito carinho de “Mais Uma História Clichê de Adolescentes Problemáticos” ––, acabou morrendo. Eu não sei o que houve, porque foi Naruto quem o encontrou na antiga casa e não quis me dizer o motivo de sua morte. Aquela vez foi muito difícil, pois ele não dormia e quando o fazia, sempre tinha pesadelos e acordava gritando. Eu fiquei um mês inteiro acordava, sentada na cama e sempre pronta para quando ele acordasse. E o livro fez um extremo sucesso, ainda mais com a nossa foto na última página. Ainda não tive coragem de lê-lo, por puro medo de saber o que Jiraya costumava achar de mim e mesmo que eu tenha tentado, não consegui fazer a editora trocar o título.

E finalmente chegamos ao acontecimento que mais me faz feliz hoje em dia, Naruto. Ele me pediu em namoro um pouco depois daquele dia na fazenda, mas eu fiquei fazendo piti e não aceitei de primeira. Porém, quando ele apareceu de madrugada na frente da minha casa me gritando e cantando a música que tinha feito para mim –– que não vou colocar aqui por puro ciúmes ––, fui obrigada a fazê-lo. Depois desse dia, tudo pareceu mudar de uma maneira perfeita e nunca, em hipótese alguma, brigamos; nem nos dias em que eu estava de TPM e nem quando eu tive uma crise do nada de madrugada dizendo que a culpa era dele por Gaara ter morrido, porque se ele não tivesse entrado na minha vida, eu poderia tê-lo ajudado mais. Nessas situações, tudo o que Naruto fazia era me abraçar forte e dizer que me amava, o que acabava me acalmando sempre, para a infelicidade do meu orgulho. Ele não fez faculdade de nada, e muito menos quis ser alguém na vida, mas eu compreendo bem como é isso. Ele é, na verdade, o amor da minha vida... Ah, que coisa clichê, meu Deus! Contudo, ele arrumou um emprego e esse glorioso emprego dá um salário que conseguimos pagar metade das contas sem que meu pai nos dê o dinheiro. E ele ainda insiste em me cobrir quando vamos dormir, me abraçar forte e me fazer cócegas, mesmo sabendo que eu odeio de verdade que o faça –– bom, ele não me obedece. Mas em uma coisa eu tenho que concordar: nós somos um casal perfeito.

–– Vem aqui, meu amor. Deixa eu passar o protetor em você –– digo para Minato, e mesmo ele não querendo, chega até onde estou. O coloco no meu colo e acabo deixando seu rosto todo branco de tanto protetor solar.

–– Mãe, eu já tenho dez anos... –– ele diz, visivelmente emburrado. Ah, mas que falta de educação da parte desse garoto... Puxou mesmo todo o meu orgulho. Eu queria muito que ele tivesse nascido com a mesma cor do meu cabelo, mas infelizmente nasceu todo loirinho e com os olhos verdes. Simplesmente perfeito demais para apenas uma criança.

–– É, Sakura, ele já tem dez anos! –– Naruto grita e se senta na areia. Eu sabia que vir a praia em um sábado não daria certo, porque sempre acaba em briga entre nós três. –– Então... nosso rapaz aqui também já pode pagar a internet, comprar os próprios jogos e pagar as aulas de violão, não é?

–– Pô, pai... Obrigado, de verdade –– ele responde com os olhos cerrados e balança a cabeça. Se vira para mim com aquela cara de “Mãe, me ajuda aí”, mas eu apenas rio da cara dele. –– Mãe, o que é isso nos seus braços?

Oh, não. Olho para Naruto desesperada, pois essa é uma das poucas vezes que estou sem blusa de frio perto de Minato. Nem eu ou Naruto mostramos nossas cicatrizes perto dele, justamente para que ele não ficasse perguntando o que é como agora. Ele certamente viu as do Naruto, mas só veio a ter coragem para perguntar depois de também ver as minhas. Ele pode até ter dez anos e se achar o fodão, porém sobre essas coisas ele não sabe absolutamente nada. Me sento na areia com ele, e ficamos o olhando, sem a menor ideia de onde começar a mentir.

–– Escute bem porque eu só vou explicar isso uma vez, ouviu? –– Naruto começa e ele afirma com a cabeça. Deus do céu, faça ele mentir muito bem, por favor. –– A sua mãe é um anjo...

–– Eu sou o quê?! –– o interrompo, totalmente confusa. Mas o que ele está pretendendo dizer?

–– Continuando... A sua mãe é um anjo, por isso ela tem essas marcas, pois elas são marcas de anjos espalhadas por todo o mundo. Somente as meninas tem elas, e você precisa procurá-las –– Naruto diz, o que nos deixa mais confusos.

–– Por que tenho que procurá-las? –– Minato pergunta o que eu estava pensando.

–– Porque quando você achá-la, ela será o amor da sua vida! –– ele responde, todo animado. Ainda estou tentando entender o que ele disse.

–– Então por que o senhor também tem as marcas? –– Minato pergunta mais uma vez, a curiosidade só aumentando.

–– Porque eu queria encontrar a Sakura de uma vez, por isso escolhi ser diferente dos outros meninos –– ele explica sorrindo e acho que estou entendendo. –– Mas os meninos nunca podem fazer isso, ouviu? É contra as regras. Se você fizer, nunca vai achar o amor da sua vida.

–– Ah... Tudo que eu tenho que fazer é procurar pela garota que tem marcas nos braços? –– Minato chega mais para frente para poder ouvir melhor, e só agora percebo o quanto inocente ele é... Naruto está contando uma história que nunca poderia se tornar realidade, mas mesmo assim ele está acreditando.

–– Não somente isso, precisa também sempre ficar ao lado dela e em hipótese alguma abandoná-la, nem por um segundo. –– Naruto termina dando outro sorriso, e entendi a mentira; ele acabou de dizer que as meninas que se cortam são anjos, esperando pelo menino que vai encontrá-las e ajudar a curar seus cortes, e assim, agradecidas, elas ficarão ao lado daquele menino para sempre. Ou é isso que eu entendi, pelo menos. Não é culpa minha não ter entendido, porque a mentira foi realmente difícil, sabe...

Depois disso, Minato decidiu ir brincar mais para frente, em um lugar que ainda podíamos vê-lo. Me aproximei de Naruto e ele me abraçou, me dando permissão para colocar minha cabeça em seu ombro e ficamos vendo a obra mais que perfeita que conseguimos fazer.

–– Será que ele acreditou naquilo mesmo? –– pergunto, e olho para ele.

–– Se acreditou, eu não sei. Mas eu não estava com a minha imaginação ligada, então ficou bastante “falso”... –– ele diz e começa a rir. Solto um risinho pelo nariz, só para que ele não perceba que isso saiu sem graça. –– Espero que quando ele entender que isso é mentira, não faça nada.

–– Ele não vai fazer, pois é “Minato Uzumaki”, lembra? –– pergunto e levanto as sobrancelhas, rindo logo em seguida.

–– Bem, para mim, você é um anjo e o amor da minha vida, em todos os sentidos –– ele diz, me pegando de surpresa e provavelmente me fazendo ficar vermelha, porque senti o rosto arder. –– Eu amo você.

–– Eu também –– digo, e ele não se dá por satisfeito, me empurrando na areia e ficando por cima de mim.

–– Responda direito –– ele manda segurando os meus dois braços acima da minha cabeça, resistindo para não começar a rir.

–– Olha, me solta! –– exijo, tentando me soltar, mesmo sabendo que é inútil. –– Naruto, sério, me solta! Já pensou se Minato nos vê desse jeito? Anda logo, me solta!

–– Não enquanto não responder direito... –– ele diz, e preciso fechar os olhos em busca de paciência. –– Tá, eu vou continuar aqui.

–– Não, espera! Eu vou falar... –– começo, e esse piti não é totalmente culpa minha, porque ainda é dificil dizer o que ele quer ouvir. Naruto aproxima mais o rosto. –– Eu amo você –– digo baixinho e depois o dou um selinho. –– Eu amo você demais!

[...]

Sakura Haruno veio a falecer aos 52 anos; uns dizem que foi por alguma doença, outros que seu tempo apenas tinha acabado, mas o real motivo de sua morte nunca fora realmente descoberto. E Naruto Uzumaki faleceu com 60 anos, obviamente de depressão. Minato –– agora com 25 anos e casado com o anjo que seu pai lhe dissera para procurar quando criança –– achou o seguinte bilhete no bolso do pai no dia do enterro:

Querido Naruto,

Ainda não sei bem o que eu quero te dizer, mas quero que saiba que é tão especial para mim como nosso filho, e que tê-lo na minha vida durante todos esses anos foi uma das melhores coisas que poderia ter acontecido comigo. Quero que saiba também que não fui eu quem o salvou, e sim você à mim. Eu estava morta, Naruto, morta. Até você chegar e me mostrar que eu poderia seguir em frente, que poderia recomeçar tudo de novo e que eu seria amada. E eu fui, muito.

Não sei se eu vou morrer ou não, mas por favor, não se esqueça de nós dois, de tudo que vivemos e também não se esqueça de mim. Quando se lembrar do nome “Sakura Haruno”, quero que sorria, porque o tempo que passei viva, meu amor foi todo para você. Não quero que se lembre de mim e fique triste, nunca! Se eu morrer, seja forte; pelo nosso filho, pelo meu pai e por você mesmo. Não tente carregar o mundo sozinho e fingir sempre estar bem, por favor aceite ajuda ao menos uma vez na vida.

Tenho certeza de que esta carta está estranha, pois eu sou melhor falando do que escrevendo, mas eu quero te agradecer; muito obrigada por entrar na minha vida, muito obrigada por ter me chamado naquele dia, muito obrigada por não ter desistido de mim quando até mesmo eu estava desistindo, e muito obrigada, principalmente, por ser o meu príncipe encantado. Você sabe que eu te amo demais, não sabe? É bom que saiba. Mesmo. Ou eu vou te bater até que coloque isso na cabeça!

Tudo bem, é melhor eu parar por aqui porque já estou ficando com dor nas costas e você está roncando do meu lado. Não repare esta carta tão pequena e confusa, porque é assim mesmo que eu fico quando o assunto é você. E acredite: eu nunca na minha vida conseguiria colocar tudo o que sinto por você em meras palavras, nem se me dessem trilhões delas.

Para sempre sua,

Sakura Haruno.


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Notas finais do capítulo

Então... eu apenas quero agradecer à todos que comentaram e recomendaram a minha fanfic. Muito, muuuuuuuuuuito obrigada de verdade! Vocês foram muito gentis comigo e eu espero vê-los nas minhas fanfics futuras. E se alguém se perguntou em meio aos capítulos se EU já sofri bullying, a resposta é: sim. Até porque se não tivesse sofrido, eu não conseguiria passar para as pessoas uma coisa dessas. E a quem sofre ou se sente como a Sakura, eu só tenho um coisa a dizer: fique forte. Você é amado. E você não está sozinho. Até, minha gente.