Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 9
Capitulo 8 - Confusões no pior lugar da terra.


Notas iniciais do capítulo

Opa, estou aqui mais uma vez trazendo um novo capitulo para vocês, espero que gostem!



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Um tempo após ter recobrado a consciência tive apenas tempo de arrumar minhas coisas e trocar as bandagens para finalmente seguirmos viagem ao reino dos Mestiços.

A conversa foi resumida a June nos contar a historia do motivo de estarem na floresta na noite que os encontrei, e Tomio muitas vezes tentava impedi-la de contar as partes constrangedoras, como ele ter sido facilmente pego desprevenido pelo Garuru e acabado inconsciente.

Mas resumidamente, June havia parado na casa de Tomio, na capital do Reino mestiço, adoecida e ele passou a cuidar dela desde então. Tomio não quis dizer exatamente o que fazia para sustenta-los, mas não parecia ser algo honesto, pois ela também contou que eles entraram na floresta para fugir de pessoas que os perseguiam por causa de um dos “negócios” de Tomio, ou seja, entraram na floresta para fugir, porem foram surpreendidos por um Garuru, e depois eu cheguei, e houve toda a confusão.

Fizemos a viagem em uma caravana que Vanessa havia reservado já que aparentemente ela era bem influente nessas áreas, o que me surpreendeu muito, mas não quis admitir.

Fora aproximadamente um dia e meio de viagem até chegarmos a capital do Reino Mestiço, já que por causa de meus ferimentos tivemos que pegar o caminho mais longo e seguro (claro, a culpa era minha por ter me ferido daquela forma, ou pelo menos era isso que falariam, por isso fiquei quieto e permaneci ouvinte quase a viajem toda).

– Então, um meio elfo, um dragão rúnico, uma elfa e alguem totalmente estranho e desconhecido do próprio ser, um grupo bem comum em viagens. – Falei quebrando o silencio.

– “Desconhecido do próprio ser”? – Vanessa repetiu fazendo uma careta em minha direção. – Sempre achei que fosse um Dragão Rúnico, estou errada?

– Não sei exatamente o que sou. Humano ou Dragão Rúnico? Nunca adotei uma forma dragônica e minha forma já entrega o fato de não ser humano. – Falei pensativo.

– Um “Meio-dragão” então? – Disse June assustada, mas admirada.

– Impossível. – Eu e Vanessa dissemos em uníssono, nos encaramos e então fiz um sinal para que ela prosseguisse.

– Obrigada. Então, essa possibilidade é descartada, pois diferentemente das outras raças os dragões rúnicos possuem uma força destrutiva guardada em suas células, que os dá poder e possibilitam as transformações. – Vanessa explicou.

– E também, não há relatos de uma fusão de humano com rúnico. Diferente dos elfos e abissais que podem gerar filhos mestiços com os humanos, os rúnicos não podem por causa dessas células e nem por genética. – Disse Tomio surpreendendo a todos. – Não existem relatos de sucessos, há relatos de diversas falhas e das causas, mas tudo a ponta pra uma direção...

– O fracasso certo. – Completou Vanessa. – O que Tomio disse está correto. Então, o que exatamente é você Ren?

– Gostaria eu de saber. Meu mestre sempre disse que sou humano, mas nunca falou mais nada, apenas que encontrou minha mãe na floresta próxima a minha vila, mas nunca sequer falou sobre ela. – Expliquei. – Ou seja, estou no completo escuro sobre o que sou.

Com essa conversa, todos os olhares pairaram sobre mim, até que levantei e falei.

– Epa, epa, nada disso, estou tranquilo e não vamos pensar demais sobre isso ok?

– Mas, e aquilo que aconteceu com você e June? Não é uma reação que acontece com todos os Rúnicos? – Perguntou Tomio.

– Queria poder afirmar isso, mas isso nunca aconteceu entre Elizabeth e Mike. – Disse Vanessa, e quando Tomio e June fizeram caretas de incompreensão ela completou. – Dois amigos Rúnicos, eles são representantes dos dragões em Reuniões, nos encontramos muito. Mas se pensar bem Mike também ficou surpreso quando isso aconteceu daquela vez....

– Tecnicamente foi com a cor e não com a reação. Como eu estava lá, posso afirmar isso. – Falei fazendo uma careta para ela. – Mas vamos parar de pensar nisso, pois nossa carruagem acabou de parar e acho que chegamos.

Como dito, assim que saímos nos deparamos com uma ponte quebradiça. Como era impossível para a carruagem passar por lá, tivemos que descer e seguir o caminho a pé.

Vanessa falou com o condutor e o pediu para esperar por alguns dias em uma cidade próxima para que nos transportasse de volta quando precisasse e com isso ele voltou o caminho.

– Vamos? É aqui que começa o que você queria tanto ver. – Chamou Vanessa seguida por June e Tomio.

– Irei guia-los até minha casa, vamos antes do anoitecer, que é a hora que as coisas ficam... Digamos, tensas. – Disse Tomio, e a maneira que ele disse “tensas” estava mais para “assustadoras”.

Fomos andando com cautela pela ponte e pelo decorrer do caminho, passando por uma fenda próxima a uma montanha e chegando a um lugar aberto, onde possuía casas precárias, feitas de madeira, mas de uma aparência frágil, pessoas de aparências animalescas, resultados de varias experiências e também crianças mestiças de elfos ou abissais com humanos.

– Muitos aqui são voluntários para experimentos por não darem valores à vida, o que realmente me preocupa são as crianças que moram rodeadas disso tudo. – Disse Vanessa atônita.

Ao observar mais um pouco a situação eu notei algumas pessoas brigando próximas a algumas crianças que brincavam até que uma delas nos notou, veio correndo em nossa direção mas foi atingida por um homem que havia sido empurrado do meio da briga e caiu por cima da criança.

– June!! – Chamou a criança em desespero e estendendo a mão em nossa direção.

No mesmo momento Tomio correu em socorro da criança e acabou por se meter na briga e tirando o homem de cima da criança e o empurrando para longe.

– Ora, ora, quem vemos aqui. – Disse um dos homens que assistia a briga indo agora em direção a Tomio. – O ladrãozinho está de volta.

Vários homens se levantaram e fizeram um cerco em volta de Tomio, que teve de empurrar o garotinho em nossa direção antes que fechassem o cerco, fazendo o garoto vir em nossa direção que foi parado por June.

– Está tudo bem agora, Tomio vai cuidar deles. – Disse June, não só para o garoto, mas também para nós, um aviso para não interferir.

– Vejo que ainda estão bem vivos e agitados não é mesmo? – Disse Tomio aos homens. – Não esperava vê-los tão cedo, mas se não se importam hoje tenho convidados, se me dão licença.

– Não, não, não. Daqui você não sairá inteiro, jovem ladrão. – Disse outro homem. Eram cerca de seis, com aparências desde uma fusão de gorila a um lagarto. Não totalmente, mas tinham aspectos dos respectivos animais.

O homem que tinha aspectos de um guepardo , colocou as mãos nos ombros de Tomio no momento em que ele tentou forçar caminho em nossa direção e o jogou para tras, mas Tomio usou a impulsão, colocou as mãos no ombro do gorila e saltou sobre ele.

Nesse momento os seis investiram na direção dele, mas Tomio retirou uma espada que até então não havia notado que a carregava, e começou a travar uma luta, saltando sobre eles, usando o cabo da espada para atingi-los e apaga-los.

Derrubou dois atingindo a nuca com o cabo da espada, acertou o outro no estomago deixando três no chão. E foi nesse momento em que guardou sua espada e retirou algumas facas.

– Vamos começar a brincar de verdade então? – Disse tentando intimidá-los e mostrando um sorriso sarcástico.

– Vamos, mas será nas nossas regras. – Disse o homem que possuía aspectos de um rinoceronte, no mesmo momento em que corria e chegou perto o suficiente para segurar June pelo pescoço e levanta-la. – O que fará o nosso herói quando sua protegida tem sua vida ameaçada?

Tomio pareceu estar em choque assim como todos nós, quem imagiria um truque tão sujo?

June se debatia tentando se livrar das mãos daquele cara, quando Tomio largou as facas e os outros dois que ainda estava de pé o seguraram e começaram a surra-lo. Socos, chutes e vários golpes desferidos pelos covardes contra Tomio, tantos golpes de fúrias que começaram a abrir feridas e jogando June ao desespero.

– Tá, já chega, não consigo mais olhar essa idiotice. – Falei enquanto empunhava uma kunai e me preparava para atirá-la.

–Solte isso ai idiota. – Disse Vanessa.

– Então vai me ajudar? – Falei. – Fico lisonjeado, mas posso cuidar disso sozinho.

– Eu estou falando é com você Garoto Rude. – Retrucou Vanessa. – Solte isso e fiquei quieto, seus ferimentos não se cicatrizaram ainda, fiquei quieto e observe.

Antes que pudesse contestar sobre meus ferimentos Vanessa investiu contra os homens, primeiramente o que segurava June, Ela empunhou uma espada prateada com ônix negros incrustados no cabo, e fez um corte nas coxas do homem o fazendo agonizar e largar June que foi aparada e posta no chão.

Ao chuta-lo no tronco e desacorda-lo Vanessa foi em direção aos dois que ainda batiam em Tomio, que se surpreenderam e tentaram usa-lo como escudo.

– Sinto muito mais isso não vai funcionar. – Disse Vanessa que então começou a balbuciar algumas palavras e logo quatro mãos emergiram do chão segurando os pés dos homens, que largaram Tomio e começaram a tentar tirar a mãos que puxavam seus pés desesperadamente.

– O que diabos está acontecendo aqui? – Gritou uma garota que corria em nossa direção com uma espada em punhos.

Ela possuía cabelos, olhos e roupas azuis, que tinha pedaços recobertos por uma armadura leve, uma camisa de manga longa com uma saia. E uma espada leve e fina com uma safira incrustada no cabo. Um aparente “clarão azul”.

Ela via aparentemente recitando algum encanto, quando percebi corri para frente da Vanessa ficando entre elas.

– Espera! – Gritei e rezando para que ela parasse, mas foi quase tarde demais. Vanessa pulou em cima de mim e me prendeu no chão no mesmo momento em que uma rajada de vento gélido saiu da ponta da espada.

– Ficou louco agora idiota? O que te deu na cabeça de entrar na frente de um arcano enquanto ele conjura uma magia? – Vanessa repreendeu-me.

– Me desculpa só queria ajudar. Não sabia que uma vez começado o feitiço deve ser lançado. – Respondi. – Não foi minha intenção.

Quando Vanessa se levantou e abriu espaço para eu levantar logo vi uma lamina na minha garganta.

– Quem são vocês e o que querem aqui? – Perguntou o “clarão azul”.

– Amaya! – Gritou June pulando contente para cima da garota que a segurou pouco antes dela atingir o chão. – Não se preocupe eles estão com a gente. Eles estavam apenas ajudando Tomio.

– Tomio? O que... – Antes que ela completasse a frase pareceu notar Tomio ensanguentado no chão. – Foram vocês dois que fizeram isso? Se forem sumam daqui agora e nunca mais apareçam. E vocês dois me ajudem a leva-lo para casa, se realmente são quem dizem ser.

Com isso os dois homens que ainda estavam conscientes saíram correndo do local levando os outros quatro consigo. E nós levamos Tomio até uma casa de madeira aparentemente reconstruída e o colocamos em uma cama no que deveria ser seu quarto e ficamos esperando no primeiro cômodo da casa.

– Essa casa não é grande, possui apenas cinco cômodos, dois quartos, a cozinha, o banheiro e esta sala, mas é o suficiente e o máximo que se possa ter nessa cidade. – Disse a garota que aparentemente se chamava Amaya. – June está cuidando dos ferimentos dele, agora podemos conversar com calma.

Explicamos para ela quem éramos e o que viemos fazer nessa cidade, também contamos sobre Isabela, Tod e Sue.

– Vocês são os amigos de Isabela? – Disse Amaya surpresa. – Ela está no “palácio” à espera de vocês. Ela me pediu para que os guiasse, mas não esperava aquela confusão toda. Se esse for o caso me sigam que os guiarei até o palácio.


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Notas finais do capítulo

Acho que no momento é só isso, me desculpem o tamanho do capitulo, tentei encurtar um pouco, mas parece que não adiantou muito né? enfim, até a proxima ^^