Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 13
Capítulo 12 - Explosões problemáticas.


Notas iniciais do capítulo

Então galera, a partir dessa semana passarei a postar toda quarta e sábado, menos ontem por que ontem eu tive um problema :P mas para compensar estou postando agora ^^



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Gritos, explosões e mais gritos, esses eram os sons que eu escutava.

Tudo que eu sentia era o chão gelado, não conseguia identificar nada ao meu redor até que uma mão começou a me puxar, e logo notei a silhueta de uma pessoa me arrastando no chão enquanto parecia gritar algo... meu nome?

–Ren, acorda Ren! – Dizia a voz, quando me forcei a olhar novamente notei vagamente que era Amaya, aquele cabelo e roupas azuis eram inconfundíveis.

– Onde estão os outros? – Perguntei tentando me por de pé quando senti o impacto de outra explosão e cai encostando e uma parede.

– Não sei, infelizmente depois da explosão todos nos separamos, por sorte eu consegui criar uma barreira e não sofri muito o impacto. – Explicou Amaya. – Com certeza todos os outros também estão bem, Isabela conhece varias magias de defesa e Mike e Elizabeth, bem, mesmo que não eles têm um corpo bem resistente.

Por um momento me senti idiota por ter sido provavelmente o mais afetado pela explosão, mas quanto mais meus sentidos voltavam mais eu notava a situação da cidade.

Casas em destroços, pessoas correndo desesperadas e criaturas desconhecidas pairando para observar com admiração a situação das cidades, pareciam pequenas criaturas vermelhas com asas. Demônios.

– Uma horda de demônios aqui? Mas como? – Perguntei atônito.

– Lembra-se de quando Mike disse que os demônios tinham começado a se mover? Bem, eles aparentemente têm atacado cidades de todos os reinos de acordo com o ancião. – Explicou Amaya. – Assim como na capital dos Mestiços. Bem, você parece estar melhor, vamos procurar os outros.

Aparentemente ser uma civilização afastada tinha lá suas desvantagens, como por exemplo ser uma das mais propicias a ser invadida por uma ameaça global.

Com isso seguimos pela cidade procurando os outros, que não estavam onde nos vimos pela ultima vez, não estavam em nenhum lugar próximo ao templo então decidimos ir para o local onde havíamos sido teleportados.

No caminho demos de cara com vários demônios, mas eram cães infernais e alguns poucos soldados demônios, eles possuíam uma estatura pequena se comparada a de Zykes, e possuíam armaduras por aparentemente não serem muito resistentes.

– Você está bem? – Perguntei temendo que Amaya tivesse outro ataque de pânico agora. – Fique atrás, eu cuido disso por agora.

– Não, dessa vez não irei me amedrontar. – Amaya se posicionou a frente com sua espada em punhos, mas ainda hesitante. – Vamos.

Quando os demônios nos notaram já era tarde demais, saquei minha ninjaken e algumas kunais e passei arremessando nos cães enquanto atacava os soldados com minha espada. Amaya direcionava algumas de minhas kunais com sua magia de vento enquanto criava um tornado varrendo os demônios.

Quando finalmente derrotamos os demônios daquela área e paramos para descansar.

– Cuidado!! – Gritou uma pessoa se atirando na direção de Amaya e logo em seguida uma explosão aconteceu no lugar onde ela estava.

– Vocês estão bem? – Corri até o local e notei que era um garoto de pele clara, olhos azuis com uma cicatriz no olho esquerdo e cabelos pretos arrepiados. – Essa foi uma explosão calculada?

– Obrigada, eu poderia ter morrido, eu não senti essa explosão, foi muito rápida. – Disse Amaya para o garoto.

– Não foi nada, digamos que eu tenho algo que me faz sentir essas explosões antes que elas aconteçam. – Disse ele quando sua expressão mudou e ele gritou na minha direção. – Você! Se afaste dai!

Tive tempo de apenas me esquivar para trás antes da terra subir e se dar a explosão no local onde eu estava.

– É... Obrigado novamente. E outra vez, uma explosão calculada? – Falei desconfiado. – Gostaria de saber se isso é algum dispositivo ou magia. Provavelmente magia.

– Se é calculada ou não, não sei informar, mas provavelmente é magia, pois eu posso sentir. – Disse o Garoto se levantando e ajudando Amaya a se levantar após a segunda explosão. – A proposito meu nome é Zackary.

– Zackary? Nome incomum, mas de qualquer forma muito obrigada. – Disse Amaya. – Estamos procurando nossos amigos, se importaria de nos ajudar?

Zackary consentiu e então ambos olharam para mim provavelmente esperando alguma objeção. Apenas me virei e disse.

– Vamos, quero observar melhor essa sua habilidade de prever as explosões. – Quando disse isso notei uma breve expressão de arrependimento e cautela em Zackary.

Com isso passamos a seguir pela cidade novamente em direção ao nosso objetivo principal, o lugar para onde havíamos sido teleportados do reino Mestiço para este.

Quando finalmente recomeçamos a nos mover as explosões ficaram com um período menor e por isso comecei a notar algumas coisas sobre aquela magia, porem tive que seguir as instruções de Zackary para poder me manter seguro. Mas algo ainda me causava uma desconfiança sobre tudo.

Após um tempo, notei que não havia aparecido nenhum demônio em nosso caminho, o que aumentou ainda mais minhas desconfianças e eu finalmente parei de andar, e ao notar isso Zackary e Amaya pararam para me encarar.

– O que houve? – Perguntou Zackary arqueando a sobrancelha.

– Não notaram que já não há mais demônios nessa área e que as explosões estão mais focadas por onde nós estamos no movendo? – Perguntei e notei a cara de confusão de Amaya e novamente uma breve expressão de cautela no rosto de Zackary.

– Agora que você falou... – Amaya começou a falar mais foi interrompida.

– Vá para a sua direita! – Gritou Zackary, mas eu permaneci parado e quando me dei conta uma explosão ocorreu a minha direita bem onde ele havia falado para eu ir.

– Já chega de brincadeiras não é mesmo? E caso seja isso que queira saber meu nome é Ren. – Falei no momento em que saquei minha espada e investi em direção a ele.

– Você é “Rengoku”? Você é o “purgatório”? Aquele que ira expurgar o mal dessas terras? – Disse Zackary rindo como se aquilo o divertisse. – Isso foi até fácil demais.

Zackary movimentou as mãos para cima, no entanto eu percebi sua intenção e saltei sobre uma explosão no momento em que ela começava e consegui chegar até ele desferindo um golpe com a lamina na horizontal, mas ele conseguiu desviar no ultimo instante fazendo com que minha espada só pegasse na manga esquerda da roupa dele.

Ele possuía uma roupa de couro escura, como de um mercenário, com coturnos e só agora eu havia notado um florete preso a sua cintura.

– Olha, você é melhor do que eu pensei que fosse, mas agora também terei de levar essa brincadeira um pouco mais a sério. Vê essa marca? – Disse Zackary tirando suas luvas e empunhando seu florete e mostrando uma cicatriz em forma de “Z” na face de tras da mão esquerda. – Será a ultima coisa que verá.

Dessa vez foi Zackary quem investiu para cima de mim, mas antes que houvesse algum contato entre as armas um furação surgiu com força entre nós nos fazendo recuar. Era Amaya com uma expressão enfurecida.

– Você novamente? Não basta ter levado minha mãe?! Quem mais veio matar dessa vez?! – Gritava Amaya para Zackary. – Ren, deixe isso comigo, fique fora disto.

A expressão dela era tão assustadora e tão enfurecida que eu mesmo cheguei a temer por minha vida.

– Espera um pouco. – Disse Zackary com um sorriso no rosto. – Você é a garotinha filha de Madleyne? Isso só pode ser uma obra do destino, meu pai matou sua mãe agora eu devo matar a filha. Isso é até engraçado.

– Madeleyne? Essa seria sua mãe Amaya? Ela não seria uma das grande magas do reino humano? – Perguntei mas Amaya me lançou um olhar nervoso e tudo que fiz foi me afastar do local.

Amaya parou e o encarou, respirou fundo e começou a recitar um encantamento e logo uma corrente de ar começou a rodeá-la.

Tudo o que eu pude fazer foi ir para uma parede próxima e me sentar lá para não ser pego nessa batalha, pois a expressão de Amaya me avisou que se eu permanecesse próximo ela não iria se conter e eu seria pego e poderia acabar morto.

Zackary novamente começou a movimentar suas mãos tentando causar explosões mas diferentemente do que havia acontecido comigo não aconteceu nada.

– O que está acontecendo? Por que minha magia não funciona? – Disse Zackary com uma expressão de desespero.

– Simples, sua magia consiste em pegar uma porção de oxigênio, comprimi-la e fazer sua temperatura subir para fazé-la entrar em combustão e então expandir esse efeito. – Eu presumi. – Então como tem uma grande quantidade de oxigênio graças as correntes de ar de Amaya sua magia é inútil.

– O que? Isso não pode ser tão simples assim, seu idiota. – Então ele perdeu a calma e investiu contra ela.

Tudo no momento seguinte foi quase rápido demais, Zackary investiu contra Amaya que fechou seus olhos e empunhou sua espada bloqueando o ataque dele, então ela conduziu os ventos fazendo um vendaval na direção dele o arremessando-o para longe.

– Essa não será a ultima vez que nos vemos, que isso fique claro! – Gritou Zackary enquanto era levado.

Nesse momento Amaya caiu de joelhos no chão e corri na direção dela, mas antes que eu pudesse notar estávamos cercados por cães infernais novamente e dessa fez tinha um demônio maior que os outros, com aspectos de um touro gigante.

– Veja o que temos aqui, um casal que conseguiu derrotar um mercenário, mas vejo que não tem muita sorte, já que morrerão aqui pelas mãos de Adríon.

Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, uma chuva de raios e um feixe de luz passaram derrubando os cães infernais e uma flecha voou em direção ao minotauro demoníaco que a segurou e quebrou com as mãos.

– Que ótimo Timming vocês têm não? – Falei sorrindo enquanto ia em direção a Amaya.

– Quem está ai? Quem ousa matar meus cães? – Disse Adríon e então veio investindo em minha direção. – Vocês dois pagarão por isso.


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Notas finais do capítulo

Algumas partes ficaram soltas, eu sei, mas é que foi o melhor que eu consegui no momento '-' Será tudo explicado mais a frente, mas uma coisa é certa: "as coisas estão começando a esquentar" não é? o.O