Letting You Go escrita por Lana


Capítulo 2
Raiva.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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"Eu dirigi a noite toda por ruas que não curvaria, mas de algum jeito elas me trouxeram pra cá mais uma vez, para o lugar onde perdi o amor e o lugar onde perdi minha alma."

A raiva é o segundo estágio do luto. Nessa fase a pessoa expressa revolta em relação ao que ocorre. É normal sentimentos de ressentimento e inveja. Geralmente, essas emoções são projetadas no ambiente externo, acusando os outros e Deus como causadores de seu sofrimento. A pessoa é tomada por um sentimento de inconformismo e vê a situação como injusta. Nesse momento é comum perder a calma quando o assunto é citado, recusar-se a ouvir conselhos e evitar falar sobre o assunto.

Rosalie também já havia passado por aquela fase. Tinha sido incrivelmente longa para ela, uma das mais desgastantes. Diversas vezes perguntara-se por que aquilo havia acontecido logo com ela. Mas não recebera uma resposta.

Uma semana havia se passado e ela não voltara a ver Emmett. Ela esperava que com o tempo, ele viesse, mas bem no fundo, tinha medo dele não voltar a aparecer. Ela não costumava se apegar a qualquer pessoa que encontrasse no hospital, mas sentira simpatia por Emmett e sentia que ele precisava de sua ajuda, quer ele soubesse disso, quer não. Queria, pelo menos uma vez, ser a pessoa que ajuda e não a que precisava de ajuda.

Outra longa semana se passou e nada do grandão de covinhas aparecer. Ela estava impaciente. Edward notara seu estado e ao perguntá-la o que havia de errado ela o distraíra inventando uma desculpa qualquer. Sua ideia de que ele voltaria estava ruindo e tinha cada vez mais certeza de que não tornaria a vê-lo.

Na terceira semana, porém, sua espera foi recompensada. Ele apareceu na porta de seu quarto, vestia um terno preto e deu duas batidas apenas para chamar sua atenção, uma vez que a porta estava aberta. Ela virou-se e sorriu ao vê-lo ali.

– Emmett! – ela disse animada. – Entre.

– Oi Rosalie. – ele disse entrando devagar e sentando-se na poltrona que estava no quarto, no antigo lugar que a cadeira de plástico ocupara. – Está se sentindo em casa, não? – apontou para a poltrona com sarcasmo. Ela revirou os olhos.

– Poderá me agradecer por isso depois, quando não tiver dor nas costas por causa daquela cadeira horrível. A Bella aprovou. – deu de ombros. – Como está você? – ele deu um longo suspiro.

– Horrível. Minha irmã foi arrancada de mim, como deveria me sentir? – ele grunhiu. Rosalie apenas o encarou, sem falar nada. Ele encarou-a de volta e suspirou. – Isso foi rude, desculpe. Como está você?

– Melhor do que semana passada. E melhor ainda do que duas semanas atrás. – ela sorriu. – Você vai ver que isso vai funcionar para você também. – ela sorriu e ele nada disse. Ficaram então sem dizer nada, Emmett encarando a ponta da cama da loura e ela encarando-o. Ela franziu os lábios. – Sabe, cheguei a achar que você não voltaria. – ele ergueu a cabeça e a olhou. Não respondeu nada durante um tempo e ela achou que ele não havia entendido o que ela quis dizer.

– E eu não ia voltar. – ele respondeu antes que ela pudesse dizer outra coisa. – Odeio esse lugar. Odeio esses médicos que não salvaram minha irmã. Odeio esse hospital, que deveria ter equipamentos para curá-la e não fizeram nada por ela.

– Não é culpa deles. – ela franziu os lábios. – Então por que voltou? – ela perguntou para tentar distraí-lo. Ele respirou fundo.

– Não tenho certeza se sei a resposta para isso. – ele desviou os olhos. – Estava curioso para saber como você estava. – deu de ombros.

– Estou feliz que tenha voltado. Mas você tomou um longo tempo. Achei que viria conversar comigo antes. – ela disse confiante. Ele bufou.

– Não foram semanas fáceis.

– Eu sei. – ela falou solidária. – Como está sua família?

– Se sentindo incompleta, como um nada. Tentando entender por que Deus fez isso com uma garotinha inocente e doce como a Alice. Perguntando por que Ele é tão injusto. Estamos todos nos perguntando.

– Não é culpa de Deus, Emmett. – Rosalie balançou a cabeça em negação. – Ele te deu um presente, não o tirou de você. Ele lhe deu a Alice, por mais que não tenha sido por tanto tempo quanto você queria, mas ainda assim a deu a você. Deu a oportunidade de conhecê-la, conviver com ela e amá-la. – Emmett olhava para baixo, sem dizer nada.

– Você está errada. – ele disse com a voz irritada depois de alguns momentos. – Você não sabe de nada, você jamais deve ter perdido uma irmã.

– De fato. – ela concordou. Ele ainda não entendia. – Mas muitas outras pessoas já estiveram ai Emmett, e passaram por isso, assim como você também irá passar. Vou te ajudar com isso.

– Não preciso de sua ajuda e não a quero. – ele rebateu. – Não quero nada que venha dessa porcaria de mundo injusto, que mata pessoas inocentes e deixa milhares de corruptos, assassinos e bandidos à solta. Por que não matam esse tipo de gente ao invés de pessoas inocentes e boas? Não é justo! – ele vociferou com as lágrimas segurando-se para não rolarem rosto abaixo. Ela mordeu os lábios e puxou a mão de Emmett para as suas. Apertou a mão grande entre suas finas mãos brancas e sorriu ao ver a diferença entre os tamanhos.

– Vou te ajudar mesmo assim. – garantiu. – Mesmo que você ainda não queira. – ele olhou para ela.

Ele não a entendia. Talvez por isso houvesse voltado para vê-la. Ela era uma válvula de escape em uma situação aterrorizante, que ele não conseguia encarar. Ela era algo para se pensar, além da pequena garota a quem tivera que dizer adeus.

– Então, - Rosalie disse com a voz mais animada. – me conte o que fez nessas três semanas. – pediu. Ele suspirou.

– Fui a um velório e depois a um enterro. Ah, esse era o da minha irmã. – disse amargamente e ela o olhou com os olhos sérios. Ele então prosseguiu. – Tive que voltar ao trabalho, porque preciso fazer algo para ganhar a vida. Mas me concederam uma licença porque, aparentemente, segundo um psicólogo da empresa, não estou apto no momento para trabalhar, porque estou traumatizado com minha perda. – ele disse com escárnio. – Isso é ridículo.

– Onde você machucou sua mão? – ela perguntou encarando algo que cicatrizava em sua mão, que ainda estava na dela. Ele a puxou de lá e colocou-as no colo.

– Eu usei um machado pra destruir uma casa na árvore. E acabei me cortando. – deu de ombros como se não fosse nada de mais. Rosalie cerrou os olhos.

– Você destruiu uma casa na árvore? – sua pergunta soou indignada. – Por que você faria essa atrocidade? Eu sempre quis ter uma casa na árvore.

– Eu a estava construindo para a Alice. Com ela. Não vejo motivo de continua-la se ela não estará aqui para aproveitar.

– Suficientemente justo. – ela por fim disse. – Mas seja mais cuidadoso da próxima vez. Não queremos que seja você a parar num leito de hospital.

– Por que está fazendo isso? – ele perguntou. – Por que se importa tanto?

– Porque já passei por onde você está. – ela deu um pequeno sorriso de lado. – Sei que pode ser um processo longo e árduo, mas também pode ser curto. Sei que ajuda, pra você, não parece uma boa coisa, mas acredite em mim quando digo que é. E quero te ajudar. Eu vou te ajudar. – ela disse com a voz fervorosa. – Não se deixa uma pessoa passar por isso sozinha.

– E o que faz você pensar que estou sozinho? – ele ergueu uma sobrancelha de forma arrogante. Ela sorriu.

– Bem, você está aqui, não é? Acho que isso é resposta suficiente, Emmett.

Emmett passou o resto da tarde no hospital com Rosalie. Conversaram sobre muitas coisas, evitando sutilmente o assunto de sua irmã e Rosalie respeitou sua vontade sobre aquilo, apesar de vez ou outra o assunto acabar vindo à baila por conta de algo que citavam. Para seu alívio, Emmett conseguiu se distrair de verdade com Rosalie. Ela não os deixava ficar em silêncio e sempre que ele eventualmente explodia em um ataque de raiva ela apenas esperava ele se acalmar e voltava a conversar novamente, como se nada daquilo tivesse acontecido e ele não estivesse meio louco. Ele ficou grato por aquilo também. No inicio da noite ele levantou-se para ir embora, ficar em casa e ajudar os pais.

– Voltará para me ver? – ela perguntou. Ele hesitou antes de responder. Mas a quem estava tentando enganar?

– Voltarei. – ela sorriu.

– Não demore tanto tempo de novo. – pediu ela. Ele assentiu e se virou para a porta.

– De quem é a culpa então? – ele perguntou quando chegou lá.

– O que?

– De quem é a culpa? De ela ter morrido. – ele explicou.

– Não é culpa de ninguém, Emmett. – Rosalie deu um sorriso de lado. – Algumas coisas apenas têm que acontecer. É o ciclo da vida. Ela é como é. – deu de ombros. – Queria, sinceramente, poder te dar uma resposta mais lógica e conclusiva, mas receio ser impossível. – ele assentiu com a expressão indecifrável.

– Boa noite, Rosalie. – ele falou antes de se virar.

– Boa noite, Emmett. – ela disse quando ele já havia se virado.

Respirou fundo e deitou-se na cama. Emmett teria um longo processo. A morte da irmã definitivamente tinha sido mais que dura para ele. Ela vira como ele se importava com ela, como fizera tudo por ela, como a sua morte o havia endurecido, o deixado mais descrente na vida, em tudo. Ela esperava que pudesse de fato ajuda-lo, que ele superasse aquilo e pudesse voltar a ser o homem que fora antes – embora ela não conhecesse esse homem. Ele parecia ter um bom coração e seria um desperdício para o mundo perde-lo assim.

– Olha quem trouxe seu jantar hoje. – Edward entrou no quarto com um sorriso e levando uma bandeja com um sanduiche e um copo de suco para ela. Ela sorriu.

– Olá garçom. Pode me servir. – ela disse virando uma espécie de mesa para a cama. Ele colocou lá a bandeja e sorriu.

– Como foi seu dia? Sinto muito por não ter vindo. – ele se desculpou. – Tive que ir à empresa resolver alguns problemas hoje.

– Está tudo bem. – ela revirou os olhos e deu uma mordida no sanduiche. – Você vive aqui. Precisa sair mais, trabalhar, levar garotas para jantar... – disse sugestivamente.

– Da onde isso surgiu? – ele cerrou os olhos e ela sorriu.

– Deveria convidar a Bella para jantar. – ela falou. – Vou ser honesta. Ela gosta de você, você sabe disso. E acho que você também gosta dela e não sei por que diabos ainda não a chamou para sair. Se você não fizer isso logo, outro o fará. E darei a ela todo o apoio para que ela aceite o outro, porque ela não pode deixar de viver a vida, assim como você esta fazendo. E acho que está fazendo isso por mim e odeio isso. Não quero que deixe de viver porque estou no hospital, Edward. Quero que saia, que tenha uma vida, que se divirta. Você está saudável, não está doente também. – ela finalizou com a voz séria. Ele suspirou.

– Não quero sair. Quero ficar aqui com você, eu me divirto aqui. – ela revirou os olhos. – Não estou fazendo isso só por você. Estou fazendo por mim também. Como acha que me sentirei se a perder e depois perceber que desperdicei todo o tempo que tinha com você, saindo com pessoas sem importância?

– Ed, eu agradeço, de verdade, que esteja fazendo isso. Você não tem ideia do quanto é importante ter você aqui. Mas quando eu morrer – ele franziu a expressão ao vê-la usando o termo para corrigi-lo – você vai continuar vivo. E se não mudar as coisas, vai continuar vivo e sozinho. Chame a Bella pra sair. É uma ordem. – ela aumentou a voz e o encarou até ele suspirar.

– Tudo bem! Tudo bem! – ele disse enfim. – Se isso a fará feliz. – deu de ombros.

– Não é o suficiente. Tem que te fazer feliz também. – ela falou. – Assume vai. Você sente algo pela Bella. – ela sorriu e ele revirou os olhos, sorrindo também.

– O que você fez hoje? Ficou sozinha o dia todo?

– Não, o Emmett passou a tarde aqui.

– Emmett? – ele balançou a cabeça negativamente, sem se lembrar.

– O cara que estava aqui umas semanas atrás. O que perdeu a irmã. – ela explicou. Edward não mostrara indícios de se lembrar. – Um gigante, com ombros largos, cabelos pretos e uma voz maravilhosa.

– Ah, o armário. Claro, me lembro. – ela sorriu.

– Armário? – repetiu erguendo uma sobrancelha.

– Vai dizer que ele não parece um? – ele perguntou indignado. – Aquele cara tem dois metros.

– Você está com ciúmes do porte atlético dele. – Rosalie acusou. Edward fingiu indignação.

– Como você pode me acusar assim? Sou seu irmão mais velho mocinha, você me deve mais respeito que isso! – sua voz autoritária a fez rir. – Você parece animada.

– Estou. Esperei que ele voltasse por três semanas e cheguei a pensar que ele não viria, mas veio. – deu de ombros.

– Esse era o motivo do seu mau humor na outra semana? – ela sorriu constrangida.

– Um pouquinho só. Mas também estou de bom humor por estar me sentindo bem. Bem mesmo, como se não houvesse nada errado.

– Fico muito feliz em ouvir isso. – Edward falou satisfeito. – Trouxe seu filme favorito hoje. – ele disse pegando uma capa de dvd de uma maleta preta que trouxera consigo. Rosalie sorriu e foi para o canto da cama, dando um espaço para Edward poder deitar a seu lado depois.

Emmett voltou então, dez dias depois da primeira visita. Rosalie esperara pacientemente seu retorno, embora preferisse que ele demorasse menos, entendia que Emmett precisava de seu tempo e não o apressaria. Animou-se assim que o viu, apesar da aparência abatida do homem. Ele não parecia estar melhor. Ele sentou-se na poltrona, como da outra vez e eles começaram a conversar como se fossem velhos amigos.

– Como... Como foi quando você descobriu da sua doença? – Emmett perguntou meio hesitante depois de algum tempo de conversa. Rosalie sorriu, para deixar claro que não se importava em falar sobre aquilo.

– Foi aterrorizante no princípio. Eu não queria acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo – e logo comigo! Eu, que não cometia exageros, cuidava bem da minha saúde e era temente a Deus. Recusava-me a acreditar que estava doente. Mas quando não houve mais saída, eu fiquei revoltada que aquilo estivesse acontecendo. Então eu comecei a fazer mil promessas à Deus, pedindo a ele que me curasse então eu poderia cumprir todas elas. Não funcionou como você pode perceber. – ela sorriu e revirou os olhos. – Então eu decidi começar os tratamentos, mas não durou muito tempo esse processo, porque logo viram que eu não reagia e a cirurgia para a retirada dos tumores não foi bem sucedida, por causa do local em que um deles está localizado. Falaram-me que eu não teria muito mais tempo e deveria começar a me preparar e aí eu fiquei realmente deprimida. Falaram que eu aguentaria no máximo três, quatro meses com sorte. Eu enlouqueci. E olhe agora para mim, seis meses depois, perfeitamente estável. Carlisle acredita que sou um milagre, não entende como ainda estou viva, embora não diga nessas palavras. Então comecei a passar mais tempo no hospital quando passei a viver aqui e comecei a ver todas as pessoas que entravam e saiam, e vinham doentes e saiam curadas ou vinham com os doentes e saiam aos prantos... Vi todo tipo de coisa. Isso me fez pensar sobre minha situação e tentar entende-la. Posso dizer que talvez eu tenha compreendido um pouco dela e passado a aceita-la como uma parte de mim, da minha vida. Não posso muda-la, então me adaptei a ela.

– Como você conseguiu fazer isso? – ele perguntou sem entender.

– Eu não sei. – ela deu de ombros. – É algo que você adquire com o tempo, eu acho. A vida é sobre adaptação. O mais forte se adapta, sobrevive, consegue ficar por mais tempo. Então, tudo que tem que fazer é se adaptar ao que destino reserva a você. Não que eu ache que vá sobreviver. – ela franziu o cenho. Emmett ficou em silêncio por algum tempo e Rosalie deixou-o pensar sobre o que falara a vontade.

– Obrigado por estar me ajudando com isso. Por não me ouvir quando falei que não precisava de você. – ele disse por fim, abaixando a cabeça, meio envergonhado, querendo se desculpar pela explosão de alguns dias atrás. Ela deu de ombros e sorriu. – Obrigada por me receber e ser tão gentil. A maioria das pessoas não consegue mais me suportar.

– Tudo bem, não é nada.

– Não, é sim. Você não tem ideia do tanto que tem feito por mim e eu não poderia por em palavras. Não sei o que teria feito sem os momentos de paz que consigo a seu lado. – ele confessou honestamente.

– Bom, você provavelmente teria bebido até virar um alcoólatra com o fígado ferrado, perderia o emprego, o respeito dos amigos e seria um bêbado sem rumo. – ele riu e revirou os olhos.

– Você é muito positiva, não acha?

– Sim, eu sou. – ela sorriu ainda mais. – Mas você não disse que eu estou errada. – ela piscou pra ele.

– Onde está ela? – Emmett perguntou quando voltou, duas semanas depois de sua ultima visita, e não viu Rosalie no quarto, como de costume.

– Fazendo alguns exames. – Edward respondeu depois de olhar para o homem e reconhece-lo como Emmett. – Ela deve estar de volta logo. – disse com um suspiro. – Você deve ser o Emmett.

– O que aconteceu? – seu tom de voz era preocupado e ele não se deu o trabalho de confirmar quem era.

– Ela se sentiu mal e teve uma forte dor de cabeça que não ia embora. Carlisle disse que ele ia fazer alguns exames para ter certeza sobre o que era, mas ele acha que não é nada de diferente, é apenas a doença e não há nada que possamos fazer além dar a ela alguma medicação para a dor. – Edward explicou e Emmett assentiu.

Ficaram ambos sentados em silêncio no quarto, esperando impacientemente a volta da loura e do médico. O coração de Emmett experimentava a mesma sensação de antes, estava aflito, do mesmo jeito que ficava sempre que a irmã passava por aquele tipo de situação. Ele respirava fundo constantemente, tentando se acalmar. Depois de algum tempo de espera o doutor apareceu e ambos se levantaram e foram em direção à Carlisle.

– Carlisle, o que há de errado? – Edward se antecipou.

– Nada que os exames puderam identificar. Tudo está exatamente igual. – ele disse com uma voz um pouco decepcionada e ele e Edward tinham uma expressão desolada no rosto.

– Espere, isso é bom certo? Eu quero dizer, nada de mudanças significa que ela não está pior. – Emmett falou, sem entender as expressões.

– Mas significa que ela não está melhor também. Nós estávamos esperando... Quero dizer, nós sabemos que é improvável, mas meio que estávamos esperando uma espécie de melhora no quadro dela. Ela está conosco por tanto tempo a mais do que o estipulado e não tem mostrado mudanças, então nós esperávamos que algo tivesse mudado, uma espécie de milagre, quem sabe... Mas nada mudou. – a voz de Edward era quebrada, triste, sem esperanças.

– Não espere por milagres. É perda de tempo. – Emmett disse com a voz cortante e Carlisle franziu os lábios, sabendo que todo o rancor se devia ao fato da pequena irmã que ele havia perdido.

– Bom, Rosalie deve estar sendo trazido pra cá a qualquer momento, deve chegar logo. – avisou o médico e depois de balançar a cabeça em despedida saiu do quarto.

Poucos minutos depois da saída do médico Rosalie foi trazida para o quarto.

– Emmett! – ela falou contente quando o viu. – Que bom vê-lo.

– Olá, Rosalie. – ele sorriu de forma triste.

– Por que você não me recepciona dessa maneira? – Edward perguntou numa falsa ofensa, fazendo Rosalie rir.

– Bom, porque você é meu irmão. E você vive aqui. Talvez se você saísse mais, eu pudesse te receber assim... – ela insinuou. – Que tal aquele encontro? – ela sugeriu. – Acabei de ver a Bella, ela está indo comer algo lá em baixo e vai subir depois. Por que não vai conversar com ela? – Rosalie ofereceu com um sorriso. Edward suspirou e revirou os olhos.

– Você não vai desistir, não é? – perguntou. Rosalie sorriu mais.

– Não!

– Tudo bem. – ele disse derrotado e se virou para a porta. – Mas não pense que não notei sua estratégia para ficar sozinha com o seu amigo. – ele disse em tom de brincadeira. – Estou de olho em você, Rosalie! – ela mostrou a língua para o irmão e riu ao vê-lo fechar a porta.

– Então Emmett, como você está? – ela disse sendo ajudada pela enfermeira a deitar na cama. Assim que disse a Rosalie para chamar se precisasse, ela se retirou do quarto.

– Estou bem, ao contrário de você, ao que parece. – ele disse. – Soube que teve alguns problemas. – ela deu de ombros.

– Foi uma semana complicada. Nada de mais.

– Teria vindo antes se soubesse, sinto muito.

– Deveria sim ter vindo antes, mas não por isso. – ela falou. – Estou esperando sua visita ansiosamente. – ele cerrou os olhos.

– Então seu irmão estava certo. – ele falou com a voz engraçada. – Realmente queria ficar sozinha comigo para abusar de mim em um momento desses? – ela riu alto.

– Claro. – concordou ela. – Bom, somos amigos, não é? – ela perguntou, pela primeira vez com a voz insegura. Emmett a olhou sem entender.

– Somos. – respondeu por fim. Ela sorriu.

– Bom, então na verdade quero te pedir uma coisa. E me recuso a ouvir um não como resposta.


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Notas finais do capítulo

Oi gente, como vocês estão?
Podem falar, tempo re-cor-de. Orgulho de mim mesma! n. Hahahah. Fui super rápida pra postar o capítulo, né?
Obrigada a todos os reviews lindos que eu recebi no ultimo capítulo e espero que vocês tenham gostado do novo capítulo! Mereço reviews? Espero que sim. Não se esqueçam de recomendar a fanfic para outras leitoras Emmelie, que assim vocês me deixarão super contente, ok? Hahahah.
Boa semana e o próximo capítulo sai na próxima semana!
Beijo grande!



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