O Dia Seguinte escrita por ChatterBox


Capítulo 7
Bonsoir


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente!!! :D
Estou muito feliz de estar de volta, embora ainda n esteja por inteiro.
Como sempre, passei por algumas complicações para continuar a fic.
Mas agora que estou de férias, prometo dar o melhor de mim para terminar essa fic. São apenas 4 ou 3 capítulos adiante, então acho q vai dar tudo certo!
Obrigada pela compreensão e tudo mais. Adoro vcs ^^
Boa leitura,
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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Entramos na sala da delegacia algemados e um dos policiais carrancudos apontou para as cadeiras vazias da mesa que estava lá dentro. Nos entreolhamos com nervosismo e sentamos onde mandou.

O policial que nos encarava não era muito gentil, e tinha a impressão de que não sabia falar a nossa língua muito bem, pois não dizia nada, apenas grunhia e fazia gestos com a cabeça e as mãos.

Ficou em pé nos olhando com desconfiança e as mãos na cintura em posição autoritária, enquanto pingávamos de água do rio sena. Haviam nos dado algumas toalhas, mas ainda assim, nossas roupas estavam encharcadas.

A porta se abriu, e uma moça entrou na sala, estava com um uniforme branco, e cabelos presos, uma maleta de primeiros-socorros na mão e se aproximou de nós.

Ficou calada e apenas colocou a maleta sobre a mesa, abriu e tirou de lá duas seringas com agulhas bem afiadas na ponta.

No mesmo momento eu recuei.

– O que é isso? – ofeguei. – O que ela vai fazer?

O policial não reagiu muito ao meu desespero e apenas me lançou um olhar de desdém, enquanto a enfermeira continuava olhando as agulhas na ponta das seringas, como se as examinasse muito bem antes de fazer algo.

– É apenas um antibiótico. – uma voz soou na sala. O policial finalmente disse algo. Então ele falava nossa língua... – Para matar as bactérias que devem ter contraído no rio.

Disse ele, sem muito ânimo e ainda nos medindo. Olhei para Nick com o rosto aliviado e deixei que a enfermeira enfiasse aquela agulha em mim, com muito sofrimento.

Mas ao menos não tinha mais a preocupação de ficar doente.

Assim que terminou de aplicar em mim, ela foi até Nick e fez o mesmo. Em seguida saiu da sala com a maleta nas mãos.

A sala ficou silenciosa, e éramos apenas nós.

O guarda chegou perto da mesa e sentou-se na cadeira da frente. Eu estava em pânico, não sabia o que ele ia perguntar, ou fazer, e muito menos qual seria o resultado de tudo isso. Se iria para cadeia, ou ficaria livre.

Mas pelo meu raciocínio, eu realmente achava que não sairia bem dessa. Comecei a me arrepender de todas as coisas que fiz naqueles dois últimos dias de uma vez.

– Nick Arojo e Maddie Rascoe? – indagou o guarda, com o semblante sério.

– Sim.

Respondi num fio de voz quase inaudível. Nick apenas assentiu com a cabeça.

– Existe uma denúncia de que vocês dois tentaram fugir do Hotel Atelier na intenção de não pagar pelo serviço.

Avisou, e nos encarou com rigidez. A minha boca tremeu. Não sabia o que fazer, era óbvio que naquela altura, negar não adiantaria muito.

– Bom nós... Não foi nossa intenção!

Acabei dizendo, estava tão atordoada que foi o melhor que pude pensar.

– Sim, mas, sinto dizer que todos os movimentos que fizeram desde o dia anterior estão contra vocês. Para começar, vocês contataram a alteração do pacote diário do Hotel, e depois não apareceram à noite. E em seguida, tentaram fugir de nós algumas horas atrás. O que indica que vocês estavam com medo de serem pegos.

– Sabe, a culpa não foi nossa! Nós só não tínhamos como pagar nenhum Hotel! –a voz soou na sala, exaltada. Mas não era a minha, era a de Nick, e me deixou amedrontada. Estava colocando tudo a perder! – Olha... Nós nos alcoolizamos na noite passada e não lembramos de nada sobre como viemos parar aqui! Para começar, somos de Londres, e estávamos numa festa antes de surpreendentemente acordarmos no quarto daquele Hotel. Não sabemos sequer como pagamos as passagens, ou como fomos parar naquele quarto. Nós estávamos fora de nós mesmos e se tivéssemos, nunca iríamos parar naquele lugar, pois não temos dinheiro para ele!

– Bom, devo avisar que estão em maus lençóis, mas ainda assim... Vamos dar uma olhada nos vídeos que a câmera da recepção do Hotel captou na noite em que chegaram. E se for visível a embriaguez dos dois nos vídeos, pode ser que vocês recebam a anistia sobre o pagamento do Hotel. Já que os Hotéis não são autorizados a venderem hospedagens para pessoas com visível alto nível de embriaguez. No entanto, mesmo que consigam, fiquem atentos, pois não sei se o Estado poderá se responsabilizar pelas passagens de avião, e isso poderá ficar por sua conta. – meus olhos se iluminaram com a chama da esperança. – Com licença.

Levantou-se e saiu da sala. Ficamos só eu e Nick, com inertes com o impacto da notícia que recebemos.

– Ai meu Deus!

Abracei-o, eufórica, passando meus punhos algemados por volta do seu pescoço.

– Mal posso acreditar, temos uma chance de sair dessa! Não achei que seria tão fácil!

Celebrou ele, em êxtase, e nos encaramos alegres.

– Podíamos ter feito isso desde o início. – alertei. – Mas tudo bem, acho que nenhum de nós dois pensou que fosse a melhor possibilidade não é? Mas da próxima vez a gente podia tentar ser honestos.

Rimos.

– E terá uma próxima vez?

Sorriu para mim.

– É, acho que não. Mas tudo bem, porque... Não me importo de enfrentar essas loucuras com você.

Admiti, enrubescida. Nick calou-se. Escorregou o dedo por uma mecha do meu cabelo e me beijou de leve.

– E acha mesmo que vamos conseguir? – perguntei. – Quer dizer... E se na gravação, parecermos sóbrios?

– Acho difícil. Vai dar tudo certo.

Ficamos ali por longos instantes, preocupados, encarando o relógio a cada segundo. Quando o policial entrou na sala novamente, eu não conseguia dizer se estava com um semblante bom ou ruim, estava simplesmente sério e frio como da última vez que o vimos, e isso só aumentou o meu nervosismo.

Sentou na cadeira e nos lançou um olhar misterioso. Eu e Nick nos entreolhamos sobressaltados, o coração acelerado, quando finalmente abriu a boca para dizer:

– Foram inocentados.

Mal posso descrever a tamanha tranquilidade e alívio que invadiu o meu corpo. Eu e Nick sorrimos com deslumbre e nos jogamos nos braços um do outro, num abraço triunfante.

– E tenho boas notícias. – continuou o policial. Enxuguei as lágrimas de emoção do rosto para ouvi-lo, atenta. – Parece que terão uma hospedagem gratuita por uma noite. No Hotel que não conseguiram pagar, ironicamente. Será uma espécie de pagamento pelo transtorno, a final não teriam fugido se tivessem chamado a polícia ao invés de fornecer o quarto. Não imagino o que teria feito se acordasse num Hotel caro depois de uma festa... – riu-se. – Também fazia essas besteiras quando era mais novo, mas... Serve de aviso, essa experiência. Não façam isso de novo está bem? A polícia de Paris perdoa uma, mas não duas vezes.

Levantou-se com um sorriso curvado no rosto e nos mostrou a saída.

Parece que tudo tinha saído melhor do que esperávamos.

Eu e Nick entramos no Hotel esbanjando felicidade. Nick me ergueu do chão e me carregou, enquanto me beijava, para dentro do quarto, como se tivéssemos acabado de nos casar.

Nunca o desejei tanto quanto naquele momento, parece que a sensação renovadora de que tudo tinha dado certo, só tornou o momento mais envolvente.

Não pensei duas vezes quando me jogou na cama e distribuiu beijos do meu pescoço até o busto, provocando arrepios.

Nick tirou a camisa, e puxou a minha blusa para despir meu tronco. Eu estava perdendo o fôlego, minhas veias ardiam, enquanto ele tocava meus lábios nos dele. Para mim, era como a minha primeira vez, e isso me fez hesitar um pouco.

Mas enquanto sentia os toques de Nick, no meu cabelo e deslizando nas minhas coxas, eu soube que estava pronta pra ele. Sabia que nos conhecíamos à pouco tempo, mas era o momento certo pra mim. Sentia que podia confiar nele. Do mesmo jeito que senti naquela noite – por mais que estivesse embriagada – e lhe entreguei a minha primeira experiência sexual.

Nick sentou no colchão, e me preparei para sentar no colo dele. Pensei que seria fácil, mas senti dor, e um sangramento fez com que eu parasse. Aquilo podia acontecer numa segunda vez...?

Olhando para a minha expressão de espanto, Nick beijou meu pescoço e perguntou entre ofegos:

– Está tudo bem...?

Pensei em contar para ele, mas ao mesmo tempo, não tive tempo para pensar, o prazer dominou meu corpo com toda a velocidade tudo que pude fazer foi esquecer aquilo e assentir para ele.

Foi tudo melhor do que eu esperava. Os olhos castanhos de Nick eram convidativos sobre os meus, era como estar em casa. Entre seus braços rígidos eu me sentia protegida. Experimentamos de uma experiência de prazer e emoções juntos. Aquele instante foi o final dela. A aventura, os conflitos, e por fim, a trégua. Como deve ser.

Pensei nisso enquanto tentava desacelerar as batidas do meu coração, e compassar minha respiração, deitada no seu peito duro e confortavelmente quente sob meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Então gente, serviu pra n ficar na curiosidade né? Eu espero conseguir continuar!!
Beijocas, Anonymous girl writer s2.