Choram as Rosas escrita por Camy, Harumihatae


Capítulo 17
NÃO DEIXE O AMOR PASSAR


Notas iniciais do capítulo

Chegamos no final de Choram as rosas, agradecemo a todos que leram... Fiquem, ligado que em breve, uma continuação dessa fic!!! :)



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NÃO DEIXE O AMOR PASSAR (Carlos Drummond de Andrade)
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem dágua neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.


_________Ultimo Capitulo de Choram as Rosas_________
This time, this place,
Desta vez, este lugar,
Misused, mistakes
Desperdícios, erros
Too long, too late
Muito tempo, muito tarde
Who was I to make you wait?
Quem era eu para te fazer esperar?
Just one chance, just one breath
Apenas mais uma chance, apenas uma respiração
Just in case there's just one left
Apenas no caso de haver apenas uma restando
'Cause you know, you know, you know...
Porque você sabe, você sabe, você sabe...


Daisuke entrou naquele salão enorme de forma um tanto quanto receosa. Procurou Luna com o olhar e encontrou-a na primeira fila, abraçando uma mulher com os cabelos da mesma cor que Yukina. Caminhou lentamente até lá. Não havia falado com ela desde que a deixara em casa no dia da morte da amiga.

DAISUKE: Luna – ele chama.

A morena se solta da mulher mais velha e olha para ele. Daisuke nunca a vira naquele estado. Os cabelos estavam despenteados, os olhos vermelhos e a expressão de tristeza em seu rosto deixaria qualquer um apiedado. Era a primeira vez que Daisuke via Luna sem maquiagem.

LUNA: O que você está fazendo aqui? – pergunta. A voz chorosa e os olhos marejados.

Daisuke não responde. O moreno simplesmente abraça a mulher. Luna soluça e aperta o abraço. Sentira falta dele nesses dias. Não conseguia pensar em romance no momento, mas precisava de um abraço. Um abraço de amigo se fosse o caso. Daisuke sabia disso. Não cobraria nada dela agora. No momento, tudo o que faria seria cuidar da morena.

Nenhum dos dois poderia dizer quanto tempo ficaram naquele abraço, mas se separaram apenas quando o padre começou a falar.

Daisuke olhou para o lado e viu Mary e Drew na mesma fileira. A morena seguiu o olhar dele e Daisuke sentiu o corpo dela ficar tenso. Sabia do ódio que Luna passara a sentir por Drew. Não poderia culpá-la. O ódio da morena pelo primo era completamente justificável.

Daisuke a abraçou pelos ombros e a morena apoiou a cabeça na curva de seu pescoço.

O moreno não poderia repetir o que o padre disse. Não prestou atenção em nada. Cada lágrima que Luna deixava escapar deixava-o mais triste. E com mais raiva também. Se matar Drew, May e todos os que estiveram naquele galpão fosse fazer Luna sorrir novamente, ele o faria. Mas sabia que não adiantaria nada vingar a morte da amiga dela. A única forma de fazer Luna ficar realmente feliz novamente era trazer Yukina de volta. E isso ele não sabia como fazer. Se soubesse faria. Se soubesse como, iria até o inferno buscar a amiga da morena apenas para vê-la com um sorriso no rosto novamente.

A Luna depressiva não combinava com a mulher irritante e arrogante que ele conhecera e aprendera a amar. A hora do enterro foi a pior.

Daisuke teve que segurar a morena nessa hora. Luna tentou impedir que a amiga fosse enterrada. Daisuke a segurou por algum tempo, antes dela agarrá-lo e chorar desesperadamente em seu peito.

DAISUKE: Calma. Vai passar Lu. Vai passar.

Ao ouvir o apelido que ganhara da amiga as lágrimas aumentam. Assim que Yukina é enterrada, Daisuke começa a puxá-la.

LUNA: O que pensa que está fazendo? – pergunta tentando se soltar. Não queria sair dali. Yukina a esperava.

DAISUKE: Vou te levar pra sua casa – ele fala – você tem que sair daqui.

LUNA: Não. A mãe da Kina ta ali e…

DAISUKE: Por mais amigas que vocês fossem, ela quer a filha dela. Não você.

LUNA: Mas eu sou como uma filha pra Dona Sayuri. Ela precisa de mim. Sou tudo o que ela tem…

DAISUKE: Olhe Lu – ele aponta. Dona Sayuri estava abraçada na irmã – Dona Sayuri está com Dona Mary. Elas têm uma à outra.

LUNA: Como eu e Kina – as lágrimas voltaram aos seus olhos.

DAISUKE: Shi – ele acaricia a bochecha dela – venha comigo.

A morena assente com a cabeça e se deixa levar por Daisuke. Ele a envolve pela cintura e a leva para um táxi.

DAISUKE: Preciso comprar um carro – murmura baixinho, acariciando os cabelos dela.
Luna abre um mínimo sorriso, que desaparece alguns segundos depois. Mesmo assimDaisuke sente-se um pouco melhor. Conseguira, enfim, fazer os lábios dela formarem um sorriso. Por menor que fosse, já era um começo.


That I love you
Que eu te amo
I have loved you all along
Eu te amei o tempo todo
And I miss you
E eu sinto sua falta
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
I keep dreaming you'll be with me
Eu continuo sonhando que você estará comigo
And you'll never go
E você nunca irá embora
Stop breathing if I don't see you anymore
Paro de respirar se eu não te ver mais


Chegaram ao hotel em que a morena estava hospedada em poucos minutos. Daisuke a guiou para dentro. Luna não conseguiria chegar ali sem o moreno. Nem mesmo tinha vontade de fazê-lo.

DAISUKE: Você está bem?

Ela nega com a cabeça. Como poderia? Sua amiga estava enterrada. Sua amiga realmente partira. Sentiu-se ainda mais perdida por alguns segundos, até sentir que Daisuke estava ajudando-a a sentar. Já haviam chego ao seu apartamento? Nem se incomodou em perguntar como ele abrira a porta. Não tinha vontade de perguntar isso. Não tinha vontade de perguntar nada, na verdade. Queria apenas fechar seus belos olhos e nunca mais abri-los.

LUNA: E-eu quero dormir, se não se importa – sussurra baixinho.

O moreno assente com a cabeça.

DAISUKE: Tudo bem. Vou comer alguma coisa ok? Quando acordar me chama. Vou ficar aqui. Não quero te deixar sozinha.

Os olhos violetas dela se marejaram ao ver que alguém ainda se preocupava consigo. “Mas não o suficiente” pensa. “Desculpa-me Daisuke-kun. Eu nunca mais vou acordar”. A morena sorri leve e tristemente para ele e vai para o seu quarto.

Ela passa diretamente pela cama e entra no banheiro. Talvez uma dor física fosse distrai-la da dor no coração. Se não doesse tanto ela pensaria que nem tinha mais um coração. Mas doía. E doía demais.

Ela observa os objetos ali. Sabonete, escovas, toalhas… uma gilete. Havia prometido a Kina que nunca mais tentaria fazer aquilo. Mas isso fora quando a amiga ainda estava viva. Agora a promessa estava a sete palmos do chão, assim como a irmã. Sentiu as lágrimas aumentarem e nem percebeu quando começou a soluçar. Começou a tatear a procura da gilete, visto que seus olhos estavam marejados demais para que conseguisse enxergar alguma coisa. Se corta ao agarrar a gilete, mas quase nem sente a dor.

LUNA: Isso finalmente vai terminar – sussurra agarrando o coração. O sangue da mão cortada manchando a blusa.

Ela leva a gilete até o pulso e passa de leve, fazendo um corte superficial. Pensa sorrir, mas não tem certeza de que o faz. Sente as lágrimas aumentarem. Aquilo era bom. Fazia com que esquecesse um pouco da dor que sentia no coração. De certa forma, queria que Daisuke visse aquilo e a impedisse. Mas ao mesmo tempo não queria que ninguém a interrompesse.

“Estou mais perto de Kina agora” sorriu um pouco com o pensamento e encostou novamente a gilete no pulso. “Ela está me esperando”.

DAISUKE: LUNA!

O moreno invade o banheiro e arranca a gilete dos dedos da morena. Sentiu-se aliviada e irritada ao mesmo tempo. Aliviada por ele tê-la impedido e estava irritada pelo mesmo motivo.

LUNA: Devolve – sussurra baixinho. Agora sentia dor. Queria acabar com a dor no pulso e com a dor no coração também.

DAISUKE: Mas o que você ia fazer – sussurra apavorado.

O moreno ouvira alguns soluços e resolvera ver como ela estava. Ao não encontrá-la no quarto ficou preocupado e ouviu o choro dela no banheiro. Apavorou-se com a cena que encontrou.

LUNA: Eu ia ver a Kina – sussurrou.

Ele ajuda ela a levantar e a leva para o quarto da mesma.

DAISUKE: Fique aqui. Não sai, por favor – ele implora – fica aqui.

Mesmo ainda confusa a morena entende o duplo sentido. Tenta acalmar a respiração, para que o choro pare e consegue parcialmente. Quando Daisuke volta ela conseguira diminuir as lágrimas. Os olhos continuam marejados, mas a morena já estava mais recomposta, pelo menos.

LUNA: D-desculpa…

DAISUKE: Está tudo bem – ele sorri – me dê sua mão – a morena estendeu o pulso machucado e o garoto começou a fazer um curativo – quer me falar sobre isso?

Luna assente com a cabeça.

LUNA: Está sendo tão difícil pra mim – sussurra – pior até do que quando perdi minha mãe. A Kina sempre foi a minha irmã… eu a amava, amo não sei mais – a morena respira fundo, querendo impedir que as lágrimas a impeçam de falar. Precisava colocar aquilo tudo pra fora – Nos conhecemos quando tínhamos três anos, na creche. Depois disso cursamos a mesma escola. Aos dez anos começamos a nossa jornada juntas – ela balança a cabeça para os lados – estivemos juntas a nossa vida inteira. Éramos vizinhas – riu baixo – juntas todos os dias – seu lábio inferior tremeu – eu estou perdida Daisuke. Completamente perdida. Não sei mais o que fazer da minha vida, eu não sei mais em quem confiar – a voz falha – eu e Kina resolvíamos isso tudo juntas. Faríamos uma viagem ao redor do mundo. Eu seria a madrinha do casamento dela. Ela seria a minha madrinha. Seríamos madrinhas uma do filho da outra. Combinamos de ficar juntas pra sempre – as lágrimas agora escorriam livremente.

Daisuke já havia terminado o curativo e sentara-se ao lado dela. Ele a puxa para um abraço novamente.

DAISUKE: Está tudo bem Luna. Eu faço a mínima ideia de como deve estar sendo horrível pra você – sussurrou – nunca perdi ninguém que eu realmente amasse. Não amo muitas pessoas – admite – mas eu estou aqui. Mesmo que não tenha mais ninguém, eu vou estar aqui.

As lágrimas aumentam e ela chora no peito dele. Daisuke deixa a morena chorar e percebe que aos poucos ela vai se acalmando. Luna sentia dor na garganta, por chorar tanto.

LUNA: Obrigada – sussurrou – obrigada, obrigada, obrigada.

DAISUKE: Amigos são pra essas coisas – a frase doeu. Não queria ser apenas amigo dela.

LUNA: É… amigos – ela sorri levemente. Estava agradecida por aquilo. Não lembrava quando se tornara tão dependente de Daisuke. Ele não estava tomando o lugar de Yukina. Isso nunca aconteceria, mas a morena estava agradecida por ter alguém com quem contar.

Eles escutam uma música vinda da sala.

DAISUKE: Eu liguei o rádio.

LUNA: Tudo bem.


On my knees, I'll ask
De joelhos, eu pedirei
Last chance for one last dance
Última chance para uma última dança
'Cause with you, I'd withstand
Porque com você, eu resistiria
All of hell to hold your hand
Todo o inferno para segurar sua mão
I'd give it all
Eu daria tudo
I'd give for us
Eu daria tudo por nós
Give anything but I won't give up
Dou qualquer coisa, mas eu não vou desistir
'Cause you know, you know, you know
Porque você sabe, você sabe, você sabe


Daisuke levantou da cama e se ajoelhou na frente de Luna, que o olhou com uma sobrancelha erguida.

DAISUKE: A bela dama me concede esta dança?

Luna tapa a mão com a boca e começa a rir. Não é um riso espontâneo, mas é mais do que apareceu em seu belo rosto desde a morte de Yukina.

LUNA: Daisuke…

DAISUKE: Ora vamos Luna – ele sorri – estou louco para dançar.

LUNA: Danças comemoram alguma coisa…

DAISUKE: Estamos comemorando o nosso começo – ele sorri – a partir de agora somos melhores amigos – queria dizer outra coisa ao invés de “melhores amigos”, mas por enquanto ele conseguiria conviver com aquilo.

LUNA: Se você insiste…

Ela não terminou. Daisuke a puxou pela mão e a fez ficar em pé. Luna riu novamente e Daisuke comemorou mentalmente. Ele a puxou para uma dança estilo valsa, sendo que a música que tocava era rock, mas nenhum dos dois lembrava o nome. Mas não importava. Daisuke a fez girar e rodopiar, a jogou para frente e para trás. A garota esqueceu tudo o que a atormentava. Não se importou com absolutamente nada mais. A música trocou várias vezes. De rock pra pop e outros estilos que eles nem sabiam o nome. Mas não se importavam. Ouviam uma música apenas deles. Uma música que jamais tocaria naquele rádio e que nem mesmo seus ouvidos conheciam. Uma música do coração. Uma música conhecida apenas por esse órgão traiçoeiro e vital.

Pararam de dançar ofegantes. Daisuke segurava Luna que estava apoiada em seu braço. O moreno debruçava-se sobre ela. Ambos sorriam.

Daisuke fitava os lábios vermelhos e atraentes da morena. Estava perdendo o pouco controle que tinha sobre si mesmo. Luna sorriu e molhou os lábios com a língua.

DAISUKE: Desculpa Luninha, eu não aguento mais – ele toma aqueles lábios doces para si.

Luna o puxa para mais perto, o que vai contra tudo o que o moreno esperava. Daisuke sorriu. Pensara que sairia aleijado depois disso, mas talvez saísse no lucro. Não. Ele já estava no lucro.

Luna nunca havia se sentido daquele jeito. Nem quando beijara Drew e muito menos quando beijara qualquer outro garoto. Não foram muitos. Kina pedira para que se guardasse para Drew. Mas nada no mundo se comparava com aquilo. Luna quase conseguia ouvir fogos de artifício atrás de si. Sorriu durante o beijo.

Separaram-se ainda mais ofegantes.

LUNA: Não sabe o quanto eu esperei por isso – sussurrou.

As testas de ambos estavam juntas.

DAISUKE: Eu sei. Eu sei sim Luninha. Sei muito bem – ele ri.

LUNA: Luninha? – pergunta achando um pouco de graça.

DAISUKE: Tem razão. É muito grande. Você é minha Luni.

Luna ri com o apelido bobo que recebera dele.

LUNA: Só você mesmo, Dai.

DAISUKE: Dai? Gostei…

LUNA: Ótimo – ela sorri – agora dança comigo. Vamos comemorar o nosso início.

Ele começa a rir e a puxa pela cintura.

Bem no fundo Luna sente um pouco de medo. Estava depositando toda a sua confiança em Daisuke. Estava tornando-se dependente do moreno do mesmo jeito que fora dependente de Kina. Talvez um dia se tornasse ainda mais dependente do moreno do que fora da amiga. Mas não estava se importando com isso no momento. Porque agora ela arranjara um novo porto seguro. Um porto seguro ainda frágil, mas ainda assim seguro. Ela sorriu e se deixou levar pela música que tocava em seus corações. Ainda demoraria muito tempo para superar a morte de Kina, mas pelo menos não estava mais sozinha. E se dependesse de Daisuke, nunca mais estaria.


That I love you
Que eu te amo
That I loved you all along
Que eu te amei o tempo todo
I miss you
Eu sinto sua falta
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
I keep dreaming you'll be with me
Eu continuo sonhando que você estará comigo
And you'll never go
E você nunca irá embora
Stop breathing if I don't see you anymore
Paro de respirar se eu não te ver mais


Drew havia esperado bastante por aquele dia. Sabia que não conseguiria rever May antes disso. Poderia ter ido ao Centro Pokémon, mas não era suficientemente corajoso para fazê-lo. As mãos estavam molhadas de suor quando entrou na sala dos coordenadores. A morte da prima ainda assombrava seus pesadelos. Drew se sentia culpado.

O garoto procurou por todo canto, mas não encontrou a sua morena. Olhou de relance pela tela, mas a imagem de May o fez olhar de novo. Sua menina competia. Sorriu e observou-a ganhar. Sentiu orgulho naquele momento. Observou a morena entrar novamente. Seus olhares se cruzaram, mas ela desviou seus orbes safiras rapidamente. Era como se ele não fosse importante o suficiente para ser olhado. Aquilo machucou o coração já destroçado do esverdeado, que suspirou.

Drew batalhou bem naquele torneio. Seus pokémons sentiam a agitação do dono e não o culpavam. O garoto percebeu que, assim como ele, May também batalhara bem.

Ambos foram vencendo partida a partida.

Drew ficava com o coração mais apertado a cada vez que May o ignorava.

DREW: MAY! – ele grita pela morena e tenta aproximar-se dela, mas a mesma o ignora. Ele começa a correr, porém ela se tranca no banheiro feminino e se recusa a sair.

Drew teria esperado ali por um bom tempo, porém foi chamado para a sua última batalha antes da final e teve que ir competir. O garoto sabia que May já estava classificada para a final e um novo objetivo surgiu em sua mente. Na batalha final May não conseguiria escapar dele.

A batalha foi difícil, mas Absol faz seu trabalho e Drew consegue vencer. Agora May não poderia lhe escapar. Ele iria derrota-la e iria humilhá-la na frente de todos por ela o ter ignorado. Sim. Faria a morena sofrer.

Faria May sentir a sua falta, assim como ele sentiu a dela. Por que ele sentiu falta dela. E a saudade foi grande. Quase insuportável.


So far away (So far away)
Tão longe (tão longe)
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo
So far away (So far away)
Tão longe (tão longe)
Been far away for far too long
Estive afastado por muito tempo


Midori começou a procurar por um local vago nas arquibancadas. Queria ver May ganhando todas as batalhas. Por mais que tivesse de mal com Max, a rosada simpatizara com May. A rosada sentou entre a irmã e Matsuo. O moreno pegou na sua mão. Midori permitiu. Masato, ao invés de sentar ao lado do irmão, resolveu se sentar ao lado de Soledad. Quem sabe o torneio não dava sorte e fazia a garota o perdoar?

MASATO: Você está bem? – ele pergunta encarando a mais velha.

Soledad segura na outra mão de Midori que se sente um pouco melhor. A pequena sentia que Matsuo a estava sufocando. Midori fica com o corpo completamente tenso quando escuta a voz animada da irmã.

SOLEDAD: MAX! – ela sorri e abana para o moreno, que vai até a morena e a abraça.

MAX: Oi Sol. Tudo bem?

SOLEDAD: Claro – ela ignora o beicinho de Masato por ela ter respondido a pergunta de Max e não a sua.

MAX: Ótimo – ele sorri.

SOLEDAD: Quem é a menina ao seu lado? – pergunta sorrindo para Rana.

RANA: Sou Rana – ela sorri.

MAX: Ela é minha… – o moreno olha para Midori e fica meio receoso.

RANA: Sou a namorada dele – ela fala olhando diretamente para Midori.

A rosada torce o nariz e toma uma decisão. A partir desse momento ela, definitivamente, acaba com todas as chances de um dia ir com a cara de Rana.

SOLEDAD: Prazer querida – ela tira a atenção da menina de Midori – sou Soledad, amiga de May e de Max também – Rana sorri e aperta a mão que Soledad lhe estende.

RANA: O prazer é meu.

SOLEDAD: Essa aqui é minha irmãzinha, Midori – ela aponta para Midori, que tinha uma expressão insatisfeita no rosto.

RANA: Prazer – ela estende a mão para a garota que fica encarando a mão estendida com uma sobrancelha erguida.

SOLEDAD: Não seja mal educada Dori-chan.

MIDORI: O prazer é todo meu – comenta de forma irônica, apertando a mão da menina e olhando para Max, que abre um pequeno sorrisinho de canto.

MAX: Algum problema Mi-chan?

MIDORI: Claro que sim, você está aqui – ela o olha com superioridade e solta a mão de Rana, que pega na mão de Max.

MAX: Ótimo. Se importa de ficarmos aqui Sol?

SOLEDAD: Claro que não Max – ela sorri para o menino e senta novamente ao lado da irmã – ah é, quase me esqueci. Esse aqui é o Masato – aponta para o moreno que assente com a cabeça desinteressado – e esse aqui é o Matsuo – aponta para o garoto ao lado de Midori. Matsuo fixa seus olhos em Max. Ele chamara a namorada de ”Mi-chan” e a mesma nada fizera.

Matsuo sentiu um aperto no peito e segurou um pouco mais forte na mão de Midori. Sentia medo de perdê-la. Demorou muito tempo para conseguir ficar com ela. Podiam dizer que era muito novo, mas seu amor sempre fora verdadeiro. Pelo menos é o que o pequeno pensa.

Rana senta ao lado de Matsuo e Max senta ao lado da namorada. Rana queria colocar o máximo possível de distância entre Max e a garota estranha de cabelos rosados. Não gostara dela. Principalmente ao ver como Max olhava para a menina. Isso a magoava muito. Demais até.

MIDORI: Pensei que tivesse voltado para Petallburg.

A menina encara os próprios dedos e Max olha para o lado. Era como se Rana e Matsuo tivessem desaparecido.

MAX: Eu voltei – ele fala – mas percebi que May não estava bem e não poderia deixar a minha irmã sozinha aqui sem estar protegida. Além disso, alguém precisa ajudar a May e o cabelo de gosma a caírem na real.

Soledad começou a rir.

MIDORI: Pensei que não quisesse May e Drew juntos.

MAX: O cabelo de gosma não é a minha escolha favorita. Mas a May ama ele e quando a gente ama né – ele olha pra garota – não tem o que fazer.

MIDORI: É…

Eles se encaram. Midori queria largar Matsuo. Queria correr para Max. Max queria largar Rana e correr para Midori.

Mas a rosada olha para frente.

RANA: Parece que agora é o Drew contra a May…

MAX: Uhum.

MASATO: Quem você acha que ganha Sol? – sussurra para a morena, que sente todo o seu corpo ficar arrepiado com a voz dele tão perto de si.

SOLEDAD: O amor Masato.

MASATO: Como assim?

SOLEDAD: Eu tenho a leve impressão de que essa batalha vai decidir tudo.

MASATO: Por quê?

SOLEDAD: Porque eu conheço aqueles dois, Masato. Eu conheço aqueles dois muito bem.

MASATO: E o nosso amor Sol? Precisa de uma batalha também?

A garota o olha por um breve segundo antes de olhar para suas mãos. Midori, ao seu lado, começa a sentir o perigo, mas decide intervir apenas se a irmã começasse a vacilar. Resolveu seguir o conselho de Max. Masato nunca seria sua escolha para a irmã, mas se Soledad o amava, o que a menina poderia fazer?

SOLEDAD: Masato…

MASATO: Sol, eu prometi ficar ao seu lado até que você estivesse bem – ele sussurrou – e eu sei que você ainda está mal e…

SOLEDAD: Pra que Masato? Pra você ir embora quando eu estiver bem de novo? – as lágrimas se acumulam nos seus olhos, mas Soledad não é qualquer uma. É uma mulher forte e por mais que a vontade de chorar fosse enorme, ela não permitiria que as lágrimas escapassem. Pelo menos não antes de estar sozinha no seu quarto no Centro Pokémon.

MASATO: Não vou ir embora. Pelo menos não enquanto você me quiser por perto.

SOLEDAD: O problema, Masato, é que eu sempre quero você por perto.

O coração do moreno acelera. Ele olha para Soledad com um brilho de esperança que não era visto em seu olhar desde que eles se separaram tantos anos atrás.

MASATO: Então eu vou ter que ficar sempre perto de você – ele murmura, aproximando-se da morena e selando seus lábios.

Horas mais tarde Soledad não saberia descrever o que sentiu quando, depois de tanto tempo, ela sentia os lábios sobre os seus novamente. A sensação de alívio que sentiu ao tê-lo novamente em seus braços foi tão intensa que ela se aproximou ainda mais, com medo de ser apenas mais um sonho.

Midori sorriu ao ver a irmã se acertando com Masato. Ainda não perdoara o moreno por machucar a sua irmã, mas sabia o quão bem ele fazia a ela, e apenas o que importava era a felicidade de Sol. Sempre fora apenas isso que importava.


But you know
Mas você sabe
You know
Você sabe
You know
Você sabe
I wanted
Eu queria
I wanted you to stay
Eu queria que você ficasse
Cause I needed
Porque eu precisava
I need to hear you say
Eu preciso ouvir você dizer


May começou a andar nervosamente de um lado para o outro. Batalharia contra Drew agora. Sentiu medo. Não o via desde a morte da prima. Será que o garoto a culpava? Ela se culpava, isso era um fato, mas será que Drew fazia o mesmo? Será que ele a odiava? Respirou fundo. O que ele pensava ou deixava de pensar sobre si já não importava mais. Não estava nem aí para ele. Ou pelo menos era isso que tentava acreditar.

Ouviu uma voz chamando-a para a batalha final. Entrou em pânico. O que fazer? Será que deveria ir ou não? Respirou bem fundo e ordenou que seus pés fossem para a arena. Caminhou o mais lentamente que conseguiu e, quando chegou, percebeu que Drew a estava esperando. Engoliu em seco. Ao olhar para ele percebeu que todos os seus temores se realizaram.

Percebeu o olhar de ódio que ele lhe lançou. Percebeu tudo. O garoto a culpava pela morte de Yukina e May não poderia discordar dele, visto que, se não tivesse vindo para o torneio, a garota ainda estaria viva.

May nem viu quando o juiz desceu a bandeira, indicando que deveriam começar. Percebeu Drew lançando a pokébola e May soube que ele escolhera Rosélia antes mesmo do Pokémon sair da pokébola.

Lançou Blaziken. A batalha começou. Algum tempo depois, May não poderia dizer que se empenhou ao máximo para vencer, nem mesmo que se lembrava da batalha. Seus olhos estavam fixos em Drew. Enquanto seus pokémons trocavam ataques, May viu algo mudar em Drew e percebeu que o garoto mandou Rosélia parar. May estranhou, mas deu o mesmo comando a Blaziken.

DREW: May… desculpa – ele tentara odiá-la, com todas as suas forças, mas vê-la ali, olhando para ele… simplesmente não dava. Não conseguia nem ao menos sentir raiva de May, como poderia odiá-la?

A morena arregala os olhos. Desculpas? Ele estava pedindo desculpas? Por quê? Por traí-la? May não precisava desculpas por isso. Nunca conseguiria perdoar uma traição.


That I love you
Que eu te amo
I have loved you all along
Eu te amei o tempo todo
And I forgive you
E eu te perdoo
For been away for far too long
Por ter ficado afastado por muito tempo


MAY: Pelo quê?

DREW: Por tudo. Pela Kina, por tudo o que você teve que passar…

MAY: Por me trair? – ela pergunta sarcástica.

A platéia inteira estava em silêncio, ouvindo atentamente cada palavra desferida pelos dois coordenadores.

DREW: Nunca fiz isso.

MAY: Eu vi você fazendo.

DREW: Não viu não. Luna me agarrou, eu nunca, nunca, trairia você, May. Jamais. Quem me traiu foi você.

MAY: O quê? – pergunta indignada – eu pensei que estávamos aqui para batalhar!

DREW: Ótimo – ele fala – mas Luna me contou que viu você e Daisuke aos amassos.

MAY: E VOCÊ VAI ACREDITAR NAQUELA LOUCA? – pergunta indignada, como Drew poderia acreditar em alguém como Luna?

DREW: Você acreditou – sussurra baixinho.

May começa a empalidecer. Sim. Acreditara em Luna e Yukina, mas é que seu namoro estava tão perfeito, tudo estava tão perfeito que era difícil acreditar que podia ser verdade. E Luna e Yukina foram tão convincentes, usando tudo o que tinham para convencê-la de que Drew não prestava. E ela acreditou. Acreditou nas duas pessoas que mais lhe fizeram mal.

MAY: …

Não sabia o que dizer. Alguns murmúrios sem sentido saíam de seus lábios, mas nada mais. Estava confusa.

DREW: Eu desisto – ele fala alto, fazendo toda a platéia prender o fôlego.

May arregala os olhos.

MAY: O quê?

DREW: Parabéns, May. Você venceu. Estou saindo da sua vida.

May arregala os olhos. Saindo de sua vida? Como ele podia simplesmente sair de sua vida? Ele não podia fazer isso. May não resistiria.

MAY: Mas Drew…

DREW: Eu amo você – ele fala alto novamente, ouvindo suspiros vindos da platéia, além de alguns gritos histéricos de suas fãs.

May engasga e fica observando enquanto Drew vira as costas para ela e começa a se afastar. Saindo de sua vida. Drew estava saindo de sua vida.

JUÍZ: Bem… parece que a vencedora é…

Mas May não escuta. Ela sai correndo e abraça Drew pelas costas. Como pôde ser tão idiota a ponto de acreditar em Yukina e Luna? Como pôde deixar que aquelas duas estragassem o namoro ainda no começo dos dois? Drew para ao sentir aqueles braços finos a envolvendo. Suspira. Sentira tanta falta daquele toque. Tanta!

MAY: Eu também amo você – sussurra no ouvido dele. Um mínimo sorriso se forma nos lábios dele – EU TAMBÉM AMO VOCÊ!


So keep breathing
Então continue respirando
Cause I'm not leaving you anymore
Porque eu não vou mais te deixar
Believe and hold on to me and, never let me go
Acredite e se segure em mim e nunca me deixe ir
Keep breathing
Mantenha a respiração
Cause I'm not leaving you anymore
Porque eu não vou mais te deixar
Believe it Hold on to me and, never let me go
Acredite Segure-se em mim e nunca me deixe ir
(Keep breathing) Hold on to me and, never let me go
(Continue respirando) Segure-se em mim e nunca me deixe ir


A platéia explode em assovios e aplausos. Max, Soledad e Midori começam a pular e gritar o máximo que conseguem. Midori sentia-se feliz por May. A rosada havia gostado da morena. Quando o casal se beija, Soledad se joga em Masato que, contagiado pela felicidade da namorada, a beija. Os gritos por parte dos dois pequenos aumentam e Midori abraça Max, que retribui feliz. Eles se separam sorrindo e, ao perceberem o que fizeram, se afastam o máximo que conseguem. Rana e Matsuo fazem um biquinho no rosto ao mesmo tempo.


Rana levanta do banco e sorri para Max quando o mesmo se vira para ela com o sorriso brilhante. 


MAX: FINALMENTE! – ele grita ainda sorrindo. May seria feliz.


RANA: Estou feliz pela sua irmã, Max – ela sorri. Mas a imagem de Max abraçando MIdori não saía de sua cabeça.


MAX: Não mais que eu, Rana. Não mais que eu.


A menina de cabelos verdes sorri, mas estava triste. Por que Max não criava um apelido pra ela, mas chamava Midori de Mi-chan? Por que o moreno não a abraçava como havia feito com a rosada segundos atrás?


SOL: Vamos descer crianças! Isso merece uma comemoração. May e Drew devem estar nos esperando.


MTSUO: Não acho que eles estejam esperando alguém – ele fala com um sorriso levemente malicioso nos lábios.


Eles descem das arquibancadas rindo. Max sorri.


MAX: Eu sabia que a May ia vencer aquela batalha.


MIDORI: Ela só ganhou por que o Drew desistiu.


MAX: Mesmo que ele não tivesse desistido, ela teria ganhado.


MIDORI: Não teria não.


A rosada não apoiava Drew por gostar dele ou algo do tipo. Fazia isso apenas para contrariar Max. Vê-lo irritado deixava-a tão eufórica que a menina sorriu ao ver que Max estava perdendo a briga interna deles.


MAX:Você não sabe de nada.


MIDORI: Sei mais do que você – fala emburrada.


MAX: Sabe nada.


SOL: Parem vocês dois!


Mas a morena sorria. Soledad estava mais feliz do que estivera em anos! Anos!


MIDORI: Sol, incomode o seu namorado e deixe que eu brigue com quem merece.


A frase em sua mente havia sido diferente. Queria dizer “Sol, incomode o seu namorado e deixe que eu incomodo o meu” mas Max não era seu namorado.


SOL: Mas que impertinência! – ela ralha rindo.


Eles encontram-se com May e Drew, que sorriam de mãos dadas. Matsuo segurava a mão de Midori e Max a de Rana.


SOL: Mas que lindo vocês dois juntos – ela ri.


MAY: Não somos os únicos né? – ela ri olhando para Soledad e Masato, que estavam abraçados.


SOL: Fazer o que né?


As duas morenas começam a rir e Midori incomoda-se um pouco com a proximidade de Max e Rana. Não era obrigada a ver o garoto de mãos dadas com outra.


MIDORI: Vou ao banheiro – ela estava com vontade desde antes da batalha.


RANA: Também preciso.


Midori sentiu que aquilo não era bom.


As duas meninas vão caminhando calmamente pelo corredor até a porta do banheiro. Elas entram e Rana se apóia na porta, impedindo que outras pessoas entrem.


MIDORI: Fale logo o que quer – diz ao perceber que a menina não parava de encará-la.


RANA: Não quero nada demais – ela diz – só quero que fique longe do meu namorado.


Midori revira os olhos. Sabia que não viria boa coisa da garota.


MIDORI: Eu vou ir embora daqui a dois dias. Pode deixar que eu com certeza vou ficar bem longe do seu namorado.


RANA: Eu vi o jeito que olha para ele.


MIDORI: Fala sério, eu não quero nada com o Max.


RANA: Não minta. Eu sei que quer. Mas ele está comigo e vai continuar assim.


MIDORI: Ok. Ok.


A rosada se vira para entrar no Box.


RANA: Não vire as costas para mim! – reclama.


MIDORI: Com licença, mas, diferentemente de você, eu não vim aqui pra ficar conversando, eu vim aqui porque estou apertada.


A rosada entra batendo os pés no Box e Rana fica esperando. Se aquela menininha irritante pensa que pode escapar assim tão fácil, ela está seriamente enganada.


Quando Midori sai, percebe Rana ainda a encarando. A rosada começa a lavar as mãos.


RANA: Quero que saia daqui e nunca mais apareça na frente de Max.


MIDORI: Não sei se você sabe, mas eu estou com a minha irmã aqui. E a minha irmã e a irmã do Max são muito amigas. O que significa que em algum momento nós vamos nos ver.


RANA: Mas eu não quero.


MIDORI: Problema é seu sua menina mimada.


Rana fica com o rosto vermelho.


RANA: Você é que é mimada – ela reclama, acertando um tapa no braço de Midori.


MIDORI: Fala sério – ela revira os olhos – não vou brigar com uma pirralha mimada como você por causa do Max. Não vale a pena.


Midori pega no braço de Rana e a joga para trás, passando pela porta.


Rana sente os olhos enchendo-se de lágrimas, mas não chora. Não choraria por causa de Midori. Não valia a pena. Respirou fundo e seguiu a rosada.


(Keep breathing) Hold on to me and, never let me go
(Continue respirando) Segure-se em mim e nunca me deixe ir

Midori chegou aos outros alguns segundos antes de Rana.


SOL: Tudo bem? – pergunta ao ver Rana. Mas a pergunta era para Midori. Sabia que a irmã era difícil.


MIDORI: Sim Sol. Eu sou um anjo e não fiz nada de errado – a rosada revira os olhos. Realmente não fizera nada de errado, mas Rana a irritava profundamente e a vontade de bater nela não a abandonou só porque saíram do banheiro.


Max se encolhe. Anjo. Havia chamado Midori assim. Olha para o pescoço dela e encontra o colar que lhe dera. Fica o encarando por alguns segundos, antes de sentir a mão de Rana sobre a sua. Sente-se culpado e não consegue fitar a garota de cabelos verdes, que olha para o outro lado. O medo que sentia de perder Max era cada vez mais forte.


SOL: Ah May. Eu adoraria ficar mais tempo, mas eu e Midori voltaremos a viajar depois de amanhã e ainda temos que resolver algumas coisas por aqui.


MAY: Mas já? – pergunta entristecida.


MASATO: Eu e Matsuo vamos com elas, para protegê-las. Prometo que traremos as duas para verem vocês.


May sorri. Soledad realmente se dera bem.


DREW: Certo. É bom cuidar muito bem da Sol – ameaça, vendo May rir ao seu lado – se não vai se ver comigo.


Soledad sorri.


SOL: E é bom você cuidar muito bem da May – ameaça também – ou vai se ver comigo, o que é muito pior do que você imagina.


Eles começam a rir e Drew abraça a namorada, que cora com um sorriso bobo no rosto.


DREW: Pode deixar que da minha morena eu cuido muito bem.


Todos começam a rir e Soledad abraça os dois.


SOL: Temos mesmo que ir.


MAY: Own! Vou sentir tantas saudades! – ela abraça bem forte a amiga.


MAX: Acho que seus desejos se realizaram – fala para Midori – agora vamos ficar bem longe um do outro.


A menina olha para ele e o moreno se espanta ao ver os olhos dela marejados.


MIDORI: É… – ela respira bem fundo – a gente se vê por aí – ela se aproxima e o abraça. Max a aperta contra si o máximo de tempo possível.


Midori solta o garoto, que também tinha os olhos marejados e abraça May.


MAY: Tchau cunhadinha – ela sussurra no ouvido da rosada.


MIDORI: Sua cunhada é a Rana – sussurra com a voz levemente embargada.


MAY: Mas Max queria que fosse você – sussurra de volta – e é isso que importa.


Midori sorri levemente. Gostava de May, mas não gostou da mentira que a morena contou para si. Dizer adeus já era suficientemente ruim sem a esperança idiota que surgiu em seu coração.


Eles terminam as despedidas e se afastam. May abraça Max rapidamente e da um peteleco na cabeça do irmão.


MAY: Vamos pegar nossas coisas no CP Max – eles estavam voltando a realizar jornadas. Dessa vez com Rana e Drew junto.


E assim eles se separam. Drew e May começam a rir enquanto se afastam de Sol e Masato. Max pega na mão de Rana e Midori segura a mão de Matsuo. Uma fina linha de esperança começa a se esticar entre Max e Midori. Tão fina que chega a ser imperceptível. Eles vão se separando e a linha vai se esticando, até se arrebentar e Max e Midori se sentirem tão vazios como nunca antes. Midori aperta o pingente de anjo entre os dedos pequenos com a mão que não estava segurando a de Matsuo e Max simplesmente tenta ignorar, mesmo sabendo o quão difícil isso era.


A partir daquele momento, uma nova jornada começava para aqueles oito jovens.

FIM!


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Notas finais do capítulo

yooo aqi é a Camy >.
faz tempo q n venho aqi .-.
a Fê postou o cap, mas eu quis dar uma passadinha por aqi
gnt, mto obrigada pelo carinho de vcs, nem sabem como isso nos emociona e nos faz ter vontade de continuar *--*
como a nee disse, terá uma segunda temporada o/
ela sai em fevereiro ou março ^^
pq a Fê vai começar a facul e eu vou viajar!!
ashuahsuahs
então, esperamos q tenham gostado e q nos acompanhem na próxima o//
obrigada por tudo gente, sério
=*
Bjs e teh + ^3^/